quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

O PROBLEMA DOS NOVE PONTOS - SOBRE O PENSAR "FORA DA CAIXA"


Pensar fora da caixa. Quantos de nós não já ouvimos essa expressão? Resolvi fazer um breve artigo sobre este tema baseado em dois motivos. O primeiro é que achei absolutamente interessante a origem dessa expressão. O segundo motivo foi o comentário de um anônimo numa postagem anterior. Os comentários, mesmo aquele oriundo de mensagens mais agressivas, quase sempre me dão insights para escrever artigos. Não o faço, por questão de tempo, prioridade e dedicação. Porém, nos últimos dias venho me sentindo mais inspirado a escrever mais nesse pequeno blog que possuo.

               



                O que a figura acima significa?” alguns podem estar pensando. Esse é o famoso experimento dos nove pontos, e é a razão, ao menos é o que muitas fontes dizem, de termos a expressão “pensar fora da caixa”. Eu sou sincero e digo que não tenho tanta paciência para fazer esses testes, mas se o leitor quiser tentar antes de continuar o artigo, a tarefa é unir os nove pontos com apenas quatro linhas sem tirar o lápis (ou caneta) do papel (no caso do presente artigo o experimento terá que ser mental na tela do computador).

                Conseguiu? Se alguém tentou, muito provavelmente, se não conhecia previamente esse famoso teste psicológico que vem sendo aplicado há 50 anos com dezenas de artigos científicos a respeito, não vai conseguir resolver. Em muitos testes, menos de 5% das pessoas conseguem resolver, e às vezes ninguém consegue solucionar esse simples, mas intrigante problema. Abaixo listo algumas soluções adotadas, mas que possuem cinco linhas e não apenas quatro.



                Sem mais mistérios, abaixo segue a solução do problema:

Um solução
A mesma solução do outro lado

                Uau, Soul, mas essa solução é possível? Pode sair dos limites dos pontos?” Sim, prezado leitor, pode, nada no enunciado no problema dizia que havia alguma limitação, uma fronteira feita pelos contornos dos pontos. Como essa ideia surge na cabeça da maioria das pessoas então? De alguma maneira nosso cérebro associa os pontos a um limite intransponível, e tendo como premissa básica esse fato, tenta achar uma solução dentro desse limite, o que não vai conseguir.  Como o nosso cérebro nos auto-impõe esse limite, qualquer solução “fora da caixa”, e que é a única maneira de resolver esse problema, se torna inacessível para o nosso processo consciente de tomada de decisão.

                Caixa? Sim, o mais interessante desse experimento é que se os nove pontos são apresentados dentro de quatro linhas maiores (significando um espaço ampliado) numa espécie de caixa, o índice de pessoas que conseguem chegar na solução certa aumenta exponencialmente, pois agora nosso cérebro percebe que a linha poderia ir além dos pontos, pois há um espaço “geográfico” ampliado, fazendo com que o pensamento seja mais natural para o cérebro consciente, seja mais “dentro da caixa”.

Se o problema é apresentado dentro de um quadrado (que contenha os 9 pontos) muitas mais pessoas conseguem resolver o problema


                O que tirar desse experimento? Primeiramente, é muito difícil pensarmos “fora da caixa”, ou seja, fora dos limites que o nosso próprio cérebro impõe a nós mesmos pelas nossas crenças, percepções, cultura, etc. Simplesmente, não é fácil, e é por isso que grandes empreendedores, cientistas, pensadores, com idéias ousadas e revolucionárias são em pequeníssima minoria em nossas sociedades humanas.

                O outro é que talvez você prezado leitor, assim como eu, não seja abençoado com a capacidade de pensamentos extremamente criativos, mas com algum esforço talvez possamos ampliar a "nossa caixa", nossos limites, para que soluções mais criativas e eficientes possam ocorrer com mais naturalidade. Como?

                Bom, esse site já abordou em dezenas de artigos algumas ferramentas. A primeira é reconhecer que nós tomamos decisões muitas vezes a nível quase que inconsciente influenciado por heurísticas, atalhos mentais que poupam energia do nosso tempo quando ele precisa tomar uma decisão. Um dos maiores vieses é o de confirmação, a tendência de darmos muito mais valor a uma informação que corrobore nossas ideologias, idéias, crenças, do que uma informação que contradiga o que acreditamos ser certo. Isso é um erro, é exatamente o oposto de como o método científico funciona. Se a ciência trabalhasse com viés de confirmação, nós com certeza não teríamos avançado tanto em conhecimento enquanto espécie.

                Logo, é bom ser exposto a idéias diferentes, a pessoas diferentes, a formas de viver a vida diferente, faz bem, atenua nosso principal viés (o de confirmação), e pode levar sim à ampliação dos limites que nossa consciência considera como válidos, fazendo que o nosso “pensar na caixa” talvez seja mais amplo do que se repetirmos diariamente as mesmas leituras, as mesmas conversas, os mesmos hábitos.

                Outra forma é talvez simplesmente relaxar, ter um tempo “ocioso”, realizar algo como a famosa expressão “ócio criativo” do sociólogo italiano Domenico Di Masi. Talvez quando não estamos focados em algo, ou pior ainda distraídos com alguma bobagem numa mídia social, ou alguma notícia política, ou alguma controvérsia de uma celebridade, podemos deixar nosso cérebro trabalhar melhor, e fazer conexões que talvez não fossem tão naturais se estivermos ocupados a todo o momento.

                Seja como for, a capacidade de “pensar fora da caixa” é muito importante. Se nenhum de nós, muito provavelmente, será tão brilhante como um Einstein, ou tão inovador como um Steve Jobs, muitas áreas de nossa vida podem se beneficiar se ampliarmos os limites sobre os quais nosso cérebro “enxerga” e decodifica a realidade.  Talvez a pessoa esteja tão absorta em notícias, debates, etc, que as suas relações pessoais mais básicas e fundamentais estejam negligenciadas. Talvez o “pensar fora da caixa” numa situação como essa seja simplesmente reconhecer que é errado, ou melhor dizendo infrutífero, pensar tanto em algo que foge do controle em detrimento de devotar tempo e a atenção necessárias para regar as relações pessoais importantes na vida.

                Talvez “pensar fora da caixa” seja não se seduzir pela cantilena do consumo inconsciente, e economizar parte da renda para formar um patrimônio para ter certa liberdade financeira e com isso alcançar outros objetivos. Pode parecer banal para leitores desse blog, mas para boa parte das pessoas isso seria um autêntico “pensar fora da caixa”. 

          Há inúmeras áreas de nossa vida, e de nosso conhecimento, que podemos fazer tentativas de pensamento original, ou talvez de ampliar nossos limites. Ao contrário do que pode parecer num primeiro momento, é uma jornada prazerosa. Talvez no primeiro momento possa causar desconforto, o que é normal quando fazemos tentativas de quebrar alguns hábitos ou “zonas de conforto”, mas quase sempre, se não sempre, as recompensas mais do que valem o esforço inicial.

                Um abraço a todos!
               

25 comentários:

  1. Soul,

    Meu pai e matemático e minha mãe é arte educadora. Os 4 filhos do casal houveram-se muito bem em suas vidas profissionais e acadêmicas. O mais velho chegou a doutorar-se em uma prestigiadíssima universidade americana.

    Dia desses eu conversava com os dois para saber "o segredo", porque gostaria de criar meu filho como eles nos criaram.

    Minha mãe foi resoluta na resposta: deixe a criança ser criança e não tolha nenhum pensamento ou brincadeira.

    Ainda hoje, perto dos 70, ela monta nave espacial de caixa de papelão, faz mestre Yoda de crochê, ensaia músicas de natal no violão com a netaiada.

    Se um neto quer fingir que embaixo da mesa é uma cabana, ela providencia um lençol e cria uma história mirabolante em torno disso tudo... Sempre deixando a criança conduzir a aventura.

    Quantas avós dessas existem por aí? Quantos pais da nossa geração sabem fazer isso com seus filhos?

    Temo que a caixa ficará cada vez mais superpopulosa.

    "A imaginação é mais importante que o conhecimento" Einstein (acho)

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    1. Olá, colega.
      Poxa, eu gostaria de ter tido uma avó assim, e gostaria que minha filha tivesse uma avó exatamente assim.
      É como nos esforçaremos para ser nesses primeiros anos de infância. Muito legal o seu relato sobre a sua mãe, muito mesmo.
      Um grande abraço!

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    2. Mais um breve comentário, totalmente fora do tópico:

      Vi hoje, numa daquelas incômodas propagandas do YouTube, que a Empíricus lançou um curso voltado a (uma estratégia infalível que vai te deixar milionário com) leilões de imoveis.

      Acho que eles lêem seu blog.

      Abraço!

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    3. Olá, colega. Eu acho que não leem, pois atuar no mercado de leilão de imóveis envolve muito estudo, saber que é arriscado e não necessariamente haverá retornos excepcionais (e em alguns casos até pode haver perdas). O primeiro capítulo do livro que estava escrevendo sobre o assunto tinha como tema exatamente retirar essa ideia de que se pode "enriquecer" de forma fácil e sem riscos com leilões.

      Um abraço!

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  2. Esse mundo onde precisamos e ser especial deve tá gerando um mar de ansiedade no povo.Vida simples não serve mais ,nada é suficiente.
    celular plano de dados, internet fibra, netflix ,carro, viagem(nacional não serve mais),madero, outback ,starbucks,coaching . Ser mediano e um crime, to muito confuso quanto ao meu lugar no meio disso tudo.

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    1. Olá, Soldado do Milhão. O seu ponto é bem interessante, e sempre quis escrever sobre esse tópico "ser mediano é um crime" há bastante tempo, pois acho ele extremamente relevante. Porém, espero que o presente texto não tenha passado a impressão que permeia a sua mensagem, eu creio que todos nós somos especiais, mas creio que o seu diagnóstico é preciso de como essa ânsia por fazer coisas diferentes, sempre estar se sobressaindo em algo, está tirando a paz de espírito de muita gente.

      Um abraço!

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  3. Olá Soul.

    Parabéns pelo excelente artigo. A maioria segue a manada. Poucos pensam fora da caixa.
    Eu me sinto um mediano e sempre estou buscando pensar fora da caixa para não ser mais um medíocre, só que pensar fora da caixa é muito difícil, mas não podemos desistir.

    Abraços!

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    1. Olá, Cowboy. Grato pelo comentário, amigo. Sua mensagem, junto com a do soldado do milhão me deu ideia de fazer mais um artigo.
      Um abraço!

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  4. E quando o cidadão pensa que está pensando fora da caixa mas na verdade o pensamento dele está é errado mesmo? Pior, não admite, foge pela tangente, cita informações adversas que podem ser extraídas facilmente do google para impressionar os incautos.
    Normalmente blogueiros e pessoas que votam em partidos tidos como esquerda tem esse comportamento.

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    1. Olá, colega. Sim, claro, a pessoa pode estar errada. Uma das maneiras de melhorar a capacidade de pensamento, e de tomada de decisões, é reconhecer que está errado sobre algum aspecto da realidade. Ora, isso nada mais é do que combater a heurística que cada ser humano tem que é o viés de confirmação, é trazer a forma de pensar científica para a própria vida da pessoa. É difícil, mas é possível tentar.

      "Pior, não admite, foge pela tangente, cita informações adversas que podem ser extraídas facilmente do google para impressionar os incautos."
      Sim, muitas pessoas, hoje em dia a esmagadora maioria ainda mais pelos efeitos de "caixa de eco" que redes sociais fornecem, realmente dificilmente vão admitir que estavam erradas, e vão por meio de "informações adversas" (não ficou muito claro se você pensou muito como usou esses signos juntos, pois se uma pessoa busca uma informação adversa, ela está na verdade buscando uma informação contrária, creio que você se equivocou aqui), e novamente remeto ao viés de confirmação. É uma lição que realmente deveria ser mais enfatizada nos colégios, e para os adultos também, que não precisamos ter compromisso com erro, e não há nenhum mal em dizer "não sei", ou "estava errado", ou em relações pessoais "desculpa".

      "Normalmente blogueiros e pessoas que votam em partidos tidos como esquerda tem esse comportamento."
      Aqui, parece-me apenas um comentário feito com amargor, especialmente em relação a esse espaço, apesar de você não deixar muito claro o motivo. O fato de ser um blogueiro ou não, obviamente é indiferente em relação a existência do viés de confirmação ou a tendência humana de se "envergonhar" de admitir que estava errado. Vejo isso em políticos, blogueiros, não blogueiros, encanadores, advogados, etc.
      Porém, você ainda qualificou para mais de uma característica, pois além de blogueiro colocou que “votam em partidos tidos como esquerda”.
      Talvez você não saiba, mas simplesmente cometeu um erro muito simples que há muito tempo é conhecido na psicologia.

      Marcela é advogada tributarista.
      Karina é advogada tributarista que já militou na faculdade no movimento feminista e pelo direito das minorias.

      Se perguntassem a você, prezado anônimo, se seria mais provável Marcela ou Karina ter votado num partido "dito como esquerda" nas eleições presidenciais brasileiras de 2018, você provavelmente diria Karina.
      A sua resposta estaria obviamente errada (tendo em vista sua frase de "blogueiro e que vota em partidos de esquerda suponho que você faria parte da estatística dos que erram nesse teste simples), e boa parte das pessoas submetidas a testes desse tipo erram algo extremamente básico do ponto de vista de atribuição de probabilidades.

      Abraço!

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  5. Olá Soul,

    Belo texto como sempre. Eu particularmente gosto bastante desse ponto;

    "Logo, é bom ser exposto a idéias diferentes, a pessoas diferentes, a formas de viver a vida diferente, faz bem"

    Tem um livro de um padre, agora não recordo seu nome, que fala para não fugirmos de encontros com pessoas contrárias a nós.

    Eu não o li, mas sei que sua mensagem é que crescemos muito ao não descartarmos o diferente.

    Hoje em dia acredito que lidar com o diferente é o mais pensar fora da caixa para muitos rs

    Abraço!

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    1. Olá, Investidor Inglês.
      Primeiramente, desculpe, não respondi uma mensagem anterior sua. Fico feliz que esteja gostando do livro sobre a Dinamarca. Alguns criticam o estilo "descolado" da autora, mas eu acho fantástico. Ela não fez um trabalho acadêmico sobre a cultura, política, etc da Dinamarca, mas sim um relato muito divertido sobre a sua experiência naquele país, tentando trazer diversos temas.

      Sobre o padre, ele está apenas resgatando uma tradição filosófica que há muito tempo se conhece, mas infelizmente não é tão enfatizado nos dias de hoje.

      Um abraço!

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    2. Sem problema Soul!

      Sobre o livro, o jeito descolado dela deixa a leitura leve.

      Estou gostando sim, estou em sua metade. Acho que até o fim de semana eu termino. Ai tem uma porrada de livro do Fiódor Dostoiévski para ler (peguei uma promo para o kindle rs).

      Qual seu livro favorito desse escritor?

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    3. Rapaz, esse para mim é o maior escritor de todos os tempos. Quando estive na Rússia, fiquei maravilhado de ver estações de metrô em sua homenagem, painéis desenhados ilustrando diversas cenas de obras famosas, diversos museus dedicados a ele. Fantástico.
      Você precisa dar tempo, e deixar a leitura fluir, eu não sei se eu leria a obra de Dostoiévski em Kindle.
      Sugeria o magistral "O Idiota".
      É claro o também magistral "Irmãos Karamazov", esse livro é simplesmente estupendo.

      Tem o famoso "crime e castigo", o divertido "o jogador" e o interessante "recordação da casa dos mortos". Esses dois últimos com insights autobiográficos de quando ele foi exilado para Sibéria, bem como dos dias de jogatina dele.

      Um abraço!

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    4. Uma coisa que achei extremamente válida para ler "fora da caixa" foi assinar um clube de livros ( TAG curadoria). Meu principal hobby é ler. Leio 1 a 2 livros por semana há 25 anos. mas nesses 15 meses que tenho essa assinatura conheci 15 autores dos quais nunca tinha ouvido falar e adorei todos os livros...

      Sardinhanonima

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  6. Qual o sentido da vida?

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  7. Esquerda para a direita, de cima para baixo. Sempre dentro da caixa, claro.

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  8. Grande Soul e mais um belo post.
    Quando eu vejo o pessoal falando do empreendedorismo falando sobre isso, a mensagem que vem na minha cabeça sobre "pensar fora da caixa" é que temos que fazer o nosso próprio caminho, seja estudando, trabalhando, indo atrás de renda extra, enfim é nâo ficar parado e satisfeito com as oportunidades que a vida nos deu.

    Veja o seu próprio caso narrado aqui por vc, era concursado num excelente concurso da área jurídica (almejado por literalmente milhões e milhões de brasileiros), pensou fora da caixa e conseguiu grandes somas negociando imóveis - ou seja, vc não se conformou apenas com o seu emprego público, vc "pensou fora da caixa", estudou, aprendeu, praticou, investiu e correu riscos no mercado de leilões de imóveis e trilhou o seu caminho.

    O dono da China in Box era dentista.
    O dono do Habibs era médico.

    Enfim, a mensagem que eu deixo aqui é que sempre temos que buscar novas formas e estudar, trabalhar e aprender muito para não ficarmos limitados na nossa profissão. Eu por exemplo aprendi a investir na bolsa e iniciei a vida de franqueado. Conheço mais de 200 amigos na minha profissão que ainda estão dentro da caixinha da minha profissão e estão completamente estagnados e reféns do sistema. Parece piegas de empreendedor de palco essa frase, mas ela é real.

    Abraços!

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    1. Olá, frugal.
      Com certeza você é um exemplo para muitos. Eu que te conheço um pouco mais, ainda adicionaria que você é um exemplo pelo belo caráter que possui, e isso ficou muito claro quando você realmente se preocupou quando aconteceu aquele incidente com a minha mãe.
      Eu, sinceramente, dou muito mais valor a isso, do que a vitórias financeiras. Você em os dois.
      Eu acredito que você tenha razão, mas "o pensar fora da caixa" acredito que se aplique a várias facetas de nossa vida, e não apenas necessariamente apenas ao ato de empreender ou conseguir melhoras financeiras na vida.
      Um grande abraço!

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  9. Investidor ingles: "não fugirmos de encontros com pessoas contrárias a nós."
    O mesmo se aplica a leituras.
    As vezes lemos apenas o que gostamos de ler sem nos esforçarmos para ler algo q "sabemos q nao gostamos" sem preconceitos.
    Alguém "de direita" pode ler o manifesto comunista, por exemplo, sem acreditar que aquilo lhe fara influencia. Pelo contrario, pode ainda reforcar o sentimento da pessoa quanto à politicas de direita. (Apenas um exemplo tosco)

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  10. Somos consumidores de informação, e acabamos não tendo tempo para termos nosso próprio raciocínio para soluções. Veja que antigamente se descobriam muitas coisas, pois as pessoas eram mais observadoras e não estavam expostas constantemente a estímulos que desviassem a atenção.

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  11. Belo artigo. Estou lendo o livro "Sonho mais ou menos grande" do Bastter (indo para o segundo capítulo) e encontrei uma grande similaridade com seu artigo (o Bastter é "muito mais ácido" que vc, hehehe).

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  12. Muito bom, e realmente e muito dificil por em pratica isso.
    Abraco.

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