domingo, 11 de setembro de 2016

SOBRE ISLAMISMO, TERRORISMO, DESINFORMAÇÃO E ÓDIO

 Olá, colegas! Como é bom ter uma casa. Explico. Depois de tantos meses, principalmente os últimos, estou tendo o privilégio de estar hospedado num confortável apartamento na cidade de Moscou. Vi até mesmo um episódio do House of Cards. Isso porque a Sra.Soulsurfer possui uma amiga que mora nesta bela cidade. Ela é casada com um fisioterapeuta que trabalha com jogadores profissionais de futebol aqui na Rússia e ambos acabaram de ter uma filhinha. Além deles serem pessoas sensacionais, ter a oportunidade de conviver alguns dias com um bebê é muito interessante. A generosidade das pessoas é algo que sempre enche o meu coração de alegria, e é inacreditável a quantidade de pessoas generosas que estamos encontrando pelo caminho. Hoje mesmo, o Rafael ainda nos levou para ver um clássico russo Spartak x Locomotiv. Foi muito legal mesmo, pois fazia anos que não ia assistir um jogo de futebol.  Estádio cheio e confortável, duas torcidas, sem nenhuma confusão. Uma ótima experiência.

  Porém,  não irei escrever  sobre amigos, generosidade ou futebol.  O tema de hoje foi baseado numa dupla motivação. Eu às vezes escrevo com mais constância, às vezes fico semanas sem escrever. Gostaria enormemente de poder escrever mais, algo que espero fazer ano que vem. Por causa da inconstância dos meus acessos à internet, eu comento pouco em outros blogs, apesar de sempre que posso dou uma espiada no que alguns blogueiros estão compartilhando. Uma das razões também de não escrever em outros blogs, é que eu gosto de debater e refletir sobre temas. Ao fazer isso, creio que estou ajudando na qualidade do debate e me ajudando às vezes a refletir sobre outras perspectivas sobre alguma questão em específico. Entretanto, percebi que pouquíssimas pessoas apreciam essa minha característica. Isso é muito interessante, pois para mim é uma das minhas qualidades. Se tem algo que é muito claro para mim é que verdadeiros amigos são aqueles que apontam as inconsistências em sua vida, não aqueles que dizem amém para tudo. A isso eu estendo ao mundo das ideias. 

  Mas, para evitar contrariar outros blogueiros, eu estava me limitando a apenas escrever no meu espaço. Um dos blogueiros que acompanho é o Rover. Como hoje  tirei  para descansar e não fazer nada toda manhã, resolvi escrever um comentário trazendo várias reflexões ao blog citado, reflexões estas que iam desde se a cosmogonia (ou seja o início do universo) admite aleatoriedade, se o universo é simétrico (ou seja “matematicamente” perfeito), origem da moralidade no ser humano (se religiosa ou biológica, tema muito interessante e profundo) até a incompreensão sobre o Islamismo, a história do mesmo e a insensatez de da ideia de se ter um "embate total" com quase 20% da população do planeta

  Agora de noite, acessei de novo o mencionado blog, pois estava curioso sobre a resposta do blogueiro, já que é uma pessoa que respeito, pois jamais escreveria um comentário daquele em algum espaço que não possuísse um mínimo de qualidade. Para minha surpresa, o blogueiro tinha excluído o meu comentário sobre a alegação de que eu estava defendendo o Islamismo, ideologia, segundo palavras dele, político-social que tem a real chance de destruir a civilização ocidental.

  Fiquei surpreso. Como já estava há muito tempo querendo escrever sobre essa religião (uma das motivações), esse acontecimento veio bem a calhar. As outras duas motivações (tinha escrito no segundo parágrafo que eram duas, mas na verdade são três) é a manutenção da “linha editorial” desse blog, e que nada mais é do que um traço da minha personalidade, de permitir qualquer tipo de comentário, principal e especialmente quando são ponderados e contrários ao posicionamentos meus. Se este blog possui alguma mensagem (eu não tenho qualquer pretensão de ajudar pessoas a melhorarem de vida por meras palavras escritas num espaço como esse) essa é a principal delas: a única forma de evolução genuína é essa. A última motivação é a constatação como a desinformação e desconhecimento podem cegar as pessoas para paixões, preconceitos e ressentimentos. Está em todos os lugares.

  Eu já tive a oportunidade de ir a muitos países e regiões onde a religião muçulmana se faz presente. O que posso dizer do que vi? Em uma palavra: diversidade. As pessoas desconhecem os fatos mais básicos sobre essa religião, a começar pela diversidade geográfica da mesma. Há muçulmanos na Rússia. Visitei uma cidade chamada Kazan, onde a maior minoria étnica (A Rússia possui mais de 80 etnias diferentes) chamada Tatar é muçulmana. A cidade é belíssima, capital da República do Tartastão. Vi até mesmo a abertura de um festival de cinema Muçulmano com direito a tapete vermelho e atores desfilando. O que os Tatars possuem em comum com o Wahabistas da Árabia Saudita (uma forma estrita e obtusa de interpretação dos preceitos islamitas) é algo, para quem conhece o mínimo, que desafia a imaginação. A maior etnia na China (tirando os 90% de chineses Han) são os Uyghurs que habitam a província chinesa de Xinjiang  no extremo oeste daquele país. Os Uyghurs são extremamente acolhedores com estrangeiros, além de possuir uma culinária saborosíssima. O que os Uyghurs possuem em comum com os muçulmanos que aplicam a Sharia estrita em Banda Aceh, norte da ilha de Sumatra (paraíso do surfe) na Indonésia, é algo também que requer muita imaginação. 

  Esses exemplos de locais que já fui, e há muitos e muitos outros, servem apenas para demonstrar quão caricata, errônea e sem sentido é achar que a religião muçulmana se manifesta na figura de um árabe vestindo uma túnica e falando Allah Akbar ("Alá é grande") para tudo. Aliás, a desinformação é tão grande que as pessoas, boa parte delas, acham que Allah é um Deus diferente do Deus Cristão. Colegas, Allah é apenas a palavra árabe para Deus, Allah não é uma divindade diferente.

  Aliás, poucas sabem que as origens do Judaísmo, Cristianismo e Islamismo são as mesmas. Para muçulmanos Jejus é um profeta e importante para a própria religião islâmica. Ele apenas não é o último profeta, que no caso seria Maomé, ele obviamente foi um ser humano (sabiam que a discussão sobre a divindade de Jesus foi algo que causou muitas mortes, pois nos primeiros séculos da era cristã não havia consenso se Jejus era apenas um homem ou não e houve batalhas, não apenas no mundo das ideias, sobre esse tema) e Maria não era virgem. Os Judeus, por exemplo, são conhecidos como “O Povo do Livro”, sendo o livro a Bíblia.

  É necessário ressaltar que quando o mundo ocidental da cristandade se afundava em perseguições religiosas, obscurantismo no conhecimento, uma parte significativa de regiões muçulmanas promoviam cultura e tolerância religiosa. Astronomia, Poesia, Matemática, a lista de difusores de conhecimento no mundo Muçulmano na época da Alta Idade Média é grande. Muitos dos nomes das estrelas que conhecemos no céu visível tem nome de origem Árabe como Betelgeuse (uma das estrelas com brilho, pelo menos para observadores humanos no planeta terra, mais intenso). Diversos nomes que estamos acostumados como Camila e Altair possuem origem árabe. Muitos muçulmanos estudavam os grandes clássicos gregos, como Ptolomeu e Aristoteles, muito antes do renascimento cultural e intelectual na Europa que iria ocorrer muitos séculos mais na frente.


  Assim sendo, o Islamismo é diverso seja na manifestação de formas, seja geograficamente, e já produziu muito conhecimento, numa época no mínimo opaca para o Ocidente. Faz tempo? Faz. Hoje a escuridão habita muitos lugares de maioria muçulmana? Sim, porém isso não apaga a história, e nos faz refletir se os problemas vivenciados por regiões assoladas por condutas monstruosas feitas em nome da religião islâmica estão relacionadas única e exclusivamente com essa religião em si. Tudo leva a crer que não. 

  Baseado nisso, é que fiz o aparte do comentário supramencionado, principalmente para essa parte do texto citado: "Já algumas religiões como o islamismo, transformam seus seguidores em filhos da puta sádicos e sanguinários. E esse tipo de religião acho que deve ser extirpado da face da Terra. Nesse caso ai não tem meio termo, tem que acabar mesmo

  Além disso ser errado e ter o condão de inspirar ódio nas pessoas, o objetivo central do texto destacado é simplesmente impossível. Quando se escreve para blogs, ou mesmo para jornais e revistas de circulação nacional, não há necessidade de basear o que se escreve na realidade. Pode-se construir mundos que não existem e propostas que não são factíveis no mundo real. Apesar de eu possuir essa permissão, afinal não exerço nenhum cargo de relevância geo-estratégica internacional, eu tenho muito cuidado com tudo que escrevo por aqui. Procuro não falsear a realidade e nem sugeri algo que seja destoante com a mesma.

  Como se extirpa uma religião que define diversas culturas, etnias, gastronomia, hábitos, e é praticada por mais de um bilhão de seres humanos é algo que nem o aloprado do Trump conseguiria dar uma resposta que tivesse o mínimo de coerência. É como dizer que o governo brasileiro poderia cortar 80-90% dos gastos, e como já vi espaços da internet falando isso, como num passe de mágica. Não é dito como se pode deixar de pagar todas as aposentadorias e pensões do INSS, todos os salários das forças armadas, todos os professores da rede pública, todos os repasses do SUS (sim um corte na ordem de 90% dos gastos dos governos brasileiros talvez sobraria apenas dinheiro para pagar o Poder Judiciário e o corpo diplomático, até os policiais teriam que ser mandados embora). Pergunte, da próxima vez que ouvir tal argumento, como se poderia fazer isso na prática no Brasil, e não se surpreenda se a pessoa desconversar ou simplesmente ignorar.

  A mesma coisa se aplica a noção de “guerra total” ao Islã. O maior exército que o mundo já viu foi num país que estava destruído economicamente, sob um pretexto mentiroso diga-se de passagem (ir à guerra baseado numa mentira é um ato terrorista? fica a reflexão), e depois de vários anos viu que tinha se metido num atoleiro militar e econômico. Além disso, simplesmente trouxe caos à região, com o surgimento de grupos armados muito mais sádicos e radicalizados. O Estado Islâmico é cria direta da invasão americana no Iraque. Se isso ocorreu na invasão de um único país pequeno (o Irã, por exemplo é três vezes maior do que o Iraque, fato este que faz que uma invasão por terra ao Irã pelos EUA seja praticamente impossível, segundo palavras de analistas militares), como faz para entrar em guerra com países que vão do norte da África até a Indonésia? Entra em guerra com a Rússia e a China também, países com grandes concentrações de muçulmanos? Aproveita para jogar umas bombas na Índia e os seus 170 milhões de muçulmanos?

  Sim, a ideia é simplesmente ridícula. Seria o fim do mundo como conhecemos, e o supremo caos reinaria no planeta terra. É por isso que homens com poder não podem falar algo sem sentido como a ideia de extirpação de uma religião ou a redução de 90% dos gastos públicos do Governo. Não é sério. 

  E qual é o problema em não ser sério nesse caso? O problema, colegas, é a instilação de ódio e a propagação de desconhecimento. Isso é apenas combustível para que pessoas façam ainda mais atos de maldade em nome do Islamismo. O governo americano depois de muito tempo percebeu que matar um combatente do Talibã resultava não em ganhos militares, mas na formação de 100 novos soldados inimigos. Isso ocorria porque na região montanhosa do Afeganistão, a principal  etnia do país chama-se Pasthun , e o tribalismo é muito comum para esse povo, principalmente em áreas perto do Paquistão. Quem já visitou culturas onde a ideia de tribo é forte, sabe que a lealdade à família e à tribo é de uma força que é incompreensível para um brasileiro médio. Sendo assim, se alguém de uma tribo era morto, isso tinha o efeito automático de transformar quase todos os homens da mesma tribo, mesmo que sem conexão com o Talibã, em potenciais soldados. Quando os EUA se deram conta disso, eles perceberam que a solução militar nunca daria certo ali, eles começaram simplesmente a pagar mesadas para chefes tribais para que deixassem de apoiar o Talibã.

  A solução militar só piora, e muito, a situação. Não há solução militar para o terrorismo islâmico. O problema de se espalhar desconhecimento e ódio, é que povos do ocidente podem ser iludidos por um trapaceiro com pretensões políticas qualquer (Um Trump da vida) que pode levar muita gente a acreditar nisso, mesmo com um exemplo histórico recente do fracasso da Guerra do Iraque (que aliás matou centenas de milhares de civis, algumas ordens de grandeza a mais do que todos os ataques terroristas muçulmanos somados). Além do mais, qualquer mensagem que espalhe o ódio, deve ser combatida, não com mais ódio evidentemente, mas com racionalidade e inteligência. 

  Por isso, colegas, não se enganem com o simplismo de questões que são complexas. Não se contaminem com ódio, algo que além de não resolver nada, apenas dá mais munição para pessoas radicalizadas. O Ocidente não vai ser destruído, muito menos por grupos islâmicos terroristas. Isso é uma bobagem sem tamanho. O ocidente tem a perder se deixar de lado valores como tolerância, liberdade e racionalidade. Essa sim é a ameaça real ao nosso estilo de vida, ameaça que políticos canhestros com seus discursos raivosos e mentirosos consubstanciam de maneira muito forte.

  Por fim, isso não é apoiar o que quer que seja. Eu creio que religiões institucionalizadas, o islamismo em especial, prestam um grande desserviço à humanidade quando servem para isolar os seres humanos uns dos outros. A única coisa que eu apóio é a dignidade humana e a busca pelo conhecimento. Entretanto, isso não pode ser escusa para se propagar desinformação e mensagens que podem ser usadas como ódio a outros seres humanos. 


  Um grande abraço a todos.

53 comentários:

  1. Entendo sua visão, mas discordo em partes (partes essenciais).

    Quando se refere ao que de bom era praticado pelos muçulmanos da alta idade medieval, os europeus, apesar de estarem em diversos conflitos, também estudavam os gregos (restrito a monges e estudiosos ligados à Igreja, mas estudavam, sim).

    E só porque eles dizem que Alá é Deus, não se pode atribuir valor afirmativo a essa questão, até porque eles praticam doutrinas diferentes a Deus, e ainda Lhe atribui caráter diferente ao que os cristãos e judeus atribuem. O Alá deles não é bem o Deus cristão (é só ler o que o "Deus" deles concede aos mártires da causa...).

    E o Islã prega, e em vários pontos, ódio aos infiéis, chega a ter aspectos culturais horrendos (principalmente com infiéis, mulheres, crianças e alguns grupos). Os líderes de tal religião já disseram que querem expandi-la ao Ocidente. Aliás, corremos um grande risco como sociedade ocidental...

    Quanto ao resto, concordo contigo.


    Sr Sig

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá. Sr.Sig. A Allah é simplesmente a palavra para Deus nem mais nem menos. Um dos pilares da religião é a a crença de que existe apenas um Deus, mesmíssima coisa do Cristianismo, o que diferencia de religiões ditas pagãs.

      Você tem toda razão que os monges também estudavam os clássicos, e eles foram cruciais para manutenção no conhecimento nesse período na Europa.

      Se o Islã prega isso, por qual motivo em vários lugares praticantes dessa religião são calorosos com estrangeiros? Veja, eu já vi como as mulheres são tratadas em muitos lugares do mundo. Minha companheira já sentiu na pele. Na Índia, de esmagadora maioria Hindu, foi um lugar muito difícil para ela viajar. Não é à toa que lá junto com a África do Sul (um país predominantemente católico) são os lugares que mais estupram mulher no mundo. A mulher é muito mal tratada em muitos lugares do mundo, e em alguns lugares onde a religião muçulmana predomina é terrível mesmo.
      Isso para mim é apenas ignorância humana, que se combate com luz, não com mais ódio.

      E qual seria esse risco? Cultural? Militar? O EI vai invadir a fortaleza flutuante continental que é os EUA? Quando estive na Mongólia , conheci um francês que era estudante de medicina que estava com sua namorada. Ele tinha pais Argelinos. Ela tinha pais iranianos. Ele algumas vezes foi perseguido na Rua pela sua aparência (ele lembrava alguém do oriente médio). Isso na Mongólia, um lugar que no passado sempre foi de grande liberdade religiosa. Na verdade, ele não era muçulmano, mas sim judeu. Sim, ele era judeu. Ele me disse que havia uma pequena comunidade de judeus na Argélia, e que a convivência por séculos foi pacífica com a maioria muçulmana. Ela, quando disse que iríamos ao Irã disse que teria que ficar na casa da família dela, se ofereceu até mesmo para que a família nos fornecesse dinheiro, já que no Irã aparentemente não há ATM.
      É isso que essa desinformação geral vai ocasionar, ódio, e atos de ódios de uns contra os outros.
      Rússia, China, EUA não serão conquistados, podemos ficar tranquilos..

      Obrigado pelo comentário, abraço!

      Excluir
  2. Olá Soul,

    Respeito todas as religiões, porém, a minha opinião é bem clara nesse sentido:

    Religiões, qualquer uma, mas principalmente o Islamismo, são um câncer!

    Não acredito em Deus, não tenho religião e não frequento igrejas. E garanto que sou uma pessoa muito, mas MUITO melhor que as milhares de outras que fazem isso!

    Eu acredito no caráter, em valores, e não precisei e nem precisarei de NENHUMA divindade para formar os meus, que tornaram-me uma pessoa de bem.

    Abraços!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, IL.
      Claro, muitos dos aspectos morais estão associados à nossa evolução enquanto espécie. Sendo assim, para termos ética não é necessário frequentar nenhum templo. É muito provável, mesmo você que não acredita em Deus, que se o mesmo existisse ele estaria em você e não num templo. Os muçulmanos do grupo Sufi (um dos mais iluminados dessa religião) dizem que Deus está mais próximo de você que a sua própria jugular.
      Abraço!

      Excluir
    2. Olá IL

      Não concordo quanto as religiões serem um "câncer", mas sim que os que as regem, fogem dos temas principais e focam na expansão visando poder.
      Acredito que o problema não é a religião, mas sim o uso que fazem dela.
      Tem um filme chamado "O livro de Eli" que toca nesse tema. Bem interessante!


      Abraços

      Excluir
  3. Muito triste a censura ao nobre blogueiro.

    Religião é, quase por definição, a renúncia ao senso crítico em favorecimento de historinhas locais. Se ficasse só nisso, tudo bem... O problema é que essa renúncia, a princípio seletiva, pode facilmente ocasionar em extrapolação dos limites do bom senso, conforme verificado em certos países islâmicos. Alguns deles, por exemplo, têm o chamado "crime de honra", algo que só encontra espaço em ambientes altamente religiosos.

    Se for para "culpar" religiões, é óbvio que diria que o Islamismo é disparada a mais perigosa. No entanto, pelo exposto no parágrafo anterior, creio que qualquer outra religião tem o potencial de "se tornar" tão violenta quanto o islã. Portanto, é preciso combater (não por meios militares, concordo que resolve nada) não só o islamismo, como também todas as demais.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, colega. A linha de raciocínio do seu segundo parágrafo é a defendida por alguém (que gosto muito pelos trabalhos em biologia) como Dawkins. Você sabia que no livro "Outliers" há uma capítulo muito interessante sobre o motivo de uma região dos EUA ter tido tantos conflitos entre famílias, com resultados sangrentos no final do século 19. A explicação foi os "crimes de honra". Foi muito interessante ver estudos científicos feitos na atualidade nos EUA, demonstrando que o grau de agressividade de sulistas às vezes pode ser muito mais intenso para atos banais do que alguém que vem do norte dos EUA. A explicação que se chegou é que a cultura da honra ainda é forte no sul dos EUA. No Brasil, pense em Bolsonaros e a defesa da honra e da família. Você está absolutamente correto, lugares onde o conceito de honra se sobrepõe à razão e à dignidade humana, crimes horrendos podem acontecer. Em alguns lugares muçulmanos infelizmente isso é potencializado, gerando inclusive crimes monstruosos contra pessoas indefesas como adolescentes de 13-14 anos.

      O Islamismo precisa de uma reforma, assim como aconteceu com o cristianismo. Estados Islâmicos, controlados pela religião, precisam se secularizar. Isso leva tempo, infelizmente.

      Abraço!

      Excluir
  4. O Trump é um idiota, não há quem duvide disso. Mas sinceramente, eu não votaria de forma alguma num candidato do partido democrata. Eu penso em anular meu voto no Brasil por não haver partido que defenda a economia de mercado, o livre comércio e o direito de propriedade.
    Com todas as críticas que se pode fazer aos republicanos, até mesmo de que eles não fazem na prática quando estão no poder o que pregam no discurso, mesmo assim em termos de discurso ainda é o que há de melhor no mundo. Na minha opinião é claro. Quanto ao islã. Eu não sou muçulmano, nem cristão, nem católico (apesar de batizado) e pode até ser ignorância da minha parte, mas o que vejo é que eles rejeitam os valores ocidentais. Isso não torna a todos terroristas, mas acho sim que o ocidente tem que impor limites ao crescimento do islamismo nessa parte do mundo. Existem centenas de países onde se prega o islamismo e eles querem vir logo para um lugar qur possui uma cultura que eles rejeitam?
    Como já disse, não conheço nada sobre o islã e tb não quero conhecer. Se não me interesso pelas religiões que se desenvolveram no mundo ocidental me interesso muito por uma região que desenvolveu tão longe da minha realidade.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, colega. Veja, não vou fazer uma digressão sobre Republicanos x Democratas, porque nem tenho condições técnicas para isso. O meu ponto foi única e especificamente sobre o Trump. Lá nos EUA, há candidaturas independentes. Se não me engano um Libertário, esqueci o nome, que ganhou muita proeminência e se fala que ele pode atingir 10% dos votos. Isso é muito para uma candidatura independente, e de certa maneira alentador, porque o debate republicanos x democratas pode ser apenas de fachada em muitos momentos.
      Sobre a sua segunda parte, eu entendo pouco e é baseado apenas no que eu vi. Sobre os valores ocidentais, tenho que informar aos leitores, que o que entendemos como ocidente perfaz uma quantidade diminuta da população humana. Os chineses possuem, em certa medida, outros valores diferentes de um americano ou um francês, por exemplo. Teremos que aceitar esse fato, e isso não é trivial. Sobre a expansão de grupos fundamentalistas dentro de países ocidentais, o único freio possível é que se cumpra a lei. Uma mesquita não pode ser lugar para se propagar ódio, se isso é feito, a lei está sendo desrespeitada. É o império da lei e do respeito aos direitos humanos a única forma de combate, não há outra. Algo bem efeito seria pressionar a Arábia Saudita. Essa sim seria uma forma inteligente e muito eficiente de combate ao extremismo islâmico. Por que os governos ocidentais não o fazem? Uma ótima pergunta para se ter aos nossos candidatos, se no Brasil discutíssemos temas sérios.
      Abraço!

      Excluir
    2. Anon 22:22, existe um partido que defende esses valores sim, se chama Partido NOVO. Eles, inclusive, dizem que aplicam testes para os que querem se candidatar pelo partido, motivo pelo qual muitos lugares ainda não terão nenhum candidato nestas eleições.

      http://novo.org.br/

      Excluir
    3. Olá, Micro I.Nerd.
      Eu ainda quero escrever sobre o partido Novo. Porém, ainda não o conheço, quero ler com calma o site deles.
      Penso, se a plataforma for mesmo a diminuição gradativa do Estado, bem como a limitação do poder político de Brasília, até mesmo em participar de reuniões.
      Abraço

      Excluir
    4. O independente é aquele que nem sabia o que era "Aleppo"

      Kkkkkkkkk

      E depois que o repórter o informou deu uma resposta que sua saída ao conflito seria combinar com os russos uma ação em conjunto...

      (Como? Se EUA e Rússia querem coisas opostas na Síria?)

      Excluir
    5. É mesmo? São vários independentes nos EUA, se for este o independente que citei, realmente é triste.
      Guardião, na verdade a coisa é muito mais complicada do que isso. Há no mínimo umas 16 partes envolvidas nesse conflito.

      Um abraço!

      Excluir
    6. Como é isso de limitar a expansão do islamismo em países ocidentais? Seria proibir os filhos dos mulçumanos que vivem aqui há décadas de seguir a religião dos pais ou só seria proibida a apostasia (um católico virar islâmico)?

      Excluir
  5. Soul, sem muitas delongas, sem explanação. Vc acha que ao longo de toda a história da humanidade as religiões foram mais benéficas ou mais prejudiciais? (Sem ficar divagando, sem ficar pedindo definições de o que seja benéfico, etc.)
    Abs!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. As religiões fazem parte da cultura humana. Nós evoluímos imiscuídos com o fenômeno cultural religião. Eu tendo a ser agnóstico, ou pensar na religião como Einstein, assim eu creio que no estágio atual da evolução humana, há muitos aspectos de religiões institucionais que bloqueiam nosso avanço enquanto espécie. Agora, se formos para a África, onde ninguém mais quer ir, há grupos de missionários cristãos fazendo o bem. A religião inspirou diversos artistas, poetas, pensadores e até cientistas. Logo, não se trata de combater a religião, apenas colocar em perspectiva os aspectos negativos que uma forma de pensar que exclua o outro, o que muitas religiões infelizmente estimulam, pode ocasionar para o convívio humano.

      Abraço!

      Excluir
    2. Me intrometendo na pergunta no anom, eu diria que as religiões fizeram muita coisa boa para o mundo, o que não quer dizer que não tenham feito e não façam coisas ruins. Eu não posso afirmar com precisão histórica, mas creio que as primeiras leis e as primeiras noções de moralidade e respeito ao próximo vieram (ou pelo menos ganharam força) das religiões.

      Excluir
    3. M.I.Nerd, elas não vieram das religiões, mas sim da nossa própria evolução biológica. Agora, você tem toda razão que elas ganharam mais força e mais sistematização com os códigos morais religiosos.

      Excluir
    4. As religiões tratam-se de manifestação cultural humana, sob a perspectiva histórica.
      Logo, a meu ver, compostas por homens, refletem os anseios, medos, aspirações, defeitos e virtudes dos homens que as formam.
      Em todas elas, há coisas positivas e negativas, isso sem falar que o juízo do que seja + ou - também é cultural.
      Jeca

      Excluir
    5. Soul, como assim "vieram da nossa evolução biológica"? Nunca ouvi esse tipo de argumento em relação ao desenvolvimento de leis e moralidade. Pode dar mais detalhes?

      Excluir
    6. Claro, MI. Veja, nossa espécie homo sapiens sapiens tem algo em torno de 200 mil anos de existência. As religiões institucionalizadas algo como 2000 anos. Religiões mais antigas algo como 3-4 mil anos. Assim, as religiões estendem apenas a algo entre 1 e 2% do nosso período de evolução já enquanto seres humanos. Sendo assim, muitos dos atributos de moralidade e ética que atribuímos à religião na verdade são frutos da nossa evolução enquanto espécie. Alguns testes morais, há trabalhos nesse sentido, aplicados a uma gama variada de seres humanos (esquimós, católicos, tribos africanas isoladas, ateus, etc, etc) apresentam resultados consistentes com a ideia de que a moralidade humana tende a estar mais relacionada com a nossa biologia, do que com a nossa cultura (religião). Isso não quer dizer que a nossa cultura não possa ter aprimorado e sistematizado, apenas que o início talvez não seja nas religiões.
      Abraço

      Excluir
  6. Mas o problema não se restringe ao modelo teocratico que os países árabes adotam, numa forma de deixar os políticos mandantes intocáveis, enquanto o povo miserável é simples marionete cegada pelo ópio da religião, nutrindo um inimigo "em comum" que seriam os ocidentais e judeus?
    Abraços,
    Capixaba Investor

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Colega, Stalin era ateu, o chefe da Coréia do Norte sei lá o que ele é, o do Turcomenistão consegue se manter ileso e não-condenável pela comunidade internacional, por sua plataforma de guerra ao terrorismo. Você tem razão que líderes de diversos nações se entronizam no poder, alienando sua população e procurando inimigos em comum. Os Iranianos são conhecidos por muitos viajantes como o povo mais hospitaleiro do mundo. Eles, na sua imensa maioria, não odeiam ocidentais ou outras religiões. Poucas pessoas sabem, mas há uma comunidade próspera de judeus em Tehran, capital do país. Agora, infelizmente, esse novo governo parece ser mais aberto, os últimos governantes daquela nação, e o fato do Aiatolá ainda ter o poder supremo, é um entrave para a prosperidade dos indivíduos. Nisso, não tenho dúvidas. Agora, isso é algo que os Iranianos terão que achar meios de se desenvolver, uma retórica de ódio e desconhecimento não vai nos levar a nenhum lugar.

      Abraço!

      Excluir
    2. Soul

      Creio que meu conterrâneo tenha razão.

      Religião pode ser boa, mas se usada no centro de um governo (como fazem os países árabes) cegam o povo da própria miséria, da disparidade dentro do próprio país, para focar num inimigo externo, atitude que só interessa àqueles que estão no poder.

      Excluir
    3. Guardião, você está falando de países árabes ou de países com maioria muçulmana?
      Concordo contigo. O Estado deve ser secularizado. Porém, o desvio do povo para um inimigo externo, como forma de alienação do povo, acontece, aconteceu e acontecerá em diversos regimes. A única forma de se combater isso é via democracia e educação.
      Abraço

      Excluir
  7. Allahu Akbar significa Allah é maior (que SEU Deus ou governo ou oq seja) o próprio grito já é uma medição de pau nada amigável e o propagadismo esconde isso, o problema não é contaminar com ódio, é querer ver oq não existe, e ainda fazer propaganda da mentira, falando em mentira vc podia ter nos elucidado sobre a Taqiyya, ou como a 3° geração de imigrantes ingleses e franceses, realmente tem pouca possibilidade de serem extremistas visto que nem lêem o Corão ou que lado Meca fica, mas usam para tratar mulheres como indivíduos inferiores sem direito, ou como toda região que islamistas tornam-se maioria expulsam ou melhor todos não-islâmicos fogem, inclusive o estado democrático vai junto...Islamismo é uma ameaça a liberdade de cada indivíduo, só não enxerga quem não quer

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, colega. Grato pelo comentário e observações. Apenas como curiosidade histórica, sabe quais foram os maiores atos de genocídio e homicídio coletivo na Europa depois do Islamismo? Os massacres étnicos na guerra dos Balcãs, muitos deles, se não a maioria, perpetrados contra comunidades muçulmanas. No maior deles o de Srebrenica, quase 9 mil muçulmanas de origem Bósnia foram assassinatos. Veja, isso foi na Europa na década de 90, quando eu já era adolescente. Os perpetradores eram cristãos ortodoxos. Você disse que "ou como toda região que islamistas tornam-se maioria expulsam ou melhor todos não-islâmicos fogem, inclusive o estado democrático vai junto.” É verdade, é o que estamos vendo em muitos lugares do mundo. Entretanto, isso ocorre com várias matizes ideológicas e religiosas. Eu diria quando a intolerância, o ódio e o desconhecimento sobre o outro chegam num lugar, o Estado Democrático realmente vai embora do local.

      Ok, o Soulsurfer se torna presidente da maior potência do mundo os EUA, e eu acredito como você, não de forma metafórica mas de forma real e sincera, que o "Islamismo é uma ameaça a liberdade de cada indivíduo, só não enxerga quem não quer”, o que você, como analista de estratégia para assuntos geopolíticos, sugere-se que se faça? Fechemos todas as embaixadas americanas em lugares com religiões muçulmanas? Anotado. Como fica a situação dos americanos naqueles países, evacuaremos todos? Evacuações são caríssimas, de milhões de pessoas então, seria algo bem caro. Chamemos o povo americano a pagar um novo tributo especial de evacuação? O que fazemos com as empresas americanas sediadas em países como a Indonésia, Malásia, etc? Ou multinacionais que lá operam? Aumentemos significativamente o orçamento da Defesa e nos preparemos para a guerra total? Enviamos tropas americanas para combate efetivo no solo em vários países do mundo?
      Gostaria de saber as soluções.

      Abraço!

      Excluir
    2. obs: "Apenas como curiosidade histórica, sabe quais foram os maiores atos de genocídio e homicídio coletivo na Europa depois do NAZISMO?

      Excluir
  8. Falar que o Deus do cristianismo é o mesmo do Islamismo, só porque na sua ideia isso tudo significa um deus monoteísta é de uma ignorância tão grande que faz tempo que não vejo. Quando não entender de um assunto, estude anos, leia, conheça pessoas da area e não faça um post ridículo desses mostrando a sua incapacidade de compreensão religiosa.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Certo, colega. Anotado. E no mais, além de palavras "amigáveis", alguma coisa concreta para acrescentar ao debate?
      obs: Ah, apenas por curiosidade, já que aparentemente você possui muito conhecimento sobre o tema e pode iluminar o patriarca do Islamismo e Judaísmo? Aposto que devem ser personagens históricas distintas.

      Abs

      Excluir
  9. Assista aos videos do Ben Shapiro sobre o mito da minoria pacífica muçulmana. Recomendo a prager University também.
    O objetivo do islamismo é destruir o ocidente e manter um bando de bandidos no poder.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Veja, colega. Eu acredito mais na inteligência e capacidade de raciocínio. Já me recomendaram, e eu vi um vídeo. Achei, pelo menos o que eu vi, "misleading", misturando verdades com fantasias (esse é o tipo mais perigoso de discurso).
      Vamos analisar criticamente essa sua frase "O objetivo do islamismo é destruir o ocidente e manter um bando de bandidos no poder." Uma frase simples, uma ideia fácil de colar e uma ideia com impacto. Talvez como um estudo de marketing atenda aos requisitos para uma ideia "vendável". Agora pensemos:
      a) O Islamismo sempre quis destruir o Ocidente? Há 200 anos queria, ou isso seria uma mutação recente?
      b) Como Ocidente, você inclui a China e a Índia, algo em torno de 40% da população humana?
      c) E por acaso, se isso fosse verdade, como seria feito? Militarmente? Culturalmente? Sempre fico curioso para saber como isso pode ser minimamente feito.
      d) Acreditemos, pelo bem do debate, que a hipótese é verdadeira, então a pergunta que se faz "e Então?". E Então, colega? Quais são as sugestões de ação para enfrentarmos uma ameaça de fim da nossa civilização?

      Abs!

      Excluir
    2. Soul, você já viu uns vídeos que circulam por aí dizendo que lá por 2030 a Europa vai ter maioria da população islâmica? Você acredita nisso? E, caso sim, acho que isso é bom ou ruim?

      Por mais que eu ache o discurso de tolerância muito bonito, fico bem receoso do Islãmismo ser a maior religião da Europa, pois eu os julgo atrasados culturalmente, vide os hábitos de apedrejar mulheres e obrigá-las a usar roupas que cubram o seu corpo (sim, eu sei que a vestimenta varia de acordo com cada segmento da islã).

      Eu prefiro viver em um mundo que respeite cada vez mais a liberdade individual e não vejo o islã indo nesse caminho. Estou equivocado?

      Excluir
    3. Olá, Micro. Não, você não está equivocado. Eu não gosto de ver mulheres cobrindo todo o corpo. Eu acho o Hijab (aquele onde cobre o cabelo), dependendo do tipo, bonito. Porém, até mesmo o Hijab varia, em países mais "liberais" o Hijab permite que a mulher mostre parte do cabelo, em outros o Hijab não mostra nada.
      O respeito a liberdade individual para mim é condição necessária para uma boa vida e um completo desenvolvimento do ser humano.

      Olha, eu não tenho a mínima ideia e precisaria assistir aos vídeos. A Europa é uma verdadeiro melting pot de etnias, religiosidades, história, etc. Quando se fala em Europa se pensa que está se falando de alguém caucasiano somente. É a mesma coisa quando falam que eu não sou Brasileiro, por ser loiro de olhos claros. Quantas guerras, invasões, influências (até mesmo os Mongóis influenciaram a Europa, principalmente a Rússia que por séculos foi parte de um Khan Mongol conhecido como The Golden Horse), ou seja é uma mistureba danada.
      Eu acho pouco provável que o islamismo se torne a principal fonte religiosa da Europa, apenas se o ateísmo crescer. O ateísmo tende a ser forte em países mais ricos, tirando quando foi ideologia de Estado como na China onde existe a maior quantidade de ateus do mundo. Portanto, o que vai acontecer em 2030, é muito difícil saber.


      O hábito de apedrejar mulheres adúlteras está longe de ser uma norma no mundo islâmico, bem longe mesmo. Essa é uma prática bárbara que precisa de uma oposição, num mundo ideal, firme de toda a sociedade humana. Há um firme iraniano muito forte sobre o tema, eu posso procurar o nome (o qual esqueci) se te interessar.
      Sobre o atraso cultural, o grande problema é que o Islamismo não passou por uma reforma, como o cristianismo nos séculos 15,16,17, com os diversos movimentos de contra-reforma de instituições que apresentavam diversos problemas. Para piorar, muitos países confundem assuntos religiosos com assuntos eminentemente de gestão pública, e nós sabemos que esse não é o melhor arranjo.

      Excluir
  10. Belo texto Soul! me instigou a pesquisar sobre o Islamismo. Acabei aceitando o que falavam sobre e percebo que pouco se sabe de fato o que é o Islã.
    Fiquei curioso em saber sobre o genocidio pos Nazismo comentado acima. Qual é?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, colega. Islã é uma religião institucionalizada. Uma que está vivendo um momento, em muitas partes do mundo, de trevas. Uma que ensina boas coisas, e em seus textos sagrados há mensagens dúbias sobre violência (assim como na Bíblia, principalmente no Antigo Testamento). Não é uma religião pela qual nutro grande admiração. Agora, semear ódio evidentemente não será eficaz em combater ódio.

      Foi na guerra dos ex-países que faziam parte da Ex-Ioguslávia. Os Balcãs é uma região complexa do mundo. Uma vez li uma frase que os Balcãs tinha muita história para pouco espaço geográfico. Quando da desintegração da Iugoslávia, alguns países foram formados de maneira pacífica. A bela Eslovênia é um exemplo. Outros a história foi diferente. Em 1994, eclodiu uma guerra sectária extremamente violenta. Forças sérvias cristãs foram acusadas de cometerem diversos atos de genocídio contra minorias muçulmanas. Foi uma verdadeira limpeza étnica. Isso aconteceu há pouco mais de 20 anos, na Europa.
      Isso é apenas um exemplo que a demonização do que quer que seja é algo fácil, mas quase nunca certo. O que deve ser demonizado é a ignorância e o ódio.

      Abraço!

      Excluir
    2. Investidor Inglês, o site Branistorm 9 tem um podcast especial sobre islãmismo, da uma googlada que você acha fácil.

      Já o site implicante.org tem também bastante informação, mas uma visão diferente. Eu, sinceramente, não sei qual é o caminho que temos que seguir, tem apenas duas coisas que eu acredito que devem ser feitas o quanto antes: combate militar ao Estado Islâmico (o grupo terrorista, não confundir com um país islãmico) e monitoramento constante de imigrantes em países como França e EUA. Como monitorá-los? Confesso que não sei, mas certamente devem existir métodos para isso.

      PS: SOUL, desculpe pelo flood de comentários!

      Excluir
    3. Fala Soul, blz? Vi um pouco da guerra dos Balcãs quando li a biografia daquele que trabalhava na ONU e que morreu num ataque a bomba ao predio da ONU em Bagdá, Sergio Vieira de Mello. Sim, cristãos ortodoxos sérvios massacraram mulçumanos e outros bósnios e havia apoio (no sentido de pegar leve e "freiar" as tentativas na ONU/CS) da Russia devido à mesma religião. Enfim. Você com certeza, sabe dessa história. Não quero falar dela. Foi só um lembrete-resumo.

      Acredito que parte do pessoal (Mr Rover incluso) quando isso (Muslims querem destruir o Ocidente) refere-se, nos dias de hoje, ao multi-culturalismo e afins. Essa "horda" de refugiados indo pra Europa e violência e ódio que parte deles levam consigo (Roubos, estupros, espancamentos, cobrança de um "imposto" que não lembro o nome) - Tem aquela né... Poxa, pq não foram para os países ricos ou não golfo pérsico p. ex? Não são todos mulçumanos? É, mas tem as rivalidades xiita e sunita etc é bem complexo. Mas eles que se entendam pra lá. São tudo a mesma a coisa. Agora querer ir pra Europa? Okay. Refugiados de guerra, vamos acolhê-los. Os povos da Europa fizeram isso muito bem. Cartazes de welcome nas estações etc. Mas ir pra lá e não respeitar a cultura/legislação local? Aí não dá. Quando um benfeitor faz uma ação a pessoa de má indole abusa, a pessoa de boa indole mostra gratidão. Como separar essas duas entre os refugiados? Complicado. Pra mim o único ponto esse: Vem pra cá, pra lá, o judeu, o mulato, eslavo, mexicano, cigano, budista... Cara essas coisas não importam a priori. O que interessa é se poderemos todos conviver pacificamente como tu mostraste em algumas passagens do teu texto. Há também toda aquela aquela história das Cruzadas e tudo né? Mais tarde aquele episódio da tentativa de invasão de Viena a "Golden Apple". Acho que daria pra pegar muita coisa. Não quero. Nem vi aqui para debater/argumentar especificamente, quis mesmo falar o que penso que leva o pessoal a pensar assim dos islamitas. Ocidente é Cristão-Católico (do ultimo século pra cá não apenas) e o Meio/Médio-Oriente é muçulmano. Os valores são muito diferentes e os fanáticos tornam impossível a existência conjunta. Soul, acredito que somos "melhores" que eles no sentido de que aqui há muito mais tolerância do que lá. Eles vem aqui e andam cobertos (desculpe, por não me dar ao trabalhar de lembrar/pesquisar o nome) com aquele pano assim nos documentos oficiais etc. Ou seja, eles vieram aqui e seus costumes foram respeitados apesar de muito diferentes dos locais. E se formos pra lá? Tudo bem andarmos, p. ex, sem camisa como em vários lugares do Rio, p. ex, mesmo não tão perto da orla? Poderemos sentar à noite em um restaurante e tomar uma cerveja? Podemos olhar para as mulheres? Em outras palavras, a impressão é de que vindo aqui o mulçumano médio não precisa mudar muito de seus hábitos para viver como o faria em sua terra natal (considerando que seja Islâmica). Já nós teríamos nosso estilo de vida bastante modificado. Fiz comprações grossas, claro, pq já to estendendo bastante mesmo eu tentando nãos ser prolixo e tal. Não vou nem reler. Desconsidere os erros gramaticais. Só quis, como já disse, trazer ponto de pq penso quase como eles. Não trouxe fatos, argumentos etc.

      Excluir
    4. Micro,
      Os imigrantes, 99% deles (talvez até mais, talvez 99.9%) são pessoas que estão saindo o seu país de origem por causa de perseguições, guerras, fome, etc. Às vezes eles vendem tudo que tem para tentar sair do horror que se tornaram as suas vidas. Confundir imigrantes com terroristas é uma covardia e uma crueldade que me estarrece. Como alguém pode dizer que é um "cidadão de bem" falando que milhares de pessoas que arriscam a sua vida para fugir de uma guerra civil sangrenta e horrorosa como da Síria, são terroristas? Isso, com todo o respeito, me enoja.
      Os imigrantes, a tendência humana de emigração, são a força motora da humanidade. Foi por causa da imigração que a humanidade se expandiu para outros continentes, saindo do nosso Continente-Mãe (e como tantas pessoas esquecem disso ao tratar a África com desprezo). Os EUA são o que são, pois receberam imigrantes que fugiam de perseguições político e religiosa na Europa. As imigrações sempre existiram na humanidade, não há nada de novo nisso.
      Se eu tivesse um negócio, eu empregaria imigrantes. A esmagadora maioria trabalha muito duro, quase sempre economizando quase tudo para mandar para familiares.
      Ou seja, a imigração tem funções econômicas, humanitárias e éticas.

      Sobre o Estado Islâmico, o combate militar deve ser feito até certo ponto. Quando eles, em 2014, tomaram uma refinaria no Iraque, e estavam se apossando de inúmeros poços de petróleo, o mundo não podia ficar sem fazer nada. Agora, depois disso, as batalhas se tornam sangrentas, sujas, de rua em rua, e isso não é efetivo depois de um certo tempo.

      Abraço!

      Excluir
    5. Olá, colega. Também escrevo nos comentários sem olhar muito a pontuação e erros de digitação, sendo assim, sem stress:)
      Eu concordo, contigo. Sinto a mesma coisa de você. Muçulmanos aproveitam da tolerância de certos países do ocidente, mas não dão valor ou retribuem. Quer um exemplo? Quando morei na Califórnia, convivi com diversos homens da Arábia Saudita. Eles bebiam, queria ir para balada achar mulher, etc, etc. Agora nem pensar em fazer isso no país deles, ou com familiares deles. Isso é hipocrisia, claro que é!
      O que podemos fazer em relação a isso? Em relação a Arábia Saudita pressionar pelo fim de doações a madrassas que incentivam terrorismo islâmico. É necessário colocar pressão na Arábia Saudita.
      Não me sinto confortável com isso, mas o que fazer? É difícil e complexo no que toca a imigrantes na Europa, mas uma solução o mundo precisa encontrar. E não é verdade que países vizinhos não estão ajudando. A Jordânia que é um país estável está se tornando instável pelo afluxo de mais de 1M de refugiados. O mesmo com o Líbano e a Turquia. Portanto, quando falam que a maioria dos refugiados estão indo para a Europa, é mentira. Além do mais, o número de refugiados e descolados internamente deve ser da ordem de 30 milhões de pessoas. Portanto, o que está chegando na Europa é apenas uma fração disso.
      Concordo que o tema é espinhoso e complexo, porém falar frases como o Islamismo vai destruir o Ocidente é completamente sem sentido, falso e induz as pessoas em erro e pode levar ao ódio.

      Abraço!


      obs: Sergio Vieira de Melo é um dos brasileiros que mais admiro, muito mais do que um Ayrton Senna, por exemplo.

      Abraço

      Excluir
    6. Soul, concordo em gênero, número e grau, mas e os 1% de terroristas que vão entrar infiltrados? E o responsável pelas mortes na boate gay em Orlando, que nem refugiado era, o que fazer?

      E, mesmo esses 99%, como conciliar tanta gente nova entrando em países com cultura diferente e que já tem problemas de sobra pra lidar com a população local e ainda tem que absorver uma massa imensa de imigrantes que vão precisar de moradia, emprego e de se encaixar na nova sociedade? É algo realmente complicado de se pensar.

      Abraço!

      Excluir
    7. Olá, MI.
      Pois é, bem-vindo aos problemas migratórios do século 21.
      Quanto à moradia, emprego, creio que esse é o menor dos problemas. Aliás, é a solução para Europa.
      Sabe-se que Crescimento do PIB= Crescimento da produtividade + crescimento populacional. Ora, a Europa já está quase que na vanguarda da produtividade, então é difícil ver crescimento daí. Com uma população estável, difícil imaginar qualquer crescimento econômico e talvez os juros (que nada mais são do que uma função do crescimento com inflação) perto de zero seja uma realidade para Europa.
      Fechada esse breve parêntese, o problema maior com os migrantes muçulmanos é a adaptação a culturas locais. Não sei como isso vai se dar, mas isso é um process de anos e anos, e os resultados podem ter coisas boas e coisas ruins.
      Casos isolados de loucura acontecem em qualquer lugar do mundo, como o atirador da Noruega (lembra dele?) que matou quase 100 pessoas, e se não me engano ele tinha um diário bem grande dizendo que o ocidente estava ameaçado pela invasão muçulmana.

      Abraço!

      Excluir
  11. Pois então Soul,

    dando sequencia aquilo que falavamos...

    Gary Johnson é o candidato independente nos EUA com cerca de 7-10% dos votos, o que é expressiva votação.

    Assista esse vídeo no youtube e veja que ele não tem o mínimo preparo para atuar em relações exteriores da maior potencia do mundo.

    https://www.youtube.com/watch?v=fOT_BoGpCn4

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Guardião, vi o vídeo.
      a) Realmente, é ele.
      b) O que é Aleppo? Inacreditável para alguém concorrendo ao cargo de presidente da maior potência do mundo com 7-10% de intenções de voto não ter conhecimento disso.
      c) Esse blog procura e muito mostrar como certas opiniões (como essa de que o Islamismo vai destruir o ocidente) nada mais são do que uma outra versão "O que é Aleppo?". A quantidade de discurso fácil, de pessoas que às vezes não fazem a mínima noção sobre o que estão falando.
      d) Em que pese isso, ele está correto sobre a necessidade de atuação conjunta da Rússia e EUA, tanto é verdade que li que hoje começa um cessar-fogo lá. Só que em minha opinião demoraram muito. Há uma capa da The Economist de uns 3 anos atrás que era "Síria, o Fim de um país". O que vai sair disso tudo para os próximos 5-10 anos é simplesmente imponderável.

      No mais, agradeço o vídeo. Realmente, fica feio para um candidato libertário ter passado esse papelão.

      Abraço!

      Excluir
    2. Soul

      Cessar fogo é uma coisa, mas atuarem em conjunto é outra bem diferente...

      Os interesses de EUA e Rússia são conflitantes e inconciliáveis no que tange a Síria.

      Excluir
  12. Meu amigo Soulsurfer (embora eu odeie esse pseudônimo),

    Embora o seu texto tenha me levado a várias reflexões, muitas delas sem qualquer relação com religiões, queria apenas lhe mandar um abraço pra ti e para a Sra. Soulsurfer.

    Marcelo Medeiros Canella

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Grande Marcelão! Saudades de você meu amigo, espero poder revê-lo ano que vem.
      Eu sei que você não gosta, ache um melhor que eu uso:P


      Valeu, amigo, você sabe que está no meu coração.

      Grande abraço

      Excluir
  13. Mais uma vez, um artigo extremante lúcido. Parabéns, soul!

    Acredito que estamos vivendo um momento histórico, de encontro/choque de culturas. Tanto o que é chamado de "pensamento ocidental" quanto o "islamismo"/"pensamento oriental" sairão modificados. É difícil prever qual será o resultado final desse movimento, que, ao meu ver, é totalmente inevitável. Mas, com certeza, declarar uma "guerra santa" ao islamismo está longe de ser a solução. É um pensamento simplista e, ao meu ver, com todas as características do fanatismo. Não conheço, por isso temo. Temo, por isso quero destruir.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, colega. Na verdade, se pararmos para pensar, o mode ver ver o mundo Chinês não guarda correspondência com o mode de ver a vida Indiano. Assim como, países muçulmanos de origem árabe. Portanto, são muitas matizes diferentes. Achar que a forma de ver o mundo "ocidental" (isso querendo representar países da Europa Ocidental e EUA) é a única e que ela de alguma forma irá se manter a dominante é um erro crasso em minha opinião.
      A ignorância está na raiz de todos movimentos fanatizados.
      Abraço!

      Excluir
  14. Olá Soulsurfer,
    Gosto muito dos seus artigos. Permitem um debate muito produtivo. Vou pontuar alguns pontos para promover algumas reflexões. Primeiramente, situando minha posição, sou católico praticante. Corrija-me se equivocado: em sua fala, notei uma equivalência entre as principais religiões monoteístas, como se fossem iguais. Todavia, embora reconheça alguma centelha de Deus em todas as religiões é inegavel que o islamismo parte de premissas expansionistas e de submissão do restante das pessoas aos seus domínios.
    Note que após a morte e ressurreição de Cristo, o trabalho dos apóstolos promoveu uma rápida expansão do cristianismo. As grandes cidades cristãs da Antiguidade Antioquia, Jerusalém, Alexandria, Constantinopla e Roma, demonstram um espaço que se estendia da Europa, norte da África ao Oriente Médio. Esses territórios foram ocupados a força pelo Islã e atualmente grandes áreas são zonas dominadas pelo islamismo. A premissa de tolerância e a natureza pacífica do islamismo também pode ser questionada. Constantinopla foi tomada a força. O Islã invadiu a Penísula Ibérica. Se não fosse a vitória das forças cristãs na Batalha de Lepanto, o islamismo teria tomado toda a Europa. Há uma afirmação sua "É necessário ressaltar que quando o mundo ocidental da cristandade se afundava em perseguições religiosas, obscurantismo no conhecimento, uma parte significativa de regiões muçulmanas promoviam cultura e tolerância religiosa", a propaganda de um grupo com claros interesses em denegrir a epóca da Cristandade criou uma imagem da Idade Média apenas de Trevas e inimiga do progresso. Todavia houve grande progresso da Ciência neste período, veja por exemplo o Trivium e o Quatrivium. As grandes catedrais, Antuerpia, Notre Dame, Westminster, dentre outras foram construídas na Idade Média. Como um período obscurantista gerou construções tão impressionantes e que persistem até a época atual. Quando foram criadas as Universidades? A Sorbonne? Abraço!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Falesco! Grato pelo comentário amigo, percebe-se que gosta do assunto e quiçá tem bem mais conhecimento do que eu no Tema.

      a) Veja, as religiões são diferentes. Agora, as três regiões abraâmicas tem a mesma origem. Inclusive com o mesmo patriarca. O conceito principal de um único Deus se faz presente em todas, nesse sentido elas diferem enormemente do Hinduísmo.

      b) Eu creio que todas religiões se expandiram de forma violenta em alguma parte de sua história. As invasões noticiadas por você talvez estejam mais relacionadas com dominação política e territorial do que com uma expansão forçada do islamismo. Até porque na península Ibérica e em outras partes do mundo, no período citado, havia tolerância religiosa em relação a outras religiões, muito mais do que em alguns países atualmente como Arábia Saudita, por exemplo.

      c) Não podemos esquecer que o velho testamento é o testemunho de várias batalhas sangrentas com nítido caráter expansionista do "povo escolhido" (os judeus). Os católicos expandiram os seus domínios pela América Latina muito baseado na inferioridade dos habitantes locais e dos seus hábitos, e a Igreja Católica teve um papel importante na justificação ideológica disso. Logo, eu creio que todas as religiões institucionalizadas de uma maneira ou outra já serviram como mote para conquistas territoriais.

      d) Colega, você já prestou atenção em algumas mesquitas construídas principalmente em países atualmente com uma interpretação obscura do Islã? Se não, procure fotos. Algumas são belíssimas. Sendo assim, não creio que a construção de templos religiosos seja um grau indicativo de iluminação do conhecimento. Além do mais, fiz questão de destacar o período da ALTA idade média, não todo o período conhecido como idade média. Não se esqueça que nossa tradição intelectual remonta aos grandes gregos que prestaram uma contribuição ao mundo fantástica e isso em grande medida se perdeu na europa neste período.

      No mais, concordo contigo que o Islamismo possui traços que não me deixam confortável. Porém, creio, com todo o respeito, que o Catolicismo também. A diferença é que o catolicismo é bem mais antigo e teve o tempo de passar por diversas reformas, e focar naquilo que é mais importante numa religião: a tentativa de aproximação com algo maior do que nós.

      Um grande abraço!

      Excluir
  15. Soul,

    O que acha da comunidade internacional (ONU por exemplo), pregar liberdade religiosa nesses países islâmicos (já que muitos deles, por lei, IMPEDEM que a população tenha acesso a outras religiões. Veja, em alguns dos países, outras religiões são reconhecidas, porém censuradas.
    Vejo a religião quando pelo fanatismo praticada um atraso. Abraço!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, colega. Qualquer espécie de fanatismo, seja torcendo para um time de futebol seja para glorificar um suposto Deus, que leve ao sofrimento de outras pessoas é sem dúvidas um atraso.
      Eu acho que passou da hora da comunidade internacional cobrar tolerância religiosa de governos algum islâmicos (pense principalmente em Arábia Saudita que possui uma quantidade razoável de cristãos) de forma mais intensa.

      Abraço!

      Excluir