Olá,
prezados leitores. Sim, a enrolação foi e está sendo grande. Já falei sobre
esse tópico algumas vezes no blog, mas resolvi fechar um ciclo: terminar de
escrever um livro sobre leilão de imóveis. De vez em quando, eu participo de
uma reunião de homens chamado “Brotherhood”. Nos encontros, se discutem temas
como vulnerabilidade, sagrado masculino e feminino, empatia, entre um monte de
outros temas. As conversas se dão em roda, depois de uma janta preparada pelos
participantes, há cantos em sintonia, e como o rapaz que é uma espécie de
coordenador é descendente de tupis guaranis, a parte final foi uma espécie de
meditação coletiva em torno de uma fogueira.
É incrível quando vem pessoas novas e nunca pararam para refletir a respeito dos diversos temas, ou, por causa da forma que nossa sociedade trata esses temas, nunca se sentiu num ambiente que assuntos tão essenciais para uma boa vida pudessem ser discutidos de forma franca e de boa-fé. É possível às vezes também perceber como questões pessoais das mais simples às vezes são tão prevalentes em algumas pessoas pelo simples fato delas nunca terem refletido a respeito sobre outra prisma. Raiva, frustração, medo, desejos e imposições sexuais, papel do homem na sociedade, na família, etc, etc. E é bem bacana ver que uma simples conversa de algumas horas, alguns gestos como cantar com outros, olhares de respeito, podem realmente transformar a pessoa, ou ao menos colocar numa boa direção para uma mudança positiva em sua vida.
Por causa da paternidade, eu vou
poucas vezes a esses encontros. Entretanto, quando vou, sempre saio com bons
insights e com uma “boa energia”. Nas rodas de conversa, só é permitido um
falar, e o outro que vai falar em seguida não quer contestar a fala anterior, mas apenas
colocar a sua própria visão. Eu acredito muito em debates genuínos e sinceros
de ideias, mas é muito interessante quando você se despe dessa postura e apenas
ouve o que os outros têm a dizer. Enfim, só falo tudo isso, pois o tema final
da conversa do último “Brotherhood” do ano foi rituais e fechamento de ciclos.
A discussão sobre rituais, ainda mais vindo de um descendente indígena, foi bem
interessante e instrutiva, mas foi sobre o fim de ciclos que deu um clique
maior.
Foi
dito por um rapaz sobre a experiência de um pesquisador australiano sobre como
comunidades aborígenes são diferentes na forma de pensar sobre
projetos. Ao invés de duas fases como planejar e executar, geralmente
comunidades aborígenes trabalham com quatro fases: sonhar (muitas vezes coletivamente), planejar, executar e
celebrar. Eu achei incrível refletir sobre a celebração no fim de um ciclo. Eu
sou um cara, comparado com o padrão vigente à minha volta, bem tranquilo e
relaxado. Porém, é incrível como minha mente passa de uma função à outra,
muitas vezes não celebrando o fim de um projeto/ciclo, antes de se preparar
para mais uma empreitada.
Enfim,
toda essa conversa me fez perceber que eu preciso fechar esse ciclo de escrever
pelo menos um livro, e que com certeza eu celebrarei o resultado, para que
possa estar pronto para sonhar com mais um projeto.
O
livro está quase pronto (pelo menos do ponto de vista da escrita), e possui umas
500-550 páginas. Não há nada parecido escrito em português, e imagino que possa
ser útil para advogados, juízes, leigos, interessados em leilão, apenas
curiosos. Quero agradecer aqui
publicamente um leitor que me mandou um e-mail (e ainda não respondi, o que
peço desculpas) que gentilmente me encorajou a terminar o projeto e inclusive
fez uma revisão de português de uma pequena parte do livro que disponibilizei
nesse blog há um tempo. Obrigado, amigo. O seu e-mail uns 40 dias atrás foi um
incentivo para eu retomar, apesar de toda a “correria” que é ser um pai
presente, esse projeto.
Pois
bem. O livro será dividido em Três partes, mais ou menos assim:
PARTE I – 120-120
páginas
-
Introdução. – 15 páginas
-
Conceitos Fundamentais de Finanças – 25 páginas
-
Finanças Comportamentais aplicadas à leilão de imóveis – 30 páginas
-
Conceitos Fundamentais de Direito Imobiliário – 35 páginas
-
Direitos Reais de Garantia – 15 páginas
PARTE II – (essa é a parte mais
difícil para leigos, mas tentei deixar o mais claro possível) – 270-280 páginas
-
O Leilão Extrajudicial – 90 páginas
-
Defesas do Devedor em relação a um leilão extrajudicial – 35 páginas
-
O Leilão Judicial – 140 páginas
-
Leilão Judicial x Extrajudicial – 15 páginas
E
mais umas 40-50 páginas de anexo em decisões judiciais que resolvi tirar do
corpo da obra e colocar num anexo para quem tiver interesse, conforme sugestão
de um leitor desse blog.
PARTE III – ASPECTOS PRÁTICOS
130-140 páginas
-
Casos Práticos e Análise – algo em torno de umas 40 páginas (fiquei feliz que
já tinha escrito algo em torno de 30 páginas e nem me lembrava)
-
Acordo de Desocupação Voluntária – 25 páginas
-
Perguntas e Respostas – Umas 30-35 páginas (razão desse post)
-
Pós-Leilão. Venda. Reforma. Corretores – Ainda não escrito (creio que umas
20-25 páginas)
-
É Ético comprar imóveis em leilão? (umas 15-20 páginas) – ainda não escrito
É isso. Ainda não decidi se vou
fazer um curso de vídeos aulas, ou simplesmente publicar o livro. Tem um monte
de coisa para fazer e não faço a mínima ideia ainda como irei proceder: fazer
imagens e diagramas, revisão do português, edição, diagramação, etc, etc.
Se você prezado leitor, quiser
ajudar (e muitos leitores foram de extrema valia) olhe as perguntas abaixo e
veja se existe alguma dúvida que você por ventura possa ter que não está nas
indagações abaixo. Esse capítulo é como uma série de perguntas e respostas que
fui colecionando ao longo dos anos, quase todas as respostas para as perguntas
estão no decorrer do livro de forma mais técnica e minuciosa, mas achei
interessante fazer um capítulo apenas com as perguntas específicas.
1) Como
Saber Dívidas de IPTU e Condomínio? Quais Dívidas Poderão Ser De
Responsabilidade Do Arrematante?
2) Quais
São Os Outros Custos Na Compra De Um Imóvel Em Leilão? O ITBI, A Escritura E O
Registro Imobiliário
3)
Quais
São As Melhores Estratégias Para Se Dar Lance Num Leilão?
4)
Qual A
Periodicidade Para O Monitoramento De Leilões? Como Saber Se É O Momento
Adequado?
5)
Comprar Qual
Tipo De Imóvel? Casa, Apartamento ou Terreno?
6)
Quanto É Necessário De Dinheiro Acumulado Para Participar De Um Leilão?
7) Comprar
Um Imóvel Leiloado Para Moradia É Uma Boa Ideia?
8)
Qual
É Uma Boa Margem De Lucro De Um Leilão?
9) O
que Pode Dar Errado? É Possível Perder O Dinheiro?
10) Quanto
Tempo Para Tomar Posse Do Imóvel Arrematado? Se Houver Uma Família Ocupando
Leva Mais Tempo?
11) Qual
É O Menor Preço Que Se Pode Pagar Num Imóvel Leiloado (preço vil)?
12) Quanto
Se Paga De Imposto Na Venda Do Imóvel Arrematado Em Leilão? E Se a Arrematação
For Feita Via Pessoa Jurídica?
13) Funcionários
públicos de qualquer ente federativo e qualquer Poder podem participar de
leilões judiciais? Em quais casos são proibidos?
14)
Advogado, como escolher um? Quanto
Custa?
15) É Importante Ler O Edital Do Leilão?
16) Venda
Direta, o que é? Melhor ou Pior do que comprar em Leilão?
17) É recomendável
comprar imóvel em leilão de forma alavancada?
18) Como
Funciona O Leilão De Direitos Creditórios?
19)
O
Autor Do Livro Já Sofreu Algum Prejuízo Comprando Imóvel Em Leilão?
É
isso aí, um grande abraço!