Olá amigos, tudo bem? Como estão todos? Espero que bem. Deu vontade de escrever um pouco para o reduzido número de leitores que ainda resta. Porém, apesar do alcance reduzido, é algo que me faz bem, por isso de vez em quando digito algumas palavras por aqui.
Pensamentos Financeiros
Site dedicado à elaboração de divagações sobre finanças, viagens e a vida!
terça-feira, 27 de dezembro de 2022
Ano de 2022 - Como Foi?
quarta-feira, 31 de agosto de 2022
Como Criar uma Criança?
sábado, 20 de agosto de 2022
Meu Amor
sábado, 9 de abril de 2022
Leitores de Recife e Maceió
Fala pessoal, esse vai ser bem curtinho.
Estou em viagem entre Pernambuco e Alagoas, e pensei que talvez algum leitor mais antigo tenha interesse em se encontrar para um suco, café, etc.
Amanhã (domingo - 09 de abril de 2022) estarei em Maceió por dois dias. No outro domingo, estarei em Recife por 2-3 dias.
Quem estiver disponível, se identificar com meus textos, manda um e-mail para pensamentosfinanceiros@gmail.com, e a gente vê se calha de se encontrar.
Já conheci diversos leitores pessoalmente, e sempre foi uma experiência bacana. Há duas semanas conheci um leitor que pratica Krav Maga há muitos anos (eu estou fazendo há um ano) e fomos juntos fazer um aulão na praia da Joaquina em Floripa. Foi uma experiência muito bacana, pois o amigo era muito gente boa, além de ser promotor de justiça o que rendeu conversas interessantes sobre direito.
É isso, um abraço!
domingo, 30 de janeiro de 2022
Joe Rogan e o Perigo de um Mundo Sem Nuance
Olá amigos leitores. Ainda restam alguns? :) Passando aqui para escrever um pouco. Não sei nem mesmo sobre o que vou falar enquanto digito essas frases.
Vamos ver...Joe Rogan. Quê? Que raio de assunto é esse? Aliás, quem é Joe Rogan?
Joe Rogan
Joe Rogan é um comediante, comentarista de artes marciais e podcaster. Na verdade, a primeira vez que vi o Rogan foi num documentário sobre DMT que é uma molécula, produzida endogenamente pelo nosso corpo, que possui efeitos psicotrópicos. O documentário chama-se, se não me engano, a molécula divina.
Porém, ele é atualmente reconhecido por ser o maior podcast do mundo, com uma audiência estimada em mais de 10 milhões de pessoas.
Eu ouço o podcast dele há anos, e para mim é disparado o podcast mais interessante do mundo. Ele investiu em formatos longos de conversa, alguns chegam a durar 4 horas.
E quem vai lá? Historiadores, cientistas, artistas, políticos, numa gama incrível de convidados interessantíssimos.
O que torna o podcast tão bacana, e ele vem melhorando com o passar dos anos, é que lá são feitas conversas francas e sinceras sobre os mais variados temas. Joe não é um cientista, não é um grande filósofo, ele é apenas um cara curioso, muito bem sucedido na vida, fazendo perguntas e tendo conversas francas e respeitosas.
Ele mesmo não imaginava que o mundo estaria sedento por isso. Hoje ele brinca, que jamais imaginava que um comediante comentador de UFC fazendo perguntas de forma sincera pudesse atrair tanta atenção.
E por qual motivo?
Um mundo sedento por conversas verdadeiras
Eu, especialmente no blog pensamentos financeiros, já falei sobre uma entrevista do Patch Adams no Roda Viva da TV Cultura de 2007. Se não sabe do que estou falando, se tiver tempo, veja esse programa.
[embed]https://www.youtube.com/watch?v=jhozvrVxlZE[/embed]
Essa entrevista teve um grande impacto na minha vida quando eu tinha 27 anos e estava morando em São Paulo trabalhando na Procuradoria Federal com sede na praça da república, e eu não estava muito contente com o que estava fazendo.
Nessa entrevista, ele foi perguntado o que achava sobre o próprio filme que retratava a vida dele. Ele respondeu que era um filme "bonitinho, mas superficial", porém o mundo estava tão sedento por amor, que qualquer versão simplificada e superficial de uma história genuína sobre amor entre seres humanos atrai atenção, como atraiu para o filme sobre a vida dele.
Hoje em dia, com tanta divisão, tantas informações conflitantes, redes sociais, manipulações, muitas pessoas estão sedentas por informações de qualidade, por discussões de ideias feitas de forma honesta.
Talvez seja por isso que tantas pessoas liam meus artigos, quando eu publicava mais entre 2014-2016, e algumas até hoje me mandam e-mails. Tem alguns até dispostos a investir quantidades razoáveis de dinheiro em projetos, e um dos motivos é a confiança que eles teriam na minha "curadoria" dos investimentos.
Então, imagine um podcast em língua inglesa, num formato de uma conversa de dois seres humanos olho no olho, como deve ser, por um período razoável de tempo, como deve ser, e não esses quadros de 5-10 minutos que colocam 3 pessoas gritando uma com as outras, com convidados interessantes. O mundo estava sedento por isso. Joe Rogan estava no momento certo, e também por causa do seu talento nato como comunicador, ele se transformou num gigante de comunicação.
E daí?
E daí que o Joe Rogan incomoda muita gente, especialmente grandes veículos de comunicação, ainda mais que, seja à direita ou à esquerda, essas fontes de informação de muito vem perdendo credibilidade.
Ele também não se furta a convidar pessoas que possam ter posições "polêmicas". Ele convida a pessoa, e discute qualquer que seja o tema.
Recentemente, Joe Rogan vem sendo atacado por dar plataforma a convidados que na verdade propagariam desinformação sobre a pandemia de Covid19. E nos últimos dias, alguns artistas vem dando ultimatos para o spotiffy (única plataforma autorizada a transmitir o podcast) tirar do ar o Joe Rogan Experience, sobre o argumento de que ele está espalhando mentiras e colocando vidas em risco.
E daí que são tempos sombrios que estamos vivendo. Ontem, esse imbróglio foi noticiado nos principais jornais brasileiros, e eu fiquei pasmo pela forma como eles se dirigiam ao Joe Rogan como um "podcast conspiracionista que espalha mentiras sobre Covid".
What?
Quem diz isso nunca se deu o trabalho de ouvir o podcast, a riqueza de convidados, discussões interessantes e com nuances que ali ocorre.
É na verdade a "mediocrização" da discussão.
Um Mundo Sem Nuance é um mundo mais pobre e ignorante
No meu blog pensamentos financeiros, eu sempre primei por tentar dar nuance e contexto a diversas discussões. Por isso, algumas pessoas me taxavam como "comunista", "esquerdista", sei lá mais o quê.
Por qual motivo isso ocorria? Porque eu escrevia primariamente para pessoas interessadas em finanças. Logo, o público tendia a ser homens na faixa dos 25-45 anos, e com tendências mais "conservadoras". Logo, a minha audiência possuía pessoas com pensamentos diversos do meu em relação a uma miríade de temas.
Essa etapa da minha vida, há uns 6-7 anos, foi importante para ver como um mundo sem nuance é mais pobre. Muitas questões atualmente são complexas. Pandemia, aquecimento global, desigualdades, etc, são temas que comportam diversos níveis de entendimento. Não é uma questão binária de "sim" ou "não".
Avançamos a fita da vida, e em 2022, virou lugar comum falar negacionista, anti-vacina, e sei lá mais o quê, tentando tirar detalhes e nuances de uma discussão que envolve muitos detalhes e aspectos diversos.
Querer remover o maior podcast do mundo por se opor a algumas ideias expostas nele é um tiro no pé da nossa civilização.
O alarme tocou, meus 30 minutos para escrever esse artigo se foram, e eu preciso me despedir. Porém, desejo a todos os leitores desse espaço que procurem a nuance, não a evitem. Vão em direção a debates saudáveis, não os evite. É um mundo muito mais rico e inspirador, podem ter certeza.
Um grande abraço!
sexta-feira, 15 de outubro de 2021
Minha Jornada Empreendedora
E aí, já foi ao novo site? Ainda não? Vai lá e dá uma força. Assine a lista de e-mails, se assim quiser, e coloque o novo blog na sua lista para seguir.
Um grande abraço!
https://mundosoul.com/minha-jornada-empreendedora/
Olá amigos! Agradeço enormemente todos que entraram em contato via e-mail (dos quais muitos conversei pelo whatsapp). Muita gente qualificada.
Eu, depois de largar a procuradoria federal, e ser “Independente Financeiramente” parece que resolvi explorar de vários ângulos o mundo dos negócios.
Minha Jornada Empreendedora.
Os Primeiros Livros
Nessa minha caminhada inicial, venho aprendendo bastante, até porque a curva de aprendizado em qualquer nova área geralmente é bem acentuada nos primeiros meses.
Um conhecido que trabalha numa grande empresa me sugeriu a leitura de dois livros:


Só com o insight do primeiro livro talvez não tivesse cometido alguns erros básicos no meu primeiro investimento “anjo” em uma das minhas empresas de tecnologia.
Pode parecer simples, pode parecer banal, mas antes de qualquer coisa, é preciso validar o cliente, mesmo para um mercado que ainda em teoria não existe, e fazer com que o produto e serviço satisfaça esse cliente, e não a uma ideia pré-concebida sem qualquer validação.
E, sim, no começo, as empresas precisam ser enxutas. Pode-se validar uma ideia gastando 5-10 mil reais, e não já colocando 300-400 mil. Assim, pode-se testar inúmeras ideias, até que uma possa ter tração.
Uma Reunião
Na última quarta-feira, para validar uma ideia que pode ter um potencial gigantesco num mercado inexplorado no Brasil que com certeza vai chegar na centena de bilhões de reais nos próximos anos, paguei um consultor para realizar um Business Model Canvas.
Não sabia o que era isso, apenas que Canvas significa moldura na nossa língua.
E é bem isso. Uma moldura, onde a troca de ideias e o brainstorm direcionado, faz com que as conexões sobre valor produzido ao cliente, canais de distribuição, segmentos de clientes, estrutura de custos, receitas, atividades chaves, parceiros chaves, etc, possam ser construídos e interligados de uma maneira muito mais fácil e dinâmica.
Foi muito boa. Era para durar 3 horas, durou 4 horas e meia. A ideia não só foi num primeiro momento validada, mas como ela na verdade pode abranger muito mais tipos de clientes, envolvendo imobiliários, investidores qualificados, empresas de turismo, etc.
Depois da reunião, o consultor indicou dois livros que já fiz o pedido de compra:


Carl Jung e Negócios?
Numa outra ideia de negócios (que aliás criei a empresa e já tenho CNPJ e tudo – na perspectiva maior envolve essa empresa, depois a criação de uma gestora de recursos de “endinheirados” e depois talvez a criação de um Fundo FDIC-NP) contratei uma design, que aliás foi a mesma que criou o mundo soul, para me ajudar na criação do site e em alguns aspectos de branding.
Ela é muito boa, com ótimo preço. Aliás quem precisar de uma profissional assim, só pedir que mando o contato. Círculo virtuoso.
Porém, ela é jovem e está começando. Por isso, também estou em contato com uma profissional muito qualificada que mora na Suíça que já trabalhou com branding em empresas muito grandes. Ela foi indicada por um bom amigo. Ele me disse que ela ajudou muito na construção do posicionamento de marca da empresa dele. Resultado: a empresa dele aumentou em 200% o faturamento nos últimos 18 meses, e ele está abrindo uma segunda empresa-filial em Portugal.
Branding é muito mais do que design e logo. É a construção da própria identidade da empresa. É o negócio se conhecer a si mesmo. Tem algo como que socrático nisso.
A profissional que estou trabalhando no design do site, me mandou uma lista de palavras que conversariam melhor com o arquétipo dos meus clientes potenciais.
Com isso, ajudei na construção das palavras do site, para que refletissem essas palavras, para que “conversassem” melhor com o público alvo.
Ela me sugeriu um livro clássico sobre branding:

Há alguns anos eu acharia uma besteira danada “arquétipos com empresas tentando vender calçados? Bullshit”. Mas não. É um ferramental a mais, e pelo que estou estudando, poderoso para compreender o seu negócio e os seus clientes.
Quase todas as pessoas que estou perguntando são taxativas ao dizer que empresas grandes o branding e posicionamento de merca é de onde tudo começa. Marketing, vendas, etc, é tudo baseado no que o posicionamento do branding diz.
Essa minha outra ideia tem uma fricção inicial nos possíveis “clientes”. Eu preciso criar um roteiro de venda que seja bem-feito e compatível com esses clientes, conversando com a estrutura arquetípica.
Também estou em contato com uma profissional só de vendas, para me ensinar e auxiliar nesse aspecto. E foi me recomendado como melhorar o seu “storytelling” , ainda mais na era de dados, e lá fui eu comprar mais um livro:

Negociar
Algumas pessoas que me conhecem dizem que sou um bom negociador. Eu não acho.
Sim, antes da minha experiência com leilões e as dezenas e dezenas de operação que fiz, negociando com ocupantes, venda de imóveis, dezenas de corretores de dezenas de diferentes cidades de vários Estados da Federação, eu creio que aprendi a me defender bem.
Hoje em dia consigo na maioria das vezes “farejar” fraquezas em negociadores mais inexperientes.
Mas estou longe de ser um bom negociador.
E para vender um produto, serviço, uma ideia, seja para o Sr. João, seja para um investidor profissional com 20 milhões, você precisa ser um bom negociador.
Procurei alguns livros e comprei esses dois:


E Você Leitor?
Empreende? Já empreendeu? Pensa em empreender?
O que sabe sobre branding, vendas, modelos de negócios? Compartilhe sua experiência aqui no blog ou mande e-mail para mim para mundosoulcontato@gmail.com ou pensamentosfinanceiros@gmail.com.
Quer falar de investimentos? Interessado em investir em alguma ideia junto comigo? Mande e-mail, conte-me um pouco sobre você que falamos por e-mail ou por whatsapp.
Um grande abraço a todos!
sexta-feira, 24 de setembro de 2021
O que estamos fazendo com nossas Crianças?
LEIA ESSE TEXTO NO SITE MUNDO SOUL!
https://mundosoul.com/o-que-estamos-fazendo-com-nossas-criancas/
Inscrevam-se no e-mail!
E aí pessoal, quanto tempo. Muitos meses que eu não escrevia nada. Esses últimos meses estão sendo bem desafiadores e bacanas nas mais variadas esferas da minha vida. Espero voltar a escrever com mais constância.
Nossa Maior Responsabilidade
Você leitor talvez não seja Pai ou Mãe. Talvez a maior parte dos leitores não sejam papais ou mamães, e por esse fato, talvez seja um pouco mais difícil de entender, ou até mesmo concordar, com minhas próximas frases. Não tem problema!
Eu acredito que a maior responsabilidade de uma geração de seres humanos é deixar um mundo melhor para a próxima geração. É exatamente por esse motivo que a questão ambiental e do uso não racional dos recursos do nosso planeta pensando apenas nos desejos, prazeres e necessidades de nossa geração um dos atos mais antiéticos que nós coletivamente praticamos.
Mensalão? Petrolão? Bolsonaro e suas maluquices? Tudo, em minha visão, empalidece em termos morais quando pensamos em quão abjeta é a postura de colocar os interesses da geração presente a frente das inúmeras gerações vindouras.
Não gosto de pensar em termos assim tão amplos, tão “coletivos”. Perfeito. A maior obrigação de um Pai ou Mãe, em minha opinião, é com o bem-estar físico, psíquico, emocional e espiritual dos seus filhos.
Não é fácil. Criar nossa filha do jeito que achamos correto, para tentar produzir uma jovem que poderá ser capaz de explorar todos os potenciais humanos, sem sombras ou ansiedade, e com empatia para com os outros, é uma tarefa árdua minha e da minha companheira.
É preciso atenção de qualidade, é preciso paciência, é necessário estudar vários tópicos, etc. É extremamente recompensador, pois não tem nada mais bonito e tocante do que ver a sua filha te abraçando e descobrindo o mundo. Mas não é fácil, é preciso fazer escolhas, e é preciso abrir mão de vontade e desejos pessoais.
Você até pode achar, ou acreditar, que não possui responsabilidade em relação a outros, mas apenas a si próprio. É uma forma de ver a vida e há muitas pessoas inteligentes que pensam assim. Não é como eu vejo a realidade.
Não pensarmos sobre as gerações vindouras, ou o que é pior, deixar um mundo muito pior para elas, é como agredir alguém que não pode se defender, é como dar um tapa num recém-nascido de 20 dias. Se a cena de agredir um bebê de poucas semanas é abjeta, é como deveríamos nos sentir talvez eticamente sobre deixar um mundo pior para as próximas gerações.
O Covid e as Crianças
A crise de COVID se alastra pelo tempo. Quem me conhece, ou gosta do que escrevo, sabe que no começo, por pura curiosidade, fiz uma série de vários artigos sobre vários aspectos técnicos de saúde. Entrevistei inclusive pesquisadores famosos no meu podcast. Isso faz mais de 14 meses.
De lá para cá muita coisa mudou, inclusive em termos de ciência, e eu fico abismado como muitas pessoas, inclusive cientistas, continuam repetindo coisas como se a gente tivesse em março de 2020. Isso não faz o menor sentido.
Uma das ferramentas mais impressionantes de análise da realidade é pensar sobre acontecimentos pro meio de uma lógica de estatística bayesiana. Não, eu não entendo profundamente estatística, mas sei compreender o conceito central dessa forma de analisar o mundo:
AS PROBABILIDADES DOS EVENTOS FUTUROS E INCERTOS DEVEM SER AJUSTADAS CONFORME NOVAS INFORMAÇÕES OCORRAM.
Um exemplo prático sobre o Sars-CoV-2? Em março de 2020 eu passava álcool, minha mulher ir ao supermercado de luva, etc, etc. Isso fazia sentido na época, pois não se sabia qual era a forma de transmissão, nem a probabilidade de cada forma de transmissão. O alcool, luvas, etc, serviam para minimizar o risco de contágio via superfície de objetos.
Acelere o relógio para setembro de 2021. Faz mais de 14 meses que eu não uso álcool (eu não gosto de passar nenhum produto químico de forma desnecessária no meu corpo), usar aquelas luvas de plástico para se servir num restaurante a quilo não faz o menor sentido (na verdade só cria um passivo ambiental), assim como outras posturas. Por quê? Ora, porque está mais do que claro que a transmissão via superfície é extremamente rara, se é que ela ocorre.
Porém, nós socialmente não utilizamos o modelo mental bayesiano de readequar as probabilidades, e por via de consequência nossas atitudes, no tocante ao uso de álcool, luvas, etc. Isso é irracional.
E isso vem acontecendo em relação às nossas crianças, a nossa maior responsabilidade enquanto pais, sociedade e Nação.
Alguns fatos sobre COVID e crianças:
- A chance de mortalidade é minúscula. Um estudo feito na Inglaterra mostrou que a chance de crianças e adolescentes de se hospitalizarem por COVID foi uma em 50 mil. De morrerem UMA EM 500 MIL. Isso porque pegaram adolescentes, se fossem crianças pequenas, isso seria ainda menor. Dos 25 jovens que morreram na Inglaterra de morte atribuída ao SARS-CoV-2. Da esmagadora maioria do número já muito pequeno que morreu de jovens possuía graves comorbidades, ou seja, já eram crianças/jovens muito frágeis em primeiro lugar.
- Se alguém for no site do CDC e observar as estatísticas desse órgão de saúde americana observará que morreram 172 crianças de 0 a 4 anos nesse país de abril de 2020 a setembro de 2021. Há cerca de 20 milhões de crianças nessa faixa etária nos EUA. Isso dá uma morte a cada 120 mil crianças. Não há estatísticas sobre a existência ou não de comorbidades nessas crianças. E, se retirasse as mortes ocorridas em bebês de 0-1 anos (segundo uma estatística que não consigo mais encontrar e o sentido da exclusão seria que essas crianças são muito frágeis) as mortes ficariam em linha com o estudo feito na Inglaterra.
- Se o leitor for em outra página do CDC observará as estatísticas sobre a temporada de gripe nos EUA na temporada de 2018-2019 (a temporada de gripe vai de outubro a maio do próximo ano, ou seja, oito meses). Foi uma temporada de baixa-média mortalidade, não foi uma temporada forte. Sabe quantas crianças de 0 a 4 anos morrerem de gripe? 266. Numa temporada fraca-média de gripe em 8 meses morreram 266 crianças. De mortes atribuídas a COVID foram 172 em quase 18 meses.
- Crianças, especialmente as mais jovens, não são bons vetores, ou seja, transmissores da doença para adultos. Você pode procurar mais informações, deixo apenas um link de uma reportagem da National Geographic falando sobre um estudo na Islândia.
Em março de 2020 ficar muito preocupado com a saúde das crianças fazia todo e total sentido, inclusive tomando medidas que obviamente trariam malefícios a elas. Mas entre um risco desconhecido e talvez um leve risco de algumas medidas temporárias, era racional e justo, temer o desconhecido.
Porém, amigos, as informações mudaram. Crianças saudáveis tem uma chance absolutamente remota de hospitalização e quase inexistente de morte. A gripe, ao menos nos EUA, mata muito mais crianças de zero a quatro anos do que COVID, e eu ao menos nunca vi nenhum pânico generalizado por causa disso. E além de tudo crianças são pouco transmissíveis da doença, apesar de em relação a variante delta isso estar mudando um pouco.
O que estamos fazendo com nossas crianças?
A Catástrofe Atual e a que se Aproxima
Mas e daí? Você pode estar perguntando. O que estamos fazendo de tão errado em relação a crianças. É tão ruim assim usar máscara, deixar as crianças em casa e deixá-las cada vez mais imersas no mundo online de aprendizado.
Não é ruim, amigos, é uma verdadeira catástrofe que iremos nos arrepender profundamente.
Nos EUA, e não há razão para pensar que no Brasil tenha sido muito diferente, houve uma explosão de obesidade infantil. Eu não disse aumento, mas sim explosão.
Em um estudo longitudinal publicado pelo CDC nessa semana esse órgão de saúde americano chegou a conclusão de que o número de crianças acima do peso ou obesas na faixa etária de 5-11 anos saiu de 36% para 46% no último ano. Os EUA já lutam com o problema de obesidade infantil, sendo talvez um dos maiores problemas de saúde pública daquele país. O aumento de 10% nessa faixa etária é assustador.
Para se ter ideia esse aumento equivale a todo aumento de obesidade observado nos últimos 20 anos! Em um ano a obesidade, que já era muito grande, subiu tanto como nos 20 anos anteriores.
O número de diagnósticos de crianças com diabetes tipo 2, que era uma doença quase que desconhecida em crianças há 20 anos, aumentou quase 70% no último ano. Isso já é uma consequência direta dessa explosão de obesidade. Diagnosticar uma criança de 10 anos diabetes tipo 2 é algo tão absurdo, que só uma sociedade doente sem qualquer responsabilidade pelas suas crianças deixa isso ocorrer.
Crianças obesas terão mais depressão, menos baixa-estima, ganharão menos, terão mais doenças crônicas e viverão menos. Sim, haverá queda na expectativa de vida, haverá diminuição drástica da expectativa de anos com qualidade de vida, a economia se enfraquecerá e os gastos com saúde serão ainda maiores, pois tratar de doenças crônicas custa muito dinheiro.
O que estamos fazendo com nossas crianças?
Nós humanos evoluímos para ver o rosto e as emoções das outras pessoas. É como nós fomos constituídos geneticamente. Eu estou treinando Krav Maga há uns meses, e só vi o rosto do meu professor uma única vez, até brinquei com ele sobre esse fato. É estranho conviver com pessoas assim, mas talvez em relação a adultos, apesar de piorar a qualidade das interações, o benefício de usar uma máscara para conter a transmissão de um vírus que se transmite pelo ar faça sentido.
Mas, para crianças? Elas tem uma chance muito pequena de qualquer coisa de ruim acontecer, elas não são bons vetores da doença, por qual motivo elas devem usar máscaras? E os prejuízos de usar máscaras?
Os benefícios são teóricos e talvez muito diminutos. E os prejuízos? Esses são bens reais. Ao contrário de adultos que já se desenvolveram, crianças pequenas precisam ver o rosto de outras crianças e de adultos. Não é um capricho. Não é algo estético. É uma necessidade biológica vinda da nossa evolução.
Uma criança irá olhar o rosto de um adulto, e verá se ele ficou triste, feliz, brabo, com alguma atitude que ela tomou. Irá relacionar atitudes a emoções, irá aprender por conta própria a comunicação não verbal. Isso é essencial para o desenvolvimento de crianças saudáveis do ponto de vista físico e mental. De crianças que viraram jovens e saberão navegar nas complexidades e nuances da comunicação humana seja verbal, como não-verbal.
Ao se colocar uma máscara nas crianças, e nos cuidadores dessas crianças, isso tudo é muito prejudicado. Qual a consequência? O tempo irá dizer quão ruim será, eu temo que seja muito, mas muito ruim.
A OMS inclusive não recomenda o uso de máscaras em crianças abaixo de cinco anos. Em crianças de 5 a 11 anos, a OMS recomenda o uso de máscaras apenas se houver seis requisitos cumulativos, e um deles é o seguinte:
- Potential impact of wearing a mask on learning and psychosocial development, in consultation with teachers, parents/caregivers and/or medical providers (“potencial impacto do uso de máscara no aprendizado e desenvolvimento psicosocial, em consulta com professores, pais/cuidadores e médicos”)
Ou seja, o órgão mundial de saúde não recomenda máscara para crianças de cinco anos, e para crianças de 5-11 anos (que já se desenvolverem bem mais do que crianças na primeira infância), o uso de máscara deve levar em conta se isso não vai atrapalhar o desenvolvimento saudável da criança.
A OMS diz isso desde agosto de 2020, há mais de um ano portanto. Eles sabiam que o uso de máscara em crianças de 5-11 anos seria deletério, e em crianças abaixo de cinco anos não seria deletério, mas seria catastrófico para o desenvolvimento delas, é algo quase que criminoso.
Em bebês até 1-2 anos, particularmente, a situação é ainda potencialmente pior, como esse artigo científico The implications of face masks for babies and families during the COVID-19 pandemic: A discussion paper propõe.
O que estamos fazendo com nossas crianças?
Tira máscara, põe máscara. Vírus letal, vírus não letal. Vacinas são a solução para a saída da pandemia, vacinas não colocarão fim a pandemia. Se isso é até difícil de entender para adultos bem informados, imagina para jovens de 7-8 anos?
Há cada vez mais relatos de jovens que se sentem mais seguro e à vontade usando máscaras. Imagina uma criança tímida, a máscara causa um anonimato reconfortante. Mas nem tudo que é reconfortante é necessariamente útil e adequado para o desenvolvimento de um ser humano.
Será que não estamos criando uma geração de pessoas ansiosas, com desejo de esconder suas emoções, não se importando com as emoções dos outros? Como um adulto com essa mentalidade ou esse desenvolvimento vindo da infância irá navegar num mundo cada vez mais complexo de interações humanas?
O que estamos fazendo com nossas crianças?
Lute pelas nossas crianças, ou ao menos pelo seu filho. É nossa (sua) maior responsabilidade.
TEMPOS DIFÍCEIS PRODUZEM HOMENS FORTES. HOMENS FORTES PRODUZEM TEMPOS FÁCEIS. TEMPOS FÁCEIS PRODUZEM HOMENS FRACOS. HOMENS FRACOS PRODUZEM TEMPOS DIFÍCEIS.
Não sejamos a geração fraca que produzirá tempos muito difíceis para as novas e vindouras gerações.
Um abraço a todos!
domingo, 13 de setembro de 2020
Vitamina B6: O Guia Completo
Olá, amigos leitores. O tema do presente artigo é sobre vitamina B6, também conhecida como pirodoxina. Mas por qual motivo falar dessa vitamina em específico? Porque ela é muito importante para a nossa saúde, e porque há alguns detalhes de extrema importância que não são muito conhecidos sobre essa vitamina.
SE QUISEREM CONTINUAR LENDO, ACESSEM O NOVO SITE:
https://mundosoul.com/vitaminab6/
OBRIGADO!
quarta-feira, 29 de julho de 2020
Você Não é As Suas Ideias
Para Continuar Lendo o Artigo, continue no novo Site (Aliás, já deveria estar indo lá de forma direta hein? hehe)
https://mundosoul.com/voce-nao-e-sua-ideias/
Grande Abraço!
segunda-feira, 20 de julho de 2020
Independente Financeiramente. Para quê?
No meu último artigo, escrito em 2017 e republicado semana passada, contei sobre minha exoneração do cargo de Procurador Federal. Mas, então, o que aconteceu nesses últimos 30 meses?
PARA CONTINUAR LENDO O ARTIGO VÁ:
https://mundosoul.com/independente-financeiramente/
E aproveite para se inscrever no e-mail feed.
Um abraço!
segunda-feira, 13 de julho de 2020
Hindsight Bias: O Que Jornais Antigos Podem Nos Ensinar?
Olá colegas! Nesse artigo gostaria de abordar um assunto que me fascina: vieses de julgamento, mas especificamente sobre um em específico o Hindsight Bias.
Se quiser continuar lendo o texto, por gentileza vá ao novo site:
https://mundosoul.com/hindsight-bias/
Amanhã sai novo episódio do Mundo Soul Podcast, confira também!
Obrigado e um abraço!
quarta-feira, 1 de julho de 2020
Crise de Meia Idade? Os Quarenta Chegaram - E novo Podcast no ar!
https://mundosoul.com/crise-de-meia-idade/
Ouça também o novo Podcast sobre se as empresas possuem ou não responsabilidade social com o host do Scicast Fernanda Malta.
https://mundosoul.com/podcast/
OBRIGADO!
segunda-feira, 29 de junho de 2020
Magnésio: O Guia Completo Para a Sua Saúde
Deficiência de Magnésio, por qual motivo esse assunto poderia interessar você prezado leitor? Aliás, o que é Magnésio? Por qual motivo ele é importante para uma boa saúde? São questões a ser abordadas no presente texto.
PARA CONTINUAR LENDO O TEXTO VÁ AO NOVO SITE MUNDO SOUL:
https://mundosoul.com/magnesio-o-guia-completo/
OBRIGADO!
Magnésio: O Guia Completo Para A Sua Saúde
quarta-feira, 24 de junho de 2020
Mentawai: Surfe e Felicidade na Indonésia
SE QUISER CONTINUAR LENDO, ACESSE O NOVO SITE:
https://mundosoul.com/indonesia-mentawai/
OBRIGADO!
segunda-feira, 22 de junho de 2020
Mérito (Virtude) e Acaso (Fortuna). A Relação Inescapável
SE QUISER CONTINUAR LENDO O ARTIGO, POR GENTILEZA ACESSE O NOVO SITE:
https://mundosoul.com/merito-acaso/
OBRIGADO!
sexta-feira, 19 de junho de 2020
Insulina e Glicose: Tudo (quase) que você precisa saber
PARA CONTINUAR LENDO ESSE ARTIGO VISITE O NOVO SITE
https://mundosoul.com/insulina/
quarta-feira, 17 de junho de 2020
Venezuela: Para muito Além do Chavismo
que lança sobre o Brasil.
segunda-feira, 15 de junho de 2020
Herança Social. O que devemos a nossos antepassados?
PARA CONTINUAR LENDO ESSE ARTIGO ACESSE O NOVO SITE EM:
https://mundosoul.com/heranca-social/
sexta-feira, 12 de junho de 2020
Japão, A Flor Estúpida e a Graciosa
quarta-feira, 10 de junho de 2020
O Governo Bolsonaro: Um desastre Anunciado
PARA CONTINUAR LENDO ESSE ARTIGO, ACESSE O NOVO SITE:
https://mundosoul.com/governo-bolsonaro/
A razão de continuar publicando trechos de novos artigos nesse blog, é porque muitos leitores, ou blogueiros, ainda visitam esse espaço. Se você gosta do conteúdo que eu produzo, coloque o novo site em seu Feed, se inscreva no novo site e siga o Podcast Mundo Soul.
Muito obrigado!
segunda-feira, 8 de junho de 2020
Finalidade do Dinheiro. Há mais de uma?
quinta-feira, 4 de junho de 2020
COVID19, Atualidades sobre a doença. Para onde vamos?
Para onde o Brasil vai? Para onde a humanidade se encaminha? Houve um exagero na reação? Não houve? O que há de novo na pesquisa médica a respeito do tema depois de quase três meses?
SE QUISER CONTINUAR LENDO ESSE ARTIGO ACESSE O NOVO SITE:
MUNDO SOUL ATUALIDADES SOBRE COVID-19
Estarei usando esse espaço ainda, já que muitos leitores ainda não conhecem o novo espaço, e por causa do tráfego que vem de outros blogs.
Entre no novo site, e cadastre-se, se tiver interesse para receber os novos artigos.
Escute também o último podcast Cientista Natalia Pasternak com a cientista Natalia Pasternak.
Deixe sugestões, perguntas em mundosoulcontato@gmail.com
Obrigado!