Olá, colegas! As últimas duas semanas foram incríveis. As próximas duas tendem a ser mais incríveis ainda. Descobri um lugar completamente off the beaten track, e parece ser o lugar mais lindo que já vi na vida. Chama-se Yading Natural Reserve. Fica na província chinesa de Sichuan na região Tibetana conhecida como Cham. É simplesmente espetacular pelas fotos, nem quero ver mais fotos para não perder o encanto da surpresa. Pretendo fazer muito trekking por lá. Também gostaria de dizer que a internet na China é muito restrita. Não consigo acessar nada. Utilizando um VPN é possível acessar a internet simulando que o acesso está ocorrendo fora da China. Entretanto, é muito difícil o VPN funcionar, mas incrivelmente na cidade tibetana que estou chamada Shangri-la (que nome maneiro!) está funcionando que é uma beleza. Faz muito frio aqui e estou escrevendo esse texto do lado de um forno bem quentinho com dois pastores alemães do meu lado. Resolvi descansar, até porque nos dois últimos dias fiz uma das trilhas mais lindas da minha vida chamada Tiger Leaping Gorge e foram mais de 30km, e pesquisar mais sobre as pequenas cidades tibetanas que irei visitar nos próximos 10 dias. Aproveitei também para responder todos os comentários feitos pelos colegas leitores. A parte da China que estou é simplesmente maravilhosa, muito, mais muito acima das minhas expectativas. Só posso estar feliz e agradecido de ter a oportunidade em estar num lugar tão especial.
Yading Natural Reserve, um lugar simplesmente de uma beleza indescritível aparentemente
Nem acredito que irei visitar em poucos dias e vou poder caminhar horas e horas nesse lugar...
Feitos os esclarecimentos, dando continuidade ao meu artigo anterior Independência Financeira - Quanto Vale o seu Tempo?, vamos falar mais sobre independência financeira, bens materiais, tempo e qualidade de vida. O assunto de hoje é a paixão para muitos brasileiros do sexo masculino: CARROS. No último artigo, alguns leitores mostraram muita consciência sobre a relação tempo x dinheiro e deixaram a entender que sabiam do que estavam abrindo mão ao escolher certos hábitos de consumo. Um bom automóvel estava presente em quase todos esses comentários. Pensemos então quanto realmente custa um bom carro na vida de uma pessoa.
Antes de mais nada, tenho que confessar que não dou a mínima para carros. Uma vez estava indo de Santos para São Sebastião passar o carnaval e de repente ouvi um barulho muito alto de motor atrás de mim quando estava numa serra. Eu que estava ouvindo alguma bela música fiquei um pouco desconcertado com barulho tão irritante. Eram duas Ferraris acelerando e fazendo ultrapassagens perigosas na subida de um morro. Achei horrível aquilo tudo. Quando cheguei no destino e estava prestes a falar para os meus outros amigos que estavam em outros carros sobre o ocorrido, eles me responderam “pô você viu aquelas duas Ferraris, nossa o ronco do motor, que demais!”. Eu apenas fiquei quieto, não vale a pena discutir essas coisas. Uma outra vez estava com a minha mulher em Curitiba e de repente vi muita gente na calçada olhando para o carro que estava dirigindo e tirando fotos, pensei comigo mesmo “WTF?”, era um Porsche passando e as pessoas ensandecidas tirando foto do carro, o dono com cara de conquistador desfilava triunfante. A cena para mim foi patética e mostra como o nosso mundo está doente. Vemos beleza onde não há nenhuma e não percebemos a beleza onde ela é abundante. Portanto, eu não estou nem aí para carros e o status que ele proporciona, mas tentarei ser objetivo na minha escrita.
Há inúmeros artigos sobre os custos de se ter um carro. Nenhum que eu conheça aborda um dos maiores custos de se ter um automóvel que é o Custo de Oportunidade. Se você está lendo esse artigo é porque se interessa por finanças, e ao menos tem uma noção do que o custo de oportunidade represente em termos financeiros. Se quer uma reflexão mais aprofundada, leia custo de oportunidade - o conceito central.
Sem mais enrolações, vamos aos custos. Antes de detalhar, é preciso definir o que seja um bom carro. Bom carro no Brasil é sinônimo de muito dinheiro se comparado com o custo de aquisição em outros países. É incrível o quanto o Brasileiro gasta com carros. Vou partir do pressuposto que um bom carro novo custe R$100.000,00. Se você, querido leitor, achar pouco ou muito, basta mudar os números e fazer o seu próprio exercício.
Qual é o maior custo de se ter um carro? A Depreciação do mesmo. Esse é uma despesa líquida e certa que cada dono de carro irá incorrer. É por isso que carro, do ponto de vista de finanças pessoais de livros introdutórios, é mais tratado como um passivo, pois ele na verdade se deprecia ao longo do tempo, ao contrário da maioria dos ativos financeiros. Quanto um carro se deprecia varia de modelo e marca. Como no valor do preço de um bom carro, se alguém achar os meus pressupostos conservadores ou exagerados, basta mudar os números. Mas eu acho que eles são bem atuais. Eu, numa transação imobiliária, recebi duas BMW chiques como forma de pagamento parcial. Não imaginaria que seria tão difícil vender, mesmo já sabedor que iria receber uns 15% a menos do que consta na Tabela FIPE. Na verdade, há ainda uma a venda, mesmo passados alguns meses: uma X6. Não faço a mínima ideia de como seja o carro, e nem o verei pois quando voltar ao país já estará vendido, apenas sei que é bem caro. Portanto, carro usado é depreciação forte na certa. Os meus parâmetros serão depreciação de 20% no primeiro ano, 15% no segundo e 12% no terceiro ano.
A segunda maior despesa é o custo de oportunidade. Vou colocar esse custo em 13%aa, o que me parece algo razoável com a SELIC em 14.25%aa. Para o custo ficar mais palpável, e não na forma abstrata de quanto eu poderia ter ganho, vou colocar o custo de oportunidade como igual ao custo de financiamento do veículo. Ou seja, a pessoa financiou o veículo e vai pagar em 3 anos, com taxa de juros de 13%aa. Para fins de simplificação, pois não sei trabalhar com tabelas, vou colocar que o custo de financiamento será de 13%aa de forma simples sobre os 100 mil reais. Os demais custos são os normais que muitos artigos abordam: manutenção, gasolina, tributos, etc. Estimarei o seguro em 5% do valor do carro, a manutenção em 2% do valor do carro e a gasolina em torno de R$500,00 (algo que me parece e razoável). Eu não faço seguro de carros. Não há qualquer sentido em fazer seguro, se você pode absorver a perda do bem sem grandes impactos no seu orçamento e patrimônio. Logo, eu já devo ter economizado o valor de uns dois carros só de não ter pago seguro nos últimos 12-13 anos. De novo, sinta-se à vontade para pensar em outros números.
Vamos as costas então para um carro de 100 mil. No final do primeiro ano a conta será mais ou menos essa:
Depreciação de 20% = R$ 20.000,00
Custo de Oportunidade-Financiamento = R$13.000,00
Seguro de 5% do valor = R$5.000,00
Gasolina R$500,00 x 12 meses = R$ 6.000,00
Manutenção de 2% do valor = R$ 2.000,00
IPVA (varia de Estado para Estado) de 2,5% = R$2.500,00
Outros (lavagem, estacionamento, multas) = R$ 1.500,00
TOTAL = R$ 50.000,00
Custos no segundo ano:
Depreciação de 15% sobre R$80.000,00 = R$ 12.000,00
Custo de Oportunidade-Financiamento = R$13.000,00
Seguro de 5% do valor depreciado do primeiro ano = R$4.000,00
Gasolina R$500,00 x 12 meses = R$ 6.000,00
Manutenção de 2% do valor = R$ 1.6000,00
IPVA (varia de Estado para Estado) de 2,5% = R$2.000,00
Outros (lavagem, estacionamento, multas) = R$ 1.500,00
TOTAL = R$ 40.100,00
Custos no terceiro ano:
Depreciação de 12% sobre R$ 68.000,00 = R$ 8.100,00
Custo de Oportunidade-Financiamento = R$13.000,00
Seguro de 5% do valor depreciado do segundo ano = R$ 3.400,00
Gasolina R$500,00 x 12 meses = R$ 6.000,00
Manutenção de 2% do valor = R$ 1.360,00
IPVA (varia de Estado para Estado) de 2,5% = R$ 1.7000
Outros (lavagem, estacionamento, multas) = R$ 1.500,00
VALOR TOTAL = R$ 35.060,00
MÉDIA DE GASTOS ANUAL = R$ 41.720,00
É isso colegas, um bom carro de R$ 100.000,00 no Brasil custa a bagatela mais de R$40.000,00 por ano, ou seja, quase 42% do valor original do carro. Agora, passados os números, vamos associar com a forma de ver os seus gastos abordada no meu último artigo. Naquela ocasião, eu estimei uma renda líquida de R$10.000,00 ao mês. Muitas pessoas falaram que essa é uma renda irreal, pois quase ninguém no Brasil ganha isso. Colegas, tenho plena consciência disso, apenas coloquei essa renda (que equivale a um salário de uns R$ 13-14 mil brutos) para enfatizar mais a ideia de como trocamos o nosso tempo por coisas. Se o salário a ser considerado for menor, a quantidade de tempo será muito maior. Irei manter o salário líquido de R$ 10.000,00, se você ganha bem menos do que isso, apenas significa que irá gastar ainda mais tempo de sua vida se quiser ter um “bom" carro.
A pessoa com uma renda anual de R$ 120.000,00 (não estou contabilizando décimo terceiro ou eventuais outras vantagens) irá gastar aproximadamente 35% da sua renda com gastos do carro. Uau! O carro é dono de 35% do tempo dessa pessoa. E se a renda for de R$ 84.000,00 anuais (uma renda mensal líquida de algo em torno de R$ 7.000,00, algo muito superior a média salarial brasileira)? O carro será dono de 50% do tempo dessa pessoa.
Pensem um pouco colegas. Um objeto inanimado que não irá te consolar quando estiver triste, que não irá te fazer rir, e que não te trará nenhuma felicidade passadas as primeiras semanas da novidade (acreditem, há muitos estudos científicos demonstrando isso), será senhor de 50% do seu tempo produtivo. Uau, isso que é gostar de um carro. A pessoa poderia ler Kafka, surfar, estudar mercado financeiro, ter mais tempo com os filhos, com a esposa, com esportes, jogar videogame, ou qualquer coisa que faça alguém satisfeito, mas não, ela devotará 50% do seu tempo produtivo para pagar por um carro. Faz sentido para você? Se fizer, siga em frente. Meu único conselho é que seja muito satisfeito e contente no seu trabalho, porque senão, ficar 50% do seu tempo num trabalho que não gosta para pagar um carro um desperdício enorme de vida, energia e talento.
E se aplicarmos o mesmo exercício feito no artigo anterior Uma despesa média anual de R$ 40.000,00 (vou arredondar para simplificar) representa um capital acumulado de R$ 1.000.000,00, se levarmos em conta uma taxa segura de retirada de 4%aa. Colegas, eu irei escrever sobre TSR de uma forma que ainda não foi feita na blogosfera (li mais de 10 estudos acadêmicos diversos e inúmeros outros artigos), mas preciso de tempo para escrever sobre o tema. Logo, não irei abordar os motivos dos 4%. Serve apenas para se ter um ponto de partida.
Caramba, preciso acumular R$1.000.000,00 para ter um bom carro? E quanto tempo de vida para se juntar R$1.000.000,00? Tendo uma taxa de poupança alta de 40%, se partimos do pressuposto do artigo anterior de um retorno real de 6%aa (a maioria da blogosfera está se esforçando nos últimos anos para manter o patrimônio em termos reais) que é muito alto e um salário líquido anual de R$ 120.000,00 (que é muito maior do que quase a esmagadora maioria dos brasileiros ganha), o tempo para se chegar nessa quantia é de 13.5 anos
Sim, se uma pessoa quer IF e ainda ter um bom carro, terá que trabalhar 13.5 anos para atingir o capital necessário para bancar a despesa. Pense em tudo que se pode fazer em 13 anos de vida. Se tornar um Doutor numa especialidade, fazer diversos cursos superiores, participar mais diretamente da formação dos seus filhos, a lista é quase infinita.
Alguém pode objetar, com certa dose de razão, que uma pessoa que já é IF e tem capital não precisaria computar o custo de oportunidade, e obviamente ela não vai fazer nenhum financiamento. É verdade. Entretanto, não é porque o custo não é visível que ele não existe. Ele é bem real. Quem decide comprar um carro de R$100.000,00, com um retorno líquido com pouco risco no mercado financeiro de 13%aa , tem um custo de R$13.000,00 na escolha de comprar um carro. Isso é inescapável. É um dinheiro que poderia ser utilizado para outras finalidades: comer fora, viajar, etc, etc.
Como dito, nunca dei bola para carro, nem quando era mais jovem. O meu pai sempre me disse quando era criança que carro tem que ser um percentual bem pequeno do seu patrimônio. Quer um carro de R$100.000,00? Tenha bastante dinheiro antes. Não tente ter um passivo que se deprecia no tempo quando o patrimônio é diminuto. Hoje percebo a razão e ela é bem simples. A maioria dos brasileiros (esse fenômeno é mais forte aqui, pois os carros são mais caros aqui) trabalha para o seu carro. Quem está nessa situação é possuído pelo carro, não é a pessoa que possui o carro. O carro é o Sr. de boa parte do tempo produtivo dessas pessoas. É isso que você quer, colega leitor, trabalhar para o seu carro, e desperdiçar energia preciosa de sua vida finita, que poderia ser aplicada em inúmeras outras atividades mais gratificantes, num objeto inanimado?
Olhe ao seu redor. O que te faz mais feliz? O seu carro ou a sua família? O seu carro ou quando você tem bons momentos com seus amigos? No que você deveria gastar mais energia e esforço: sua família ou seu carro? Nos seus sonhos ou no seu carro? A reflexão é pessoal e cada um terá o seu limite para as coisas. Não importa qual seja para você, apenas reflita a respeito. Uma vida irrefletida é a pior forma de levarmos a nossa vida. Se eu fosse você, prezado leitor, eu despediria esse Patrão chamado Carro, ou ao menos exigiria um belo aumento para esse chefe tão sedutor para muitos.
Trekking no Tiger Leaping Gorge, primeiro dia.
Olha esse lugar. Dragon Snow Mountain ao fundo. Montanhas de nada mais nada menos do que 6 mil metros de altura. Almoçamos nessa aprazível vila.
Acordei muito cedo para ver o sunsire no local em que dormirmos com vista para essa montanha por apenas 12 dólares. Coloquei essas fotos como forma de inspiração para pessoas, para que elas vão atrás de coisas que as façam felizes. Para mim uma trilha como essa é uma experiência memorável para toda a vida. Para você, prezado leitor, pode ser outra coisa, mas com certeza não será bens materiais.
Grande abraço a todos!
Parabéns pelo blog.Realmente carro mexe com o imaginário do brasileiro.A sociedade do ter e a do ser!Amigo,posso publicar esta matéria num blog? colocando no final:Fonte:Pensamentos Financeiros.Acionista25
ResponderExcluirOlá, Acionista. Claro, sinta-se à vontade.
ExcluirAbraço!
Soul, corrija a legenda da penúltima foto: montanhas de 6mil metros de altura (colocou 6mil metros quadrados).
ResponderExcluirDe resto, só tenho a agradecer por me apresentar a Yading.
Quanto ao tema principal da postagem, compartilho da sua incompreensão sobre o amor dos brasileiros por carros caros.
Cada dia desejo depender menos do carro (e, quando necessário usar, preferindo um modelo de baixo custo). No sentido oposto, vejo meus amigos comprando carros cada vez maiores.
Obrigado, colega. Bem notado, irei corrigir.
ExcluirClaro, um carro é um instrumento que pode ser um grande facilitador. O que não podemos deixar é que ele se torne tão importante para nossas vidas.
Abraço!
Soul, corrija a legenda da penúltima foto: montanhas de 6mil metros de altura (colocou 6mil metros quadrados).
ResponderExcluirDe resto, só tenho a agradecer por me apresentar a Yading.
Quanto ao tema principal da postagem, compartilho da sua incompreensão sobre o amor dos brasileiros por carros caros.
Cada dia desejo depender menos do carro (e, quando necessário usar, preferindo um modelo de baixo custo). No sentido oposto, vejo meus amigos comprando carros cada vez maiores.
Andei a pé até os 35 anos até meu pai me presentear com um Corsinha Wind ano 2001. Com 40 anos comprei um zero porque nasceu um filho e precisava de mais segurança nas viagens. Enquanto pude andar de ônibus e táxis não tive dúvidas, carro próprio não compensa. Agora tenho dois filhos, um na garagem e outro no berço, rs.
ResponderExcluirBom fds!
UB, você tem 40 anos cara? Pô, naquela foto que você me enviou uma vez você parecia um jovem garoto como o Estagiário.
ExcluirQual é o segredo? Pão de queijo mineiro? Que saudades de um pão de queijo!
Grande abraço UB!
41 anos e 10 dias pra ser mais exato, rs.
ExcluirRealmente tenho um corpinho de 20, kkk.
Surpreendeu-me agora UB, 41 anos? Muito massa mesmo meu amigo, continue com essa alegria e disposição que será um pai sensacional:)
ExcluirAbraço!
Ah, a mente humana é um troço sem lógica. Se o Uozinho não tivesse nascido estaria andando de Corsinha até hoje. Mas três meses depois que comprei o carro novo, já me vi planejando a troca do mesmo daqui 6 anos, por um modelo mais luxuoso, vai entender a cabeça do sujeito, rs.
ResponderExcluirEita, UB! Haja energia para criar três filhos hein? hehe
ExcluirQuem usa carro obrigatoriamente deve comprar um modelo com air bag, abs e outros itens de segurança. Quem tem família nunca deve abrir mão destes itens.
ExcluirDepois de tantos números e contas, tem algo que não levou em consideração : as inúmeras gatas que o carrão te permitiu comer e os prazeres diretos e indiretos de ter um carro top.
ResponderExcluirViva la vida loca
Olá, colega. Sim, o status de um carro pode proporcionar isso. Entretanto, a esmagadora maioria das pessoas com carros caros nem isso consegue.
ExcluirO grande mito do carro pegador de mulher.
ExcluirEles acham que vão passear de BMW na faria lima parar numa esquina e as garotas sairão da balada e entrarão no carro.
Ou pior acham que vão entrar em uma balada onde ninguém viu que carro você chegou, mas você ficará com a chave da BMW na mão e as garotas chegarão e lhe darão um beijo.
Ai eles acordam para a realidade percebendo que na faria lima ou na barra ou no savassi você será apenas mais uma BMW no meio de dezenas ...
Ai eles lembram que com uma BMW não podem andar mais na periferia com o risco de ser assaltado ..
Ai eles percebem que nos bairros ricos serão apenas mais um e que nos bairros pobres não podem entrar com o carrao ...
Enquanto isso o garotão que chegou na balada com um belo sorriso, corpo bem trabalhado e aparência jovial faz a festa ...
Falo tudo de experiência própria kkkk ... De um cara que já teve até esportivo kkkkk
Olá, colega. Não precisa nem ter todos esses atributos. Se o cara fizer a mulher sorrir e for educado, se diferencia e muito da maioria que às vezes não consegue nem ter uma conversação com uma mulher.
ExcluirAbs
Vou quebrar o comentário em duas partes, pois o Blogspot não está permitindo postar um comentário tão longo. Parte 1:
ResponderExcluirExistem algumas hipóteses implícitas nesse artigo que, na verdade, só ajudam a provar que a filosofia dominante do brasileiro em relação a carros (comprar 0 km e trocar a cada 3, 2 ou mesmo 1 ano) é uma burrice imensurável.
Tudo parte da constatação que a curva de depreciação do carro é quase uma queda livre de início, mas se achata com o tempo. Portanto, para fazer uma baita economia, basta comprar um carro seminovo, de procedência, com cerca de uns 3 a 4 anos de uso, quando a curva de depreciação começa a achatar (aqui, quem for mais meticuloso pode pegar os dados da tabela FIPE e fazer montes de gráficos para descobrir o ponto ideal, mas não tenho dúvida que não foge significativamente disso), e principalmente, usá-lo até "gastar". Mais rigorosamente, usá-lo até que os custos do carro atual -- principalmente manutenção e maior consumo de combustível para um carro antigo -- superem os custos de adquirir outro carro; esse é o ponto onde financeiramente passa a fazer sentido comprar um novo carro. Vejo que, para um carro de projeto global, de uma montadora reconhecida pela qualidade como Toyota ou Honda, isso deve ocorrer no mínimo quando o carro estiver com 10 anos, provavelmente mais, especialmente se o carro não rodar demais.
Veja que, ao parar o exemplo com 3 anos, você está implicitamente assumindo que o carro será trocado ao final destes 3 anos. Ao colocar o valor de R$ 100.000, também assumo que você está pensando em um carro 0 km (isso é o que vale um Toyota Corolla top de linha hoje, aproximadamente). Porém, vejamos o que acontece ao começar o exemplo nos 3 anos, ao invés de no carro 0 km. Primeiramente, o carro já terá depreciado por 40%, como você mesmo calculou. Portanto, muitos dos custos que você colocou como porcentagem do carro (13% de custo de oportunidade, 5% de seguro, 2% de manutenção, 2.5% de IPVA) já caem na mesma proporção de 40%. Em segundo lugar, a curva de depreciação achata. Posso falar pelo meu carro, um seminovo ano modelo 2008 adquirido em 2011, o qual atualizo na minha planilha de patrimônio conforme o valor da tabela FIPE, que está longe do ideal, mas como primeira aproximação é válida. Detalhe: meu carro tem uma depreciação superior à média, por ser um modelo dito "esportivo", com motor de quase 200 cavalos (sim, eu gosto disso, e tomei uma decisão consciente ao comprá-lo, sabendo do que estava abrindo mão, e entendo que vai de encontro ao que você defende neste artigo). No primeiro ano, depreciou 6.4%; no segundo, 8.2%; no terceiro, 5.2%; no quarto, 4.3%; no quinto, 2.5%. Considerando que depreciação é o segundo item que mais pesa nos seus cálculos, fazer a depreciação cair de 12-20% para 2.5-8.2% é uma redução considerável, algo como 60% em média.
Parte 2:
ResponderExcluirVeja que parei o exemplo em um carro que está comigo há 5 anos e que já tinha 3 anos antes disso. Porém, não me vejo trocando este carro antes de 2018, e gostaria de mantê-lo pelo menos até 2020 antes de começar a pensar seriamente em uma troca. Até lá, penso que este carro só dará manutenção basicamente de rotina, ou seja, trocas de peças que apresentam desgaste natural como pneus, óleo, velas, amortecedores, embreagem, disco de freio, etc. Até hoje, a única despesa que poderia considerar como inesperada (ao menos esperava que fosse demorar mais para acontecer) foi a troca de um motor de arranque, que custou cerca de 2% do valor do carro já depreciado. Apesar de tudo, vejo que a principal modificação que faria nos seus cálculos para um carro de mais idade seria atribuir uns 4-5% ao ano de manutenção, o que não é nada frente à economia que se tem nos demais itens.
Também não pretendo me aprofundar aqui em estratégias para economizar mais ainda no uso do carro, até porque em geral elas se aplicam independente do carro ser 0 km ou seminovo, e ser de uma dada marca ou modelo. Mas, para ficar em um ponto só, posso mencionar que, por exemplo, dirijo o carro de forma a ser pelo menos 20% mais econômico que um motorista convencional, isso sem me esforçar e sem destoar do trânsito, e muito mais se estiver com paciência e com pouco trânsito, de forma a não atrapalhar outras pessoas.
Também, um ponto omitido do seu texto é que o carro traz economia de tempo e dinheiro; caricaturalmente falando, não pode ser pensado meramente como um objeto de lazer, algo que se põe na balança contra os gastos de uma ida ao cinema, por exemplo. Tomando o meu caso como exemplo, posso dizer que ganho facilmente 1 a 2 horas por dia comparado com o uso de transporte público. Esse tempo pode ser usado para descansar, ou para trabalhar e ganhar mais. Também existe uma questão de segurança, pois ando o tempo todo com ferramentas de trabalho (notebook, tablet e celular) num valor da ordem de R$ 15.000, e simplesmente não teria coragem de entrar num ônibus urbano portando essas ferramentas, julgo que o risco de assalto é grande demais. Isso sem contar situações menos frequentes quando preciso transportar outros equipamentos de valor comparável ou até maior. Aqui, o mais justo seria comparar com o uso de táxi ou talvez um carro alugado, e embora nunca tenha feito as contas, duvido fortemente, pela quilometragem que rodo, que estas alternativas se mostrariam superiores. Também há a questão de viagens dentro do Brasil com distâncias de 500 a 700 km, que não faço com tanta frequência (uma vez a cada 2 ou 3 meses), mas que custariam bem mais caro se tivesse que pegar um avião e alugar um carro no destino, adicionariam um custo razoável à viagem, e muitas vezes me fariam até mesmo desistir da viagem, abdicando de um tempo de lazer.
A única concessão que faço é que tudo isso seria igualmente bem servido por um Uno Mille que custa 1/3 ou 1/4 do preço do meu carro. Mesmo não indo tão longe, estaria muito feliz com um Honda Fit (carro inclusive que já tive no passado), e que custaria 1/2 do preço do meu, para uma idade equivalente. Aqui não há justificativa racional para eu ter um carro tão "bom", ainda mais considerando que não tenho e nem nunca vou ter um patrimônio que seja uma fração significativa do seu. Quanto a isto não há defesa racional alguma que possa ser feita da minha escolha; admito livremente que houve um forte fator emocional na escolha desse carro. Espero um dia chegar a um estado de espírito onde eu não precise nem cogitar a compra de um carro mais caro que um Honda Fit, mas infelizmente no momento não é esse o meu caso. Mas enquanto isso, adotando as estratégias acima, acredito ainda estar numa posição muito melhor do que alguém que compra um carro 0 km de acordo com os preceitos da sua análise acima.
SwineOne . Vc tem uma tiguan? acertei? rs...
ExcluirNão entendi vc comprar um carro de 200 cavalos para andar de boa.
ExcluirParece contraditório.
Abraço!
Tenho um Civic Si. Na maior parte do tempo ando de maneira racional com ele, economizando combustível. Mas gosto de ter a opção de esticar o motor até os 8.000 rpm quando dá vontade. Mesmo assim consigo manter uma boa média (hoje o computador de bordo via OBD-II está marcando 13 km/l, andando só dentro da cidade, viagens curtas onde mal dá tempo do motor atingir a temperatura de regime). Acredite ou não, também existe uma certa emoção em ver que você fez uma viagem de 20 km/l dentro da cidade. Correr e economizar combustível são dois estados de espírito diferentes, igualmente prazerosos para quem se aprofunda no assunto.
ExcluirSwineOne,
ExcluirCaramba, bela análise. Você obviamente entende muito mais de carros do que eu. Concordo plenamente que a depreciação tende a ser muito menor com o passar do tempo. Logo, faz todo o sentido comprar carros com 3-4 anos de uso, principalmente bons carros que comprovadamente duram dezenas de anos. O custo de manutenção realmente sobe, mas ele é mais do que compensado pela depreciação menor, bem como pelo custo de oportunidade também menor. De acordo. No mais:
a) Veja, talvez como o E.Incorreto tenha pensado, não quis me colocar contra carros. Veja, o carro é um instrumento muito útil para se levar do ponto A ao ponto B, ou fazer viagens como você mesmo mencionou. O ponto é não deixar que o carro seja responsável por uma parcela significativa de seu tempo produtivo. Se a pessoa consegue ter um bom carro, e os custos são da ordem de 10% do seu tempo produtivo, Ok, essa pessoa está a frente de quase todo mundo que possui um carro hoje em dia no Brasil;
b) O Texto também não disse que todos são possuídos pelos seus carros, ou gastam boa parte do seu tempo produtivo para pagar pelo carro. Por isso o título do texto foi "A Maioria dos Brasileiros". Nisso você não concorda? Se olharmos ao seu redor, você vê as pessoas fazendo decisões tão bem fundamentadas como você para comprar um carro, ou são mais levadas pela emoção do momento, o status, o impulso por ter algo novo, etc?
c) É verdade. Entretanto, não podemos deixar de lado que as cidades estão parando. A velocidade média de automóveis em grandes cidades brasileiras está cada vez menor. Logo, no seu caso específico você pode "economizar" algumas horas do seu dia, porém para a maioria dos motoristas são horas e horas perdidas. Isso é um prejuízo imenso para o país na forma de produtividade perdida, bem como para as pessoas individualmente na forma de um tempo quase inútil dentro de um carro.
No mais, só tenho a agradecer um comentário tão elaborado como esse.
Escrevi o comentário no sentido de complementar o artigo, e não porque discorde do mesmo. Apenas dei por falta de duas coisas no mesmo:
Excluir1. Discutir formas financeiramente mais responsáveis de adquirir um carro, e nesse ponto meu conselho se resume a "compre um carro seminovo, e não troque por muitos e muitos anos". Como mostrei, as contas se alteram significativamente nesta situação. O artigo apenas mostra que um carro de R$ 100 mil é muito caro, e mantendo as premissas originais, mesmo baixando o orçamento pela metade, haverá apenas uma queda proporcional dos custos, o que ainda seria muito caro. E abaixo desse valor, ficamos sujeitos à compra de carroças de projeto (incompetente) nacional, beberronas, que deixam você e sua família em forte risco no caso de um acidente por conta da segurança deplorável, e que após alguns anos, passarão mais tempo no mecânico do que na sua garagem. Isto, você há de concordar, é uma péssima solução. Melhor comprar um Honda ou Toyota seminovo, onde mesmo que você gaste o mesmo valor, a depreciação será menor por ser seminovo, e usá-lo até gastar.
2. Analisar se o carro é a melhor escolha de meio de transporte. Pior do que as pessoas que nem se questionam se devem gastar R$ 100 mil num carro, são as que nem se questionam se precisam (e se tem condições) de comprar QUALQUER carro. Aí vemos pessoas fazendo absurdos como: chegar no posto e colocam R$ 10 no tanque, que é o único dinheiro que tem; num acidente, a outra pessoa pede para não chamar a polícia, porque não pagou os impostos do carro (já presenciei tal situação em primeira mão); a pessoa bate no seu carro e foge, porque não tem seguro e nem condições de ressarcir seu prejuízo (aconteceu com a minha esposa); mantém o carro em local escondido para não ser tomado pela empresa que financiou, pois está inadimplente (novamente, conheço gente nesta situação). Este tipo de pessoa não tem condições de ter um carro, mas por ostentação ou seja o que for, decide comprar um, e muitas vezes um que está além de suas posses. Infelizmente, esta aparenta ser a situação de boa parte das pessoas que, com o hidrante de crédito aberto pelo PT após a crise de 2008, comprou primeiro e só depois foi descobrir que não tinha condições de manter o carro. Também, mesmo se a pessoa tiver um patrimônio compatível com a aquisição de um carro, mas se só vai para o trabalho de manhã e volta à noite, e se vive numa metrópole como São Paulo ou Rio de Janeiro, com seus congestionamentos lendários, provavelmente essa pessoa é muito bem servida pelo transporte público e não precisaria ter carro. Talvez apenas para usar no final de semana, e nesse caso deve analisar seriamente se a escolha financeira mais adequada não é tomar um táxi quando precisar. Se estes dois tipos de pessoas (as que não tem condições e as que não tem necessidade) reavaliassem o uso do carro, garanto que o congestionamento em todas as grandes cidades simplesmente acabaria.
No meu caso pessoal, julgo que a escolha de ter um carro é acertada. Primeiramente, porque moro em uma cidade de menor porte (~500 mil habitantes), onde os congestionamentos não são ainda um problema muito sério, especialmente se você evitar os horários de pico e se pesquisar rotas alternativas. Vejo que evitar as metrópoles é uma questão de qualidade de vida, mesmo sabendo que as oportunidades profissionais são mais restritas fora delas -- inclusive, por uma época tentei morar em São Paulo, e decidi ir embora tendo morado menos de um ano lá, por dois motivos principais: trânsito e segurança. Em segundo lugar, minha rotina não é apenas ir ao trabalho de manhã e voltar à noite, mas envolve o deslocamento de um lugar para o outro algumas vezes por dia. Daí veio minha afirmação de que economizaria 1-2 horas por dia em relação ao uso de transporte público. Por outro lado, sei que a minha situação é uma exceção e não a regra, e sou obrigado a concordar, como inclusive argumentei acima, que muitas pessoas deveriam seriamente repensar o uso do carro.
1.Tenho um carro de 25k que me atende muito bem; motor potente, mimos de classe média e mecânico só vê 1 vez no ano para manutenção preventiva.
ExcluirEle faz o belo papel dele de ser meu e não o contrário.
Conheci vários que se apertaram, mas não vejo para tanto. Se levarmos por este raciocínio a economia, os bancos, fabricantes de veículos já teriam ido a falência.
Sou sócio de uma locadora de veículos com 90 carros e meu carro mesmo é um popular 1.0 ano 2007 que comprei por 14 mil reais. Qual seria esse veículo de 25k com tantos atributos positivos, parece que é um que tem um T na logo.
ExcluirVA,
ExcluirNão entendi o seu raciocínio. Se as pessoas tivessem gastos mais conscientes com o carro, isso iria falir as indústrias que produzem carros? Esse argumento é bastante utilizado em vários debates e não creio que ele seja forte. Se os seres humanos resolverem viver a vida de forma diversa com menos ênfase em carros, por exemplo, pode ter certeza que muitos outros interesses surgirão, bem como inúmeras outros tipos de empresas para atender as diversas necessidades novas. Isso se aplica a qualquer coisa que consumimos.
Abraço!
ExcluirSwineOne,
Concordo plenamente com suas colocações. Sobre qualidade de vida em cidades médias, fugir de horário de pico fazendo horários alternativos, bem como se a pessoa precisa ou tem condições de ter um carro.
Mais uma vez agradeço o belo comentário.
Abraço!
Minhas respostas foram para ressaltar alguns pontos levantados por SwineOne e infelizmente não consegui expressar em palavras meu raciocínio, tentarei de novo.
ExcluirO que eu defendo é o equilíbrio, principalmente na decisão de adquirir e manter um veículo.
Quando afirmei que os bancos e a economia iriam a falência, foi que vender carros maior ou igual a 100k, não se sustentaria, pois abaixo desse valor, ficamos "sujeitos à compra de carroças de projeto (incompetente) nacional" segundo o autor.
Isto foge a realidade da maioria esmagadora da população, quiça da economia de boa parte dos países.
Este tipo de raciocínio é que a indústria fomenta nos consumidores, não só para adquirir veículos, pois os mesmo devem sempre alcançarem um patamar superior.
O que condeno é a radicalização e/ou generalização. Ao escolher um veículo, olho-o como mais uma ferramenta a qual deve se adequar a minha real necessidade.
Já dizia Tyler Durden: "As coisas que você possui acabam te possuindo".
ResponderExcluirExcelente texto!
Esse filme é clássico! Gosto muito mesmo.
ExcluirBela lembrança.
Abraço!
Carro é mto caro no Brasil principalmente porque o povo aqui sobrevaloriza isso.
ResponderExcluirÉ verdade, colega. Na China, por exemplo, só tem carrão desfilando é impressionante. O custo deve ser muito menor para os Chineses.
ExcluirAbs
Carro não precisa ser top, mas é bom ser japones!
ResponderExcluirSoul, já foi para a Coreia do Norte alguma vez?
Olá, Guardião. Carros coreanos também costumam ser muito bons.
ExcluirNão. É muito caro ir para lá, pois só é possível ir via algumas agências específicas. Entretanto, gostaria de conhecer. Muitas pessoas falam da Coréia do Norte, mas ninguém do Turcomenistão. A capital nesse país é quase vazia, feita de ouro e mármore, um cara que está no poder desde o fim da URSS, com estátuas dele por todo o país, ao estilo Stalin. O país é rico pela existência de gás, mas boa parte da sua população, por um relato que li, não sabia nem o que era internet há alguns anos.
Abraço!
Tens planos de ir à Coreia do Norte ou ao Turcomenistão?
ExcluirTeria um grande receio de ir à Coreia do Norte, porque se encrespam de te acusar de algo já era... Mas ao mesmo tempo teria curiosidade de ver. Em documentários existe à Coreia do Norte pra o turista ver ee uma outra que é proibida.
Guardião,
ExcluirTurcomenistão sim. É a escolha mais viável se quer ir do Uzbequistão para o Irã. O Turcomenistão emite apenas vistos de trânsito de cinco dias para você cruzar o país. A Coréia do Norte pensei em ir, mas é muito caro e a situação atual é tensa. Sim, na CN você apenas visita o que eles te deixam visitar. Se você evitar assuntos sensíveis, não há qualquer problema em viajar lá. Tudo que um governo desses não quer é problema com turistas.
Abraço!
Nada a acrescentar, Soul. Mais uma vez, o seu artigo está excelente. Também fico impressionado com a normalidade com que os brasileiros encaram as despesas absurdas que tem para manter um carro, com a cultura de trocar de carro de três em três anos... Chega a beirar o inacreditável, mas sabemos que é apenas fruto do desleixo geral com a educação financeira por aqui.
ResponderExcluirPoste mais fotos desta sua viagem, achei o lugar incrível.
Abraços!
Olá P.Milionário. É impressionante mesmo, eu gostaria de me dedicar mais à educação financeira de pessoas mais pobres. É um projeto que tenho quando voltar ao país.
ExcluirSim, o local é simplesmente sublime. Gostaria de ter muito mais tempo, mas o meu visto no país é muito curto e não sei se conseguirei renovar o período de permanência de forma tão simples.
Abraço!
Excelente texto, Soul.
ResponderExcluirConfesso que fiquei um pouco deprimido, pois tenho um patrão bem exigente da Land Rover. Gosto de carros, mas não tenho loucura. Em parte minha decisão de compra-lo veio do fato de eu ser um profissional liberal que precisa mostrar uma imagem de sucesso. Morando em uma capital relativamente pequena, andar com um carro simples significa perder clientes. Infelizmente assim é o mundo. Suas competências muitas vezes são julgadas pela sua imagem de sucesso e não pela qualidade do resultado do seu trabalho, como deveria ser. Em cidades menores percebe-se muito mais essa distorção.
Por falar em China, não vou esconder minha pontinha de inveja. Operei há pouco tempo duas chinesas que vivem aqui em Natal e entre as muitas conversas sobre a cultura e os lugares da China, falei que gostaria muito de morar um tempo por lá. Quando morei em São Paulo adorava ir nos pequenos restaurantes chineses, alguns praticamente só frequentados por eles, com garçonetes que não falavam quase nada de português.
Ouvi falar que na maioria dos lugares da China é muito difícil se comunicar em inglês, mas o marido de uma das pacientes me falou que eu poderia ir tranquilamente, pois dá pra se virar muito bem apenas com o inglês. Como gosto de línguas, cheguei a procurar o Wizard daqui interessado no curso de chinês, mas acabei desistindo.
Pergunto então a você: por enquanto como está se saindo apenas com o inglês?
Por favor, não deixe de enviar fotos daí. Talvez eu vá ainda esse ano conhecer um pouco da China.
Abraço!
Olá, Allan!
ExcluirVocê é médico, não? Se sim, parabéns, é uma bela profissão.
Eu penso em ter um carro desses se resolver embarcar numa aventura de dirigir do Brasil até o Alasca. Um carro desses é quase essencial. Agora, para mim evidentemente, não vejo sentido em ter um carro desses para ir ao supermercado, por exemplo.
A China é espetacular. É muito difícil a comunicação. Estamos tentando aprender algumas frases e palavras, mas a pronúncia é muito difícil. Japonês, por exemplo, é muito mais fácil. Entretanto, com boa vontade, paciência, é possível se virar. O povo em geral costuma ser muito receptivo, e nada que uma mímica e um dicionário eletrônico não possa ajudar. Ontem, por exemplo, fomos convidado para comer no estilo Chinês: muita comida compartilhada, com uma panela fervendo no meio. Foi um dos Highlights da viagem poder ter essa experiência com uma família chinesa e a comida foi excelente.
Venha para a China, principalmente a região que estou, você vai ter experiências memoráveis.
Abraço!
Soul, para facilitar a comunicação, use o point it ou algum outro aplicativo equivalente ( no passado lembro de ter baixado um aplicativo desses em versão gratuita)
Excluirhttps://play.google.com/store/apps/details?id=com.socialbit.pointit
Obrigado, colega. Vou dar uma olhada. Abs!
Excluirsoul,
ResponderExcluirEu concordo e tenho consciência de tudo que falam que carro no Brasil é caro, que carro zero não vale a pena, que financeiramente um carro é um passivo, etc, etc, etc.
Acho apenas que o artigo é um pouco tendencioso demais sobre o seu ponto de vista (ok, o blog é seu e tem mais é que usar o seu ponto de vista mesmo).
Mas eu quero destacar 2 pontos em que discordo:
O primeiro é que o carro muitas vezes é um bem necessário para proporcionar um mínimo de conforto desejado por uma pessoa. Como eu disse, financeiramente, na ponta do lápis, pode não valer a pena, mas como mensurar financeiramente quanto vale o conforto de dirigir o próprio carro. Sob esta ótica, o custo (exemplo R$ 40k/ano) deve ser comparado com outras alternativas e portanto não dá para simplesmente eliminá-lo totalmente. Para simplificar, vou colocar 4 opções:
1) O carrão (do post): R$ 40K por ano
2) Um carro mais simples, não zero, "good enough" pode custar R$ 20K/ano, incluindo gasolina
3) Andar de taxi diariamente (custo X)
4) Andar em transporte coletivo + taxi ou Uber em situações especiais (custo X menos Y)
Porém, como eu disse, como mensurar as diferenças de conforto entre as opções, sobretudo 2, 3 e 4?
Neste caso, se chegarmos a conclusão que é imprescindível para o sujeito ter um carro minimamente decente, a diferença é de R$ 20K para R$ 40K. E é esta diferença que deve ser levada em conta na avaliação.
O outro ponto que quero mencionar é que seu exemplo é meio forçado quando fala de um sujeito que ganha 10K e compra um carro de 100K. Neste contexto, ao fazer os cálculo de tempo de trabalho para manter o carro, vemos que é realmente totalmente inviável, mas o problema desta pessoa é comprar/manter um bem totalmente incompatível com sua renda. Este mesmo sujeito não pode ter um imóvel muito grande/luxuoso, fazer viagens internacionais frequentes ou gastar com festas e restaurantes. Portanto, para resumir, o problema não é o carro, mas a incompatibilidade com a renda.
Eu adoro carros, mas nunca tive coragem de gastar tubos em automóveis luxuosos/esportivos, apesar de ter renda e patrimônio para isso (quem sabe um dia eu me dê este prazer).
Pra finalizar, quero citar apenas meu exemplo. Eu tenho uma CR-V que comprei 0km em 2010 (me sinto feliz com ela, para ficar mais alguns anos) e minha esposa tem um Fit que por uma questão pessoal de segurança é blindado.
É realmente um custo muito alto, mas eu não tenho como simplesmente eliminar estes gastos. A comparação portanto seria com opções mais simples? Possivelmente, mas posso abrir mão de ter uma SUV? e o carro da esposa, poderia não ser blindado? quanto custa a segurança dela e dos filhos? Os carros poderiam não ser automáticos, nem ter ar-condicionado? nem direção hidráulica?
Veja só, ao avaliar todos estes pontos, eu vejo que eu não preciso de uma BMW, mas por outro lado teria que me esforçar muito/diminuir o conforto para ter carros com padrão menor dos que o que tenho.
É um assunto complicado, mas como tudo na vida, temos que tomar cuidado com os extremos.
Abraços
Olá, EI!
ExcluirBelos contrapontos. Eu já alertei que eu tentaria ser objetivo no assunto, mas poderia ser um pouco enviesado mesmo:)
a) Eu concordo que é um problema de incompatibilidade de renda. Deixei um pouco isso claro quando abordei em dos últimos parágrafos, "quer ter um carrão, tenha um grande patrimônio primeiro". Porém, olhe ao seu redor, o que você mais vê não são gastos incompatíveis com a renda? O problema do carro é que ele é o maior gasto para a esmagadora maioria das pessoas.
b) Veja, esse artigo não foi um libelo contra o carro. O carro é uma ferramenta extremamente útil. Descobri que a melhor forma de se viajar é de carro, principalmente se você consegue dormir e cozinhar nele. Assim como a internet é uma excelente ferramenta, mas ninguém deveria ficar 7 horas por dia numa rede social, o carro é uma ótima ferramenta, mas ninguém deveria gastar tanta energia e tempo produtivo com ele.
c) É verdade, precisamos considerar as alternativas. Morar perto do trabalho é a melhor delas. Ganha-se dinheiro cortando os custos e ganha-se muito em qualidade de vida. Você disse que o texto não levou em conta os diversos ganhos "subjetivos" que um bom carro pode proporcionar. É verdade. Porém, o texto também não tratou dos custos bem reais como: perda de tempo de vida em engarrafamentos, perda de saúde ao ficar tanto tempo dentro de um veículo, piora da qualidade de vida de todo um agrupamento humano pois evidentemente o carro individual não é a solução para o deslocamento de massas, etc, etc.
Veja, pelo que eu entendi o carro da sua mulher é blindado. Fico tão triste de ler isso, não pela sua preocupação legítima com a segurança de sua família, mas como a vida no Brasil está se deteriorando. Veja, você tem que trabalhar mais, gastar energia vital apenas para colocar um vidro reforçado num carro pela insegurança que sente. É bem triste, e um dos motivos de pensar em me estabelecer fora do país.
Abraço!
Soul,
ExcluirÉ isso mesmo. Ter um carro blindado é algo extremamente deprimente. Tenho vários amigos que possuem e sinceramente acho que todos prefeririam não tê-los e morar em um local mais seguro. Sobre sair do país é uma opção, mas é extremamente complexa quando se tem família e filhos. Tenho cidadania européia e seria bem fácil, sobretudo com a minha profissão, mas é muito difícil se desvincilhar de todos os fatores que nos "prendem" em nossa terra natal.
Sobre os pontos da incompatibilidade da renda X adoração por carros, como eu disse, acho que a questão é justamente separar os assuntos que, apesar de conectados, devem ser tratados de maneira separada.
O problema de incompatibilidade com a renda é geral, e se aplica a todos os outros gastos, desde viagens até a troca do smartphone todo ano, portanto, apesar do carro ser um dos maiores gastos, não acho que seja o maior dos problemas.
Já a queda do brasileiro por carros, é uma verdade, mas não é para a maioria dos brasileiros como você diz, até porque a maioria nem possui carros. Além disso, os gostos e desejos, desde que compatíveis coim a renda, são coisas que devemos respeitar. O fato de alguém não ter o menor apreço por carros não o coloca na posição de criticar aqueles que o tenham, assim como alguém que não curte viagens ao estilo mochilão não podem criticar aqueles que o fazem, e por aí vai.
Abraços
Olá, EI
ExcluirCarro representa um gasto. Um gasto precisa ser coberto com dinheiro. Para ter acesso a esse dinheiro é necessário trocar o seu tempo. O único objetivo desse artigo, e do anterior, foi colocar em foco a relação entre seus gastos (carro incluso) e o tempo. Os custos podem ser maiores, menores, o tempo gasto maior ou menor, e tudo isso foi expressamente abordado no texto.
Celulares, roupas, se aplica o mesmíssimo raciocínio. É trocar o seu tempo por coisas. Muitos fazem isso sem ao mesmo perceber. Os poucos que percebem costumam mudar seus hábitos de consumo, ao se dar conta que estão trocando sua energia vital por tão pouco. O carro é indubitavelmente um dos maiores, senão o maior gasto em um passivo. Logo, é um gasto que deveria ser muito bem analisado.
Sobre críticas, não entendi o seu ponto. Se alguém quer possuir um carro, uma lancha, ou quer morar no meio da mata vivendo de subsistência, isso é uma decisão individual de cada um. Novamente, repito o intuito do texto foi realçar a relação tempo x gastos x carro. Ora, cada um tem que ver o que é melhor para a sua própria vida, depois de uma reflexão consciente. O que não se pode é passar é pela vida de forma irrefletida. Viajar, ter carros, etc, é uma decisão de cada um sobre aquilo que deixa uma pessoa mais satisfeita. Isso está expressamente no texto, e em inúmeros outros textos. Se a pessoa vê relevância em ter um bom carro, em detrimento de outras experiências, por exemplo, que assim seja. Acho uma escolha errônea, e há inúmeros estudos científicos que corroboram esse entendimento, de que a compra de “coisas" nos dão satisfação meramente momentânea, não dura quase nada. Aliás, isso não é novo, qualquer intelectual ou filósofo mas denso irá dizer a mesma coisa. Isso não é questão de respeitar ou deixar de respeitar, mas apenas uma opinião. Ninguém deve ser respeitado ou desrespeitado por que possui ou não um carro. O respeito advém do fato de ser humano.
Abraço!
obs: você tem razão. Fui olhar os dados e há algo em torno de um carro para cada 4 habitantes. Se excluirmos as crianças , adolescentes e idosos acima de 70 anos, talvez a proporção seja algo em torno de 2 carros para cada cinco habitantes. Assim, não se pode falar em maioria e eu modificarei o nome do artigo.
Soul, obrigado pela resposta.
ExcluirFicou mais claro agora o propósito do texto.
Abraços
Soulsurfer, você não acrescentou aos seus cálculos o tempo e o valor necessário para a troca desse veículo de tempos em tempos.
ResponderExcluirAssim, fatalmente passaria de 30 anos de vida trabalhando por um carro, corroendo mais de 50% da renda anual do indivíduo.
Gostei do seu artigo, parabéns.
Olá, FClivre. Na verdade não seria assim, pois a pessoa teria o carro depreciado para dar na troca de um novo.
ExcluirEntretanto, a quantidade de tempo gasta seria imensa mesmo.
Obrigado e grande abraço!
Você tem razão, eu percebi isso assim que enviei a mensagem, mas aí já era tarde. rs abraços!
ExcluirSoul, primeiramente queria dizer que é sempre uma alegria quando vejo um novo texto publicado neste blog. Sempre mando ele para meu leitor eletrônico (kobo) através do serviço pocket.
ResponderExcluirSobre o tema, sou criticado pelas minhas atitudes em relação ao carro, primeiramente foi por não comprar um e andar por anos no transporte publico e agora é por não trocar o carro que tem poucos anos de uso.
Na minha visão esse item é um grande gasto financeiro e emocional, pois é fácil criar um apego com algo tão caro. Lembro de quando comprei o meu o quanto uma raladinha me afetava, tinha que pagar estacionamento pra não deixar no sol, etc. Hoje já superei esse apego e não ligo para riscos, amassados e deixar o carro de baixo do sol.
Olá, colega. Primeiramente, agradeço os elogios.
ExcluirSim. Quando comprei uma parati (para aguentar as idas para o surfe) em 2004, qualquer ralada e eu ficava brabo. Com o meu último carro i30, não me preocupava nem um pouco. Se alguém arranhou o carro, paciência, tenho coisas mais importantes para se preocupar.
Creio que a sua forma de encarar a questão a melhor possível.
Grande abraço!
Terminei o mestrado com 32 anos e ainda andava de fusca. Depois comprei um Palio zero e andei até os 40 anos com ele. Agora possuo um Fluence e um fusca de estimação e sou milionário. Parabéns pelo post.
ResponderExcluirAbraço!
Olá, rk!
ExcluirBoa história sobre os carros e a evolução patrimonial.
Abraço!
Excelente post Soul, Já fiz exatamente essa conta... esses números são assustadores. Vc ter a ciência de 50% do seu tempo de trabalho é destinado ao seu carro, é algo surreal.
ResponderExcluirEu adoro carro, curto mecânica e detalhamento automotivo, não faço questão de ter uma "ferrari", mas gosto de carro em modo geral.
Mas não tenho coragem de gastar uma fortuna em uma passivo desses.
Um carro simples, mas bem cuidado, supre muito bem os meus interesses.
Grande Abraço
Olá, PC! Tenho um grande amigo que é aficcionado por carros. Ele queria ter um carrão depois que virasse juiz. Não sei se mudou de ideia, mas entendo perfeitamente quem gosta de carros como um hobby.
ExcluirAgora, como bem notado por você, esse pode ser um hobby dos mais caros da sua vida, muito mais do que viajar de forma "luxuosa", por exemplo.
Abraço!
Soul,
ResponderExcluirMeu pai sempre me tentou me ensinar que o bom era ter carro simples: Economia barata, econômico, com poucos luxos.
Quando comecei na minha caminhada, o espírito da Matriz automotiva me tomou ... Comecei com um carrinho básico (Mille 2001 usado), mas logo eu juntei dinheiro e o que fiz? Comprei um carro zero (com desconto de 15%, oportunidade que tive).
Felizmente, perdi no carro uns 2 meses de salário ao vendê-lo, mas, foi o primeiro passo, pois com a venda dele dei entrada num apartamento, que moro atualmente.
Tive também um destes carros da moda na época, dos "boys", comprei também com um super desconto, que poderia ter usado pra outras coisas.
Demorei uns 3, 4 anos trabalhando, sempre poupei, mas só agora percebi que, no meu caso, preciso ter carro sim, mas estou feliz com um usado, econômico e que tem o básico que me atende: Direção Hidráulica e Ar Condicionado!
Tenho colegas que, por exemplo, ganham 4, 5 mil, e 1 mil vai pra pagar parcela de carro ... Ridículo isto, para aparecer, ser o que tem o melhor carro.
Abraço
Olá, VC!
ExcluirClaro, um carro é importante para muitas pessoas hoje em dia. Não se trata de condenar o carro que é uma ferramenta muito útil para transporte. O que não podemos, em minha opinião, é devotar uma quantidade enorme de energia e tempo para algo que é simplesmente uma coisa.
Esses são os "luxos" que procuro num carro, direção e ar. Se alguém paga 20-25% da sua renda apenas em financiamento. Então, o carro é realmente o chefão para essas pessoas.
Abraço!
Soul
ExcluirÓtimo texto pena que eu não li alguns anos atrás onde cheguei até ter 4 carros ... Sendo alguns esportivos.
Senão tivesse feito esta besteira hoje já estaria independente financeiramente ...
Continue com estes textos pois nunca podemos descuidar da educação financeira e infelizmente quase nunca aprendemos com nossos pais ou na escola ...
Eu aprendi agora .. Antes tarde do que nunca kkkkk
Olá, colega. Nossa, quatro carros? Vc deve ser aficcionado por automóveis mesmo.
ExcluirValeu pela mensagem, abraço!
Parabens pelo artigo. Tenho uma Fat boy e um Mercedes sedā, ambos comprei 0km, tenho quae 8m em investimentos (TD, CDB, fundo investimento em dolar, ouro e acoes, grana na poupanca e na c/c) e dois flats e uma lancha. Nao me custa muito mante-los, acredito q poderia ter veiculos mais caros mas esses ja me servem muito bem. Estou aplicando pra minha vida a estrategia de destinar pelo menos 75% do que ganho para os investimentos.
ResponderExcluirAnon do Puteiro
Olá, colega. Sua situação financeira é única. Tome cuidado apenas para não extrapolar nos gastos mesmo com um patrimônio mais forte como o seu.
ExcluirAbs
Anon do Puteiro, sua situação financeira realmente é muito boa, mas seu espírito ainda é pobre, até sua assinatura revela isso. O Soul faz um post desses e vc coloca um comentário totalmente irrelevante, parece fankeiro ostentação. Se estes veículos te atendem bem, esse é um problema seu, acredite, aqui ninguém tá interessado nisso, o mundo não gira a sua volta, vc pode ter 8 milhões mas pode ter certeza que esse valor, dependendo da ótica, não é nada. Aproveita e utiliza um pouco da "grana" que vc diz ter em poupança e C/C, rendendo abaixo da inflação, e invista num psicólogo pra te ajudar a ser mais humilde, vai ser o melhor investimento da sua vida. Senti vergonha alheia lendo teu comentário, e pena do Soul ter que responder com educação uma m... dessas.
ExcluirOi Soul, mesmo eu tendo esse patrimonio a aquisicao dos dois veiculos nao me custaram mais de 200 mil reais, conheco gente que ganha 20 mil por mes e tem Porsche Cayenne (380 mil) financiado em 60 parcelas. Cada um sabe o destino que da ao seu dinheiro.
ExcluirAnon do Puteiro
Anonimo, quanto a assinatura é pq fui proprietario de um puteiro, ja vendi. Quanto a minha saude mental pode ficar tranquilo que duas vezes por semana tenho encontro com o meu psiquiatra, alem de praticar esportes e viver mais ao ar livre tem me feito um bem danado.
ExcluirAnon do Puteiro
Pq não faz uma assinatura, um blog e conta um pouco mais sobre o empreendimento diferente que vc tinha e como é a vida agora.
ExcluirÉ isso aí Soul! Totalmente de acordo. Meu carro eh 2007, jah comprei ele usado com 3 anos, por quase 1/3 do valor dele. Estou com ele até hj e vou ficar com ele até ele explodir. Os colegas, amigos, namorada, todo mundo tira onda comigo, nao tou nem aí, adoro meu carro, hj na tabela fipe ele vale 28 mil reais, mas me faz muito feliz, nao tenho satisfacao a dar a ninguem, quero mais é que o pessoal tome consciência e pare de comprar carro zero que acho uma idiotice sem tamanho. Outro dado interessante que vc nao abordou é a pergunta: Quantos meses do seu salario vale seu carro? Especialistas falam que o saudável é até 5 meses. Eu vou mais longe, digo que tem que ser 2 meses.
ResponderExcluir"Se o seu carro tem o valor de dois salários liquidos seus, você está perdido"
anota ae meu axioma.
Abraço!
Olá Frugal!
ExcluirInteressante, não tinha parado para pensar nessa perspectiva de renda mensal líquida x valor do seu carro. Cinco meses parece algo razoável, e os seus dois meses algo ideal:)
Abraço!
a manutencao de carro velho é mais constante, como esses valores afetam essa conta?
ExcluirBill
Achei muito interessante esta ideia, este calculo Frugal.
ExcluirSe eu considerar minha renda liquida so do salario, estou nos exatos 5 meses.
Se pegar minha renda mensal, 3 meses.
Antes eu tambem pensava que carro era status, hoje em dia e um meio de transporte.
Sabe aquelas reunioes de trabalho ou saida com amigos? Hoje em dia chego tranquilo com meu carrinho usado, pickup de 25 mil.
Quando eu chego, posso ate ser apontado como o mais pobre do grupo, mas basta um pouco de conversa que ja fica a certeza q sou um dos mais controlados financeiramente.
Abraco
Essa questao fica mais clara ainda quando vc é leitor do blog do Mr Money Mustache, ele diz que um carro é apenas um sofá motorizado.
ExcluirAnon das 11:39 essa coisa da "manutencao de carro velho" acho que é histórica, devida aos carros velhos de antigamente serem brasilia, corcel, chevette, belina, etc. lógico que esses carros com mecanica ruim e mal feitos iriam dar muito trabalho e essa cultura "pegou". Hoje em dia temos carros feitos pra durar como civic, fit, corola, etc. Eu rodo 10 mil km/ano e meu custo com o carro está nuns 12 mil reais anuais, incluindo seguro, revisão, gasolina e reposicão de óleo e peças. Se for pra ponta do lápis acho que essa taxa anual é quase a mesma de um carro popular zero km.
É isso aí VC, estamos em plena crise, com pagamentos atrasados e calotes do governo e de outros clientes e tem sócios colegas meus trocando de carro e comprando carro zero sem a mínima necessidade. O brasileiro médio a despeito de tudo dá um jeito de atrapalhar ainda mais a sua própria vida.
Quer ficar satisfeito e fazer as pazes com seu carro? Pague 50 reais numa boa lavagem, aspiração, cera e compre um cheirinho pra colocar nele ( o melhor que achei eh uma gelatina Glade colorida) - pronto, vc vai se sentir mt feliz e satisfeito, o meu carro quando faço isso (ele é preto sedan) parece que acabou de sair da loja e fica todo mundo olhando e eu fico feliz com o carro de novo, me sinto bem dentro dele.
Ótimo post, Soulsurfer. Sou um apaixonado por carro, desde criança, e é uma área que me fascina bastante. Vou só tecer dois comentários/opiniões que tenho, no tocante a como o cidadão normal lida com o automóvel:
ResponderExcluir1-Algo que sempre me impressiona é o quão as pessoas compram carros sem nenhuma noção das reais necessidades/usos que o carro terá. Fico bestificado quando vejo pessoas comprando picapes cabine dupla com capacidade de carga de 1 tonelada e tração 4x4, puramente para ir buscar crianças no colégio. Acho que a primeira coisa que alguém ao comprar um carro deveria pensar é no uso que fará. Apenas cidade? carro pequeno. Estrada? Motor maior e mais segurança. Morar no meio do barro? caminhotes 4x4.
O que mais se vê é isso de querer projetar uma imagem de robustez/sucesso com um treco caríssimo, que sugará seu dinheiro e consumirá muitas vezes 2x mais combustível do que um carro mais adaptado às suas necessidades. Esses SUVs tão em voga hoje em dia são o cúmulo do absurdo. Não servem pra andar na terra, não têm a estabilidade de um carro normal, nem a economia, e dão uma sensação de segurança totalmente falsa, pelo tamanho que as pessoas associam à segurança.
2-Outra coisa absurda aqui no Brasil é quão rápido as pessoas se dispõem a trocar carros relativamente novos, puramente para mostrar ao vizinho que "estão podendo". Quem convive/viaja pra fora vê que é normal europeus e americanos passarem 10 anos com o mesmo carro, rodando 500mil km - ou mais - tranquilamente. Já li matérias em sites ditos "especializados" que recomendavam trocar o carro quando da 1a troca de pneus, um completo disparate. Os veículos modernos são muito mais confiáveis do que os de 20 anos atrás, e é totalmente plausível durarem centenas de milhares de km com boa e cuidadosa manutenção. Mas no Brasil, o que vemos são pessoas se desfazendo do carro com 50mil km ou menos, algo totalmente irracional.
E quanto à minha paixão por carros, não tem nada a ver com ostentação ou ficar andando de carro do ano me atolando em dívidas para isso. É plenamente possível ser feliz com ótimos carros usados, e ditos "para entusiasta", gastando pouco, tanto com aquisição quanto com gastos recorrentes.
E finalizando, na minha opinião, brasileiro não é nem um pouco apaixonado por carro. É apaixonado por ostentar e mostrar o carro que pode comprar para os outros. Só isso explica um cidadão pagar 200mil reais por uma picape cabine dupla, ou 100mil num sedanzinho que os americanos consideram carro de universitário, sem dispositivos de segurança encontrados em carros de metade do preço.
Olá, Daniel! Grato pelo comentário.
ExcluirDe acordo. Os diferentes tipos de carro servem para diferentes finalidades. Não há sentido em ter um carro off-road muito caro para ficar andando na cidade e vagas apertadas de supermercado, condomínio, etc.
Grande abraço!
E para quem realmente gosta de carros, há muitas oportunidades e experiências gratificantes que se pode ter, alugando carros esportivos/de luxo ao viajar para fora do país.
ResponderExcluirNa minha opinião, muito mais interessante alugar um Mustang ou Camaro ou Porsche ao sair do Brasil do que manter um desses no Brasil: custos de oportunidade de capital preso imensos e de manutenção do bem abusivos por aqui. Sem contar o fato que não se aproveita um carro desses por aqui como se deve.
Soul já ouviu falar num produto da Porto Seguro chamado Porto Seguro Carro Fácil, é uma assinatura anual de carro, um aluguel anual.
ResponderExcluirBasicamente contratei um carro que custa algo em torno de 76K, e vou pagar durante os 12 meses da assinatura o valor de R$ 22650,00, ainda considero um custo elevado, mas após fazer algumas contas achei mais vantajoso do que realizar a compra.
SC, quando eu li a primeira vez entendi que iria pagar 2.650,00. Falei, não é possível, 3% do valor do carro? Se isso for verdade, nunca mais compro carro na vida. Aí fui reler, e vi que há mais um 2. Bom, 30% do valor do carro está um pouco salgado na minha opinião. Por que considera que seja um bom negócio? Talvez com mais uns 15 mil você poderia comprar um bom semi-novo em belas condições.
ExcluirAbraço!
Cara eu sempre comento ou respondo tardiamente, mas antes mais tarde do que nunca.
ExcluirEu considerei vantajoso, pois gostaria de ter a experiência de comprar um carro 0 km, então entre comprar um 0 km e alugar um 0 km, realmente ficou mais vantajoso alugar um 0 km. Eu fui buscar ele na agência, realmente é um carro 0 km. Se for levar em consideração um custo de oportunidade de 13% aa, mais a depreciação do carro 0 km a conta fecha fácil, não preciso nem considerar os custos com documentação e manutenção do carro. Lógico é um produto que foi montado para ser vantajoso para as pessoas que trocam de carro de 3 em 3 anos, ou seja ao final da garantia, mesmo comprando um 0 km se a pessoa ficar 5 anos com o mesmo carro essa assinatura passa a não ser tão vantajosa.
Para carros seminovos já com a depreciação dos primeiros anos no preço, aí a situação fica bem mais apertada e eu teria que fazer novas contas. Inclusive eu acho que a experiência de ter um carro 0 km não é nada de especial é a mesma coisa de ter qualquer outro carro, ao final dessa assinatura devo voltar para calculadora para fazer comparações com carros seminovos.
Soul, um indivíduo sem carro pode chegar à IF muito mais cedo, não precisará pagar IPVA, seguro, esacionamento.
ResponderExcluirInfelizmente o marketing das gravadoras faz com que muitos consumidores parem de pensar. Como resultado criam-se monstros devoradores de dinheiro, que não trazem tanta coisa de boa para a vida.
Gastar muito dinheiro apenas por idiotice é bobagem.
é meu caro ... carro é terrível ... nao me vejo sem um .. mas queé caro pra manter é ... por isso tenho um modelo que atende minhas necessidades .. me da um certo conforto .. mas nem pensar em ter top de linha ...ficar sempre comprando o modelo novo .trocando carro de 3 em 3 anos ..tá louco ..
ResponderExcluirO preco do meu carro e da minha moto ficam abaixo dos meus rendimentos de 3 meses.
ResponderExcluirAnon
Ter 8M mas frequentar psiquiatra nao parece algo bom
ResponderExcluirSaude mental nao tem preco, tem que cuidar quem tem e quem nao tem patrimonio.
ExcluirTito
Com carro eu ate gasto, ja com pets (gato/cachorro), bebidas alcolicas, cigarros e aparelhos celulares sao uns gastos bestas tbm.
ResponderExcluirBessias
Muito bom o post! Muito boa a discussão nos comentários. Alguma vez na vida alguém me disse que o carro deve valer idealmente 5% do patrimônio e nunca mais que 20%. Afinal perde cerca de 50% do valor em 5 anos, então perder 2,5% está aceitável.
ResponderExcluirFicaria muito feliz se você escrevesse um artigo sobre o quanto gastar com o imóvel próprio. Acho que esse patrão costuma ser ainda maior que o carro.
Muito obrigado por partilhar seus conhecimentos!
Gaivotão.
Muito bom o artigo! Parabéns!
ResponderExcluirhttp://www.carrosbatidos.net.br/