domingo, 11 de junho de 2017

UM PASSEIO POR TRÊS NOTÍCIAIS DA SEMANA

Olá, colegas. Eu firmemente encorajo uma dieta de informação, principalmente as completamente desnecessárias e que só fazem mal aos nossos sentidos. Porém, confesso que nas últimas semanas tenho visto, talvez mais do que o desejável, sobre notícias do dia a dia. Assim, comento três delas não conectadas, ou talvez interligadas num plano extremamente abstrato, mas que chamaram muito a minha atenção.



A VERGONHA DO TSE


  Uma parte significativa dos leitores desse espaço sabe que minha formação é jurídica. Alguns perguntam se sou servidor do Judiciário ou de algum outro órgão. Não, trabalho como Procurador. Talvez algum dia fale mais sobre o que aprendi com o meu cargo, os meus desgostos, etc, mas não é o ponto desse artigo. Apenas mencionei a minha profissão para deixar claro que entendo todos os termos jurídicos utilizados numa decisão judicial, o que a maioria da imprensa, e com certeza da população, não faz muita ideia. Sou um grande conhecedor do direito, um acadêmico? Não, longe disso, mas considero que tenho um senso jurídico razoável ao menos.

  Pois bem. Resolvi acompanhar boa parte do Julgamento da chama Dilma-Temer. Para quem acompanha os meus textos, esse acontecimento, e não o impeachment , deveria ser o ato mais importante de todo o imbróglio político em que nosso país se meteu. Falo isso desde 2015.  Evidentemente, o julgamento em junho de 2017 de um mandato que começou em janeiro de 2015 não faz sentido. Esse processo tinha que ter sido julgado antes.

 Todo julgamento feito por um Tribunal, ao menos no Brasil, precisa ter um relator, um juiz que ficará responsável por dar andamento ao processo. Nesse caso, foi o Ministro Herman Benjamin. Tenho que admitir que o conhecia apenas de nome, mas depois fiquei sabendo que ele tem uma produção acadêmica muito extensa.  O voto dele sobre o caso foi simplesmente primoroso. A condução dele foi absolutamente escorreita. Calmo, rápido em responder as provocações, não se alterou em nenhum momento. A conduta técnica dele foi exemplar.

Ele é ético? Não posso afirmar. Ele é um bom pai de família? Como vou saber. Ele já cometeu algum ilícito? Não faço a mínima ideia. Entretanto, o Ministro Herman Benjamim agiu da maneira que se espera que um magistrado de um Tribunal Superior num caso tão importante agisse.

 Surgiu então uma "tese", tratada como preliminar ao mérito, de que houve uma ampliação indevida da causa de pedir. Não vou entrar em técnica jurídica aqui, mas o Sr. Herman Benjamin, ajudado pelo Ministro Fux que é um processualista conhecido, tratou de maneira tão clara e elucidativa de que não estava ocorrendo uma ampliação indevida da causa de pedir que até um estudante de direito que prestou atenção compreendeu. A "tese" tinha como único escopo não levar em consideração as provas produzidas pelos marqueteiros de campanha e pelas delações da empresa Odebrecht.

 O que tornou tudo ainda ainda mais insólito, e porque não dizer fétido, é que o julgamento que estava programado para acontecer em abril deste ano, foi adiado por decisão do próprio Tribunal, para que se ouvissem os marqueteiros. É claro que o pedido de adiamento foi costurado para que o Presidente Temer pudessem indicar dois novos Ministros, já que o mandado de dois Ministros estava acabando.  Mas mesmo assim, como pode o Tribunal que determinou a produção de uma determinada prova, dois meses depois dizer que aquela prova não deveria ter sido produzida? Eu não estou analisando aqui as questões políticas, mas sim apenas a parte lógica e técnica da questão. Evidentemente, não faz o menor sentido.


 Ao ver que essa “tese" iria prevalecer, o Ministro Herman então explicitou de forma didática que mesmo se as provas da chamada "fase Odebrecht” não fossem aceitas, ainda sim havia provas mais do que suficientes para a cassação da Chapa.

 O que se seguiu no voto dos ministros discordantes foi um verdadeiro show de horrores, seja da técnica, seja do bom senso. Houve até mesmo um voto de que o Ministro não abordou nenhuma prova, absolutamente nenhuma prova. O Voto dele não tinha começo, meio e fim. Chegou até mesmo  a falar de Maomé, mas não analisou as provas nos autos. Julgou improcedente as ações, pois os fatos eram sim graves, mas deveriam ser apurados em outras esferas. Uau.

 O último voto do Ministro Gilmar Mendes foi um escárnio total e completo. Ele disse que a ação era muito importante porque se tratava do Presidente da República. Correto. Asseverou que só poderia haver cassação se houvesse provas e fatos graves. Correto mais uma vez. No final, expressou que a estabilidade do país tinha que ser mantida. Ele não fez a conexão entre a premissa, existência ou não de fatos graves, e a sua conclusão de necessária estabilidade do país.

 Ora, se o argumento era a estabilidade do país, com muito mais razão então o processo de impeachment contra a Dilma não deveria prosperar, muito menos por alegadas pedaladas fiscais. E aqui não digo que não deveria haver o impedimento, mas simplesmente se o argumento é que a estabilidade do mandato presidencial é tão importante, mesmo diante de claros desvios de condutas, como foi asseverado diversas vezes no voto do Ministro Gilmar, o mesmíssimo argumento se aplicaria ao impedimento da Dilma. Eu acho que a estabilidade institucional se alcança com a aplicação da Lei, e com a obediência à Constituição. E a decisão do TSE vai em direção contrária a isso.

  Quando do impedimento, imaginava que a situação do Brasil do ponto de vista político iria piorar, e tinha receios de que em 2018 nós pudéssemos encarar algo completamente inusitado na eleição. Hoje, tenho uma sensação muito mais forte de que estamos pavimentando o surgimento de algo ainda pior para o país.  Talvez pelo meu passado de jogador semi-profissional de xadrez, eu não consigo imaginar nada sem projetar os reflexos no futuro muitos “lances” a frente, algo que talvez não seja normal para boa parte das pessoas, mesmo analistas profissionais.

 Agora, Temer, vai ser Denunciado pela Procuradoria. Muito provavelmente a Denúncia será barrada no Congresso e com todos esses atos estaremos produzindo um futuro incerto para o país, com consequências talvez profundamente negativas. 

 Já ouvi pessoas falando no mesmo Parágrafo que Temer era um grande político por causa de sua habilidade, e Lula um ladrão inveterado. Isso pode ser verdade. Como se pode inverter a frase e dizer que Lula é um grande político habilidoso e Temer um ladrão inveterado. Também pode ser verdade. Na bem da verdade, as duas frases podem ser corretas, elas não são excludentes.  A cegueira a esse fato de pura lógica formal, e que muitas pessoas parecem estar no mínimo míopes, é algo que além de me causar curiosidade, causa me tristeza de como nossa educação realmente é falha.


O ATENTADO AO ÚLTIMO LUGAR QUE VISITEI NA MINHA VIAGEM DE DOIS ANOS


    Às 12:00 do dia 07 de dezembro de 2016, o meu corpo foi submetido a uma sensação térmica de -30 graus Celsius. Estava em Teerã, a capital do Irã, mais especificamente numa estação de esqui que fica na própria cidade. Como para chegar da Estação ao metrô mais próximo teríamos que andar bastante, como já estávamos acostumados a fazer nos últimos meses, fizemos o sinal e quase que imediatamente um Iraniano parou para dar carona.

Esse foi o visual do Último dia, sensação térmica de -30 graus.

  Rapaz simpático, ficou muito feliz de praticar o Inglês dele, e quando dissemos que éramos do Brasil, abriu um grande sorriso.  No meio do engarrafamento caótico da capital Iraniana, o nosso caroneiro acende um cigarro de maconha e começa a falar mal do regime iraniano atual (algo que ouvi diversas vezes, principalmente de pessoas da classe média).  Oferece o cigarro, mas eu tenho pavor de qualquer tipo de cigarro com qualquer tipo de substância, declino com educação. Liga até mesmo para a mulher para dizer que está com dois brasileiros no carro. 

 Fomos deixados pelo motorista numa estação de metrô, vamos então até um bairro tradicional para comermos num restaurante típico.  Voltamos para o nosso hotel.  São 20:00. "Vamos parar no mausoléu do Khomeini antes de irmos para o aeroporto?", pergunto para  minha companheira, “sim, vamos” é a resposta.

 Em poucas horas estaríamos pegando um voo de volta para o Brasil, após quase dois anos de uma viagem inesquecível. A parada no mausoléu seria a nossa última atividade, seria o fim da nossa viagem. O Aeroporto de Teerã fica a uns 50km do centro, e o mausoléu a uns 20km do Aeroporto. Conseguimos ir de metrô até a última estação que era do mausoléu. Combinamos então com um taxista que depois de uma hora, iríamos para o aeroporto. Negociamos o preço de U$4,00 para ele nos esperar e nos levar ao aeroporto.

  Não deixamos a mochila com o taxista, andamos pela última vez com elas nos ombros. É noite, não tem quase ninguém e a construção é imensa. Queria ir ao cemitério dos mártires (soldados iranianos mortos na Guerra Irã-Iraque), mas não tenho disposição. Deixamos as mochilas de fora, e eu entro na construção. Gigantesca, luxuosa. Não é o tipo de coisa que gosto de ver. Penso no dinheiro para construir um prédio daquele,  e que assim como o Brasil, o Irã não é um país rico, e o Governo deveria ter outras prioridades de gastos (como nota de curiosidade, o Irã é um dos países com a menor carga tributária do mundo. De país funcional, tirando países como Guiné Equatorial, Arábia Saudita, talvez o Irã seja o país com a menor carga tributária do mundo). 

  Entro então na grande mesquita, não há estrangeiros, e sou recebido com olhares tranquilos e sorrisos. Muitas pessoas dormem. Viemos a perceber, durante nossos 30 dias no Irã,  que as mesquitas servem como uma espécie de refúgio para as mulheres, ou para pessoas com dificuldade. A Religião lá, ou melhor dizendo a parte institucionalizada da religião, tem um papel muito forte na vida de muitas pessoas no país, algo que não existe mais tanto no ocidente, principalmente em países mais ricos. Esse tipo de coisa você não lerá ou ouvirá em nenhum lugar, muito menos no Brasil.

  O mausoléu do Aiatolá Khomeini ficou para trás, entramos no táxi e terminamos a nossa viagem. É no mausoléu, na entrada do complexo, que vejo pela televisão uma explosão. Atentados terroristas do chamado Estado Islâmico aconteceram na capital iraniana, tanto no Parlamento como no mausoléu. 

  O presidente Trump então se diz simpático as vítimas, mas que Estados que apóiam o terrorismo correm o risco de provar do próprio veneno. O mesmo Trump que semanas antes apareceu sorrindo ao lado dos dirigentes da Arábia Saudita, um país de orientação salafista com hábitos medievais que com um grau de probabilidade imenso coloca dinheiro em várias organizações terroristas. 

 No discurso feito na Arábia,  Trump diz que o Irã  é o perigo real por trás do terrorismo, não a Arábia Saudita. A razão parece sucumbir, será que ela tem alguma importância? A decisão do TSE e as falas de Trump dão a sensação que a racionalidade sobre o que é verdadeiro ou falso realmente em certos aspectos da nossa vida realmente se perdeu, e que a inteligência humana está sobre ataque (um bom cínico talvez pudesse dizer que sempre esteve).


A GRANDE DESCOBERTA E A MINHA ODE À RAZÃO (MAIS UMA VEZ)


  Sou um grande entusiasta da Ciência e de argumentos racionais. Tanto é verdade que para alguns às vezes posso soar irritante, pois eu não me irrito facilmente, muito menos se o que se está discutindo são argumentos. O que pode irritar mais uma pessoa que está obcecada com uma ideia do que encontrar alguém que não se ofende em ser contrariado?

  Sendo assim, e por realmente me interessar pelo tema, foi com extrema surpresa e satisfação que recebi a notícia de que a nossa espécie talvez possa ser mais antiga do que imaginávamos. Cem mil anos mais antiga para ser exato. Cem mil anos é muito tempo na escala evolutiva da nossa espécie. 

 O mais incrível é que os fósseis, que tinham sido achados na década de 60, foram encontrados numa Caverna do Marrocos.  Marrocos fica na parte Noroeste do continente. Os fósseis mais antigos, até então, de Homo Sapiens foram encontrados na Etiópia que está no Leste da África (milhares de quilômetros separados). Sendo assim, talvez a teoria de berço da humanidade, “O Jardim do Éden” da espécie talvez não seja a hipótese mais correta (e estou falando aqui do conceito científico, não do bíblico), talvez a humanidade tenha surgido em vários lugares da África ao mesmo tempo.

 Ainda haverá muito debate, pois os fósseis encontrados possuem uma aparência muito semelhante com um Homo Sapiens moderno, mas há certas diferenças no Crânio. Será que é realmente um Homo Sapiens? Será que foi os primeiros estágios da nossa própria espécie? Será que é uma outra espécie, uma transição que ajude a explicar a separação no tronco evolutivo entre a nossa espécie e o Homem de Naeanderthal com o ancestral comum?

 Muitas perguntas, e apenas a razão humana poderá tentar responder. Apenas o intelecto humano é capaz de solucionar essas perguntas tão importantes. Se elas aparentemente não tem importância para o preço da gasolina, ou de como o seu chefe o trata, elas são fundamentais para entender as nossas origens enquanto espécie, talvez seja uma das perguntas mais fundamentais que um ser humano possa fazer.

 As origens da nossa espécie não possuem apenas uma carga filosófica, mas também de origem prática. Por que agimos como agimos? Há cidadãos "de Bem"? Como nos comportamos em relação à desonestidade? Cada vez menos me interesso por ideologias a respeito do assunto e mais pelo que a ciência tem a dizer a respeito. É um dos temas que mais aprecio. É um dos temas que quase ninguém aprecia tanto. 

 Aprecia-se quando é relacionado a algo bem prático e utilitário, ou seja como usar gatilhos mentais para fazer com que o seu site tenha mais acessos, ou como evitar armadilhas mentais para não fazer erros muito grosseiros em mercados financeiros, por exemplo. Quando linhas de pesquisas semelhantes mostram que não somos tão honestos como achamos que somos, ou tão bons como achamos que somos, e que nossas ideias sobre aspectos fundamentais podem ter furos enormes, esses achados da Ciência são quase sempre ignorados, assim como quatro Ministros do TSE fizeram com as provas nos autos das ações que pediam a cassação da chapa Dilma-Temer.

 Terrorismo, política, finanças pessoais, Temer, brigas familiares, dietas, Lula preocupações com os filhos, Trump, Brexit, o mundo atualmente é um caldeirão de informações, fatos, obrigações e neuroses. A razão humana não é a única forma de lidarmos com tudo isso, é verdade, mas quando deixamos de lado a nossa inteligência e a capacidade de raciocínio, abrimos mão de uma das características mais especiais na nossa espécie.

Eu sempre me surpreendo ao ver reconstruções faciais da espécie humana Neanderthal, o quão parecidos eles são com a nossa espécie. Há teorias que indicam que eles trabalhavam a madeira, fazendo inclusive espécies de cabanas.  Incrível.



 Um abraço a todos!

50 comentários:

  1. Soul, não sou jurista, mas parece-me que nossos tribunais são muito mais políticos que técnicos. Fossem técnicos, teríamos 100% juízes neles nomeados, mas na verdade temos vários advogados que foram para lá assim alçados.

    Oras, conhecem o direito? Sim. Mas não exerciam antes o ofício de julgar, e de repente são alçados à mais alta instância da magistratura. Parece- me incorreto, e gerador de um viés político, já que são indicados pelos políticos, muitos dos quais já defendidos anteriormente por tais advogados.

    O julgamento do TSE foi vergonhoso, e realmente nos deixou ainda mais certos do país de impunidade que vivemos. O pior de tudo é saber que se o correto fosse feito (cassação) talvez teríamos dias tenebrosos pela frente com um terceiro safado terminando o mandato tampão.

    Enfim, nosso futuro é incerto e nossas perspectivas não são boas....

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    1. Olá, guardião.
      Mais ou menos, colega. Não há nenhum problema em divergir de entendimentos. Legitimamente, alguns Ministros poderiam de forma fundamentada dizer que não havia provas ou defender alguma tese. Isso acontece em muitas decisões do STF. O direito não é engenharia, e às vezes duas opiniões em direções opostas podem ter bons fundamentos. O que aconteceu no TSE foi algo diferente, pelo menos que eu tenha visto.
      Sobre a indicação de juristas que não são da carreira da Magistratura, eu não vejo tantos problemas assim. Podemos ter bons juristas vindo de diversos ramos do direito. Magistrados que querem ir para um STJ, ou um STF precisam também fazer afagos políticos, infelizmente é assim que funciona. Porém, há limites éticos que devem ser traçados sem sombra de dúvida.

      Eu já penso de forma diferente aqui. É muito provável que numa eleição indireta talvez colocassem outro "safado", paciência, já que houve impedimento, e que havia uma ação aparentemente com claros indícios de abuso do poder econômico, a chapa tinha que ser cassada.

      Talvez com a cassação da chapa, o país como um todo, poderia tentar construir o consenso em torno do nome de alguém com alguma autoridade moral para levar o país até dezembro de 2018.

      Um abraço

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    2. Soul, você acha que seria bom se todos os membros dos tribunais superiores e do STF fossem escolhidos via concurso público?

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    3. Não, seria uma péssima ideia. Imagina um concurso para Ministro do STF. Não há problema do presidente apontar um nome, o que tem que acontecer é o Senado realmente sabatinar o indicado.
      Poderia haver uma melhora como uma lista de três nomes da OAB, uma lista de três nomes do MP e uma lista de três nomes do Judiciário, e dessa lista o presidente apontaria alguém.
      Se o Senado fizesse o seu papel de forma mais independente, isso seria um filtro muito forte para indicações apenas de cunho político. Nenhuma solução é perfeita, mas não creio que o que temos hoje seja necessariamente ruim.
      Abs!

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    4. Não entendi porque concurso público para ministro do STF seria ruim. Poderia explicar mais?

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    5. Micro,
      O concurso público de certa forma é antigo no mundo. Remonta há mais de 1000 anos com certeza na China. Eu creio que é uma boa forma de prover cargos públicos.
      Porém, não podemos confundir o acesso via concurso ao cargo de professor universitário, ou de um juiz de primeira instância, com um hipotético concurso para ministro do STF. Não creio ser adequado, aliás não sei nem como seria possível fazer um concurso para um cargo desses. Porém, é apenas a minha opinião.
      Um abraço!

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    6. Entre "Não, seria uma péssima ideia" e "Não creio ser adequado, aliás não sei nem como seria possível fazer um concurso para um cargo desses. Porém, é apenas a minha opinião." existe uma diferença enorme. Por que seria uma péssima ideia?

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  2. Soul,

    Nenhuma novidade a respeito do TSE... A Banânia é o único "país" do mundo que o crime compensa! Se esse crime for corrupção então, rs...

    Você, como trabalha no meio jurídico, deve saber mais do que ninguém que a grande maioria desses "juízes" não passam de verdadeiros bandidos de toga!

    E quem diz isso não é apenas eu, e sim a Eliana Calmon... Enfim, tudo como dantes no quartel do Bananão. A única solução é juntar dinheiro, estudar inglês, e preparar o plano de fuga rumo ao primeiro mundo.

    Abraços!

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    1. Olá, I.L.
      Você que pensa muito em emigrar, uma solução talvez seja Portugal. Fiquei sabendo que tenho um visto chamado D7 que faz ser extremamente fácil viver em Portugal, e muito barato também. Bom saber que há um alternativa rápida e extremamente barata para morar na Europa.
      Mas se você realmente quer EUA, então é isso aí, junte dinheiro, melhore o inglês e tente emigrar.

      Apenas uma correção, a combatente ministra Eliana Calmon realmente disse que há "bandidos de toga", mas ela nunca deu a entender que seria a maioria da magistratura, algo que estou de pleno acordo com ela.

      Um abraço

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    2. Soul,

      Verdade, Portugal é uma alternativa para mim. Pretendo conhecer a terrinha in loco no ano que vem!

      Sim, ela realmente disse que era uma minoria. Entretanto, de lá para cá, os fatos provam que a mesma estava equivocada, e na verdade a GRANDE MAIORIA são bandidos de toga.

      Abraços!

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    3. IL, meu irmão voltou recentemente de NY e está com a ideia fixa (por enquanto) de morar e trabalhar lá. Ele é fisioterapeuta. Qual caminho você está buscando para ir legalmente para os EUA?

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  3. Salve, Soulsurfer! Total vergonha esse julgamento, fico me perguntando qual tipo de crime eleitoral deve ser cometido para que seja suficiente para uma cassação de chapa.

    Em relação ao Irã, a reunião do Trump com a Arábia Saudita foi uma balela total para confundir as pessoas. O Irã é odiado porque ele é um dos poucos países verdadeiramente soberanos do mundo, é um dos poucos países que não possui nenhum banco ou o próprio banco central controlado pelos Rothschild. Um alívio foi a derrota dos EUA e de suas organizações parceiras salafistas, porque a Síria conseguiu restabelecer a fronteira com o Iraque e bloqueou o avanço deles, deixando distante o projeto dos EUA e dos sauditas de criar um estado salafista no sul da Síria.

    Abraços!

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    1. Olá, Marcelo. Pois é, o gozado é que o próprio Gilmar Mendes já fez declarações dizendo que a Justiça Eleitoral tinha que ter coragem de cassar governadores de Estados mais fortes, e não apenas detentores de cargos eletivos menos graúdo ou de Estados não tão fortes economicamente. Difícil mesmo entender.

      Eu não vejo com tão bons olhos assim o regime iraniano, ao contrário. Há um desejo imenso do Irã de interligar o seu sistema financeiro com o mundo (não há ATM que aceite cartão internacional no país).
      Porém, é inegável que essa demonização do Irã não faz o menor sentido, é um país com uma riqueza cultural, social muito grande, e nem de longe patrocina o terrorismo nos moldes que o Trump quer fazer que muitas pessoas acreditem.

      Um abraço!

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    2. Me pergunto se existe alguém nos EUA com coragem de peitar a Arábia Saudita e se essa política de panos quentes com esse país ainda não vai custar mais caro do que todo o dinheiro que eles, por ventura, venham a retirar dos EUA.

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    3. Ninguém dos EUA vai peitar a Arábia Saudita porque a nobreza saudita tem grandes participações em quase todas as grandes empresas de mídia americanas e financiam muitos Lobbys no legislativo. Eles conseguem manipular a opinião pública e controlam os votos dos deputados e senadores.

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    4. Pois é Marcelo, fala-se em mais de 1 trilhão de dólares em ativos nos EUA. Imagina 50% do PIB do Brasil os sauditas detém em ativos lá, não é pouca coisa.

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  4. Texto 1:

    Fiquei feliz de ver minha evolução em relação à dieta da informação, mal li qualquer coisa sobre esse julgamento. Meses atrás, tava acompanhando muito o cenário político, tomava um tempo desnecessário de vida e me gerava preocupação, enfim, não era bom pra mim. Tenho pensado mais objetivamente no risco-país, como posso me proteger etc, praticando isso, posso praticamente desprezar o noticiário e acionar minhas opções caso a vaca vá pro brejo. Mente fica limpa. Isso tem mais a ver com o texto 3, usar a razão. Não vou salvar o país mesmo, pelo menos posso me salvar e também aqueles que dependem mim.

    Me diverti quando você falou do xadrez, lembrei do Taleb tripudiando do Kasparov com as opiniões desastrosas deste sobre geopolítica, como se a habilidade do notável enxadrista se estendesse pra outras áreas. Não parece seu caso ainda bem, é ótimo antecipar cenários, mas sem a pretensão prevê-los, é claro. Penso assim também. Se acontecer isso, faço x. Se acontecer aquilo, faço y.



    Texto 2:

    Rapaz, eu não correria o risco de pegar carona com alguém tragando tal substância. Não por causa de qualquer julgamento moral, mas sim porque utilizar alucinógenos enquanto se dirige prejudica a execução da atividade, assim como alguém bêbado. Porém, naquela sua situação, talvez pegasse mesmo sabendo antecipadamente que o cara faria isso.

    Texto 3:

    Aqui é um pouco curioso. Diria que uso a razão muito acima da média, sou da área de exatas e tal, mas com a leitura de outros segmentos, entendo que mesmo a razão humana tem limites. Agora penso que estou na sua contramão atual. Li uns livros sobre persuasão, falando sobre comportamentos humanos automáticos, natureza humana etc, é legal saber sobre isso, no entanto, tenho alergia a engenheiros sociais, construtivistas de toda a sorte, o perigo do cientificismo pra uma coisa tão inexata quanto às 'ciências' sociais e essa coisa louca de alguns tentarem moldar o mundo a partir de alguns desses experimentos.
    Abraço!

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    1. Olá, bem que você faz. Acompanhei o julgamento, pois realmente tinha interesse no que ali estava sendo tratado.
      Se não me engano, foi o próprio Kasparov que disse que a habilidade de jogar xadrez até um certo nível ajuda em muitas coisas, para além de um certo nível os benefícios são quase que restritos ao ato de jogar xadrez melhor. Como conheci muitos grandes mestres, tendo a concordar com o Kasparov nessa.

      2 - Você tem razão aqui. Porém o carro já estávamos meio que no meio do caminho, mas também concordo que álcool e qualquer outra substância com possibilidade alucinógena não é uma boa combinação com direção. Porém, o trânsito em Teerã anda tão devagar que não corremos muitos riscos.

      3 - Sem sombra de dúvidas a razão humana tem vários limites. Por isso, que no texto disse claramente que "A razão humana não é a única forma de lidarmos com tudo isso, é verdade, (...)". A razão não é nem a única forma de experimentarmos a vida, e está longe de ser a única.
      Veja, talvez estejamos falando de outra coisa. Engenharia social é mais coisa ligada a ideologias, não tanto as diversas ciências que estudam nosso cérebro e fazem hipóteses sobre um sem número de comportamentos humanos.
      Olhar em tempo real o cérebro de diversos humanos enquanto eles tomam decisões morais, por exemplo, é um instrumento poderoso para entendermos como pensamos, como decidimos, etc. É mais nesse sentido que coloquei no texto.
      Porém, você tem razão mais uma vez ao dizer que o comportamento humano é complexo e cheio de nuances.

      Um abraço!

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  5. Eu prático dieta de informação a 2 anos.
    Fico sabendo das notícias através dos comentários dos colegas no trabalho.
    Eu outro dia assistir um filme iraniano e fiquei impressionado como o Irã é um país bonito e de mulheres lindas.
    Políticos, sejam no Brasil, nos EUA ou qualquer outro lugar são um bando de fdp's. Política é algo tão sujo que não se faz política sem mentir ou enganar.
    A social democracia é um fracasso. Cada vez mais eu me convenço que uma sociedade mais liberal, com menos estado, menos burocracia e menos impostos é o caminho.
    O que eu acho triste nisso tudo é que a população continua acreditando e votando nesses canalhas que estão aí.
    E o pior são os que ficam defendendo um lado outro, quando são todos iguais.

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    1. Olá, colega. Sim, é uma ótima postura. Quando estava viajando, no começo principalmente quando estava dormindo numa campervan na Nova Zelândia, creio que fique uns 30 dias sem internet, jornal, nada, apenas vivenciado a minha vida, e foi fabuloso.

      Não sei se são todos iguais, creio que não. Há pessoas boas, no meu sentir, em cargos políticos. Há países onde o sistema político funciona bem melhor do que aqui, então não sei se a solução é simplesmente dizer que tudo é ruim, pois sinceramente não vejo muitas soluções fora do sistema político.

      No mais, estou de acordo que no Brasil precisamos de menos burocracia, menos Estado, e uma carga tributária compatível com o nível de renda de nosso país.

      Um abraço

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  6. "Não, trabalho como Procurador."Então você é membro do ministério público?(promotor?).Pergunto por que não sei se você concorda,mas tanto o judiciário,como a polícia federal e o MP estão perdendo credibilidade devida a tanta barbeiragem?Parabéns por mais uma boa leitura dos acontecimentos.Realmente é de meter medo o que virá pela frente...

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    1. Acho que não. Procurador pode ser Municipal ou estadual. É como se fosse um "advogado" do município ou estado. Não o promotor promovido (procurador de justiça).

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    2. Nenhum dos colegas está certo. O segundo anônimo está correto que há diferenças entre Procuradores que representam algum dos três entes federativos, e membros do MP
      Abs

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  7. 1 - Estou feliz com o julgamento do TSE, não sinto vergonha, tristeza, remorso, culpa, raiva, nada, creio que o TSE fez aquilo que se espera do sistema judiciário, qual seja resolver conflitos, sem o proselitismo de justiça e moral, gostei da atuação do Gilmar Mendes e do Ministro Napoleão Maia, o Herman Benjamin queria confete, a mídia queria a condenação da chapa, no mais, os julgamentos de reprovação são de petistas frustrados.

    2 - Atentado em Teerã - situação normal por aquelas bandas, acho que essa discussão sobre o terrorismo é muito inflacionada, criticam tanto, as coisas por lá, mas se esquecem da violência aqui no brasil, situação tão ruim quanto os atentados.

    3 - Descoberta dos cientistas - outra situação normal, qualquer coisa que os cientistas supostamente encontram se torna algo supervalorizado, mesmo sem os devidos testes para confirmação, apenas querem vender notícias.

    Naldo.

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    1. Colega,
      1 - Sempre há pessoas felizes com determinadas situações, por mais obtusas que possam parecer.
      2 - Não, não é uma situação normal por aquelas bandas. Não me lembro de nenhum ataque terrorista ocorrido no Irã, com certeza foi um dos maiores das últimas décadas. Uma coisa não tem qualquer relação com a outra, e comentar algo não quer dizer que se esquece de alguma outra coisa, principalmente quando não há qualquer relação.
      3 - Ainda bem que há cientistas descobrindo coisas, e bom seria que se fosse esse o normal das notícias em nosso cotidiano.

      Abs

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  8. "Asseverou que só poderia haver cassação se houvesse provas e fatos graves".

    Caro Soulsurfer, entenda, o que o Temer fez não pode ser considerado fato grave para o cotidiano político, diria que o que aconteceu é normal, por isso, não é digno de cassação da chapa, grave seria se ele recusasse o dinheiro para o caixa 2, isso sim é gravíssimo na política, caso a ocorresse a recusa, com certeza se configuraria fato grave, aí sim, a chapa seria condenada, pois estaria indo contra a atividade rotineira.
    Portanto, o juiz que desempatou decidiu de forma correta, afinal, o que importa é a economia, julgamentos morais e éticos, isso é assunto para a filosofia, se a economia vai bem, não existe ilicitude, se a economia vai mal, apelamos para a analogia in malam partem.
    Ressalto que o comentário é irônico/sarcástico e tem por objetivo o humor.

    Heitor.

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  9. Bom dia,

    Achei interessantes suas ponderações sobre o julgamento do TSE, assim como você, também trabalho na seara jurídica (embora não seja seu colega na advocacia pública).
    Eu não acompanhei o julgamento do TSE, em parte por fazer uma dieta de informação, em parte por não ter interesse em algo que eu já sabia, com razoável grau de certeza, qual seria o resultado final. Por esse motivo, vou me ater ao seu texto.

    O Min.Herman Benjamin realmente tem uma carreira academica brilhante no que toca o Direito Ambiental, o que se reflete em suas decisões no próprio STJ. Inclusive,ele lembra um pouco o perfil do hoje desembargador aposentado Vladimir Passos de Freitas, que acredito que vc deva conhecer melhor (visto que ele era do TRF4). De qualquer forma, em que pese essa ponderação, tenho opinião que a produção academica não tem qualquer influência na qualidade do trabalho de membros do MP e Judiciário. Pelo contrário, as vezes a manutenção destas carreiras concomitantemente prejudica o desempenho ora de uma, ora de outra delas. Outrossim - e neste ponto, o Min. H. Benjamin é uma notável exceção - é comum que a relevância da produção academica de membros de tribunais seja injustificadamente inflada pelos cargos que ocupam. O Prof. Juliano Benvindo da UnB já tratou do tema alguns anos atrás num texto bem polêmico (que criticava o Min. Gilmar Mendes): http://jornalggn.com.br/noticia/gilmar-mendes-o-compilador-de-jurisprudencia-uma-analise-sobre-sua-producao-academica (eu não achei o link original, acho que apagaram do site "crítica constitucional").

    Infelizmente não posso falar do mérito do julgamento - embora saiba da inegável motivação política existente - por simplesmente não ter acompanhado o julgamento.

    Por outro lado, com a devida vênia,não acredito que os acontecimentos recentes tenham implicado numa degradação institucional. Pelo contrário, o sistema político está passando pela primeira prova de fogo desde a redemocratização e o sistema como um todo tem demonstrado razoável sucesso em manter-se estável. Acredito que isso mereça uma discussão própria, então vou me reservar a tratar do tema num post a parte futuramente.

    A tragédia do Irã foi (como qualquer outra) um acontecimento muito triste. Infelizmente, não posso deixar de observar a diferença de tratamento da mídia com relação aos atentados terroristas, conforme o local em que ocorreram. Pior ainda é a estratégia míope do Trump em alienar potenciais aliados com esse tipo de ação. Chega ser irônico, mas apesar dos pesares, acredito que seria muito melhor para o mundo que Trump desse ouvidos ao Kissinger na condução da política externa americana.

    Forte abs!!!

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    1. Olá, Kundera.
      Poxa, colega, sua mensagem foi melhor do que o meu texto:) Tenho certeza que você deve estar, se for essa sua vontade, próximo da aprovação de um concurso para as carreiras de Estado.
      Concordo plenamente que produção acadêmica não quer dizer que a pessoa é um bom operador do direito. Muitas vezes o efeito é o contrário, pois há uma grande diferenciação entre o que a academia pensa, e o que acontece na prática diária dos Tribunais e Varas pelo Brasil.

      Eu creio que muitas instituições tem se mostrado bem fortes sim. Nisso concordamos. Eu creio, porém, que há uma degradação clara no Congresso Nacional. Creio que a crise política é profunda e fica difícil saber qual pode ser a solução.

      Um abraço Kundera!

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    2. Soul e Kundera, vocês que são da área jurídica, podem dar uma opinião sobre este texto?: http://www.gazetadopovo.com.br/blogs/alexandre-borges/2017/06/13/justica-para-quem-precisa/

      Abraços!

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  10. Mais um excelente texto! Você escreveu que não se ofende em ser contrariado (o que já tinha percebido em outros textos e comentários), e lembrei de um link que postaram em um fórum de investimentos que gosto. Depois dá uma olhada nesse link http://theoatmeal.com/comics/believe . Se não quiser clicar, pesquisa no google por You´re not going to believe what I´m about to tell you. Abraço

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    1. Olá, Investidor.
      Incrível, gostei bastante.
      Em certa medida já tratei sobre esse tema diversas vezes em diversos textos.
      Todos nós, inclusive a pessoa que agora escreve, estamos sujeitos aos efeitos biológicos do descrito no quadrinho. Por qual motivo? Porque eles são biológicos, inerentes ao ato de sermos humanos. Porém, nós podemos sim treinar para que possamos ao menos saber que esses efeitos existem, e minimizar os efeitos negativos que por ventura eles podem produzir.

      Um grande abraço!

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    2. Que foda o link!! Valeu Investidor Nômade!!
      já tinha visto outras tirinhas do oatmeal mas essa é muito maneira!!

      putz ... mais uma vez a importância do self-awareness coisas ... lembro sempre do "this is water"

      abs
      victor

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  11. Fala Soul! Beleza?!?

    Qual sua opinião sobre o pedido de impedimento do Ademar Gonzaga? Aliás, mais interessante que essa opinião, gostaria de ouvir sua opinião sobre as críticas do Gilmar Mendes ao Dino e ao MP ?!

    Pergunto isso porque sou do MP mas sou um "reles" servidor (diriam alguns Membros rsrs) da area adm, e tenho a opinião que cada vez mais o MP (federal no caso ...) tem se tornado subalterno ao judiciário qndo deveria lutar por mais independencia e importância. Na falta de expressão melhor o MP tem me parecido se tornar meio "vaca de presépio" ou medroso em tentar se impor... sei lá ...
    Muito por culpa dos próprios Membros que pra continuar usufruindo das benesses dos Magistrados extensíveis a eles se calam e se curvam ao judiciário ...

    Pode ser uma opinião um pouco viesada pelo o que vejo principalmetne no dia a dia administrativo, por isso fiquei interessado na sua opinião (mesmo q vc não seja do MP)

    abraço
    Victor

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    1. Olá, Victor.
      a) Você fala impedimento para o julgamento? Bom, tenho que concordar com o julgamento dos ministros do TSE nessa. Não é um fato novo o fato dele ter sido advogado da Dilma em 2010, então suscitar o impedimento quando o julgamento está quase acabando não me parece adequado do ponto de vista processual.

      b) O Gilmar é tudo que um ministro do STF não deve ser. Fala demais. Eu não tenho a menor dúvida que há abusos por parte do MP e não gostaria de viver num país onde o MP tivesse poder demais, principalmente, porque como o Judiciário, é muito difícil fazer um equilíbrio externo ao Judiciário e ao MP.
      Eu não concordo contigo nesse ponto, acho que o MP cresceu até demais.
      É claro que o MP num país minimamente democrático e com instituições fortes possui um papel muito relevante, porém eu vejo com certo receio algumas posturas institucionais (ou ao menos a postura de alguns membros em mais evidência) da instituição.

      Eu posso imaginar como pode ser em alguns casos a relação entre membros do Judiciário e MP e os servidores.

      Um abraço Victor!

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    2. Valeu pela resposta soul! (a) interessante seu ponto de vista... me referia um pouco mais pelo lado não processual/técnico (já que não sou da área rs). Mas realmente suscitar a parada no meio do julgamento não faz muito sentido.

      (b) Ah sim ... entendi e tb não gostaria de que houvesse mais poder do MP. Talvez que houvesse mais poder em impedir os abusos do Judiciário ... não sei se faz muito sentido meu raciocínio rs
      meu ponto era mais que esses abusos do MP são em relação as partes mas são passivos perante o Judiciário. tipo, o Judiciário as vezes caga pro MP e aí ele põe o rabo entre as pernas e ainda sorri rs

      pelo que escuto a relação servidor/magistrado é mais tensa que no MP. Não sei se é sorte ou o fato de eu ser concursado mas sempre tive uma relação boa com (a maioria rs) os Membros que lidei.

      abraço
      Valeu pela conversa
      Victor

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  12. Além disso, os problemas são os lucros exorbitantes dos banqueiros, a acumulação de capital e os traíras do Estado que abandonaram a causa social seduzidos pelos encantos do mercado financeiro desigual e ganancioso. Estou de olho em você.

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  13. Soul, lembra do artigo que comenta algo sobre dividir o valor do imóvel pelo aluguel para saber se vale ou não a pena comprar? Pode ajudar-me a encontrar o artigo?

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    1. Pegue o valor e pegue o aluguel

      Se este último corresponder a 0,3% (que é o usual hoje) ou menos vale a pena ficar alugando e aplicar o dinheiro.

      Se este último for > 0,7 % talvez valha a pena comprar

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    2. Olá, colega.
      Acho que está aqui: http://pensamentosfinanceiros.blogspot.com.br/2015/08/financas-quanto-vale-o-seu-imovel.html

      Abs

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  14. No Brasil o MP virou uma espécie de quarto poder, e está acima do bem e do mal

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  15. Se alguém foi visto, por um agente da autoridade ou outra pessoa qualquer, tentando atravessar uma ponte sabidamente perigosa, e não houvesse tempo de adverti-lo do perigo, essas pessoas podiam agarrá-lo e trazê-lo para trás sem lhe infringir realmente a liberdade: pois a liberdade consiste em fazer o que se deseja, e ele não deseja cair no rio. Não obstante, quando não há certeza, mas apenas perigo de um mal, ninguém, a não ser a própria pessoa, pode julgar da suficiência do motivo que pode levá-la a correr o risco. Nesse caso, portanto (...), deve-se apenas, penso, adverti-la do perigo, e não impedi-la à força de se expor a tal mal. John Stuart Mill

    Pra você, https://www.youtube.com/watch?v=R_hCPSpRBkk&feature=youtu.be, seu totalitário disfarçado de bom moço e arrogante!!!

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  16. Soul, nos imóveis (apartamentos) que vejo por curiosidade não é informado nada sobre débitos com o condomínio. Essa informação é obrigatória de ser informada? Ou ela já está embutida nos débitos da ação que colocou o imóvel em leilão judicial?

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    1. Olá, Animal. Depende do tipo de leilão e do edital.
      No caso dos leilões judiciais, há uma confusão enorme. Porém, se não constar as dívidas de condomínio no edital, assuma que o arrematante será o responsável (a não ser que seja um leilão por cobrança de dívidas condominiais).
      Abs

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