sexta-feira, 24 de setembro de 2021

O que estamos fazendo com nossas Crianças?

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E aí pessoal, quanto tempo. Muitos meses que eu não escrevia nada. Esses últimos meses estão sendo bem desafiadores e bacanas nas mais variadas esferas da minha vida. Espero voltar a escrever com mais constância.

Nossa Maior Responsabilidade

Você leitor talvez não seja Pai ou Mãe. Talvez a maior parte dos leitores não sejam papais ou mamães, e por esse fato, talvez seja um pouco mais difícil de entender, ou até mesmo concordar, com minhas próximas frases. Não tem problema!

Eu acredito que a maior responsabilidade de uma geração de seres humanos é deixar um mundo melhor para a próxima geração. É exatamente por esse motivo que a questão ambiental e do uso não racional dos recursos do nosso planeta pensando apenas nos desejos, prazeres e necessidades de nossa geração um dos atos mais antiéticos que nós coletivamente praticamos.

Mensalão? Petrolão? Bolsonaro e suas maluquices? Tudo, em minha visão, empalidece em termos morais quando pensamos em quão abjeta é a postura de colocar os interesses da geração presente a frente das inúmeras gerações vindouras.

Não gosto de pensar em termos assim tão amplos, tão “coletivos”. Perfeito. A maior obrigação de um Pai ou Mãe, em minha opinião, é com o bem-estar físico, psíquico, emocional e espiritual dos seus filhos.

Não é fácil. Criar nossa filha do jeito que achamos correto, para tentar produzir uma jovem que poderá ser capaz de explorar todos os potenciais humanos, sem sombras ou ansiedade, e com empatia para com os outros, é uma tarefa árdua minha e da minha companheira.

É preciso atenção de qualidade, é preciso paciência, é necessário estudar vários tópicos, etc. É extremamente recompensador, pois não tem nada mais bonito e tocante do que ver a sua filha te abraçando e descobrindo o mundo. Mas não é fácil, é preciso fazer escolhas, e é preciso abrir mão de vontade e desejos pessoais.

Você até pode achar, ou acreditar, que não possui responsabilidade em relação a outros, mas apenas a si próprio. É uma forma de ver a vida e há muitas pessoas inteligentes que pensam assim. Não é como eu vejo a realidade.

Não pensarmos sobre as gerações vindouras, ou o que é pior, deixar um mundo muito pior para elas, é como agredir alguém que não pode se defender, é como dar um tapa num recém-nascido de 20 dias. Se a cena de agredir um bebê de poucas semanas é abjeta, é como deveríamos nos sentir talvez eticamente sobre deixar um mundo pior para as próximas gerações.

O Covid e as Crianças

A crise de COVID se alastra pelo tempo. Quem me conhece, ou gosta do que escrevo, sabe que no começo, por pura curiosidade, fiz uma série de vários artigos sobre vários aspectos técnicos de saúde. Entrevistei inclusive pesquisadores famosos no meu podcast. Isso faz mais de 14 meses.

De lá para cá muita coisa mudou, inclusive em termos de ciência, e eu fico abismado como muitas pessoas, inclusive cientistas, continuam repetindo coisas como se a gente tivesse em março de 2020. Isso não faz o menor sentido.

Uma das ferramentas mais impressionantes de análise da realidade é pensar sobre acontecimentos pro meio de uma lógica de estatística bayesiana. Não, eu não entendo profundamente estatística, mas sei compreender o conceito central dessa forma de analisar o mundo:

AS PROBABILIDADES DOS EVENTOS FUTUROS E INCERTOS DEVEM SER AJUSTADAS CONFORME NOVAS INFORMAÇÕES OCORRAM.

Um exemplo prático sobre o Sars-CoV-2? Em março de 2020 eu passava álcool,  minha mulher ir ao supermercado de luva, etc, etc. Isso fazia sentido na época, pois não se sabia qual era a forma de transmissão, nem a probabilidade de cada forma de transmissão. O alcool, luvas, etc, serviam para minimizar o risco de contágio via superfície de objetos.

Acelere o relógio para setembro de 2021. Faz mais de 14 meses que eu não uso álcool (eu não gosto de passar nenhum produto químico de forma desnecessária no meu corpo), usar aquelas luvas de plástico para se servir num restaurante a quilo não faz o menor sentido (na verdade só cria um passivo ambiental), assim como outras posturas. Por quê? Ora, porque está mais do que claro que a transmissão via superfície é extremamente rara, se é que ela ocorre.

Porém, nós socialmente não utilizamos o modelo mental bayesiano de readequar as probabilidades, e por via de consequência nossas atitudes, no tocante ao uso de álcool, luvas, etc. Isso é irracional.

E isso vem acontecendo em relação às nossas crianças, a nossa maior responsabilidade enquanto pais, sociedade e Nação.

Alguns fatos sobre COVID e crianças:

  1. A chance de mortalidade é minúscula. Um estudo feito na Inglaterra mostrou que a chance de crianças e adolescentes de se hospitalizarem por COVID foi uma em 50 mil. De morrerem UMA EM 500 MIL.  Isso porque pegaram adolescentes, se fossem crianças pequenas, isso seria ainda menor. Dos 25 jovens que morreram na Inglaterra de morte atribuída ao SARS-CoV-2. Da esmagadora maioria do número já muito pequeno que morreu de jovens possuía graves comorbidades, ou seja, já eram crianças/jovens muito frágeis em primeiro lugar.
  2. Se alguém for no site do CDC  e  observar as estatísticas desse órgão de saúde americana observará que morreram 172 crianças de 0 a 4 anos nesse país de abril de 2020 a setembro de 2021. Há cerca de 20 milhões de crianças nessa faixa etária nos EUA. Isso dá uma morte a cada 120 mil crianças. Não há estatísticas sobre a existência ou não de comorbidades nessas crianças. E, se retirasse as mortes ocorridas em bebês de 0-1 anos (segundo uma estatística que não consigo mais encontrar e o sentido da exclusão seria que essas crianças são muito frágeis) as mortes ficariam em linha com o estudo feito na Inglaterra.
  3. Se o leitor for em outra página do CDC observará as estatísticas sobre a temporada de gripe nos EUA na temporada de 2018-2019 (a temporada de gripe vai de outubro a maio do próximo ano, ou seja, oito meses).  Foi uma temporada de baixa-média mortalidade, não foi uma temporada forte. Sabe quantas crianças de 0 a 4 anos morrerem de gripe?  266. Numa temporada fraca-média de gripe em 8 meses morreram 266 crianças. De mortes atribuídas a COVID foram 172 em quase 18 meses.
  4. Crianças, especialmente as mais jovens, não são bons vetores, ou seja, transmissores da doença para adultos. Você pode procurar mais informações, deixo apenas um link de uma reportagem da National Geographic falando sobre um estudo na Islândia.

Em março de 2020 ficar muito preocupado com a saúde das crianças fazia todo e total sentido, inclusive tomando medidas que obviamente trariam malefícios a elas. Mas entre um risco desconhecido e talvez um leve risco de algumas medidas temporárias, era racional e justo, temer o desconhecido.

Porém, amigos, as informações mudaram. Crianças saudáveis tem uma chance absolutamente remota de hospitalização e quase inexistente de morte. A gripe, ao menos nos EUA, mata muito mais crianças de zero a quatro anos do que COVID, e eu ao menos nunca vi nenhum pânico generalizado por causa disso. E além de tudo crianças são pouco transmissíveis da doença, apesar de em relação a variante delta isso estar mudando um pouco.

O que estamos fazendo com nossas crianças?

A Catástrofe Atual e a que se Aproxima

Mas e daí? Você pode estar perguntando. O que estamos fazendo de tão errado em relação a crianças. É tão ruim assim usar máscara, deixar as crianças em casa e deixá-las cada vez mais imersas no mundo online de aprendizado.

Não é ruim, amigos, é uma verdadeira catástrofe que iremos nos arrepender profundamente.

Nos EUA, e não há razão para pensar que no Brasil tenha sido muito diferente, houve uma explosão de obesidade infantil. Eu não disse aumento, mas sim explosão.

Em um estudo longitudinal publicado pelo CDC nessa semana  esse órgão de saúde americano chegou a conclusão de que o número de crianças acima do peso ou obesas na faixa etária de 5-11 anos saiu de 36% para 46% no último ano. Os EUA já lutam com o problema de obesidade infantil, sendo talvez um dos maiores problemas de saúde pública daquele país. O aumento de 10% nessa faixa etária é assustador.

Para se ter ideia esse aumento equivale a todo aumento de obesidade observado nos últimos 20 anos! Em um ano a obesidade, que já era muito grande, subiu tanto como nos 20 anos anteriores.

O número de diagnósticos de crianças com diabetes tipo 2, que era uma doença quase que desconhecida em crianças há 20 anos, aumentou quase 70% no último ano. Isso já é uma consequência direta dessa explosão de obesidade. Diagnosticar uma criança de 10 anos diabetes tipo 2 é algo tão absurdo, que só uma sociedade doente sem qualquer responsabilidade pelas suas crianças deixa isso ocorrer.

Crianças obesas terão mais depressão, menos baixa-estima, ganharão menos, terão mais doenças crônicas e viverão menos. Sim, haverá queda na expectativa de vida, haverá diminuição drástica da expectativa de anos com qualidade de vida, a economia se enfraquecerá e os gastos com saúde serão ainda maiores, pois tratar de doenças crônicas custa muito dinheiro.

O que estamos fazendo com nossas crianças?

 Nós humanos evoluímos para ver o rosto e as emoções das outras pessoas. É como nós fomos constituídos geneticamente. Eu estou treinando Krav Maga há uns meses, e só vi o rosto do meu professor uma única vez, até brinquei com ele sobre esse fato. É estranho conviver com pessoas assim, mas talvez em relação a adultos, apesar de piorar a qualidade das interações, o benefício de usar uma máscara para conter a transmissão de um vírus que se transmite pelo ar faça sentido.

Mas, para crianças? Elas tem uma chance muito pequena de qualquer coisa de ruim acontecer, elas não são bons vetores da doença, por qual motivo elas devem usar máscaras? E os prejuízos de usar máscaras?

Os benefícios são teóricos e talvez muito diminutos. E os prejuízos? Esses são bens reais. Ao contrário de adultos que já se desenvolveram, crianças pequenas precisam ver o rosto de outras crianças e de adultos. Não é um capricho. Não é algo estético. É uma necessidade biológica vinda da nossa evolução.

Uma criança irá olhar o rosto de um adulto, e verá se ele ficou triste, feliz, brabo, com alguma atitude que ela tomou. Irá relacionar atitudes a emoções, irá aprender por conta própria a comunicação não verbal. Isso é essencial para o desenvolvimento de crianças saudáveis do ponto de vista físico e mental. De crianças que viraram jovens e saberão navegar nas complexidades e nuances da comunicação humana seja verbal, como não-verbal.

Ao se colocar uma máscara nas crianças, e nos cuidadores dessas crianças, isso tudo é muito prejudicado. Qual a consequência? O tempo irá dizer quão ruim será, eu temo que seja muito, mas muito ruim.

A OMS inclusive não recomenda o uso de máscaras em crianças abaixo de cinco anos.  Em crianças de 5 a 11 anos, a OMS recomenda o uso de máscaras apenas se houver seis requisitos cumulativos, e um deles é o seguinte:

  • Potential impact of wearing a mask on learning and psychosocial development, in consultation with teachers, parents/caregivers and/or medical providers (“potencial impacto do uso de máscara no aprendizado e desenvolvimento psicosocial, em consulta com professores, pais/cuidadores e médicos”)

Ou seja, o órgão mundial de saúde não recomenda máscara para crianças de cinco anos, e para crianças de 5-11 anos (que já se desenvolverem bem mais do que crianças na primeira infância), o uso de máscara deve levar em conta se isso não vai atrapalhar o desenvolvimento saudável da criança.

A OMS diz isso desde agosto de 2020, há mais de um ano portanto. Eles sabiam que o uso de máscara em crianças de 5-11 anos seria deletério, e em crianças abaixo de cinco anos não seria deletério, mas seria catastrófico para o desenvolvimento delas, é algo quase que criminoso.

Em bebês até 1-2 anos, particularmente, a situação é ainda potencialmente pior, como esse artigo científico The implications of face masks for babies and families during the COVID-19 pandemic: A discussion paper propõe.

O que estamos fazendo com nossas crianças?

Tira máscara, põe máscara. Vírus letal, vírus não letal. Vacinas são a solução para a saída da pandemia, vacinas não colocarão fim a pandemia. Se isso é até difícil de entender para adultos bem informados, imagina para jovens de 7-8 anos?

Há cada vez mais relatos de jovens que se sentem mais seguro e à vontade usando máscaras. Imagina uma criança tímida, a máscara causa um anonimato reconfortante. Mas nem tudo que é reconfortante é necessariamente útil e adequado para o desenvolvimento de um ser humano.

Será que não estamos criando uma geração de pessoas ansiosas, com desejo de esconder suas emoções, não se importando com as emoções dos outros? Como um adulto com essa mentalidade ou esse desenvolvimento vindo da infância irá navegar num mundo cada vez mais complexo de interações humanas?

O que estamos fazendo com nossas crianças?

Lute pelas nossas crianças, ou ao menos pelo seu filho. É nossa (sua) maior responsabilidade.

TEMPOS DIFÍCEIS PRODUZEM HOMENS FORTES. HOMENS FORTES PRODUZEM TEMPOS FÁCEIS. TEMPOS FÁCEIS PRODUZEM HOMENS FRACOS. HOMENS FRACOS PRODUZEM TEMPOS DIFÍCEIS.

Não sejamos a geração fraca que produzirá tempos muito difíceis para as novas e vindouras gerações.

Um abraço a todos!

 

15 comentários:

  1. Olá Soul Surfer, nossa seu texto foi brilhante. Um grande alerta se torna iminente, e não é apenas questão de saúde. Esse seu texto pode ser CANCELADO, tratado como "fake news", e você pode ser chamado de "negacionista". E isso independente de quantos estudos você colocar!
    Estranho? Irreal? É o que está acontecendo.

    Então a questão da saúde, física e mental, é crítica? Some-se isso à falta de liberdade de sequer poder discutir em alto nível, como você tem feito. PS senti falta de seus estudos aprofundados no início da pandemia. Mas entendi agora o que houve, de fato, não fazia sentido ficar em cima de algo que entendemos não ser tão grave como algumas mídias do apocalipse ainda pregam.

    Soul, eu já discordei de você em muitas coisas, apesar de nunca bater de frente. Mas devido ao alto nível de suas postagens, eu sempre passo por aqui. E esse seu texto foi fenomenal.

    Achei que você iria mencionar a problemática das vacinas para crianças. Senti falta. Pois estão vacinando crianças de 12 anos, mas logo vão querer vacinar os bebês.

    Eu escrevi um artigo no meu site recentemente, sobre liberdade de expressão, e falei sobre isso. Se você fala QUALQUER coisa diferente do que a agenda mundial defende hoje, você é cancelado.

    Para que meu comentário não seja apagado da internet, vamos tratar assim. Qualquer coisa falada contra qualquer lista abaixo, você pode ser preso:

    - Vacinas são 100% eficazes
    - Tratamento Imediato para COVID não funciona em nenhuma hipótese
    - Usar máscara faz bem a todos
    - Passar álcool nas mãos e medir a temperatura ao entrar em qualquer estabelecimento são medidas eficazes contra a propagação do vírus
    - A OMS está sempre certa
    - Ficar em casa sem contato com ninguém, é importantíssimo e crucial
    - Escolas não devem abrir até estar todos vacinados

    E tantas outras afirmações absurdas

    Devo parar por aqui, antes que o grande irmão me puna por pensar.

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    1. Fala meu amigo,
      grato pelo comentário.
      Ter discordado ou não de mim, é indiferente, na verdade é saudável.
      Precisamos de discussões de maior nível, onde as pessoas, mesmo com visões diferentes, estejam realmente dispostas a melhorar o entendimento sobre a realidade e não apenas "vencer um argumento".
      É uma crise complexa essa que passamos mesmo.
      Se der, peço para adicionar o meu blog "mais oficial" mundo soul!
      Um abraço!

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  2. Ótimo texto. Uma pena que não se discuta nada disso de uma forma cientifica, sempre será uma guerra politica, até entre vulgos pesquisadores. Quem sabe daqui uns anos a grande impressa faça uma analise real do que foi feito de errado/atoa nesse período, mas aí já vai ser tarde.

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    1. Pois é, colega.
      Como tudo, o tempo dirá e as análises serão feitas com mais calma, sem a emoção do momento.
      Um abraço!

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  3. Como sempre, mais uma postagem moralista, coalhada de ideologia pequeno-burguesa e da tal meritocracia. Já defendeu o Bozo hoje?

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  4. Excelente postagem, Soul.

    Criaram uma verdadeira matrix em torno do c0vid. Eu até hoje tenho colegas de trabalho que passam álcool até nos talheres que vão usar no restaurante, usam duas máscaras para andar não no ônibus lotado, mas ao ar livre, e que ao mesmo tempo ficam batendo papo na hora do almoço sem máscara dentro do restaurante com zero preocupação. O vírus só "funciona" a partir de 1,20m do chão?

    Sinceramente, esta é uma das maiores histerias que já acometeram o mundo. A doença é mortal para algumas pessoas, sim, mas a taxa de mortalidade não justifica o alarde feito. Este alarde provavelmente tem propósitos escusos... no mínimo, no mínimo é para figurões da b1g ph@rma lucrarem bilhões...

    Se houvesse mesmo interesse em manter as pessoas saudáveis, estariam nos incentivando a tomar sol todos os dias, fazer exercícios, beber mais água, cortar álcool, fast food e açúcar refinado... estas medidas simples já dão um imenso up na imunidade de qualquer pessoa. Mas não vejo nenhuma "autoridade" falando a respeito disso (ou se fala, a mídi@ suja não divulga)

    Dentro do contexto da frase que você citou, estamos vivendo os tempos difíceis criados pelos homens fracos de outrora. A esperança é que eventualmente surgirão homens fortes.

    Outra frase que se aplica bem ao que vivemos hoje em dia: a mentira precisa ser defendida dia e noite para conseguir durar.

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    1. Olá, Mago, grato pelo comentário.
      Eu acredito que é uma crise série de saúde pública. Em certos subgrupos de pessoas, é uma doença com alta taxa de mortalidade. Em outras, como crianças, é no mesmo patamar de outros vírus respiratórios.
      Em alguns casos a resposta passou do tom, e em outros deixou muito a desejar.
      Numas que deixou a desejar, é que realmente essa crise poderia ser um catalisador seja para os indivíduos pensarem mais em sua própria saúde, seja para instituições refletiram mais sobre como nós nos organizamos enquanto sociedade e quais valores promovemos ou não em relação à saúde física e mental.

      Um grande abraço!

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  5. O que estamos fazendo não, o que você está fazendo. Seria legal se citasse quem são os culpados por essas ações, dar nome aos bois, não essa ideia coletiva de culpa, de um culpado anônimo que pode até ser eu. São os comprachicos da era moderna.

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    1. Olá, Já ucolega.
      Foi apenas um artigo de um blog que há muito tempo não escrevia, não é uma peça acusatória num processo judicial.
      Quem são os responsáveis? Todos de certa maneira. "de um culpado anônimo que pode até ser eu", pode ser sim, com certeza. Por falta de conhecimento técnico de como ler a literatura científica, por exemplo. É uma habilidade que poucos tem (eu não possuo muito apurada, por exemplo). Logo, um pai que coloca a máscara numa criança de dois anos está querendo fazer o melhor para o seu filho, com certeza, apesar de por falta de conhecimento, no caso específico das máscaras, estar fazendo o oposto.
      Já um m outro pode sugerir ao seu irmão, um diabético com 50 anos e BMI de 32, a não tomar a vacina contra o SARS-CoV-2, o que seria uma aconselhamento que não faria sentido do ponto de vista racional e da evidência científica.
      A crise atual envolve várias áreas do conhecimento com diversos desdobramentos.
      Ao invés de apontarmos dedos uns para os outros, em minha opinião faz mais sentido tentarmos raciocinar sobre saídas menos traumáticas para as novas gerações.

      Um grande abraço!

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  6. Excelente texto Soul

    Exatamente o que eu penso. No meu trabalho, se exige medição de temperatura no pulso para entrada e aqueles tapetes sanitizantes, que eu acho que foi a coisa mais estúpida inventada nesse teatro da higiene, que eu já achava meio obtuso em março de 2020 (mas até relevava), mas hoje eu não tenho nem palavras pra descrever. Um vírus respiratório que se pega pelos calçados.

    Mas enfim, voltando, no meu trabalho, onde há inclusive uma comissão de 'segurança do trabalho' que se discute essas medidas, parece que pararam em março de 2020. O mais engraçado, se não fosse trágico, é que a única medida que REALMENTE tem sentido é o uso de máscaras profissionais (PFF2), e sobre essas, o aviso do elevador fala justamente o contrário, para não usá-las, porque, possivelmente, ainda usava a justificativa de março/20 quando esses EPIs estavam em falta e sendo priorizados nos hospitais.

    Então o negócio é tão surreal que eles incentivam e obrigam as coisas já comprovadamente inúteis (aferir temperatura no pulso, tapete sanitizante, alcool em gel) e desestimulam a unica coisa que tem efeito para vírus respiratório, que é uma máscara decente.

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    1. Olá, amigo.
      Numa academia que estava treinando também tinham esses tapetes. Realmente é surreal. Mas é fácil entender: precisamos de algum mecanismo para voltar à "normalidade" com segurança, mesmo que não faça sentido. Os tapetes usam nessa lógica.

      Sobre as máscaras concordam, especialmente se a pessoa irá ficar num lugar fechado. Mas se a mesma está vacinada, ou se já foi infectada, ou ainda se foi infectada e vacinada, eu não me preocuparia muito com o uso de máscaras, a não ser que seja portador de várias comorbidades.

      Um abraço!

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  7. O maior problema no Brasil hoje é exatamente as pessoas criticarem o certo e defenderem o errado. Para isso ficam criando teses das mais variadas que, no fundo, não tem nada com o problema em si.

    Eu uso máscara, sou a favor do distanciamento e principalmente das vacinas.
    Mas, infelizmente, em um país que erradicou várias doenças por causa da vacina, como a paralisia infantil e o sarampo, vemos pessoas atualmente querendo (e conseguindo) boicotar uma das maiores evoluções da humanidade, que é a vacina.

    Eu tenho dois filhos, uma de 12 e um de 5. Usam máscaras quando saem de casa sem problema algum.
    O menor não tira de jeito nenhum. Nem precisa cobrar.
    Na sua visão ele está errado e o certo é quem não usa?
    Difícil hein!

    Em um país em que a MAIOIRA das pessoas não sabe nem o que é manter um metro de distância do outro, a obrigatoriedade tem que ser imposta mesmo. INFELIZMENTE.

    Eu sou a favor do bem coletivo acima do individual.
    Atualmente tem muita gente LIVRE no cemitério por causa da covid19. Basta pesquisar o tanto de negacionista morto.

    Na minha cidade tinha um médico NEGACIONISTA ao extremo. Ficou 4 meses internado com covid19 e morreu. Deixou 3 filhos. Enfim, é muita burrice. Pegunto: custava ficar calado e usar máscara?

    A chance de estar vivo com os fihos hoje seria BEM maior.

    Um abraço e não fique chateado com o meu texto.
    kkkkk



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    1. Olá, amigo, grato pelo comentário.
      Eu não fico alegre, nem triste com comentários que concordam ou discordam do que eu penso. Na verdade é indiferente para mim.
      Não sou casado com minhas ideias, aliás minhas ideias não querem dizer nada, até porque sempre são minhas verdades transitórias.
      O que me deixa feliz é ver o comentário de alguém feliz com a vida, com o filho, ou alguma coisa assim.
      Talvez você seja novo no espaço e não conheça os meus escritos.


      a) Vacinas - Com certeza. Junto com antibióticos e saneamento público, foram os grandes "milagres" para aumento da expectativa de vida.

      b) Máscaras em crianças de cinco anos ou menos. - Sim, está em desacordo com a orientação técnica da OMS. Os efeitos negativos nas crianças, em nível populacional, serão muitos . Individualmente, os efeitos poderão ser negativos ou neutros. Espero que no caso de seu filho seja neutro.

      c) "Negacionistas", máscaras e mortes por SARS-CoV-2. Não sei o seu conhecimento técnico sobre máscaras. Mas elas funcionam de forma bem limitada, o efeito é bem pequeno. Quem diz isso é uma revisão da literatura feita em fevereiro de 2021 pelo "CDC" Europeu.
      Pessoas que não usaram máscara, morreram.
      Pessoas que usaram máscara, morreram.
      Não é assim que se analisa a evidência, amigo.

      Eu creio se a pessoa se tornasse mais saudável, dormisse bem, fizemos exames de sangue mais completo, levantasse peso, diminuísse stress, tomasse sol, comesse bem, a chance de morrer pela doença COVID19 (a não ser em caso de pessoas extremamente debilitadas) seria bem diminuída. O melhor remédio é ser saudável.
      Agora com as vacinas as pessoas podem diminuir a chance de hospitalização e óbito em algo em torno de 80%, o que é uma ótima notícia para uma população em sua maioria doente.

      Um abraço!


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    2. Ótima resposta soul
      Sempre com argumentos técnicos

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