sexta-feira, 3 de outubro de 2014

DEBATE ELEITORAL - O FIASCO

                Olá, colegas. Mais um artigo que provavelmente irá cair no esquecimento depois de cinco de outubro, pois não é um tema que possui contornos de perenidade. Apesar de gostar de escrever sobre assuntos mais universais, não deixa de ser interessante olhar para artigos escritos sobre fatos passados ocorridos e ver o quão acertada ou errada foi uma determinada visão ou previsão. Esse talvez seja um teste interessante. Há pesquisas que analisam ex-post (isso é depois do fato) diversas previsões de especialistas, e os resultados costumam mostrar que os especialistas não possuem muito poder em  antecipar acontecimentos, porém acho que aqui me distancio um pouco do tema que pretendo abordar.

                O último debate presidenciável ontem foi um verdadeiro fiasco nacional, em minha opinião.  Houve tantos erros, tantos deslizes, que deu um pouco de vergonha do nível do debate para um cargo tão importante como presidente de um país tão grande como o Brasil. Listarei apenas alguns nos próximos parágrafos.

                Pastor Everaldo, o “levantador”.  A primeira pergunta do Pastor Everaldo para o Aécio Neves parecia um encontro de dois amigos no bar, o Everaldo levantava e a função do Aécio era cortar na forma de críticas ao governo. A situação ficou tão ridícula que na segunda pergunta do Pastor Everaldo para o Aécio (ele só perguntava para o Aécio ou Marina) o tema era previdência, mas o Pastor veio com uma narração e uma "pergunta levantamento" sobre o PAC. O moderador do debate, corretamente, determinou que se começasse tudo de novo, já que  a pergunta deveria abranger algum aspecto da área temática escolhida. Sem jeito, como uma criança que cometeu algum deslize, o candidato soltou essa bela pergunta: “Candidato Aécio, o que você acha do sistema previdenciário?”.  A cena foi ridícula.

                Fidelix, o “Alterado”.  O candidato Levy Fidelix estava visivelmente nervoso nos primeiros dois blocos, sendo que nos últimos estava murcho.  Pode-se discutir se a declaração dele no último debate da TV Record foi homofóbica ou não, porém o fato é que a declaração foi no mínimo fora do tom, principalmente para ser feita por um candidato à presidência do Brasil. Fidelix recebeu uma pergunta do Eduardo Jorge e deu uma resposta pífia, sendo que foi contestado com altivez por Eduardo Jorge. Não satisfeito, resolveu insistir no tema com a candidata Luciana Genro e tomou uma resposta irrepreensível da candidata do PSOL. No final, acabei ficando com pena do Levy Fidelix.

                Marina, a “Não-assessorada”. Quando do segundo bloco, a Marina deveria perguntar para Dilma sobre o tema “papel do banco central”. Quando ela começou a fazer a pergunta sobre a aparente contradição de posicionamento de Dilma sobre a autonomia do banco central, eu apenas falei em voz alta com a minha mulher: “sério, ela não pode ser tão tola de fazer isso, ela não foi assessorada?”. Dito e feito. A Dilma tripudiou de Marina, pois toda bateria de fogo do PT nunca foi contra a autonomia do BC, mas sim contra a ideia de Independência. O eleitor comum, e talvez nem o especializado, pode saber muito bem distinguir a ideia de um banco central “independente” de um banco central “autônomo”, porém qualquer pessoa sabe distinguir quando uma pessoa é pega em ato falho, e foi exatamente o que a candidata Dilma fez com Marina. Ela poderia perguntar tantas coisas sobre o BC, como sobre a atual ingerência do governo nas políticas monetárias, por exemplo, mas preferiu fazer um “levantamento “ ao contrário para a sua concorrente. Não satisfeita, Marina ainda perguntou/afirmou que Dilma não teria capacidade gerencial, pois nem vereadora tinha sido. Dilma, da minha forma de ver corretamente, apenas indagou Marina que Nova Política era essa de que para exercer um cargo público uma pessoa deveria ter sido política, ainda ironizou dizendo que essa não é uma exigência prevista na Constituição para ser Presidente da República. Ficou evidente que Marina quis partir para o confronto de qualquer maneira, talvez pressionada pela queda nas pesquisas, e o fez de maneira destrambelhada e sem qualquer estratégia.

                "O Brasil Encantado de Dilma”.  Para a nossa presidente tudo começou em 2003, e todas as conquistas sociais e econômicas só podem ser creditadas aos governos do PT. Conclamada pelo candidato Aécio a ser mais “generosa”, e admitir os avanços na estabilidade econômica, bem como o fato do bolsa-família ser um aprimoramento de programas sociais construídos no governo FHC, a mesma apenas ignorou. Indagada sobre problemas na economia, educação, saneamento, habitação, a resposta era quase sempre no mesmo tom: “Nunca antes na História desse nosso país (colocar aqui alguma coisa positiva)...”. Alguém pode dizer, mas não foi sempre assim? Sim, foi apenas mais do mesmo, o que demonstra uma grande miopia para os graves problemas que estão se avolumando no nosso país, e uma grande sensação de que pode não só vir mais do mesmo (o que seria muito ruim), mas talvez muito mais de coisas ainda piores, o que seria uma tragédia, e me deixa um pouco receoso de que no debate presidenciável de 2018 talvez estejamos discutindo um país em condições econômicas muito piores. Ah, estava esquecendo, ela ainda soltou a pérola de transformar uma carta de renúncia em uma "carta de demissão", poderíamos passar sem essa.

                Luciana Genro, “A maniqueísta”. O discurso maniqueísta da candidata do PSOL não é novidade. É evidente que ela não domina nem os rudimentos de finanças e economia, pois às vezes solta pérolas econômicas como confundir o mercado de renda fixa (o chamado “rentismo”) com o mercado de renda variável (a chamada "especulação").  Porém, essa é a função a que ela se propôs, conscientemente ou não, a dividir o mundo entre “malvados exploradores” e “pobres explorados”. É um discurso fácil de ser feito, pois não precisa se preocupar com coisas “chatas” como: incentivos, inflação, responsabilidade fiscal, balança de pagamentos, spreads, risco Brasil, necessidade de investimento privados, ineficiência estatal, etc, etc. Além de ser fácil, é um discurso que ainda tem bastante aceitação, pois o ser humano gosta de ter claro quem é o bandido e quem é o mocinho, se não fosse assim Hollywood não seria tão famosa com os seus filmes maniqueístas.  Eu não vejo nenhum problema em uma candidata ter essa postura. Vamos discutir  impostos sobre grandes fortunas, a nossa dívida, etc, mas poderia ter sido escolhida uma candidata que dominasse mais alguns conceitos básicos de economia.

                Aécio Neves e a “saia justa”.  Em minha opinião, o candidato Mineiro se saiu razoavelmente bem (não, caro leitor, não tinha pretensão de votar nele antes do debate, e não sei se tenho depois dele). Ele recebeu uma resposta bem dada de Marina para uma pergunta sobre a incoerência de se escolher assessores, quando Marina era Ministra, que tinham sido derrotados em campanhas eleitorais. Fora isso, eu ao menos não vislumbrei nenhuma gafe, a não ser a ridícula troca de “conversa de bar” com o Pastor Everaldo, o que faz levantar suspeita que havia algum acordo prévio antes do debate, o que se aconteceu é lamentável. Entretanto, é visível que, mesmo tentando não se distanciar de FHC (como os outros candidatos do PSDB fizeram nas últimas eleições), fica difícil explicar para o eleitor comum quando a candidata Dilma coloca os números objetivos de cada governo. Eu consigo entender que o Brasil evoluiu, que foram feitas reformas necessárias e impopulares com o FHC (que cometeu diversos equívocos), mas é difícil se livrar da pecha de alto desemprego, arrocho e altos juros. Como falar que os juros hoje no Brasil são altos, se no governo FHC chegaram a inacreditáveis 45% aa? É uma tarefa difícil.  Talvez, assumir o governo agora seja uma vitória de Pirro, pois os próximos anos no Brasil não serão fáceis, e se forem feitas reformas impopulares (mas provavelmente necessárias), o PSDB, e talvez qualquer candidato oposicionista, não terá nenhuma chance em 2018.

                Eduardo Jorge, “O cara Bacana”.  O candidato do PV é comumente taxado como um sujeito que gosta de fumar um baseado, tranqüilo, numa forma de denegrir a imagem do mesmo. Eu acho uma conduta além de desrespeitosa, simplificadora, pois é muito mais fácil denegrir alguém ou alguma ideia, do que ser confrontado com perguntas que atingem o âmago de alguns problemas humanos modernos como: será que o dinheiro dos royalties do petróleo vai entrar por um lado e sair pelo outro com saúde pública (aqui ele está simplesmente chamando atenção para uma externalidade, algo para mim essencial para se entender as dinâmicas do mundo atual), um mundo voltado para o consumo desenfreado está nos fazendo mais felizes, etc. Eu acho que o Eduardo Jorge comete alguns equívocos conceituais quando fala de economia, mas ele traz à baila temas muito interessantes. Além do mais, ele é médico, e parece ser bem envolvido com causas muito bacanas na área de saúde, fazendo com que a pecha de “defensor da maconha” seja realmente algo sem sentido.  Neste debate para mim foi o que melhor se saiu.

Eu iria escrever pobre povo brasileiro, mas não tenho certeza se esse nível intelectual  de ideias não seja o que talvez nós merecemos, já que nas relações cotidianas mais triviais muitos dos defeitos dos nossos nobres candidatos afloram de maneira evidente. Portanto, ao invés digo: pobres crianças do Brasil...

            Grande Abraço a todos!

69 comentários:

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    1. Não é circo não, no circo os palhaços ficam no picadeiro, te garanto que os palhaços neste caso não estavam lá, estavam na frente da TV!

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    2. Concordo com os dois, infelizmente.
      Abraço!

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  2. Sensacional! Post fantástico!

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  3. Como sempre, mais um excelente post.
    Vou destacar algumas partes de seu texto e apresentar minha opinião:
    1° Pasto Everaldo: Desde o início da campanha que se mostra mais perdido que cego em tiroteio. Encampou a bandeira "liberal" sem nem saber o que é liberalismo. Quando soube que tinha um candidato defendendo redução do estado e privatizações, fiquei feliz por que seria a oportunidade de trazer temas tão importantes para o debate presidencial. Foi uma decepção.
    2° Fidelix: "Pode-se discutir se a declaração dele no último debate da TV Record foi homofóbica ou não". Ele foi muito preconceituoso nas declarações dele. Mas veja, vivemos numa democracia. Mas o que me chama atenção é a tentativa de cerceamento a liberdade de expressão. Ele falou apenas o que ele pensa. É livre a manifestação do pensamento. Não pode numa democracia existir o direito de não ser ofendido. Quando as pessoas passam a ter direito de não se sentir ofendidas, elas passam a se sentir ofendidas facilmente. Sou conta a qualquer tipo de controle da livre manifestação do pensamento.
    3°Marina: Meu caro Soul, só sendo muito ingênuo para acreditar nessa nova política de Marina. O PMDB tem 80 deputados federais e tudo indica que sairá fortalecido desta eleição. Como que ela pretende governar sem dar o espaço ao PMDB em proporção ao tamanho do partido? Se o PT, maior partido da câmara e 2° maior do senado, fica refém da base aliada, Marina com um partido pequeno vai governar como?
    4° O Brasil Encantado de Dilma: O PT é o mesmo há 20 anos. Quando estava na oposição criticava a tudo e a todos, eram os paladinos da moralidade, os donos da ética. Agora no governo não aceitam uma crítica. É um partido autoritário, com viés claramente antidemocrático. Além da equivocada política econômica, o PT deixará como legado o aparelhamento e agigantamento do estado. Sempre existiu corrupção no Brasil, mas o PT inovou ao tratar condenados a corrupção como heróis nacionais, bravos guerreiros que cometeram deslizes em nome de um projeto de poder que supostamente pretende transformar o Brasil num país socialista.
    5° Luciana Genro: Se há um partido que eu odeio mais que o PT, esse partido é o PSOL. Sinto repulsa quando vejo alguém do PSOL falando. São o novo PT, com a mesma postura do PT quando estava na oposição. São os novos donos da ética, salvadores da pátria. Não aceitam contestações, só as opiniões deles prestam. Não cabe mais hoje no mundo que vivemos, com os desafios que enfrentamos, discursos políticos tão fechados como desse povo do PSOL. O Pr Everaldo poderia ter dito a Luciana Genro quando afirmou que religião e política não se misturam, que o partido dela deveria chamar-se PSO, já que liberdade também não se mistura com socialismo.

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    1. 6°Aécio Neves: Foi desde o início da campanha a minha única opção de voto. Se ele não for para o 2° turno irei anular meu voto. Não que eu o considere um bom candidato, mas é o mais realista. Aécio fala de um Brasil que existe. Iria votar nele de qualquer jeito, mas fiquei feliz quando souber que colocaria Armínio Fraga na Fazenda. Isso mostra seu compromisso em arrumar o país. Mostra que mesmo podendo fazer um governo impopular, terá mais compromisso com políticas que trarão resultados reais no longo prazo. O Brasil de hoje só foi possível graças ao FHC, que adotou medidas impopulares, mas estabilizou o país e entregou para o Lula um país melhor do que o que encontrou.
      7° Eduardo Jorge, “O cara Bacana”. Eduardo Jorge pode ser um cara bacana, mas não serve para ser Candidato a presidência. Se falam que ele parece usar drogas é por que realmente parece mesmo.
      "será que o dinheiro dos royalties do petróleo vai entrar por um lado e sair pelo outro"
      A pergunta que eu faria é: será que os royalties do pré-sal vão entrar. Há um otimismo exagerado com o pré-sal. O PT usa fala do pré-sal como se fosse a mina de ouro que faltava para o Brasil virar um Noruega.
      Sem dúvida que o pré-sal é uma grande reserva de petróleo, mas que está a quilômetros de profundidade e a centenas de quilômetros da costa brasileira. O custo de extração no pré-sal será altíssimo e o pico da produção só ocorrerá daqui a 15 anos. Qualquer grande reserva que surja no mundo, bem como o surgimento de novas fontes de energia poderá tornar o pré-sal inviável. O governo poderia minimizar esse risco se tivesse aberto o pré-sal para empresas estrangeiras, acho um risco muito grande para o futuro da Petrobras o endividamento e concentração dos investimentos da empresa em algo tão incerto.

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    2. Comentário fenomenal, excelente!

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    3. Colega, o seu comentário foi na verdade um texto muito bem escrito, parabéns!
      1) Concordo.
      2) Eu concordo, colega. Porém, sabemos que certas questões são sensíveis, e se quisermos abordar deve-se fazer com um mínimo de tato. Depois que eu vi a entrevista do fenomenal Enéas ao roda vida em 1994, onde ele defendeu inúmeras bandeiras conservadoras, falou de homossexuais quase que na mesma linha que o Fidelix, mas o fez de uma maneira muito mais respeitosa e altiva.
      3) Dizem que sem um pouco de ingenuidade nós nos afundamos em um cinismo sem fim, e que sem uma pitada de ingenuidade talvez algumas mudanças não sejam possíveis quando os desafios são grandes. Eu acredito sim que é possível fazer uma nova forma de política, não acredito em salvadores da pátria, mas creio ser possível ter uma política com um nível mais elevado. Se a Marina é capaz disso é uma incógnita. Talvez seja pura ingenuidade, talvez não. Muito provavelmente nunca vamos vir a saber, pois as chances dela ganhar diminuem a cada dia.
      4. Aqui voltamos num tema já muito debatido nesse blog. Muito do que você falou é verdade, mas eu não acho que o legado do PT seja apenas negativo, sob pena de cair no mesmo maniqueísmo do PSOL, e de se negar inúmeros avanços em algumas áreas. Porém, respeito a sua opinião.
      5- Eu também não gosto dessa postura, mas eu não chego a odiar, pois esse tipo de sentimento só faz mal a nós mesmos:)
      6- Pode ser que você esteja certo.
      7- Sim, mas aí já é um outro ponto (que não deixa de ser válido): se vai vir muita coisa do pré-sal. Porém, para bem do debate, vamos supor que venham dividendos robustos dessa exploração, o que acho interessante debater com a sociedade são os custos ocultos (as externalidades, no caso do petróleo elas são muitas) de muitas atividades econômicas humanas atualmente. Eu acho o tema interessantíssimo.
      Porém, suas colocações sobre o pré-sal são pertinentes. Eu sinceramente não tenho condições técnicas de dizer sobre a viabilidade ou não da exploração, porém parece-me que é viável senão não haveria empresas grandes estrangeiras naquele leilão do campo de Libra. Porém, é uma palpite meu. Talvez o Márcio possa falar muito melhor sobre isso do que.

      Abraço!

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    4. "senão não haveria empresas grandes estrangeiras naquele leilão do campo de Libra."
      Esperava-se que no mínimo 40 empresas viessem brigar pela "jóia" no leilão. O que houve? Só houve 4 interessadas, sendo 2 estatais chinesas, que vão ficar com 10% cada, Shell e Total com 20% cada e Petrobras com 40%.
      Formaram um único consórcio que venceu pelo lance mínimo.
      O leilão foi um fracasso.
      Eu realmente não tenho capacidade de avaliar os motivos da falta de interesse das grandes do setor (BP, Exxon). Mas isso revela que o setor petrolífero não ver o pré-sal da mesma forma que o governo brasileiro ver. Se o leilão do campo de Libra, um dos maiores campos, foi um fracasso, vamos esperar os próximos leilões para ver o que acontece.

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    5. Olá, colega. Fracasso total seria se não houvesse lance. Um fracasso razoável seria se não houvesse nenhuma empresa estrangeira interessada e sobrasse tudo para a PETRO.
      Como disse não entendo da área, mas pode não ter sido o melhor dos mundos, mas não creio que o prêmio de 15Bi tenha sido um fracasso, até porque boa parte desse dinheiro é que está bancando a contabilidade criativa do primário do governo.
      Segundo o Mansueto estamos do déficit primário sem considerar receitas não-recorrentes e algumas criatividades contábeis. Se isso for verdade, isso para mim é bem sério, até mais do que controle de preços administrados e inflação no teto.

      Abraço.

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    6. Fracasso total ou razoável não deixa de ser um fracasso. Lembrando que o campo era vendido como se fosse a joia da coroa da rainha.

      Eu li a última análise do Mansueto, percebe-se claramente o uso de artifícios contábeis para maquiar a real situação das contas públicas.
      isso já vem ocorrendo a um tempo. Lembro que o Rodrigo Constantino a uns dois anos atrás escreveu um artigo na Veja denunciando uma manobra que o governo fazia com o BNDES que reduzia a dívida líquida e aumentava o superávit, mas crescia a dívida bruta. Sendo que o custo era altíssimo, mas está sendo adiado para o futuro.
      Creio que ganhe essa eleição terá dificuldade para manter altos níveis de popularidade. As vezes penso que seria melhor o PT ganhar. Por que o próximo candidato caso tente botar ordem na casa, poderá ser injustiçado e acabar segurando a bomba armada pelo atual governo.

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    7. É verdade, eu tenho essa impressão desde meados do ano.
      Porém, se o Brasil está produzindo déficits primários a coisa é muito mais sério, pois é muito mais difícil tentar equalizar receitas e despesas do que fazer eventuais ajustes.
      Se a situação for realmente essa, talvez não tenha outro jeito a não ser aumentar carga tributária.
      A grande diferença de outros ajustes é que a nossa carga tributária já está muito alta e não tem muito para onde crescer.
      Além do mais, as demandas sociais estão apenas no começo, onde isso tudo vai parar nos próximos 10/15 anos é difícil de prever.

      Valeu!

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  4. Belo resumo,Soul!

    Eu vi o debate dos candidatos para o governo do estado de SP e não aguentei até o final. Depois de ouvir por uma 10 vezes o termo (no início de frases ou logo após) "... é muito importante...", não suportei e fui deitar-e. Só faltou um outro termo, o qual não sei se foi usado depois que desliguei a TV: "Veja bem...". Enfim... para mim está tudo muito bem resumido na legenda da foto que você colocou acima.

    PS.: Deu para extrair algo de positivo nas falas dos candidatos?

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    1. Olá, Carlos!
      O debate a governados do meu Estado foi lastimável. Tinha um candidato que repetiu a frase dois Bilhão acho que umas 5 vezes. Enfim.

      Dos três principais, talvez o Aécio, mas sinceramente não se discutiu muito, até porque num debate com 7 candidatos e tempo de resposta curto não é possível se avançar muito.
      Porem, descontingenciar os fundos ligados a segurança público e aprovar uma lei proibindo o contingenciamento, parece ser uma boa ideia.

      Abraço!

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    2. Estou em concordância com os dois comentários. Muito instrutivos.

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  5. Pior é que Marina, do ponto de vista de política econômica, está muito bem assistida por nomes como Giannetti e outros. Só que esta confusão entre estas duas palavrinhas "independência e autonomia", é recorrente na cabeça de muitas pessoas, e te garanto que a grande parcela da população acha que é a mesma coisa.
    Vi metade do debate hj pela manhã, ainda estou pensando se vou ver o restante, rs, Mas confesso que assisto mais por uma mórbido prazer de ficar rindo com aqueles nanicos, é muiiiiiiiiiiiito alegórico e divertido. Para tristeza da nação.
    Abraço!

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    1. Olá, UB!
      Como você está amigo?
      É, eu sou fan do Gianetti do ponto de vista intelectual. Porém, ficou evidente que ela foi muito mal assessora nesse ponto. Travar um debate sobre autonomia x independência num debate na TV globo com 30 segundos para se manifestar?
      É, dos candidatos menores, eu creio que o Eduardo Jorge não foi alegórico e perguntou coisas interessantes, como quando ele insistiu qual é o plano do PSDB de reforma tributária.
      Mas, no cômputo geral a coisa foi feia.

      Abraço!

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    2. Concordo em partes com os dois comentários, mas o importante é que somei mais conhecimento de qualidade invulgar.

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  6. Soulsurfer,

    O Aécio foi o melhor DISPARADO do debate. Será um crime caso o segundo turno seja entre a presidanta e a melancia. Entretanto, depois de ontem, tenho certeza de que o Aécio estará no segundo turno e vencerá as eleições.

    E para quem vai votar na Marina, só lamento. Tem que ser muito, mas muito, mas muito imbecil para fazer isso. Vão votar nisso aqui?

    http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/files/2014/08/Marina-MST.png

    Lamentável...

    Abraços!

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    1. Estou com Aécio mas sinceramente esperava mais dele nesta campanha, estamos em época de oposição muito desgastada, fato.

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    2. Olá, IL.
      Apenas tome cuidado para não cair no mesmo maniqueísmo da Luciana Genro do PSOL, isso além de ser muito pobre intelectualmente, enfraquece a nossa capacidade de raciocínio.

      Abraço!

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    3. Investidor Livre,

      Imagine um país em que sua população, a maioria, pensasse em termos das palavras...

      direita hidrófoba, coxinha, direita mortadela, aécioporto, petralha, PIG, esquerda caviar, blablarina, privataria tucana, presidanta, melancia, datafalha, esquerdopata, tucanoduto, Alckimista, olavete,...

      Daria para viver? Pense...



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    4. Olá, Carlos, até dá para viver, pois nós estamos nos transformando nisso no Brasil.
      Porém, não só a qualidade do debate despenca, mas também a própria qualidade de vida, pois num ambiente desses os ânimos se acirram às vezes desnecessariamente, bem como o grau de violência verbal.

      Abraço!

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    5. Sim! Viver mas "com qualidade de vida"! Obrigado pelo complemento! :-)

      Abraço,

      Carlos

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    6. Carlos,

      Claro, até porque a Marina não é uma melancia não, imagine. Sou eu que estou pegando no pé da coitadinha, rs.

      Abraços!

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  7. Prezado Soul,

    Seu conhecimento financeiro me deixou abismado com seu comentário:
    "Como falar que os juros hoje no Brasil são altos, se no governo FHC chegaram a inacreditáveis 45% aa?"

    Resposta: Contexto ou macro-economia.

    Da mesma forma que os EUA já tiveram juros, em dólar, de dois dígitos, na casa dos 20% ao ano ! Falar em juros, sem falar em inflação e contexto mundial é o mesmo que falar em crescimento de PIB sem mencionar pares internacionais. Crescimento de PIB do Brasil nos últimos anos foi ruim porque os pares internacionais sempre conseguiram crescimento muito maior. Em 2013/2014 então é triste falar de crescimento brasileiro.

    De novo, reflita e sugira comparar.

    No tempo de FHC eram as crises de emergentes, que colocavam todos no mesmo grupo e commodities eram baratas; No tempo de Lula as crises foram nos desenvolvidos, por isso os BRICs foram poupados, com commodities valorizadas...

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    1. Olá, colega.
      Eu acho que você não entendeu.
      Eu posso entender, mas é difícil explicar isso para o eleitorado que não é afeito ou não gosta de economia e finanças (não que eu entenda muito).
      Num debate entre um candidato que fez uma tubulação de saneamento básico e um candidato que fez um viaduto, infelizmente em sociedades políticas não tão maduras, o candidato do viaduto sempre irá triunfar.
      Portanto, não disse que concordava, disse que é muito difícil numa eleição o candidato explicar todos esses conceitos e fatos que você bem descreveu.

      Abraço!

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    2. Sim, ele não entendeu, ficou fora de contexto.

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  8. Os EUA que têm uma população menos burra que a nossa votaram em BUSH II, duas vezes. Um camarada que gastou mais de 1 TRILHÃO no Iraque. Os italianos colocaram Berlusconi TARADÃO no poder. Pelo jeito, nem sempre a democracia não produz governos maravilhosos...

    Resta torcermos para o próximo não ser tão ruim...

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    1. Olá, colega.
      Com certeza a Democracia não é uma fórmula mágica para a escolha de bons governos compromissados com o bem-estar geral da população, mas como já disse Churchill é o que se tem de melhor como forma de governo.

      Abraço!

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    2. Concordo, sempre bem lúcido. Democracia é para os fortes.

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    3. A Democracia ganhou a Segunda Guerra e a Guerra Fria. Se a China se tornar a maior economia do mundo com as forças armadas mais poderosas, vamos ver muita gente defendendo o Comunismo político junto ao liberalismo econômico.


      No mundo sempre mandou quem tinha mais grana e os melhores exércitos. Podemos lembrar do Império Romano, do Britânico.

      O historiador Niall Ferguson argumenta que a função da Democracia é controlar a Dívida Pública.

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    4. Olá, colega nunca li nenhum livro do historiador Ferguson, apesar de ter vontade.
      Como não li, não posso exprimir uma opinião sobre o seu comentário.
      Porém, acho que a democracia tem muitas mais funções: proteger minorias, garantir direitos fundamentais, permitir alternância de poder, etc.

      Abraço!

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    5. Um das coisas que me preocupa no Brasil. Esse descrédito com a Democracia.
      Vivemos o maior período democrático da nossa historia. A história do Brasil é uma história de golpes, desde a proclamação da república, passando pelo estado novo e golpe de 64.
      Quando estavam tendo os protestos do ano passado, vi na internet muita gente pedindo pela volta dos militares, como vejo até hoje.
      Por mais que nossa classe política seja deplorável, uma ditadura representaria um retrocesso para o país.
      Por isso que é importante votarmos em partidos e candidatos que tenham compromisso e respeito pelas instituições. Não quero viver nem criar meus filhos em um país vive uma ditadura. Se hoje já sinto vontade de ir embora, um governo antidemocrático estaria me pondo pra fora.

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    6. Concordo com o colega, penso da mesma maneira.

      Abraço!

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    7. Pessoal,

      A democracia é uma porcaria, o próprio Churchill falou isso! Eu pessoalmente, sou a favor da Monarquia Parlamentarista. Os melhores países do mundo utilizam esse sistema.

      Já a República Presidencialista é o pior tipo de sistema existente. O ÚNICO país que deu certo com ela foi os EUA. Mas os EUA são uma exceção à regra. Eles dariam certo em qualquer sistema.

      Abraços!

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    8. IL, em todos os países onde há monarcas (pelo menos nos países europeus), geralmente este tem a função de chefe de estado, não de governo.
      Os parlamentos destes países também são eleitos por votos de populares, e isso nada mais é do que democracia.
      Presidencialismo ou Parlamentarismo não está associado a diferença por um ser regime democrático o outro não.

      Abraço

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  9. Soul, mais importante que a inteligência e o preparo do presidente é o momento econômico. FHC é tido como muito bem preparado, mas sofreu com as Crises da Ásia e da Rússia. Lula, por sua vez, era visto como analfabeto, pegou o governo num momento de crescimento econômico mundial, com FED emprestando dinheiro a juros baixíssimos, fato que fez a BOVESPA disparar de 2003 a 2007.


    Parece que as empresas e as economias estão se tornando mais poderosas que os estados nacionais. Pensemos na Argentina. Sem dinheiro não há cidadania para a pessoa física e nem há soberania para Estado. Para haver defesa ou o mínimo fuincionamento do governo, forças armadas competentes etc, é preciso muito dinheiro. Para haver direito à vida é preciso comida;sem grana, adeus à cidadania e à soberania. Essas duas coisas se transformam em letra morta quando não há dinheiro em caixa.


    Por outro lado, para o investidor fundamentalista, com as ameaças de Ebola e Estado Islâmico pode haver quedas maravilhosas na Bovespa e com isso empresas excelentes como Grendene e Geti podem ser oferecidas a preços ótimos.

    Torço para que o país todo cresça e se torne menos desigual. Mas enquanto isso não ocorre tenho de me ajudar primeiro.

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    1. Olá, colega.
      Você tratou de muitos temas numa mesma mensagem: FHC, afrouxamento monetário e crescimento de ativos nos mercados emergentes, soberania estatal, efeitos de curto prazo sobre precificação de ativos e timing de mercado com uma alocação tática.

      Muita coisa para falar numa mensagem só:)

      Sobre o mercado brasileiro especificamente falando para nós investidores pequenos é possível que haja sim um grande sell off principalmente se a perspectiva de perder o investment grade se concretizar.

      Abraço!

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  10. Minha fala é curta : Eu desliguei a TV na hora que a Marina disse que deveria criar o décimo terceiro para a bolsa família.

    Essa única frase em minha opinião demonstra das duas uma :

    1) Jogo demagógico puro para ganhar voto dos pobres (o que vai contrário à nova política que ela prega);

    OU

    2) Total imbecilidade, boçalidade e punição à classe média que sustenta esses energúmenos no poder e os boçais na sarjeta ganhando esmola.

    Assim, como não voto na Dilma de jeito algum e os demais são apenas figurantes, meu voto ficou mais certo para o Aécio.

    Abraços

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    1. Infelizmente é preciso jogar para a torcida....


      O PSDB falou que a privatização seria marvilhosa para todos, pricipalmente para o povão. Como foi dito no post , FHC será sempre lembrado por causa de arrocho salarial e desemprego... Com isso os tucanos devem ficar mais uns 20 anos longe do poder.

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    2. É verdade, colega.
      Também não apreciei a postura da Marina com essa demagogia do 13 salário para um benefício social que nem salário é do ponto de vista jurídico. Não deixa de ser uma aberração. Enfim, vou refletir mais um pouco para definir o meu voto.

      Eu acho que se o PT ganhar essas eleições, a derrota em 2018 é quase certa. Não sei se o Aécio conseguiria resistir num segundo turno ao bombardeio petista ao governo de FHC. Vamos aguardar.

      Abraço!

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    3. "jogar para a torcida" meu caro, não seria praticar a "velha política"?

      Essa "Marina Melancia" fica travestida de ética, de símbolo da moralidade, mas é apenas mais do mesmo. Assim, como confiar nas demais promessas?

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    4. É verdade, pode ser que você tenha razão.
      Porém, creio que há níveis de "jogar para a torcida". Uma coisa talvez seja ser conivente com o aparelhamento estatal gigantesco, outro prometer medidas populistas para ganhar penetração em áreas onde a candidata Marina quase não pontua.
      As duas coisas não são corretas em minha opinião, mas há gradação.

      Grato pelo comentário.

      Abraço!

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    5. Uma coisa é estacionar em lugar proibido por 15 minutos, outra coisa é comandar boca de fumo e esquartejar os inimigos de facção rival....

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    6. Olá, colega. Se a sua intenção é provocar a reflexão de que ambas as erradas são erradas, e devem ser condenadas, eu concordo. Como deixei claro no comentário.
      Porém, há ofensas e ofensas, tanto é verdade que há ilícitos que não são necessariamente crimes, como estacionar num lugar proibido. É por isso também que um dos maiores princípios de direito penal é a proporcionalidade entre o apenamento e a gravidade do crime.

      Abraço

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  11. Aécio se saiu bem no debate ontem. Já Marina se atrapalhou e não soube mesmo confrontar Dilma. No final das contas, você tem razão: dá uma sensação de vergonha alheia ver esses candidatos debatendo e até mesmo fazendo promessas de campanha impossíveis de serem cumpridas, como aumentos descomunais do salário mínimo e isenção de IR para aposentados. O tempo todo eu me perguntava: por que não aparece algum Al Gore para concorrer à presidência? Por que temos que ficar só com esses candidatos?

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    1. Com 75 % da população adulta analfabeta funcional, fica meio difícil de o Brasil ter mais gente ética e capaz nos cargos públicos. A tendência, ao contrário, é que haja mais e mais demagogia, mais e mais delírios.

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    2. Olá, Troll! Como diz o economista Raul Velloso vai faltar PIB para acomodar os anseios da população.
      Talvez, como você já disse uma vez, num futuro próximo teremos que rediscutir novamente o Pacto social com uma nova constituinte.

      Abraço!

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    3. Existe município na Baixada Fluminense que só arrecada 30% da sua resceita!!! O resto vem do governo federal. Vai ser difícil qualquer partido diminuir a carga tributária ou tomar alguma medida impopular. Sempre haverá o medo de perder o poder da mesma forma que o PSDB.


      Por sua vez, o PMDB estará firme e forte do lado que ganhar a eleição. Ele buscará os melhores ministérios e as melhores diretorias de estatais,preocupado com a própria existência. Isso é certo. O partido de Renan e Sarney sempre foi fiel ao poder e ao dinheiro, ninguém pode negar.

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    4. Soul, nem precisa uma nova constituinte, mudar o CTN e os artigos sobre tributos na CF já melhoraria muito. Assim como a criação de novos municípios e estados.

      Mas para acabar com o ICMS e o ISS a coisa vai ser difícil.

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    5. Olá, colega, há um livro chamado "Por que o Brasil cresce pouco?" que vem sendo bem elogiado.
      O autor tenta explicar que o nosso crescimento baixo em boa parte pode ser explicado pelas escolhas que fizemos na constituinte de 88. Como tudo é um trade-off, talvez o Brasil ganhou de um lado, perdeu do outro.
      Eu acho que uma nova constituinte algo perigoso, pois identifica quebra da ordem, pois senão não tem necessidade fazer uma nova constituição.
      Talvez você tenha razão, mas gostaria de ler mais sobre o tema para ter uma melhor opinião.

      Abraço!

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  12. Senhores, foi o PSDB que inventou o Bolsa Família, com outro nome. Mas nem por isso conseguiu continuar no poder.


    O LULA consegue fazer o eleitor se identificar com ele, por conta das origens humildes, pela lembrança da atuação a favor das classes menos favorecidades.

    Como foi dito nos comentários do blog do Rodrigo Constantino, enquanto o PSDB não souber se comunicar com o povão, não haverá chances. Parece que o Aécio acordou agora. Ele estava usando algum "calmante"?


    Não vai haver muitas mudanças, qualquer que seja o eleito. Parece que a bovespa vai cair, o desemprego, aumentar etc.

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  13. O Google, a Apple, o facebook podem melhorar o mundo. Já os nossos políticos....

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    1. Boas empresas que trouxeram muitas novidades ao mundo. Creio que tanto a iniciativa privada inovadora, como o setor público, e talvez até o terceiro setor, possuem as suas possibilidades e desafios para impactar positivamente o mundo.

      Abraço

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  14. Como falaram acima, a Democracia ganhou as últimas guerras. Os EUA democráticos dominam o mundo atualmente, mas será que vão superar a China comunista daqui a 20 anos?

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    1. Aguardem as cenas dos próximos capítulos!

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    2. A China já deixou de ser comunista a muito tempo. E se quiser continuar a crescer, terá que fazer reformas no seu sistema político para dar mais credibilidade as suas instituições.
      Os 300 milhões de chineses que estão na classe média não vão aceitar um retrocesso em seus padrões de vida.
      A pressão por reformas deve se tornar cada vez maior nos próximos anos. Maior abertura econômica, direito de propriedade e livre iniciativa. Pode ser que a Democracia demore mais algumas décadas, mas não acredito em retrocesso nesses aspectos na China.

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    3. Eu creio que a China irá fazer do seu modo, baseado em seus valores culturais que diga-se de passagem são milenares.
      Temos a pretensão, não digo que seja essa necessariamente a visão do colega, que a China vai se transformar em algo que o ocidente ache "inteligível" ou que convirja para a forma ocidental de ver o mundo. Não tenho tanta certeza que isso irá ocorrer.

      obs: distanciamos bastante do tema do artigo, não?

      Abraço!

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  15. Soul muito bom seu texto.

    O que me assustou ontem foi a opiniao da marina de qhe o defensor publico tem baixo salario. Minha lembrança e q essa galera da area federal a ta levando 15k a.m. sem contar que nao tem controle de trabalho.


    Os do estado do rj tao levando 19k - quando entram - fom ferias de dois mil meses.

    Perdeu meu voto. Eu quero uma adm publica mais eficiente, a comecar por esses cargos.

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Olá, Trader!
      A Defensoria Pública da União deu um salto de qualidade muito importante de qualidade nos últimos anos. Há não muito tempo a situação dos defensores públicos federais era bem ruim. Hoje em dia eles estão se fortalecendo, em minha opinião é uma carreira importante para o Estado Democrático, pois tem a função de defender em juízo aqueles que não tem condições de arcar com um advogado.
      As Defensorias Estaduais variam muito, não saberia dizer de Estado a Estado. A de SC por exemplo não existia até 3 anos atrás, ou seja uma carreira importante prevista desde a Constituição de 88 foi só instalada num estado importante da federação há poucos anos.

      Sobre remuneração, férias, etc, de servidores, eu acho que sim a sociedade deveria discutir o que é conveniente ou não, passou-se a hora de se discutir eficiência e meritocracia no serviço público.

      É, eu não gostei da ideia do 13 salário para bolsa-família, nem quando indagada sobre reforma tributária ela falar sobre princípios tributários que já existem e não precisam ser criados.

      Valeu pelo comentário, Trader.

      Grande abraço!

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  16. Soul, muito bom post como sempre.

    EU estou completamente desiludido com a política. Tentei assistir o debate e infelizmente isso só reforçou o meu sentimento de não me ver representado em nenhum dos políticos alí presentes e muito provavelmente em nenhum dos políticos com representatividade "política" Brasil a fora, pois todos tem um discurso semelhante, voltado a conquistar a maioria da popupalção e não de representar uma parcela, que na minha opinião deveria ser o papel dos partidos.

    Neste aspecto, partidos como PV e PSOL tem uma "pureza" muito maior que os outros, pois alinham, na maioria das vezes, seus discursos com seus valores enquanto partido, já os demais alinham seus discursos com o que os marqueteiros consideram melhor para angariar votos, por mais que isso os coloquem em posições totalmente contraditórias na maioria dos casos.

    Eu ficaria muito feliz que tivesse um candidato que defendesse menos os programas sociais e mais quem paga a conta dos programas sociais (leia-se a classe média pagadora de tributos absurdos). Creio que este político não teria muito mais que 5% dos votos, mas certamente eu estaria me sentido representado e ele ganharia meu voto, o que levaria a outros candidatos pensarem nestes eleitores para conquistá-los em no segundo turno.

    Hoje, simplesmente temos que escolher o menos pior.

    Abraços

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    1. Olá, EI!
      Grato pelo comentário e pelas suas ponderações.
      Li no seu blog que você ia dedicar mais tempo aos seus afazeres pessoais. Espero que consiga obter "rentabilidade" interessante com esses esforços na seara pessoal.

      Grande abraço!

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  17. Qual a diferencia entre autonomia e independência do banco central?

    Abraço

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    1. Olá, colega.
      Eu creio que o conceito de independência se refere a impossibilidade do executivo destituir os membros diretivos do banco central fora de hipóteses previstas em lei. Assim, os membros diretivos são escolhidos para um mandato e só saem depois do fim desse mandato, salvo nas hipóteses que a legislação prever.
      Na autonomia (que foi o que existiu com o FHC e o LULA, e no governo da Dilma foi colocado em xeque), o BC é autônomo para perseguir as metas monetárias estabelecidas, mas os seus dirigentes podem ser trocados pelo chefe do executivo.

      Abraço!

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