quinta-feira, 3 de julho de 2014

VIETNÃ - A GUERRA AMERICANA

     Olá, colegas! Fazia tempo que eu não escrevia sobre viagens, mas neste artigo vou falar de um país muito bacana: o Vietnã. Essa nação localiza-se no sudeste asiático e vem se destacando recentemente pelo progresso econômico, sendo, se é que essa expressão ainda é utilizada atualmente, conhecida como um dos “novos tigres asiáticos”.

 A primeira coisa que deve vir na cabeça de muitas pessoas ao ouvir ou ler o nome desse país é “guerra do Vietnã”, porém, e essa foi a primeira lição que aprendi desse país fantástico, o nome que os vietnamitas dão a essa conflito é guerra americana, pois para a esmagadora maioria das pessoas com que eu conversei essa foi uma guerra iniciada por uma potência estrangeira, uma agressão externa. Isso é muito interessante, pois mostra concretamente como a visão sobre um fato pode ser bem diferente dependendo de sua perspectiva. É difícil dizer que algo é absolutamente certo (tirando em teoremas matemáticos), principalmente quando a percepção humana possui um peso relevante na questão.

O que foi a guerra  americana? Vou chegar lá, antes, porém, conto um pouco como é o Vietnã e o seu povo. Eu cheguei ao país por Hanói (a capital). A primeira coisa que impressiona para um marinheiro de primeira viagem no país é a quantidade absurda de motos que existe circulando, bem como a quantidade de gente que eles colocam numa moto (eu vi cinco pessoas), bem como o que eles transportam (eu cheguei a ver uma geladeira). Uma experiência única numa cidade grande no Vietnã é tentar atravessar uma avenida, é algo que num primeiro momento é aterrador, e depois se transforma quase que num jogo de adivinhação.  Para entender, apenas vendo um vídeo:

Reportagem New York Times sobre como atravessar uma rua no Vietnã
Vídeo  que retirei na internet sobre um turista atravessando uma rua. É exatamente assim, na primeira vez você fica paralisado ao tentar atravessar....

Eu cheguei ao país na virada do ano e foi uma experiência única e divertidíssima. Eles não comemoram a passagem do ano como nós, eles seguem o calendário lunar, mas mesmo assim a cidade estava bem animada com muitas pessoas na rua. Ao caminhar pela cidade, eu percebi que as pessoas, quase todos os jovens, me olhavam com uma cara séria e compenetrada. Num primeiro momento, achei bem estranha a sensação e pensei “nossa que povo carrancudo”.  Como as primeiras impressões apressadas geralmente estão erradas, foi só eu abrir um sorriso para as pessoas que todas começaram a retribuir com sorrisos ainda mais largos e com acenos de mão. Eu comecei, então, a andar na rua acenando para as pessoas e sorrindo e foi extremamente interessante. Algumas pessoas pediam para tirar foto, e apenas depois fui descobrir que algumas pessoas estavam me confundindo com um jogador de futebol famoso que jogava na Europa (não me perguntem quem), e foi muito divertido passar o fim do ano nesse clima. Falando em futebol, eu tomei café da manhã com alguns jogadores brasileiros profissionais de futebol que jogavam no Vietnã, mostrando que realmente somos uma potência quando o assunto é exportar jogadores de futebol para os quatro cantos do mundo.

Hanói é uma cidade bacana e onde está localizado, dentre outras coisas, o impressionante mausoléu de Ho Chi Min, ou como é conhecido no Vietnã o Tio “Ho”. Esse sujeito é um dos heróis nacionais do Vietnã, e acredite o Vietnã tem vários devido à sua história tumultuada, e teve papel central na independência do país, bem como na sua posterior unificação. Porém, um dos objetivos centrais da viagem para o Vietnã era conhecer a impressionante baía de Halong Bay, e meus amigos, que preciosidade para os olhos. Foi uma das paisagens mais fantásticas que já vi na vida, e lembro que para um dia dormindo em um barco, outro num hotel razoável com vários transfers inclusos, eu paguei a quantia de 45 dólares.  Sim, viajar pelo sudeste asiático é bem barato, e se pode fazer muita coisa com pouco.

          Halong Bay, um dos lugares mais lindos do mundo. Passei dias agradáveis nessa região.
Uncle Ho, uma das figuras centrais na história moderna do Vietnã.

Após alguns dias aprazíveis em Halong Bay, fui descendo o país e parando em algumas cidades muito bacanas como a antiga cidade de Hué, a aprazível cidade de Hoi An (muito bonita mesmo) e algumas outras. Na viagem, ia conhecendo mais vietnamitas, e ia vendo como eles são um povo trabalhador, como eles são empreendedores (até porque lá não deve ter tantos empregos formais como no mundo desenvolvido, e empreender um pequeno negócio talvez seja a única saída). O que eu senti nas semanas que passei lá é que são pessoas que querem superar o seu passado, é uma geração que quer dar uma vida boa para os seus filhos, e não se importa em trabalhar duro, 14/16 horas por dia. Há muito comércio de pequenas lojas no Vietnã, quase todas no mesmo local onde uma família muitas vezes numerosa dorme. Havia no ar um senso de transformação (e faz cinco anos que fiz essa viagem), uma vontade muito forte de prosperar, e foi essa a primeira vez que eu pensei comigo mesmo: “será que os países desenvolvidos têm condições de competir com essas pessoas tão determinadas”?  Eu não faço nenhum juízo de valor sobre se é bom ou não o ritmo ou empenho deles no trabalho, mas pode ter certeza que eles estão trabalhando muito duro para as coisas acontecerem.  Depois de passados esses anos, de conhecer um pouco sobre economia/finanças, eu percebo como algumas análises sobre a China, feitas por pessoas que talvez nunca foram a Ásia, são muito fracas. Eu não conheço a China, e ela está num nível muito superior ao Vietnã, e possui 1.3 bilhões de pessoas, mas se o ímpeto chinês for o mesmo que o ímpeto que eu vi no Vietnã, olha é difícil imaginar um mundo onde a China não tenha preponderância.

Portanto, os vietnamitas são simples, trabalhadores e querem fazer de tudo para viver o presente e superar o passado, mirando num futuro melhor para si, mas principalmente para a próxima geração. Eu disse superar o passado, não esquecê-lo, e isso nos leva à “guerra americana”.  O Vietnã é um país com uma história milenar. É uma história de muitas guerras e de um povo que sempre teve que lutar pela sua independência contra  alguma potência estrangeira. Para se ter uma ideia, o Vietnã teve que resistir aos mongóis (para quem não sabe o maior império terrestre que a terra já viu, não foi o império romano, mas sim o império Mongol), aos chineses, franceses e por fim aos americanos. Não vou me deter em detalhes históricos, até porque não tenho conhecimento para isso, mas sim nos acontecimentos que redundaram na guerra "americana".

O Vietnã em meados do século XIX foi colonizado pela França e foi incorporado numa região que viria a ser conhecida como Indochina (abrangia ainda os territórios atuais do Camboja e Laos). Após o final da segunda guerra mundial, como aconteceu em vários lugares do mundo, movimentos de independência do Vietnã em relação a França tomaram corpo, sendo que o  tio “Ho” teve papel fundamental, o que acabou desencadeando numa guerra entre nacionalistas com ideais comunistas principalmente no norte do Vietnã e tropas francesas, no que ficaria conhecido como guerra da Indochina. Os franceses foram derrotados numa das grandes batalhas da história do Vietnã, a batalha de Dien Bien Phu (mais informações aqu i http://pt.wikipedia.org/wiki/Batalha_de_Dien_Bien_Phu). Para os amigos terem uma ideia, a França cogitou de pedir aos EUA o uso de armas nucleares nessa batalha (sobre armas nucleares conferir o meu artigo sobre o Japão http://pensamentosfinanceiros.blogspot.com.br/2014/04/japao-flor-estupida-e-graciosa.html).

Após a derrota, os franceses se retiraram do norte do Vietnã, e o país foi temporariamente dividido entre Vietnã do norte com orientação comunista e o Vietnã do Sul. Para resolver inúmeras questões geoestratégias da região (Coréia, Indochina e a questão da unificação do Vietnã) houve uma reunião entre as principais potências do mundo naquela época, no que viria a ser conhecido como os “Acordos de Genebra” de 1954. Esse acordo, na parte que tocava ao Vietnã,  previa que em um ano haveria uma votação em todo o país para saber se os vietnamitas queriam a unificação entre o sul e o norte ou não.

Como a vitória na eleição seria pela unificação, muito pelo carisma e respeito que todos tinham por Ho Chi Min, os EUA apoiaram a decisão do Vietnã do Sul de não realizar qualquer consulta a sua população sobre uma unificação com o Norte. Devemos lembrar que estávamos entrando no auge da guerra fria entre EUA x União Soviética, e qualquer lugar do mundo era visto como um potencial lugar para conflito  de interesse entre essas duas potências.

A não realização da unificação, e a interferência excessiva dos EUA no Vietnã do Sul acabaram cominando na guerra americana.  Essa guerra possui muitas facetas e muitas histórias, foi a primeira guerra na história moderna a ter uma cobertura televisiva muito forte. Na mesma época, o movimento “Paz e Amor” do Hippies atingia o seu auge. As manifestações estudantis de Paris em 1968 aconteciam, eram um mundo em transformação, um mundo de efervescência, e não é à toa que muitas pessoas olham com nostalgia para aquela época (sem contar Woodstock, o homem chegando à Lua, etc).

"All we need is love"! Os protestos contra a guerra se intensificavam nos EUA, numa época de grande efervescência cultural.

Foi uma guerra sangrenta, uma guerra de guerrilha, com muitas histórias de horror e terror. Fala-se muito que Sadam Hussein usou armas químicas contra os curdos no Norte do Iraque no final da década de 80 (comandado pelo seu primo o infame “Ali Químico”) e que isso foi um crime contra a humanidade, e foi mesmo. Os EUA despejaram dezenas de toneladas de químicos no Vietnã, principalmente um composto conhecido como agente laranja (para uma reportagem completa sobre o agente laranja http://ciencia.hsw.uol.com.br/herbicida-agente-laranja.htm).  Foi uma guerra química suja e cruel dos EUA principalmente contra uma população civil indefesa. Na verdade, o papel dos EUA na região foi atroz, e teve conseqüências nefastas em outro país: o Camboja, mas pretendo contar essa história em outro artigo. Quando estive em Ho Chi Min City (antiga Saigon), fui a um museu onde muitos crimes de guerra pouco conhecidos por nós do ocidente eram mostrados. Para se ter uma ideia, o museu até um tempo atrás se chamava “As evidências dos crimes de guerra americanos”. O nome do museu foi trocado para “Museu da Guerra” num esforço para melhorar as relações diplomáticas entre os dois países que se normalizaram na década de 90 com a visita do presidente Bill Clinton ao país.

Ao fim, as tropas americanas e do Vietnã do Sul foram derrotadas, e o Vietnã foi finalmente reunificado em 1975. Geralmente costuma se falar apenas dos 58 mil americanos mortos na guerra. É difícil dizer-se ao certo quanto vietnamitas morreram na guerra, mas se estima que foram de 3 a 6 milhões de pessoas, o que seria quase um holocausto judeu da segunda guerra mundial. Infelizmente, não temos consciência do horror que foi essa guerra, nem dos incríveis custos humanos.

 Se milhares de soldados americanos sofreram e ainda sofrem, sendo que muitos deles morreram, pelo simples manejo do agente laranja, imagine as centenas de milhares de pessoas que tiveram esse produto despejado sobre suas cabeças, rios e plantações?
 A grande operação Tet, bem como o infame massacre americano no vilarejo de My Lai.
  Uma das imagens mais chocantes da guerra, menina corre nua com metade do corpo queimado depois de um bombardeio aéreo.


Após minha passagem por Ho Chi Min City eu fui para o delta do rio Mekong (o rio mais importante de todo o sudeste asiático), pois o objetivo era chegar a outro país extraordinário, o Camboja. Há vários filmes famosos que possuem a temática do Vietnã como pano de fundo, são filmes muito bons, eu gosto muito de "nascido em 4 de julho" com Tom Cruise.

Baita filme, recomendo. Conta a história de um jovem que não via a hora de ir para guerra e o seu retorno como veterano ferido em combate.


Vietnã, um país de guerreiros, de um povo que há milênios vem lutando pela sua independência contra inúmeras potências estrangeiras. Um país de pessoas simples, mas extremamente trabalhadoras, orgulhosos de seu país, marcados pelo seu passado, mas muito esperançosos no seu futuro. Um país com uma história impressionante, com pessoas muito orgulhosas de suas origens (e não apenas em copa do mundo) e com algumas paisagens de cair o queixo. Um destino que deveria estar no mapa de qualquer um.



Grande abraço a todos!

14 comentários:

  1. Muito legal o post Soul! Voltou-me à memória muitas situações típicas do país. Eu rodei o Vietnã por terra desde Hanói/Halong Bay até o sul (HCM e delta do Mekong) e o país é realmente incrível.

    Uma das coisas que mais me surpreenderam é que o país, apesar de se declarar comunista/socialista abraçou fortemente o capitalismo, o que está trazendo uma expansão incrível no país. Até escrevi um post sobre isso, tentando entender esse fenômeno rsrs.

    Abraço!

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    1. Olá, André!
      Grato amigo!
      Fizemos um percurso semelhante, então.
      Sim, é verdade. É fácil entender, a forma de se produzir baseado na circulação de capital é mais eficiente do que uma forma estatal planejada. Distorções podem aparecer, mas em países onde se havia tão pouco isso costuma resultar num boom econômico. Além do mais, é um país que não possui problemas de falta de coesão interna, como vários países da África, o que impede o estabelecimento de uma economia mais robusta.

      É um país muito bacana, mas abre diversas questões ao mundo, em minha opinião, uma delas é se queremos realmente um modo de vida e produção tão frenético como lá se tem.
      Se não quisermos, será que em décadas o mundo ocidental não pode ficar para trás? Coisas interessantes a se pensar.

      Abraço!

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    2. Fala Soul... Eu acho que diferentes modos de vida existem no país. Vc comentou algo real para as grandes cidades. Mas eu visitei, por exemplo, aldeias no sul no meio do delta do Mekong, onde o modo de vida das pessoas é "quase parando" hehe.

      Acho que esses contrastes estão em todos os países. Claro, alguns mais acelerados, outros menos. Acredito que o grande pensamento na verdade é reconhecer que nós, como indivíduos, podemos escolher nosso modo de vida em qualquer país do mundo.

      E a grande batalha é que tenhamos sempre liberdade para tal.

      Boa semana! Abraço!

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    3. Olá, André!
      Sim, você tem razão. Algumas pessoas falam dessa vida rural das vilas como o "real vietnam", assim como falam da "real thailand", como se a vida nas cidades não fosse a vida de vietnamitas ou tailandeses.
      Sei que o seu comentário não foi nesse sentido, mas me lembrei desse fato.
      Exatamente, uma das maiores lições que aprendi e aprendo é ver que há pessoas vivendo vidas completamente diferentes e aparentemente satisfeitas. Logo, o nosso modo de vida não é o único a ser vivido.

      Valeu, André!

      Abraço!

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  2. So lembrando que a guerra teve inicio em 1959, quando os vietcongues, com apoio de Ho Chi Minh e dos soviéticos, atacaram uma base norte-americana no Vietnã do Sul. Este fato que deu início a guerra.
    Alex


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    1. Olá, Alex!
      Grato pela contribuição.
      Para mim o início da guerra tinha ocorrido antes, quando houve o boicote a votação sobre unificação. Porém, estou longe de conhecer profundamente a história, e minha visão pode evidentemente ser parcial.

      Abraço!

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  3. Você começou o post falando que a palavra Vietnã nos remete a pensar na guerra, dando a impressão que falaria mais sobre o pais, no entanto 70% do texto foi sobre a guerra

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    1. Olá, colega. Creio que falei sobre o país, mas a guerra foi um fato que marcou indelevelmente a história do país, bem como a percepção dos ocidentais sobre o Vietnã.
      Abraço!

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    2. Parabéns Soul, além de escrever muito bem, dividir seu conhecimento e sempre estar a disposição para troca de ideias, é sempre muito educado com todos.
      Entendo que você escreveu uma experiência sua e o conhecimento que possui, pelo menos até hoje. Concordo que a palavra Vietnã nos remete a pensar em guerra. E penso também que o contexto histórico não é do conhecimento de todos, então acho ótimo que transcorra 70% do seu texto em algo que possa despertar o conhecimento e curiosidade no seu leitor. Parabéns!
      Para quem quer saber mais sobre o país, acredito que fontes de pesquisa não faltam, e não podemos agradar a todos, principalmente anônimos. Ahhh, esses realmente são difícies, porque só reclamam e não conseguem contribuir. ;)
      Acho que pessoas que se expõem como você merecem elogios sim. É o incentivo que pessoas merecem e precisam para continuar contribuindo com o conhecimento, um bem muito precioso para qualquer sociedade.
      Sucesso!


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    3. Olá, amigo!
      Grato pelos elogios. Claro, hoje o conhecimento (não o conhecimento profundo, pois esse só em livros e com leitura profunda, algo que estamos perdendo a níveis muito rápidos com essa profusão assustadora, e bela, de informação) é bem acessível.
      Eu, obviamente, sei pouco sobre as histórias dos países que por ventura visitei. Eu sei pouco sobre a história do Brasil, o que dirá de países asiáticos.
      Porém, o Vietnã tem muitas coisas a nos ensinar como a determinação no trabalho, o respeito familiar e a força de superar um passado tão doloroso e desconhecido por muitos.

      Abraço!

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  4. Certa vez li em um livro, mas não me lembro o nome agora, que na metade do conflito os EUA já tinha matado grande parte do exército vietnamita e que eles estavam lutando com chineses que vestiam-se de soldados vietnames.

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    1. Olá, colega!
      Realmente não saberia dizer se é verdade ou não.
      O fato é que Vietnã e China são diríamos "rivais". O Vietnã nunca poderá ser um verdadeiro "rival" para a China, mas é fato que a China interferiu muito por centenas de ano no país. Atualmente, os países possuem alguns entreveros diplomáticos, como aquele navio vietnamita que foi afundado por um navio chinês algumas semanas atrás.
      Porém, se houve alguma ajuda da China, eu realmente não sei.

      Abraço!

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  5. Soul,

    Só para constar, uma curiosidade sobre dois filmes irrepreensíveis, de dois diretores idem, Apocalipse Now e Platoon: Martin Sheen fez um grande papel em Apocalipse Now (1979) e seu filho também em Platoon (1986). Terá sido coincidência?

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    1. Olá, Carlos.
      É verdade, o Charlie Sheen é filho do Martin Sheen eu nunca tinha parado para pensar nisso.
      Dois grandes filmes, a primeira cena de Apocalipse com aquela trilha sonora do The Doors é demais.

      Abraço!

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