sexta-feira, 18 de maio de 2018

EU NÃO SOU MACHISTA! EU NÃO SOU MACHISTA. EU NÃO SOU MACHISTA?


Diálogo no Estrangeiro

Estrangeiro com 23-24 anos: "Você é do Brasil então? Ahh, as brasileiras são “hot” e fáceis, com grandes bundas né?"
Soulsurfer: olhar de paisagem….e pensando “minha mulher, mãe e irmãs são brasileiras”.

Mensagem no Whatsapp
Indivíduo A - vídeo enviado às 11:40
Indivíduo B - “Nossa que gostosinha essa mina do vídeo, deliciosa essa novinha de 17-18 anos”
Indivíduo C - "Nossa que delícia."

Dois dias depois
Indivíduo A - “minha princesa nasceu” - foto anexada de um bebê recém nascido
Individúo B - "Linda a sua princesa"
Indivíduo C -  “Parabéns pela princesinha”


Eu não sou machista, afinal fui criado numa família com três mulheres. Minha mãe sempre foi um exemplo de batalhadora, trabalhando com afinco enquanto criava os três filhos. Exemplo de mulher forte na minha criação. A imagem de uma mulher submissa, cuidando apenas de afazeres domésticos e vidrada em novelas da globo, sempre foi o avesso do que achava que uma mulher deveria ser, ou do que gostaria de uma mulher para um eventual relacionamento. 

    Claro, ouvia dos problemas de diferenças salariais, alguns documentários sobre os movimentos de emancipação feminina de algumas décadas atrás, mas isso para mim eram apenas ecos de algo que não me dizia respeito em absolutamente nada. Mulheres são tão dignas como homens, ponto final. Um homem virtuoso.

Eu não via nada demais num diálogo como o que se originou o texto, e eu tive vários assim, e se eu utilizasse whatsapp há alguns anos não veria qualquer contradição na cena transcrita. Aposto que uma parcela significativa dos homens não vê nenhuma contradição ou nem mesmo parou para refletir a respeito. Todos, na imensa maioria imagino, homens trabalhadores, bons pais ou maridos, e que muito dificilmente cometeriam alguma violência sexual contra alguma mulher.

Então numa viagem de surfe pela América Central encontrei minha atual companheira. Há quatro anos, descrevi essa viagem América Central - Na Terra dos Maias, Rebeldes, Surf e do Amor. Nossa primeira viagem juntos, nós morávamos em cidades diferentes no Brasil, foi para a Índia

   Viajando pela Índia de mochileiro, pegando trens populares de terceira classe, ficando em hospedagens simples, realmente vivenciando o que é esse gigante, incompreensível, bonito, feio, cheiroso, fétido, multicultural e inexplicável para os olhos de um ocidental destreinado e “virgem”, país.

Foi uma viagem gratificante por muitos motivos, mas uma viagem muito difícil por vários outros. No norte da Índia um frio inesperado fez com que a temperatura caísse algo em torno de 25-30 graus do que era as médias para o período. Não estávamos preparados para um frio desses. Nas estações de trem, centenas, milhares, de indianos sem roupas adequadas se espremiam seus corpos uns aos outros deitados no chão tentando sobreviver ao frio da noite (creio que alguns deles não conseguiram). Trens que demoravam 10-12 horas para chegar na estação. Viagens de trem que demoravam 20 horas ao invés de 8 horas. 

   Na cidade  sagrada de Varanasi, no meio de corpos sendo cremados no principal Ghat da cidade, de noite, sem nenhum vestígio de qualquer outro ocidental, pilhas de cabelo de um lado, um vendedor tentando que comprássemos alguma fritura, cantorias religiosas mais ao fundo, centenas de pessoas olhando para a gente, e cinzas no céu que me lembravam a célebre cena do melhor filme de todos os tempos, em minha opinião, quando uma chuva fina de cinzas humanas começa a cair na cidade de Cracóvia em 1944.  Foi um momento que até hoje eu não sei descrever corretamente de tão diferente que foi.

Foi uma viagem dura, bela, emocionante, triste. A Índia na minha visão, ao menos nessa viagem, foi como uma boa vida deve ser: intensa. Entretanto, teve algo muito ruim nessa viagem: o assédio que minha mulher sofreu.

A esmagadora maioria dos incidentes era apenas de curiosidade, mas muitos eram de pura malícia. Aquilo me irritou profundamente, e machucou muito minha mulher. Ela em certas partes teve que simplesmente cobrir o rosto, como se fosse um Nijab usado por mulheres na Arábia Saudita. Talvez para o horror dela, ela estava tendo em primeira mão a experiência de como é ser mulher em condições desfavoráveis, mesmo com um homem ao lado dela. Como ela agradecia o fato de ter nascido numa boa cidade do sul do país numa família de classe média numa época  e num país onde às mulheres lhe são reconhecidas, ao menos abstratamente, direitos idênticos aos homens.

Depois de andar por muitos países sozinha, e depois de muitos outros em minha companhia, provavelmente os dois países onde ela se sentiu mais segura enquanto mulher de assédio masculino foram o Irã e a China.  Esses anos todos viajando com ela e convivendo com essa mulher forte, me fizeram refletir sobre muitos dos meus comportamentos que eu tinha como normal, ou até mesmo natural.

Eu sei bem que artigos da comunidade financeira, ou de sites tidos com mais conservadores, adoram escrever sobre “feministas” ou “progressismo” ou uma mistura de ambos. Quase sempre qualquer movimento feminista, ou melhor dizendo qualquer inferência de que algo posso estar errado no tratamento das mulheres, é tido ou interpretado com desdém. “Vá arrumar a aparência primeiro, barangas” (risos arrancados de muitos comentários, talvez até mesmo aplausos), “isso é falta de Pinto” (mais risos), são respostas não incomuns. “Mas, o movimento feminista é ligado com o movimento gramsciniano que por sua vez quer a tomada do poder e a destruição dos valores ocidentais-cristãos”. Quantas vezes eu já li essa frase, que com todo o respeito parece-me mais um emaranhado de ideias confusas do que um pensamento claro sobre algo específico. Mas mesmo sem me ater em digressões abstratas, eu olho para a minha mulher. Ela não deve saber quem é Gramsci e com certeza ela não quer tomar poder nenhum. Mas mesmo assim, ela me diz que “eu não sei o que as mulheres sofrem”.

  Será que a maioria dos homens sabe? Será que a maioria dos homens brasileiros sabe, se preocupa, ou se importa? Eu realmente não sei, pois não posso falar pelos outros. Posso falar por mim mesmo. Eu tinha, e ainda tenho, certas condutas que com certeza não servem em nada para o engrandecimento das mulheres, e talvez possa contribuir para o que há de pior em relação a elas.  Creio que ao longo dos anos venho evoluindo nesse aspecto, espero que se eu for agraciado algum dia com uma filha, eu esteja mais preparado para realmente ser um Pai com “P” maiúsculo para uma menina.

Sem uma mulher forte que possa aguentar uma gravidez por vários meses e depois as dores do parto, não há humanidade. Sem mulheres fortes para cuidar de crianças recém-nascidas, dando amor, carinho, nutrição adequada, não há humanidade viável. Eu, sinceramente, não sei se é essa visão de mulheres que acalentamos quando a cada minuto um vídeo de mulheres contorcionistas é enviado para um grupo de mensagem em alguma mídia social. Eu também não posso estar tão seguro que a “princesinha” não possa virar uma daquelas jovens contorcionistas em algum outro dispositivo do futuro em alguns anos. Eu também não estou convencido de que essas atitudes feitas por “homens de bem”, trabalhadores, bons pais e maridos, de alguma maneira não possam contribuir para uma imagem negativa da mulher como um todo, com uma “coisificação” do sexo em relação à mulher e que isso não contribua de alguma maneira com a pandemia de violência contra as mulheres que existe em nosso país.

Em 2017, foram reportados aproximadamente 50 mil estupros. Há entidades que dizem que a notificação formal é de apenas 10% dos casos. Se isso for verdade, seriam 500 mil estupros por ano. Dezenas , talvez centenas, de milhares de mulheres todos os anos talvez possam estar sendo marcadas de uma maneira negativa de forma física, e principalmente psíquica , para o restos de suas vidas. Mulheres estas que foram, são e serão nossas mães, irmãs, filhas e companheiras.  Isso, assim como o grau absurdo de homicídio de jovens (principalmente negros) no Brasil, é uma tragédia de proporções gigantescas. A cada assassinato ou a cada estupro o Brasil fica pior enquanto sociedade.

Se sou machista? Afora a necessidade de se conceituar o que seja ou não “machismo”, eu creio que legitimamente não sou. Mas, é indubitável que eu sou fruto das influências externas que me moldaram consciente e inconscientemente ao longo desses 37 anos de vida. Logo, é certo que eu realizo atos que não sejam os melhores e mais condizentes com o que realmente acredito que deva ser o papel das mulheres numa sociedade equilibrada, ou, colocando em termos mais simples, talvez eu tenha atos e atitudes que simplesmente reproduzem preconceitos e violências veladas ou não contra as mulheres. Com certeza não é algo que eu quero, muito menos se eu tivesse uma filha para criar.

Cada homem deve refletir sobre suas condutas. A cada um cabe a reflexão. Se para o leitor do sexo masculino, a esmagadora maioria, sua conduta é a melhor possível em relação ao tema, ótimo, prossiga com sua vida assim. Porém, eu realmente acredito que esse campo possui muito espaço para nós homens realmente refletirmos sobre algumas condutas mais gerais que temos em relação às mulheres.

Um filme muito interessante. Uma sociedade com "papéis invertidos". O que é muito interessante são os pequenos detalhes, as pequenas coisas do dia a dia que entendemos como natural, e é de se perguntar  se são mesmo


Abraço a todos!








117 comentários:

  1. Uma coisa que acredito ter que melhorar é a ideia de muitos homens em tratar mulheres, principalmente as bonitas como seres especiais.
    A melhor conduta ao meu ver é tratar mulheres de igual pra igual, reconhecendo as diferenças, mas reconhecendo também que muita coisa comum aos dois gêneros.
    A mulher de hoje não é tão diferente do homem com já foi em outras gerações.

    Quanto a violência ou a falta de respeito em ficar mexendo com mulheres na rua, acredito que a maioria dos homens nem tem a cara de pau suficiente pra fazer isso, acho que tem mais homem sofrendo com falta de iniciativa que o contrário.
    Muitos fazem isso quando estão em grupo para não se sentirem inferiorizados com relação aos demais.
    No fim das contas o que vale é cada um fazer sua parte.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, colega. Não é uma questão de tratar de forma idêntica uma mulher bonita. A beleza, seja de homens em algumas sociedade, ou de mulheres nas sociedades mais atuais sempre foi uma forma de poder. É biológico que nos sintamos atraídos por pessoas mais "bonitas", mais simétricas. Não vejo qualquer problema em relação a isso. Há mulheres muito bonitas e outras nem tanto.

      É verdade que há uma pressão social grande sobre o papel que um homem deve ter. Há um porta dos fundos relativamente engraçado chamado "Pedreiro" que tenta tratar dessa temática de "mexer com mulher na rua" usando uma abordagem de humor diferente.

      Um abs

      Excluir
  2. Eu creio que homens ainda são vítimas de 90% dos crimes violentos do país; perfazem mais de 95% da população ativa em trabalhos em condições penosas, sendo, por conseguinte, as maiores vitimas de acidente de trabalho e etc.
    É claro que a violência contra a mulher é um problema, e dos grandes, mas o fato é que está ruim pra todo mundo.

    Digite "violência" no google. Pois bem, a despeito dos homens (principalmente negros e pobres) serem as maiores vitimas da violência, basicamente só há investimento público em campanhas de conscientização contra a violência em relação a mulher, muito parecido com a discrepância de investimento entre as campanhas contra o câncer de mama e as do câncer de próstata (que mata tanto quanto o câncer feminino), por exemplo.

    Você é um cara inteligente e perceberá que em hipótese alguma estou relativizando a violência contra a mulher, mas, pelo menos a nível de Brasil (para não escusar a situação que vc viveu na Índia e os problemas enfrentados pelas mulheres em países de tradição Islâmica), o fato é que todos somos vítimas da violência, por isso não sei se leis especiais realmente seriam efetivas ou se apenas são ferramentas políticas para criar sectarismo e usar grupelhos como massa de manobra.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, colega.
      Em nenhum momento quis minimizar a violência contra quem quer que seja, por isso fiz questão de falar dos homicídios. Como você bem notou, a maior parte dos homicídios é de jovens, negros e homens. As mulheres são menos assassinadas do que os homens.
      Eu creio que a situação, como bem pontuado por você, está ruim em muitos aspectos e para muitas pessoas.
      Em nenhum momento expressei ou dei a entender que deveria haver legislação específica para o que quer seja.
      Chamei atenção para a auto-reflexão que venho fazendo nesses anos pela convivência com a minha mulher e por presenciar como muitas mulheres são tratadas, e por ver como a minha mulher se sente ao ver certas ideias e tratamentos tidos como normais e naturais por aqui.
      Como dito no texto, cada um faça a sua reflexão, eu fiz a minha.
      E não creio que você relativizou a violência contra a mulher.

      Um abs!

      Excluir
    2. Olá, Anon. Eu também gosto de falar em estatísticas (sejam efetivas ou projetadas).

      "A organização Stop Prisoner Rape, Inc., que luta pelo fim dos estupros nas cadeias, estima que há mais estupros de homens presos nos EUA do que de mulheres soltas.
      A estimativa é de que presos jovens correm cinco vezes mais risco de serem atacados do que mulheres soltas e que, uma vez estuprados, correm dez vezes mais risco de contrair uma doença sexualmente transmissível que pode levar à morte."

      Não existem dados ou projeções oficiais e atualizadas no Brasil, mas duvido que a realidade seja diferente por aqui, até porque nossas cadeias são muito piores que as dos EUA.

      Quanto aos homicídios, é sabido que mais de 90% das vítimas deste crime são homens.

      Também é sabido que a sociedade em geral nunca foi tão segura, especialmente para as mulheres.

      Entendo que temos muito a melhorar, mas a realidade que muitos grupos coletivistas não querem enxergar é que as mulheres têm, SIM, muitas "vantagens" sobre os homens. Inclusive fiz um post compilando alguns dados estatísticos sobre o tema.

      Eu não sei se sou machista e isso para mim não importa. Eu trato com absoluto respeito qualquer pessoa que cruzar meu caminho, independentemente do sexo.

      Esse termo (machismo) foi tão vilipendiado ultimamente que se tornou inócuo. Chamam de machista alguém que diz que somente se casará com uma mulher que não trabalhe fora (direito dele assim querer, direito da mulher escolher), ou quem abre a porta ou se oferece para carregar algum objeto pesado (mulher tem mão e não precisa de "omi embuste" para fazer nada por ela).

      "Nenhuma mulher deveria ser autorizada a ficar em casa para criar crianças. A Sociedade deveria ser totalmente diferente. As mulheres não deveriam ter essa escolha, exatamente porque se houver tal opção, mulheres demais irão fazê-la. É uma forma de forçar as mulheres em uma certa direção."

      - Simone de Beauvoir

      Excluir
    3. Olá, Investidor.
      a) Dado interessante e horrível sobre estupros em cadeias americanas. Nossa. Imagino que esse seja um problema no Brasil também, apesar de muitas pessoas acharem que dignidade de presidiário é defender direitos humanos de bandidos. Pelo que eu li 10% dos estupros no Brasil são cometidos em relação a homens.

      b) "Também é sabido que a sociedade em geral nunca foi tão segura, especialmente para as mulheres. " Colega, a sociedade nunca foi tão segura para todos. Basta ver o já quase clássico "Os Anjos Bons da Nossa Natureza" sobre o declínio da violência humana nos últimos séculos. O ponto sobre respeito às mulheres, em minha opinião, é outro.

      c) Na próxima vida, vamos torcer para sermos mulheres então já que elas estão com tantas "vantagens" assim.

      d) Concordo. Assim como o termo esquerda, direita, comunismo, socialismo, fascismo, etc. É hora de sairmos dos rótulos e discutirmos soluções práticas para problemas práticos.

      e) Você tem toda razão que é uma decisão do homem, e da mulher. Porém, um homem que quer casar com uma mulher que apenas fique em casa diz muito sobre a mentalidade do mesmo.

      Um abraço e grato pelo comentário.

      Excluir
    4. "Pelo que eu li 10% dos estupros no Brasil são cometidos em relação a homens."

      Não tenha dúvida de que os estupros contra homens são ainda mais sub-notificados que os contra mulheres. Basta ver que não existe um dado atualizado sobre os estupros nas cadeias.

      "Colega, a sociedade nunca foi tão segura para todos."

      Foi exatamente o que eu disse.

      "O ponto sobre respeito às mulheres, em minha opinião, é outro."

      As mulheres nunca foram tão respeitadas na sociedade quanto atualmente (pelo menos na imensa maioria dos países ocidentais).

      "Na próxima vida, vamos torcer para sermos mulheres então já que elas estão com tantas "vantagens" assim."

      Desculpe, mas isso não faz o menor sentido nem refuta o que eu afirmei. Eu disser que o filho de um rico nasce com vantagem não quer dizer que eu queria nascer filho de outros pais que não os meus.

      "um homem que quer casar com uma mulher que apenas fique em casa diz muito sobre a mentalidade do mesmo."

      Não entendi o que essa opção pode querer dizer sobre a mentalidade do homem. Isso seria indicativo de um homem "machista"?

      Excluir
    5. Olá, Concurseiro.
      - Você disse que a as mulheres nunca estiveram tão seguras, apenas fiz o adendo que isso é em relação a todos e é uma tendência de vários séculos. Eu acho gozado muitos aqui dizendo "as mulheres são respeitadas, ao menos nas sociedades ocidentais", num país com tantos estupros como o nosso. E às vezes o engraçado é que muitos, não que seja o seu caso, que falam isso talvez nunca estiveram num país "não-ocidental", até porque o termo não-ocidental abrange uma miríade enorme de países e culturas.

      - É verdade, colega. É que eu procuro responder a todos. E um artigo que tratou sobre uma simples reflexão particular minha de atos meus que não considero adequados, depois de anos de reflexão e convivendo com a minha companheira, virou uma discussão interminável sobre machismo, feminismo, igualdade, vantagens femininas, etc. Se você acha que há vantagens "injustificadas" ou "justificadas" femininas é uma opinião legítima sua. Eu a acho equivocada, e para averiguar isso basta conversar com as diretamente interessadas: as mulheres.

      - Eu acho que é o indicativo de um homem que está mais para o século 19 do que o século 21. Porém, repito, se for consensual, se a mulher quiser, são dois adultos que fazem o que melhor aprouver aos mesmos.

      Abs

      Excluir
    6. Soulsurfer, talvez o homem que prefira ter uma mulher em casa não esteja querendo o mal dela ou nada do tipo, mas sim prezar pela estrutura familiar da sua família, com filhos que têm uma mãe bastante presente e também protegê-la de toda violência e perigos das ruas.

      Eu acho que a mulher pode sim fazer o que quiser, porém o homem também pode ter suas preferências, e é claro, se os dois chegarem a um acordo, não vejo problema algum de ela ficar em casa ou mesmo o contrário.

      Abs

      Excluir
    7. Olá, colega. De acordo contigo.
      Porém, é preciso reconhecer que esse pensamento do homem querer que a mulher fique em casa não sei se é tão presente num australiano, por exemplo.
      Mas se for voluntário, consciente e se o homem também se dispor a ficar em casa com os filhos, eu não vejo qualquer problema também.
      Abs

      Excluir
  3. Saudade dos posts sobre finanças ...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, colega.
      Produzi diversos textos tocando no assunto finanças direta ou indiretamente nas últimas semanas.
      Abs

      Excluir
  4. Va a merda, toda regra tem sua exceção, mas é exceção, a maioria das mulheres se comportam como verdadeiras mercenárias interesseiras, são feministas pra caralho, mas quando chega a conta o feminismo some, ou seja, feministas que gostam de ser bancadas! Esse texto nem de longe condiz com a realidade, na India o problema é o sistema de castas, algo que para nós ocidentais é quase incompreensivel!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Colega, você já foi a Índia e conviveu com indianos para saber qual é "o problema" da Índia? Apenas por curiosidade. Eu nem sei quais são os problemas do Brasil de forma tão peremptória, morando dezenas de anos aqui, eu imagino como eu saberia "o problema" de outro país de uma matriz cultural tão diferente. Porém, você talvez poderia iluminar a questão.
      Ah, e não costuma ser uma boa iniciativa começar um diálogo com um insulto, não que eu me importe, mas é por você mesmo, não faz bem para o manejo de stress.
      Abs

      Excluir
    2. Realmente não é uma boa iniciativa (começar com insulto). Parei de ler no vá a merda!!!
      Qualquer radicalismo é ruim. Qualquer rótulo também é ruim. Provavelmente nossa sociedade é machista, menos que já foi e mais do que seremos. Cabe um adendo: Em minha opinião o feminismo de redes sociais não é bem aceito pelas mulheres no dia-a-dia (Ao menos as mulheres do meu convívio), elas querem apenas o reconhecimento da capacidade e serem respeitadas em sua intimidade. Toda e qualquer desrespeito a intimidade e integridade da mulher deve ser combatida, levando-se em conta o grau da lesão. Os oportunismos ( como algumas denúncias de assédio infundadas) devem ser punidas severamente para desencorajar a desonestidade, protegendo quem realmente for vítima.

      Excluir
  5. Mulheres de todas as eras sempre e vão preferir heróis. Shapes musculosos, poder de fazer acontecer e carros V8. Viagens tops e segurança emocional. A maioria dos homens modernos brasileiros são um bando de retardados só esperando para ser corneado. Mulheres mais másculas e fortes que o homem. Esta é a sociedade andrógena que estamos vivendo, papeis invertidos onde o verdadeiro machismo salvo raras exceções se perdeu na história. Uma sociedade masculina passiva e sem reação. O cavalheirismo é uma característica feminina. A arte da sedução são para poucos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, colega.
      O que é uma "sociedade passiva sem reação" e qual seria a reação apropriada? Eu realmente fiquei curioso.
      Um abs!

      Excluir
  6. Olá Soul,

    Eu tenho duas irmãs e convivo bem com elas e elas nunca reclamaram de ter sofrido machismo. Vejo hoje que no Brasil as mulheres tem até mais mordomias que os homens. Delegacia da mulher, "casa minha vida" de preferência para mulheres, programas sociais para mulheres, vagão de trem exclusivo. Hoje esse tipo de mulher recatada e do lar quase nem existe mais no Brasil. Esse feminismo que pregam por aí é de mentira, tudo farsa.

    Abraços.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Cowboy. Minha madrinha foi a primeira ou uma das primeiras delegadas da polícia federal na história do Brasil. E ela teve que ser muito boa pelo simples fato de ser mulher. Minha mãe passou exatamente a mesma coisa.
      Não sei se você sabia, mas até 1962 a mulher casada era tida juridicamente como incapacitada, precisando da autorização do marido para exercer atos da vida civil como herdar uma herança. Felizmente, a mentalidade vem melhorando e as novas gerações, assim espero, veem como antiquado.
      Que bom para as suas irmãs, fico realmente feliz por elas.
      O que mais vejo no Brasil são mulheres assim, Cowboy. Não sei se "recatadas" (não sei o que você entende por recatada, ausência de sexo com vários homens?) e "do lar", mas a mentalidade é muito parecida. Tanto que se você conversa com australianas, por exemplo, é incrível a diferença de papo.
      Pode ser ou pode não ser. Se não houvesse problemas, com certeza não teriam feito um vagão apenas para mulheres no metro no rio, e eu não teria que ter visto uma mulher olhar para mim cara de asco e assustada quando tive que pegar um metro quando fui ver a final da copa do mundo no Rio em 2014, quando de tão lotado que estava o vagão, tive que encostar na mão dela.
      Na hora, só imaginei o que essa mulher já não deve ter passado nesses vagões apertados.
      Enfim, cada um com suas reflexões e atitudes.
      Um abs!

      Excluir
    2. O recatada mais no sentido de resguardar. Também no sentido de sexo com vários homens. Hoje a maioria das mulheres são "rodadas", não se resguardam.

      Eu ando de metrô (Brasília) para trabalhar e nunca vi nenhum homem atacando mulheres. Já vi algumas reportagem falando a respeito, acho que a mídia exagera demais.

      Abraços.

      Excluir
    3. Certo, colega.
      Você se "resguardou" e teve poucas parceiras sexuais? É um homem recatado? :)
      Pergunto, pois eu não entendo muitos homens que dizem que uma mulher é "rodada" num sentido negativo por ela ter parceiros sexuais prévios, e por outro lado quererem terem experiências sexuais com muitas mulheres. Não entro nem na libido da mulher, e nos desejos da mulher, mas na própria matemática da coisa mesmo.
      Um abs

      Excluir
    4. "Você se "resguardou" e teve poucas parceiras sexuais? É um homem recatado? :)".

      Antes de me casar eu era isso. Mesmo depois do meu divórcio eu não saio por aí "pegando geral".

      Abraços.

      Excluir
    5. Olá, Cowboy. Que bom, se isso é o que te faz bem, e se é isso que você procura numa companheira, ao menos você está sendo coerente, e isso é o suficiente.
      Um abs!

      Excluir
    6. "Se não houvesse problemas, com certeza não teriam feito um vagão apenas para mulheres no metro no rio, e eu não teria que ter visto uma mulher olhar para mim cara de asco e assustada quando tive que pegar um metro quando fui ver a final da copa do mundo no Rio em 2014, quando de tão lotado que estava o vagão, tive que encostar na mão dela"

      E vc acha justo que vc, que nunca assediaria uma mulher (assim como a grande maioria dos usuários do metrô), tenha q ficar espremido dentro de um vagão lotado no horário de pico enquanto o vagão feminino ao lado está com mais espaço (a própria prefeitura do RJ admite que o vagão feminino tem menos usuários por m² que os demais, argumentaram isso quando tentaram aumentar para dois o nº de vagões exclusivos), apenas por causa de uns poucos doentes mentais q se aproveitam da lotação do metrô para encoxar mulheres? É o típico problema do justo que paga pelo pecador. No metrô de SP tentaram criar um vagão exclusivo para mulheres igual ao do RJ, mas as próprias mulheres se mobilizaram contra, cobrando fiscalização e punição efetiva aos assediadores ao invés de medidas paliativas como esta. É isso que devia ser feito, punir os infratores ao invés de penalizar os usuários como um todo.

      Excluir
    7. Olá, colega.
      Eu não sei o que é justo ou injusto nesse caso, até porque o conceito de justiça é um dos mais diversos.
      Nem sou especialista em transporte público e assédio sexual.
      O melhor seria realmente que homens e mulheres pudessem conviver mais "civilizadamente" em qualquer circunstância. Assim como seria muito melhor que os estupros não fossem subnotificados, e que fossem em muito menor número e que os responsáveis fossem processados.
      Isso parece-me claro, mas não é o que ocorre no Brasil.
      Logo, se esse tipo de proposta é uma solução paliativa ou nem isso, eu não sei, mas se pensaram nessa solução em SP, e se o fazem no Rio, é porque alguma coisa de errado acontece.

      Abs

      Excluir
    8. A questão, soul, é que não se deve julgar o global por causa das exceções. Do mesmo modo que os colegas afirmam que não se deve julgar o movimento feminista pelas extremistas ("o sonho do oprimido é ser opressor", como disseram), não se deve julgar os homens por causa de uns poucos doentes mentais que abusam das mulheres. Assim como, no início do post, não se deve julgar como machismo comentários inofensivos sobre a beleza de uma garota no WhatsApp. Mas parece haver na sociedade um viés muito difundido de generalizar e colocar tudo no mesmo balaio. Esta questão do metrô do RJ é apenas um exemplo deste modo distorcido de pensar: ao invés de deixar o acesso aos vagões livres, aumentar a fiscalização e punir os infratores, os políticos optam pela escolha populista: consideram todos os homens potenciais estupradores, criam vagões exclusivos, penalizam todos os usuários e não resolvem o problema (e a segurança das mulheres que, como na sua experiência, ficam nos vagões não-exclusivos?). Simplesmente dizer "isso não tem como no Brasil" não deveria ser justificativa para aceitar soluções fáceis e inefetivas como esta.

      Uma correção: quando disse "prefeitura do RJ", quis dizer "governo do RJ". O metrô do RJ é estadual.

      Excluir
    9. Uma curiosidade Soul, como conseguiu comprar os ingressos para a final? Pois para mim foi extremamente dificil comprar, tive que monitorar o sistema de vendas durante dia, tenho amigos inclusive da Alemanha que tentaram comprar o ingresso e não conseguiram. Inclusive lembro como se fosse hoje, no caminho até o metro vi argentinos oferecendo 10.000 dolares por ingresso.

      Excluir
    10. Anônimo,
      Sinceramente, não vejo como uma resposta necessariamente populista. Você pode ter razão e ser uma resposta equivocada. Porém, acho que devemos perder a mania de achar que uma resposta que não concordamos e eventualmente não tenha sido a melhor seja necessariamente "populista", "fruto de cretinice" ou qualquer outra coisa. às vezes não se tomam as melhores soluções para problemas complexos.
      Dito isso, não creio que necessariamente o vagão exclusivo seja uma "solução", e nem que seja inútil. Seria interessante ver o que as mulheres do Rio pensam a respeito.
      Grato pela correção.

      Fabio,
      Na verdade cheguei na semi-final. Fiquei na casa de uma conhecida, o apartamento ficava uns 800 metros do Maracanã. Eu não entrei no estádio, e nem fazia questão, mas foi bem interessante ver o clima do Rio, e principalmente a invasão dos hermanos. O que era Copacabana sexta-feira e sábado antes da final no domingo.

      Um abs

      Excluir
  7. Gosto da boa parte dos seus textos, Soul, mas me desculpe, esse foi muito sem nexo, confuso. Parece que você queria se sentir alguém "do bem" ao escrever isso.

    O paralelo de uma conversa boba de whatsapp com algumas mulheres são tratadas em certos países (a maioria não ocidentais-cristãos, diga-se) ou mesmo com o nascimento de uma filha de um amigo chega a ser risível. Parece aquele tipo de lógica karnal que quem fura fila é o mesmo sujeito que, se fosse político, roubaria bilhões. Isso dilui a culpa do político e ataca o sujeito que fura a fila (que nem crime é!, embora seja algo deplorável). É como compara Hitler com Lula, quem faz uma comparação dessa quer apenas atacar o Lula. Você que conhece tantos tipos de argumentos falaciosos deve saber o nome desse. Muito estupro no Brasil? Infelizmente, sim, bem-vindo à realidade de um país com uma (ou a) das maiores taxas de homicídio (a maioria homens, diga-se) do mundo, violento pra caramba. Óbvio que isso vai afetar as mulheres também, em geral quem manifesta essa indignação justa bem específica defendeu e defende políticas desastrosas de segurança e passa a mão na cabeça de infratores. A conta não fecha. Mas o que valem são as intenções públicas.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, colega.
      Eu há muito não me importo em ser alguém do "bem" e muito menos transparecer isso. Já aos 22-23 anos, a expressão "cidadão de bem" me parecia uma tolice, hoje vejo que é apenas uma forma das pessoas se sentirem bem consigo mesmas sem a necessidade de enfrentar a realidade complexa das coisas.

      Bom, com a devida vênia, eu realmente não entendi. Num primeiro momento você fala que as mulheres não são bem tratadas e a maioria é de países não "ocidentais e cristãos" e no final do texto diz que as mulheres são estupradas em grandes números no Brasil que é um país em sua maioria cristão e é ocidental. Aliás, o Brasil é o país com maior população católica do mundo.
      Não lembro de ter feito essa comparação amigo. Abordei a Índia para contar uma história pessoal. O exemplo do whatsapp é o que eu vejo diariamente. Pode ser bobo, pode não ser. Pode ser a forma destorcida que vemos as mulheres, pode não ser. Vai de cada um. Para mim, soulsurfer, é difícil pensar em ter uma filha, chamar de princesa, e achar que a minha "princesa" não fará parte do mundo onde mensagens bobas são trocadas. Mas, como disse, isso é uma reflexão pessoal de cada um.
      Ué, e você pode garantir que quem fura fila não roubaria milhões (bilhões eu acho difícil)? Colega, o verdadeiro teste é quando a pessoa tem poder para fazer algo. Um guarda de trânsito não tem nem como "roubar" dezenas de milhares de reais. Só dando poder para saber se ele faria ou não. Só com o poder, e a possibilidade de grandes desvios, é que podemos saber quem fará ou não fará. Porém, vindo de uma sociedade onde pequenos desvios são permitidos, não acho absurda a ideia de que pequenos atos imorais de alguma maneira legitimam atos de corrupção maiores. Isso inclusive é condizente com a teoria criminal aplicada em NY na década de 80 chamada "Broken Window".

      Posso estar enganado, mas os assassinatos em países violentos costumam ser mais associados com jovens e homens, não é algo restrito do Brasil.

      Eu não entendi a relação lógica entre suas últimas quatro frases. Eu li duas vezes, mas não consegui entender. Você diz que a realidade do Brasil é violenta. Concordo. Afeta as mulheres. Ok. Quem defende uma indignação justa bem específica (em relação à violência contra mulheres?) defende políticas desastrosas de segurança e passa a mão na cabeça de infratores. Sério, essa frase ficou indecifrável para mim.

      No mais colega, agradeço o comentário. Quando textos meus causam reações maciças contrárias, é porque escrevi um bom texto.

      Um abs

      Excluir
    2. O Brasil é uma exceção por conta da calamitosa situação de violência - não por questão de valores que aceitam essas práticas - que abordei mais à frente, falei do mundo ocidental-cristão como um todo. Uma simples listinha entre os países exemplifica. Você entendeu, mas deu uma leve distorcida. Mas beleza.

      Eu não posso garantir, mas dizer o contrário me parece absurdo. É impossível inferir isso. E quando você traça aquele paralelo, reforça isso de forma sutil. Uma questão de escala, por isso que existe a ideia de proporcionalidade de acordo com a gravidade do delito (de novo, meu exemplo e muito menos conversas de whatsapp sequer são). Bebês e crianças são diferentes de mulheres de 18 anos, meio óbvio, eu acho. Sem que contar que do jeito que o Brasil é cheio de leis, não dá pra viver sem infringir alguma coisa. Se as pessoas cumprissem todas, o país simplesmente pararia. Lembrei até de uma frase da Ayn Rand sobre isso (sei que não você gosta muito). Sobre a teoria das janelas quebradas, recordei-me do livro do Nate Silver em que diz que há vários artigos contestando a validade dessa teoria.

      "Posso estar enganado, mas os assassinatos em países violentos costumam ser mais associados com jovens e homens, não é algo restrito do Brasil." Nunca disse o contrário, seria até um contra-argumento ao seu texto. Mas homens de uma forma geral não são considerados em discursos políticos identitários (ainda bem).

      Isso. Acho que você entendeu. Geralmente quem fala que há "feminicídio" ou qualquer coisa que o valha faz defesa de quem o comete. Dialética.

      Você era do tipo que gostava de provocar o professores, não é? haha mas sério que você considera reações contrárias uma métrica de bom texto? No geral, quando me acontece é porque escrevi algumas bobagens.

      Abraço.

      Excluir
    3. Olá, colega.
      Pelo final. Um texto sobe alguma reflexão de algum assunto sim considero que a quantidade de reações contrárias é uma boa métrica para saber se escrevi algo que valeria a pena ser escrito. Se fosse um texto sobre algum assunto técnico, aí sim talvez essa não fosse uma boa métrica. Se bem que se fossem comentários elucidativos, eu gostaria de ser corrigido, mesmo num texto mais técnico.

      Não, colega. Eu não entendi. Aliás, toda a sua mensagem foi um pouco difícil de entender o seu ponto. Você citou a batida afirmação sobre a matriz grega-judaica-cristã. Bastou citar o exemplo do país que você vive para dizer que o seu próprio país com mais de 200 milhões de pessoas é uma exceção. Seria mais correto você dizer alguns países europeus, e da Oceania, que compartilham traços da matriz judeu-critsão-grega tratam suas mulheres de forma geral com bastante dignidade. E sim, estaríamos de acordo.

      O que lhe parece absurdo? Não entendi também. Que uma pessoa só pode roubar milhões se ela estiver na posição de roubar milhões? Isso é apenas lógica. Um Bolsonaro da vida muito provavelmente não poderia ter roubado centenas de milhões de reais, mesmo se quisesse, pois a ele nunca esteve numa posição que o permitisse. Uma Marina da Silva poderia ter roubado, se é que não o fez como podemos saber, pois ela esteve algumas vezes em posições onde ela poderia tentar fazer isso.
      Eu não sei se num momento de desespero você anônimo simplesmente não passaria por cima de tudo e todos para garantir a sua sobrevivência. Eu não sei se alguém desconhecido no meio da noite chegasse em sua casa, anônimo, com muito sangue pedindo socorro, se você ajudaria. Talvez se essa mesma pessoa chegasse na casa de alguém acusado de assaltar um banco, o suposto assaltante ajudaria. Ninguém sabe quais serão as suas reações até ser colocado na situação. Eu, para não dizer que estou pegando no seu pé, não posso garantir como eu agiria. Nós tendemos a pensar que agiríamos do melhor jeito, gostamos de ter uma visão otimista e positiva de nós mesmos (e isso faz sentido do ponto de vista biológico), mas nem sempre o que achamos que iríamos fazer é o que fazemos.
      Sendo assim, uma das formas de tentar "incentivar" o comportamento humano a uma direção mais apropriada em situações como essa é como as pessoas reagem aos pequenos atos. Uma sociedade onde a mulher é respeitada na maioria das vezes, seja nos pequenos atos ou nos grandes, seja a sua filha seja a filha de um desconhecido, é uma sociedade onde uma mulher que por força do destino estiver caminhando numa rua escura talvez tenha menos probabilidade de sofrer um agressão ou uma sociedade onde uma menina de 18 anos tenha menos probabilidade de sofrer algum assédio em alguma lotação pública.

      Sua relação entre a diferença entre bebês, garotas de 18 anos, leis e Any Rand é incompreensível, com a devida vênia. Apenas para registro, creio que você interpretou erroneamente os meus textos sobre Any Rand. O fato de termos uma posição crítica sobre o que quer que seja não nos faz deixar de gostar de uma pessoa. Não há qualquer relação lógica. Não sei muito sobre a história dela, mas se não estou enganado ela nasceu na Rússia, teve uma adolescência sofrida, emigrou para um outro país e conseguiu fazer uma bela carreira escrevendo livros que tiveram impacto sobre milhões de pessoas. Isso é uma mulher forte, e merece a admiração por isso. Os seus livros instigam as pessoas a refletirem sobre muitos tópicos. Meu ponto é que ter esse livro como uma grande obra de literatura, ou como um tratado final sobre a natureza humana, uma grande bobagem. É mais sobre a reação dos leitores, do que a própria obra e a pessoa em si.


      Excluir
    4. Não seria contra-argumento algum do texto, isso seria apenas discordar por discordar, como um leitor que escreveu sobre igualdade, releu o texto e viu que em nenhum momento eu nem abordo sobre igualdade, legislação, movimentos feministas, etc. É o que você está fazendo aqui. Apenas disse isso, pois foi um comentário que foi feito algumas vezes. As causas de mortalidade de homens é um assunto completamente diverso. E sejamos franco, pelo nível grande de sua escrita e argumentação, eu não diria que você é pobre, negro e trabalha com entorpecentes (se o fizesse, seria numa escala onde o seu problema seria encontrar bons advogados criminalistas, não enfrentar a polícia ou outros rivais). Sendo assim, o problema do grande número de homicídios não é algo que o afeta diretamente, apesar de você ser homem.

      Quem fala que há assassinato de mulheres por homens do convívio da mulher assassinada defende os homens que cometem esses crimes? Certo. Eu imagine que poderia ser isso, mas vindo de um comentário com um bom nível, eu não imaginava que iríamos discutir "direitos humanos para bandido", pois isso realmente é coisa para político populista e discussões de facebook.

      Abs

      Excluir
  8. https://www.youtube.com/watch?v=QcDrE5YvqTs achei esse video interessante sobre salários .

    e o clássico RED PILL https://www.youtube.com/watch?v=lxNcf1tjnS4&t=173s

    mais uma reportagem que deu uma EUREKA na minha cabeça foi essa ....
    "Até os 14 anos eu era roqueiro. Tinha um cabelo grande, feio pra c... Aí comecei a andar de skate. Mas a mulherada da favela não quer saber de rock muito menos de skate. Elas gostam é de quem tem moto, dinheiro. Na prisão, anos mais tarde, refleti muito sobre isso. Tenho uma teoria de que a maioria dos garotos entram pro crime por causa das mulheres", pensa Stevie. https://oglobo.globo.com/esportes/o-ex-traficante-de-sao-goncalo-que-obteve-visto-americano-gracas-ao-skate-21079759#ixzz5FuPvxQ56

    Eu acredito que muita coisa evoluiu e movimentos extremistas sempre vão existir .. Se você fala pra um homem: Cuidado entra rápido não anda numa quebrada a noite nenhum responde "tem que ensinar o ladrão a não roubar."
    Agora vai falar que a mulher precisa se cuidar evitar quebradas você vai ser taxado de machista na hora ...

    e quanto ao filme assisti dias atrás achei muito engraçado e logico estereotipado com as mulheres querendo uma superioridade e não uma igualdade . A frase que veio a cabeça assistindo o filme foi "O sonho do oprimido é ser opressor".
    Abraço e não sei se eu sou machista kkkk

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, colega.
      Muito interessante os seus insights.
      "O sonho do oprimido é ser opressor", é muito possível. Ou quando o "oprimido" pode dar vazão ao que sente, geralmente o resultado vem com tanta fúria que os "opressores" geralmente ficam atônitos.
      Mudando de gêneros, e indo para espécies, eu sempre fiquei impressionando com o grau de violência que alguns elefantes de circo atacam as pessoas quando tem a oportunidade.
      Elefantes são criaturas fantásticas. Inteligentes, sensíveis, sociais. Vendo um programa fiquei intrigado que os elefantes foram a primeira espécie não humana a ser diagnosticados com stress pós-traumático. Imagina há pessoas que acreditam que isso não existe nem em humanos, imagina numa outra espécie.
      Um dia coloque como curiosidade vídeos de ataques de elefantes. Há um que um elefante ataca de uma maneira feros, inclusive pisoteando e mexendo a pata no chão para esmagar humanos deitados no chão. É a explosão de raiva, correndo o risco aqui de querer "antropormofizar" a reação do elefante.

      Sobre o seu exemplo na Rua de noite, não sei se você seria taxado de machista, não com mulheres da minha família e do meu conhecimento mais próximo. Isso é uma forma de precaução mínima.
      Porém, se sou assassinado de noite numa viela escura, isso é um problema da violência no Brasil que saiu de controle, do esquerdismo, do comunismo, do progressismo.
      Quando uma mulher é estuprada numa viela de noite, isso de alguma maneira é atribuído como uma conduta inapropriada da mulher, ainda mais no Brasil.
      Espero que perceba como o enquadramento de dois fatos que são idênticos é feito de maneira diversa.

      Um abs

      Excluir
    2. "Sobre o seu exemplo na Rua de noite, não sei se você seria taxado de machista, não com mulheres da minha família e do meu conhecimento mais próximo."

      Sim, seria taxado de machista e de estuprador em potencial pelos movimentos feministas, Soul.

      Já dizem logo que você está "culpando a vítima" e outras tantas imbecilidades.

      Pesquise sobre a Sara Winter, ex-presidente do Femen Brasil. Leia alguns depoimentos dela sobre como o movimento feminista (organizado, de militância) brasileiro age e qual o seu propósito. Leia alguns relatos de coisas absurdas que as integrantes do grupo faziam (como orientar mulheres a fazerem falsas denúncias de agressões).

      Talvez você só enxergue o lado cool do feminismo (por só ter visto este lado, afinal).

      Excluir
    3. Olá, Investidor.
      Já vi alguns vídeos dessa Sara, achei um pouco too much.
      Você já leu artigos de outras mulheres falando sobre essa Sara? Eu li um, e achei bem escrito.
      Nenhuma das mulheres que eu conheço fazem parte do Femen Brasil, e das mulheres que você conhece? Se a resposta for negativa, não lhe parece que é estatisticamente improvável que uma mulher faça parte desse movimento? Se assim o é, não lhe parece quase que um "argumento do espantalho" construir uma argumentação sobre o que membros desse grupo específico fazem ou deixam de fazer no contexto do relacionamento homem e mulher?

      Qual seria o lado cool do feminismo? Se você explicar o que é sem se apegar a um rótulo (numa mensagem ali em cima você reclamou que a palavra machismo não tinha nem mais sentido de tanto que foi usada, não seria o mesmo com feminismo, se não, por qual motivo? Eu não vejo nenhum), eu posso dizer com mais objetividade se eu vi apenas o lado "cool" e deixei de apreciar e ver o lado "não-cool."

      Um abs

      Excluir
    4. Eu também acho alguns depoimentos da Sara um tanto exagerados e já vi alguns contrapontos. Para mim, não invalida a premissa (os movimentos feministas organizados se tornaram uma imbecilidade).

      Não conheço nenhuma integrante do Femen, mas conheço muitas integrantes de movimentos feministas, especialmente universitários. Tenho uma parente integrante de um coletivo feminino de uma universidade pública. Ela, no facebook, tem solução para todos os problemas femininos do Brasil (todas erradas, obviamente), mas não arruma o próprio quarto e deixa sua mãe (minha tia) chegar em casa cansada do trabalho e ainda ter de cuidar da casa.

      "não lhe parece que é estatisticamente improvável que uma mulher faça parte desse movimento? Se assim o é, não lhe parece quase que um "argumento do espantalho" construir uma argumentação sobre o que membros desse grupo específico fazem ou deixam de fazer no contexto do relacionamento homem e mulher?"

      A grande questão é que não é necessário a mulher ser integrante de nenhum movimento para agir de acordo com sua pauta. Entretanto, este não deve ser o foco do debate, que já fora demasiado desvirtuado.

      O lado cool ao qual me referi seria a busca pela "igualdade de gêneros", emancipação feminina etc. Lutas autoproclamadas de tais movimentos.

      Excluir
    5. Olá, Investidor Concursado.

      - Veja, um problema que vejo frequentemente é que as pessoas às vezes perdem de vista que precisarão conviver com pessoas diferentes que pensam de maneira diversa. Os jovens são atraídos por movimentos de "contestação". Era assim há 200 anos, é assim nos dias de hoje, e continuará sendo assim no futuro.
      Portanto, se sua prima sendo jovem tem solução para tudo, mas não arruma o próprio quarto, talvez a vida ensinará para ela muitas lições.
      Nem a conduta da sua prima é representativa de todas as mulheres, nem a conduta da sua prima deve ser ignorada.
      Eu não sou mulher e não posso saber ao certo o que as mulheres passam, aspiram ou desejam. O que posso é observar, e na convivência com a minha companheira tentar entender melhor algumas coisas que para mim ou eram irrelevantes, ou eram de uma maneira que hoje acho incorreto ou que eram simplesmente "invisíveis". Isso também não quer dizer que não há um monte de coisa em relação a este assunto que por ventura eu divirja da minha companheira.
      O mundo não é tão fácil, nem as questões tão simples que podem ser simplesmente explicadas por rótulos associados a movimentos feministas, ou a movimentos contrários.

      - Claro, concordo contigo. Agora, se um grupo grande de mulheres está dizendo alguma coisa, é no mínimo sensato que nós homens paremos e ao menos realmente prestar atenção no que está sendo dito. Isso pode ser dito por tudo. A classe política tanto fez e desfez no Brasil, que uma parcela significativa da população está disposta em eleger alguém como Bolsonaro presidente de um país complexo como o Brasil. Ora, por que tantas pessoas querem voltar nele? Eu sempre me interesso em saber os motivos, mesmo de opiniões que para mim são erradas, fracas ou sem sentido. Com certeza é um grito de uma parcela significativa da população. ignorar ou simplesmente ridicularizar não é uma decisão sensata e nem mesmo inteligente. O mesmo acontece com o "feminismo" ou o "machismo". É preciso ouvir por qual motivo jovens não conseguem se relacionar com mulheres, e são frustados por causa disso. Por qual motivo tantas mulheres parecem ter questões da maneira como são tratadas.
      Uma vez num imóvel que comprei, liguei para a advogada do devedor que estava ocupando o imóvel. Estava disposto a pagar 50 mil reais por uma desocupação. Ela não quis nem ouvir o que eu tinha a dizer, disse que eu estava a ameaçando, e mostrou não fazer a menor ideia sobre a parte técnica da coisa.
      O resultado? Eu consegui uma liminar de desocupação, eu localizei dinheiro depositado do devedor e bloquei 150 mil reais dele, e 15 meses depois, ela teve que ligar para mim e escutar. Só que dessa vez, ao invés dos 50 mil, eu exigi 90 mil. No final, o ato dela não me escutar, custou ao cliente dela 140 mil reais mais o custo de oportunidade. Não foi uma decisão sábia não me escutar, e quase nunca é uma decisão sábia não parar e prestar atenção no que o outro lado, teoricamente antagonista, está falando.


      Sei lá de onde você tirou que eu me deixei atrair pelo lado cool, como definido por você, e que eu não teria visto o lado "obscuro". Sério mesmo, é difícil de entender de onde pode ter saído essa inferência do meu texto.

      Mas, e falo com sinceridade, agradeço a mensagem e as suas reflexões.

      Abs

      Excluir
  9. Sendo breve, não confundamos repúdio ao feminismo (o que ele se tornou) com repúdio à mulher ou ao feminino.
    O movimento feminista há muito se tornou um movimento ideológico alinhado à esquerda, não sejamos hipócritas em dizer o contrário. Veja o movimento feminista nos EUA ou até mesmo no Brasil: está mais preocupado em atacar Trump e Bolsonaro, respectivamente, em vez de se preocupar com a violência que a mulher sofre, sobretudo em culturas em que isto é tido como natural.
    Por favor, não vamos entrar no velho debate se Trump e Bolsonaro são machistas ou não; estou apenas aludindo ao fato de que o movimento feminista, via de regra, virou panfletagem partidária com um viés ideológico muito bem definido.
    É

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, colega.
      Claro, concordo. Uma vez me mandaram um vídeo de uma aludida feminista numa universidade estadual do Rio de Janeiro descontrolada.
      Movimentos podem pegar bandeiras legítimas e transformarem em algo que não se coaduna com o desejo de boa parte das pessoas que esse mesmo movimento diz representar.
      Estamos de acordo.
      Porém, e pegando o gancho da sua frase, não vamos confundir grupos específicos ou mulheres específicas que podem estar completamente equivocadas em assuntos políticos e ideológicos, com um problema maior de pano de fundo que é a situação das mulheres.
      Sobre o Bolsonaro em especial, ele tem umas declarações sobre mulheres que são sim lamentáveis e mostram uma mentalidade no mínimo esquisita e que simplesmente dá o aval consciente ou não ao atual estado de coisas.
      Porém, estou contigo, que a discussão e reflexão é muito mais ampla do que isso, e cada homem deve fazer a sua. Afinal, cada homem possui mulheres importantes em sua vida.

      Um abs

      Excluir
  10. Excelente texto! E, como vc frisou nele, deveria ser para se pensar... Aí o pessoal vem com xingamentos ou com discursos prontos... Fica difícil conversar assim né rsrsrs

    Penso exatamente como vc. Tive exemplos similares aos seus na minha vida, então também sempre achei que estava agindo certo. Uns anos atrás pensei nisso (na nossa omissão, condescendência e até preconceito “subconsciente”), quando vi alguns amigos mexendo com algumas meninas. Enfim, cheguei na mesma conclusão: não sabemos os problemas enfrentados pelas mulheres.

    E vejo na finansfera esse discurso macho alfa, beta, mulheres interesseiras e etc. recorrentemente. E o pior, o cara não consegue perceber que ele falar “que delicia de novinha” no whats dele hoje é algo que pode levar alguém a fazer o mesmo com uma filha dele daqui uns anos. E o pior, ele pode falar só no whats, mas o cara pode fazer isso na vida real e, até, estuprar... Enfim, se o cara não percebe que a lógica é a mesma, mudando apenas o grau da ação, fica complicado...

    Parabéns e faça mais textos questionadores e que façam pensar!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, colega.
      Eu realmente acredito que a novinha deliciosa do whatsapp nada mais é do que a sua "princesa"no passado. Ou melhor dizendo de forma linear, a contorcionista de uma mensagem boba é apenas o futuro reservado para a sua "princesa".
      Eu, se for agraciado com uma filha, realmente não gostaria que ela se tornasse uma contorcionista.

      Um abs

      Excluir
  11. O legal de ler textos assim é que ele desperta comentários bizarros, nos quais as pessoas que comentam falam alguns absurdos sem nem se tocar do que estão falando. É uma ignorância que só pode ser sanada vivendo a situação. É como um branco ter a audácia de avaliar se um negro sofre racismo ou não no Brasil. Apenas um negro pode opinar sobre isso. Só quem sabe é quem sente na pele. Se alguém acha que criar um vagão só para mulheres é um exagero, peça a sua irmã ou mãe que use uma calça legging e entre no metrô de SP. Ser mulher no BR é saber que sempre que um homem falar com você ele irá avaliar o seu corpo. Se você, homem, consegue conversar com uma mulher bonita olhando apenas para os seus olhos, parabéns.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, colega.
      Muitos dirão que se uma mulher usa calça legging no metrô da Sé as 18:00, elas se arriscaram, elas de alguma maneira "queriam isso". Eu, preciso admitir, há muitos anos talvez pudesse ter a mesma reação.
      O que muitos não se dão conta é quão absurdo e distorcido é essa forma de ver o problema. Então, em situações como essa, coloque-se um Nijab (vestimenta de mulher que cobre tudo, deixando apenas o rosto, não confundir com o Hijab que é apenas um lenço na cabeça) na mulher, assim nenhum homem se sentiria "provocado" de cometer nenhum assédio.
      Converse com algum homem que seja casado com uma mulher na Arábia Saudita e seja mais conservador, e ele dirá que a sua mulher não deve ser exposta a lascívia e desejo de outros homens. Para mim é exatamente a mesma coisa, diferenciando-se apenas em graus, e no fato de que se num país medieval como a Arábia Saudita um homem de alguma maneira assediar uma mulher casada, prepare-se, pois a reação não vai ser amigável.

      Conversar com uma mulher bonita olhando apenas nos olhos é uma das maneiras de ter alguma chance com ela (e não que eu esteja implicando que um homem sempre queira ter alguma coisa com uma mulher bonita, mas como os leitores aqui são homens e muitos querem ter relacionamentos com mulheres bonitas..)
      Um abraço

      Excluir
    2. Mulher não repara no corpo dos homens não né?
      Mulher não faz comentários a respeito da aparência masculina não né?
      Tá bom...

      Também acho que muitos homens erram ao fazer cantadas, comentários, piadas maldosas etc. Eu mesmo não faço isso, sempre fui tímido nesse sentido.
      Mas o que vejo é que esse não é um comportamento apenas masculino.

      Não caiamos no erro de apontar todos os homens como responsáveis ou autores de assédio sexual no transporte coletivo por exemplo. A grande maioria não faz isso.
      Pra mim tem muito homem é com dificuldade de chegar e se relacionar com as mulheres.

      Só pra finalizar vou citar um exemplo real que aconteceu comigo a algum tempo atrás, pra mostrar um pouco as mudanças comportamentais.
      Trabalho numa função que faz com que eu tenha contato com o público em algumas situações.
      Certo dia houve um evento (reunião) no local onde trabalho e vieram pessoas de outros locais para participar, a maioria mulheres.

      Enfim, estava fazendo meu trabalho, incluindo orientar algumas pessoas que vinham pedir meu auxílio, vieram duas mulheres me perguntar sobre assuntos ligados a reunião que aconteceria, percebi que essas mulheres quando tinham a possibilidade ficavam me olhando, conversando entre elas, como se estivessem me avaliando.
      Como não esperava por isso, fui ingênuo e nem liguei, mas no último dias das reuniões elas aproveitaram uma oportunidade para conversar comigo, puxando para assuntos pessoais e ví que uma era casada e a outra tinha aliança de namoro.
      Nunca mexi com mulher casada, e pra minha surpresa uma delas veio me dar bola.
      Não prolonguei a conversa, não sai com ela, o assunto acabou ali.
      Mas posso dizer que sofri assédio de duas mulheres, passei por situação parecida com a de muitas mulheres.

      E não digo isso pra contar vantagem, mas sim pra mostrar que alguns comportamentos não são exclusivos de homens.

      Excluir
    3. Olá, colega.
      "Mulher não repara no corpo dos homens não né?
      Mulher não faz comentários a respeito da aparência masculina não né?"
      Eu creio que sim, homens acham mulheres bonitas e mulheres acham homens bonitos. Creio que foi assim na Grécia Antiga, na China Imperial, na Albânia 200 anos atrás e no Brasil nos dias de hoje. A forma como o relacionamento entre homens e mulheres se deu nesses exemplos citados é que provavelmente varia muito.

      "Não caiamos no erro de apontar todos os homens como responsáveis ou autores de assédio sexual no transporte coletivo por exemplo. A grande maioria não faz isso."
      Certo, colega. Você concorda que isso é um truísmo? É como dizer que dois mais dois igual a quatro. Nem todos os brasileiros são assassinos, mas muitos assassinatos ocorrem no Brasil. Certo. O que isso me diz de forma mais profunda sobre o problema de homicídios no Brasil.
      Se a esmagadora maioria dos homens não comete nenhuma espécie de assédio num transporte público lotado, por qual motivo condutas como essa ocorrem mesmo a luz do dia? Ora, uma das forma mais efetivas de controle social não é polícia, não é "bandido bom é bandido morto", mas simples um ambiente social completamente negativo a que uma conduta ocorra. Tente num metrô lotado em Tóquio encostar numa mulher de forma acintosa, e veja o que o ambiente social ao redor fará contigo. Essa é a forma mais efetiva de diminuir comportamentos indesejados.
      A pergunta, essa sim mais profunda e complexa, não é dizer que a maioria dos homens não são assediadores, pois isso é um truísmo, mas por qual motivo o ambiente social brasileiro permite que esse tipo de coisa aconteça, não numa rua escura, não um marido abusando da esposa, mas na frente de várias e várias pessoas?

      Sim, mulheres tem desejos sexuais, inclusive as casadas. Isso também é outro truísmo, amigo, que muitos homens não gostam de perceber. O homem que vai a uma casa de prostituição sendo casado, talvez se surpreenda que sua esposa pode ter o mesmo desejo de ter relações sexuais com um homem forte e sarado e não com o seu marido gordinho e calvo.

      Agradeço o comentário.

      Um abs!

      Excluir
    4. Nem todo o ambiente social permite que isso ocorra, há atitudes sim que dependendo das pessoas presentes no ambiente serão rechaçadas. Eu disse (dependendo) de que pessoas estarão lá.

      A maioria das pessoas não que se meter nessas problemáticas, até por medo mesmo, por isso tantos assaltos e roubos a luz do dia, quase sempre alguém vê, quase sempre ninguém faz nada.
      Isso vai para além do assédio, é geral.

      Quanto ao desejo sexual das mulheres, inclusive casadas, sou plenamente consciente disso, porém algumas mulheres agem ou falam como se apenas homens tivessem tal comportamento e como se mulheres fossem 100% puras e inocentes.

      Excluir
    5. Sim, é verdade. Nossa omissão é muito ocasionada pelo medo da violência a que podemos ser submetidos. Porém, no caso em relação a alguns comportamentos contra mulheres, eu creio que há algo mais do que simples omissão ou medo de represálias.

      Mulheres são apenas mulheres, assim como homens são apenas homens. Ambos possuem desejos sexuais. Ambos podem estar insatisfeitos sexualmente com seus parceiros sexuais fixos. Ambos podem dissimular.
      Porém, não é o seu caso como você mesmo disse, alguns homens ficam surpresos com esse fato quando descobrem.

      Um abraço!

      obs: pureza e inocência, no sentido descrito por você, é difícil de encontrar em sociedades urbanas com grande adensamento populacional. É certo que países na Ásia, e muçulmanos, há um maior "puritanismo" em relação a sexo e relacionamentos.

      Abs

      Excluir
    6. Não há isso nem em pequenas cidades. Moro em cidade pequena e sei do que falo.

      Tá tudo nivelado.
      More em uma cidade pequena pelo menos por 1 ano e depois nos diga.

      Excluir
    7. Olá, colega. No Brasil, talvez. Em outras culturas, ainda há uma clara diferenciação. Como não me referi apenas ao nosso país, fiz o comentário sobre cidades maiores.
      abs

      Excluir
  12. Os comentários aqui postos só corroboram seu texto, o que para mim é uma lástima.
    Penso que quando se tem uma postura tão defensiva sobre determinado assunto onde a principal ação é o ataque, no caso contra as mulheres, com o argumento de que são interesseiras e aproveitadoras, que tem regalias por terem "privilégios" como uma delegacia só pra elas, ou um vagão de metrô exclusivo, ou que os homens são mais assassinados (o que se desvirtua da real intensão do texto) só mostra muito de si e sua relação distorcida de total ignorância e falta de reflexão sobre um mundo que é tão distante para muitos homens: ser mulher, ou melhor... apenas ser outro ser humano.
    Muitos comentários aqui mostram como há a falta de empatia, como ninguém se atreve ao menos a refletir no assunto ou a se colocar no lugar. É mais fácil atacar que refletir.
    Parece que ninguém aqui tem a capacidade de colocar uma mulher que ama no lugar de outra. Elas são tão diferentes, não é mesmo? Mas quando se trata uma mulher desconhecida como objeto, vc torna o mundo das suas mulheres pior. O desconhecido tem liberdade de tratar a sua amada como objeto. É um ciclo que vc alimenta.
    Se esse texto causou tanto frisson, imagina então se o pessoal resolver assistir ao filme indicado. Aí acho que cancelam a conta do Netflix! Onde já se viu, passar essas porcarias! Saudades da época que faziam bons filmes!
    Ademais, imagino que para chegar nesse estado de reflexão você deve ter tido muitos anos e experiências e se permitido admitir seus erros em muitos momentos. Não é fácil, não acontece da noite para o dia. Quem sabe não seja um despertar para alguns...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, colega. Grato pelo comentário.
      Pois é, imagina se assistirem o filme. Eu dei muitas risadas assistindo o filme, e o achei muito interessante, principalmente nos pequenos detalhes que a gente tem como certo e natural.
      Sobre minhas reflexões, foi como dito no texto, foi e ainda é um processo. Porém, creio que é isso que você colocou: a) primeiramente a tentativa de colocar alguma mulher sua próxima e querida no contexto de uma "mulher desconhecida" e b) talvez uma evolução disso é como você muito bem colocou tentar se colocar na situação de outra mulher, pois afinal é apenas outro ser humano, o que não deixa de ser a definição de empatia.
      Cada um com suas reflexões e processos.
      Abraço!

      Excluir
    2. É uma luta diária contra séculos de condicionamento. Mas é uma luta necessária.
      E o estimulo e o diálogo sobre o assunto são fundamentais. Só quando li sobre o assunto eu percebi como também tenho a tendência a interromper minha esposa ou explicar pra ela coisas que no final provavelmente ela saiba mais que eu.
      Quanto mais leio sobre feminismo, mesmo coisas radicais com as quais não concordo, mais percebo detalhes que causam sofrimento ( quem bate esquece, quem sofre não...).

      No mais, parabéns por provocar com esse tema numa blogosfera que até incels circulam abertamente com seus conceitos bizarros...

      Sardinhaanonima

      Excluir
    3. Relendo seu texto, pude perceber que de fato você não trata da igualdade e que minhas colocações vão além do que você expôs, não tendo relação direta com o texto.

      Equivoco de interpretação meu, o qual peço desculpas.

      Excluir
  13. Bom dia, Soul! Tudo bem contigo?

    Quanto ao seu texto, em certo momento você cita: "Quantas vezes eu já li essa frase, que com todo o respeito parece-me mais um emaranhado de ideias confusas do que um pensamento claro sobre algo específico"

    Pois é exatamente assim que me sinto com seu texto, embora seja ele evidentemente de cunho introspectivo e que busca a reflexão do leitor para com suas atitudes cotidianas - notadamente quanto ao machismo.

    Você traz um conceito de mulher "forte". Em contraponto a esse argumento também temos o homem "forte", normalmente tendo por esteriótipo alguém como Vito Corleone do filme O poderoso chefão, isto é, o pai de família que a protege a qualquer custo e deve se manter, de maneira retilínea, fiel a seus princípios, sejam eles corretos ou não.

    Ser um homem "forte" ou uma mulher "forte" - o que quer que isso queira dizer - não é para todos, pois enquanto existir o ser humano haverá diferença de tratamentos, posicionamento políticos, injustiça social etc, sendo que ninguém melhor que você que rodou o mundo e viu com os parópios olhos a diversidade cultural deve saber. O que quero dizer, em última instancia, é que a igualdade é uma utópia, pois apesar de sermos racionais, somos animais guiados por instintos.

    Nas situações colocadas no texto vejo o lado mais próximo do instinto animal irracional de perpetuação de espécie , as pessoas dos casos deixaram-se levar pelo desejo carnal e inconscientemente pelo gene da perpetuação da espécie, deixando de lado os conceitos racionais.

    Tal atitude é equivocada? Certamente! Contudo, enquanto espécie animal devemos castrar nossos instintos? Ou deveríamos tentar educar os instintos para uma convivência pacífica, pois eliminá-lo é certamente impossível, assim como é impossível eliminar o instinto da violência, dentre outros.

    Para mim, é evidente que deve existir o questionamento acerca do machismo, pois o machismo existe e afeta boa parte das mulheres, nas mais diversas escalas sociais, contudo, o modo como se dá o discurso padrão da questão é muito mais pautado no ódio do que na discussão, querendo-se impor uma determinada visão, empurrando conceitos goela abaixo, sem que seja oportunizado um debate e no meu entendimento, embora não seja seu objetivo no texto, ele (o texto) se coaduna com esse discurso impositivo.

    O questionamento do texto é pertinente, contudo, poderia ser mais aprofundado.

    Um abraço, Soul e te desejo um excelente final de semana.



    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, colega. Grato pelo comentário!
      a) O conceito de "forte" realmente é aberto. Minha mãe que teve que assumir um cargo importante, criar três filhos, fazer comida, educar corretamente, e ainda ser mais competente pelo simples fato de ser mulher, é, ao menos para mim, uma mostra da "força" dela. Na verdade, quase todas as mulheres que criam os seus filhos da melhor maneira possível, mesmo em situações difíceis, são seres humanos fortes.
      Uma vez um grande pensador que admiro (Patch Adams) disse numa entrevista que em quase todos os campos refugiados que ele esteve, e foram muitos, quem realmente trabalha dando duro para manter um mínimo de dignidade para os filhos são as mulheres. Os homens, segundo ele, na maioria das vezes estão sentados tomando chá. Mulheres são estupradas, os filhos tomados para ser soldados-crianças, mas mesmo assim elas fazem de tudo para ajudar num campo de refugiados. Então, essas mulheres são fortes.
      b) O seu exemplo de homem forte é, com todo o respeito, uma caricatura. Um pai de família que se espreme num ônibus para ir a um trabalho mal remunerado para que os seus filhos possam ter uma vida melhor, é um homem forte. Um homem que se mantém leal a um amigo, mesmo quando poderia ser desleal e ter alguma vantagem, é um homem forte. Sim, o chefe da família do poderoso chefão também pode ser um homem forte, mas associar a "masculinadade" a esse tipo de comportamento apenas (o que é muito comum) um grande erro em minha opinião.
      c) Não lembro do meu texto ter tratado sobre igualdade especificamente. Você poderia apontar? Há diferenças biológicas claras entre homens e mulheres. Há diferenças oriundas da evolução de centenas de milhares de anos. Isso tudo é muito claro. Logo, não entendi o seu ponto, e o que a igualdade tenha a ver com a necessária reflexão de nós homens sobre algumas condutas que não realçam nossas mulheres, e pode talvez até levar a condutas deletérias.
      d) Colega, eu sei que a biologia pode ser utilizada. Eu adoro pensar em termos biológicos, para mim um bom biólogo-antropólogo tem mais a dizer sobre a humanidade do que 10 economistas. Porém, e isso foi dito por ninguém menos do que Richard Dawkins, é que o ser humano também pode criar cultura, cultura esta que em muitos casos pode estar em choque como nós evoluímos. Uma criança com síndrome de down seria imediatamente descartada há dezenas de milhares de anos, isso é biológico, instintivo e faz todo o sentido. Ora, num ambiente hostil, onde a sobrevivência não é assegurada, uma criança dessas representaria apenas um peso que poderia levar todo o grupo a uma situação difícil. Vamos alguns milhares de anos par frente e no nosso século, nós não só podemos criar crianças com síndrome de down sem nos pôr em risco, como até mesmo podemos aprender muito com essas crianças e jovens, sobre empatia e amor. É por causa disso que o personagem principal do Patch Adams é um adulto com síndrome de down.
      Resumindo: sim, é possível que haja explicações biológicas para comportamentos agressivos em relação a mulheres. Não, isso não é uma desculpa nos dias de hoje para que admitamos que isso possa ser normal.

      Excluir
    2. d) Eu concordo contigo. O meu texto, como notado por você, foi apenas uma reflexão pessoal, tomando o meu próprio caso, e deve ter dado umas 2-3 folhas. Não foi um tratado sobre as variadas causas que levam ao "machismo", "feminismo" ou qualquer outro ismo que possamos criar.
      Também concordo que devemos discutir isso de maneira mais racional, e principalmente com mais empatia pelas diversas perspectivas. Discordo que o texto de alguma maneira, mesmo que involutariamente, tenha de alguma maneira tentado impor alguma coisa, ainda mais com "ódio", pois deixo claro muitas vezes no texto que essa é uma reflexão minha, e cada homem deve fazer a sua.

      Um abraço!

      Excluir
    3. a e b) Concordo contigo que o conceito do Vito Corleone enquanto homem "forte" é equivocado, contudo, o ponto central do meu comentário não é este, o que quis dizer é que nem todo mundo nasceu para ser "Um pai de família que se espreme num ônibus para ir a um trabalho mal remunerado para que os seus filhos possam ter uma vida melhor", algumas pessoas simplesmente não conseguem ser assim, assim como nem todas mulheres conseguem ser uma "mulher forte", existem pessoas que simplesmente não estão em tal estágio, isto é, nem todo mundo será igual, sendo este o ponto central do meu argumento.

      c) O seu texto trata sobre o feminismo, correto? Qual é, conceitualmente, uma das buscas do feminismo? Não seria o tratamento equiname entre homem e mulher?

      É possível um tratamento igualitário entre ambos? No meu entedimento, não.

      Isso quer dizer que não devemos evoluir, ou seja, temos que ficar inertes sem tentar na medida do possível, igualar o tratamento entre as partes? Novamente não, devemos sim buscar tal tratamento, contudo, na medida do possível e do palpável. O que seria esse possível e palpável? Este é o questionamento que deve ser respondido.

      No meu entendimento, tal tarefa é árdua e precisa de um debate, como o que vem ocorrendo nas diversas esferas - inclusive em seu texto, contudo, o discurso apresentado me parece muita das vezes unilateral, buscando-se a inversão dos papeis.

      Isto pode ser observado nas pessoas extremistas do movimento feminista, que propagam o discurso que beira ao ódio e que sequer se propõem ao debate, desejam uma verdadeira troca de papeis, aonde como bem pontuou o colega, o oprimido deseja ser o opressor.

      O que quis expor, é que devemos estar abertos ao debate, contudo devemos levar em conta que em certa medida a sociedade é injusta em suas mais diferentes esferas, isto é, jamais teremos uma situação equiname, a balança tenderá a pender para um lado, pois isso é inato do ser humano.

      d) A violência, em qualquer esfera, deve ser combatida, disso não há duvidas. Seja qual for a situação de violência, ela é horripilante e não deve prosperar.

      Em momento algum quis dizer que seu texto quis exaltar o ódio, se assim o fiz, peço desculpas pois não foi minha intenção.

      O que quis dizer é que falta na discussão e em seu texto o fato de que a balança da equidade sempre penderá para um lado.

      Reitero que devemos sim buscar a reflexão e tentar diminuir as diferenças de tratamento, assim como devemos tentar erradicar a fome, diminuir a violência etc.

      Contudo, será possível até que ponto diminuir essas desigualdades? Este é um argumento que pouco vejo sendo comentado.

      Novamente, insisto, sou contra qualquer tipo de violência, seja praticado contra qualquer ser, contudo, é possível erradicar a violência? Ou em certa medida ela sempre existira, assim como tende a existir a injustiça de distribuição de patrimônio, dentre outras injustiças?

      Fica aqui a minha reflexão e do fundo do meu coração, espero que não me interprete como alguém a favor da violência, pois não o sou.

      Um abraço.




      Excluir
    4. Só um adendo ao que escrevi: Sei que seu texto não trata diretamente sobre o feminismo, o texto trata sobre a reflexão de como os homens se relacionam e tratam as mulheres.

      Fui além do texto e quando me referi que o texto trata sobre o feminismo é por que de maneira ampla ele traz questionamentos extremamente semelhantes aos do feminismo.

      Excluir
    5. Olá, novamente.
      - Claro, amigo, nem todos podem ser "fortes". Eu concordo plenamente. Assim como há pessoas mais produtivas, menos produtivas, mais inteligentes, mais motivadas, etc. Eu creio que um passo não só para uma vida melhor, mas como para uma sociedade melhor, é as pessoas entenderem que as pessoas são muito parecidas, mas muito diversas também. Isso, porém, não é um impeditivo para que uma pessoa não possa se tornar mais "forte", mais produtiva, ou qualquer outra coisa.
      - Claro, também concordo. Deve haver mulheres que querem inverter os papéis, ou diminuir o papel dos homens, ou até mesmo ter raiva dos homens. Porém, eu nunca conheci uma mulher assim. Elas devem existir e se expressar, mas são a minoria, e talvez até mesmo no âmago não seja o que elas realmente pensam. Porém, esse fato não pode ser um subterfúgio para a não reflexão, como bem ponderado por você. Vejo pessoas usando esse "feminismo enviesado" apenas como um "argumento espantalho" para se esquivar de talvez discutir algumas questões que possam ser inconvenientes.

      Não a violência não pode ser erradicada. A história humana é violenta. Porém, creio que ela pode sim ser minorada, e nisso creio que concordamos, ainda mais em tempos de abundância como o começo do século 21 em que vivemos.

      Um abraço!

      Excluir
  14. Boa tarde, soul. Curto muito os seus posts, mas este exemplo no início comparando os comentários no WA sobre uma garota de 17-18 anos e um menina recém-nascida não fez sentido. Ora, uma garota de 17-18 anos é maior de idade (em alguns lugares, 17 é a idade do consentimento), e não há mal nenhum homens a acharem "gostosa" ou "delícia", desde que isso não os levem a cometer um assédio ou estupro. Tais comentários inclusive foram feitos na privacidade de um grupo no WA (duvido que muitas mulheres não façam isso também, entre elas, na privacidade), e não em voz alta para a garota em si na rua. Agora, fazer os mesmos comentários para uma criança recém-nascida seria um ato de pedofilia, um crime inclusive. Há uma diferença muito grande entre as duas situações.

    "Para mim, soulsurfer, é difícil pensar em ter uma filha, chamar de princesa, e achar que a minha "princesa" não fará parte do mundo onde mensagens bobas são trocadas." Cara, se todo mundo pensasse assim, então ninguém mais teria filhas. Toda mulher, inclusive a sua esposa, é filha de alguém. Ou vc acha q em algum momento da vida o seu sogro não fez este mesmo tipo de comentário (em privado com amigos, claro!) sobre outras mulheres, também filhas de alguém?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, colega. Discordo de você nessa. Para mim é muito esquisito um homem postar vídeos tratando mulheres, jovens, como mero objetos e logo depois postar a foto de uma criança mulher recém nascida e chamar de princesa.
      É evidente que uma mulher de mais de 18 anos, ou na faixa de 16-17 anos (apesar de ser ainda menor pela legislação brasileira) faz o que bem entender. É evidente também que homens podem, e talvez devam, achar algumas mulheres "gostosas". Isso em nenhum momento foi discutido. Porém, é contraditório achar as mulheres próximas a você "princesas" e ter um comportamento completamente distinto em relação a outras mulheres. E claro que qualquer contato sexual, no Brasil até os 14 anos, é tido como estupro. Isso também não foi discutido, e nem teria porque discutir tamanha obviedade.

      Cara, como assim "ninguém teria mais filhas"? Primeiramente, isso é puramente aleatório. Na verdade, o nascimento de meninas para meninos é na faixa de 105 por 100. Na China, há décadas atrás infelizmente se matavam meninas recém-nascidas, hoje há jovens homens chineses possuem dificuldade em se relacionar amorosamente, pois há mais homens do que mulheres.
      Então, a hipótese de não ter mais filhas não existe, temos que conviver com nossas filhas.
      "Toda mulher, inclusive a sua esposa, é filha de alguém", sim, exatamente, há um parágrafo inteiro no texto, aliás foi isso que me fez refletir sobre a questão. Não entendi o ponto aqui.

      "Ou vc acha q em algum momento da vida o seu sogro não fez este mesmo tipo de comentário (em privado com amigos, claro!) sobre outras mulheres, também filhas de alguém?"
      Sobre se alguém é gostosa ou não. Claro que sim, provavelmente. Se isso contribuiu ou contribui para um relacionamento melhor entre homens e mulheres no Brasil, em específico, é difícil saber.
      O que eu sei é que a forma como nos relacionamos com as mulheres é muito diferente de muitos outros povos. Não vou nem falar dos asiáticos que é completamente diferente, mas de povos com a mesma matriz grega-judaica de formação.

      Porém, colega, isso aqui não é pregação, nem a destilação da verdade. É a minha reflexão. Eu com uma filha não me sentira à vontade, se outras pessoas se sentem e não vem nenhum problema disso (mas ficam brabos se alguém insinuar que suas filhas podem ser tratadas da mesma maneira), que assim seja.

      Um abraço!

      Excluir
    2. "Porém, colega, isso aqui não é pregação, nem a destilação da verdade. É a minha reflexão. Eu com uma filha não me sentira à vontade, se outras pessoas se sentem e não vem nenhum problema disso (mas ficam brabos se alguém insinuar que suas filhas podem ser tratadas da mesma maneira), que assim seja."

      Grande Soul, isto não seria uma forma de machismo, de colocar sua "possível" filha na menoridade (Kant).
      Sendo pai, ou até no caso de uma mãe, é normal que vc não queira que seu filho (a) sofra rótulos, desde gostosinha, canhão, ou no caso dos meninos: burro. Feioso etc; mas é algo inerente ao ser humano julgar os demais e o que os pais podem fazer é orientar.
      Enfim, sendo mais sucinto é que tendo um filho ou não, todo mundo é passível de rótulos e isto não é necessariamente uma forma de machismo.

      Eu até respeitava esses movimentos, mais depois dos abusos sexuais cometidos por imigrantes na Alemanha e o silêncio por parte destes movimentos, ficou claro o vies estritamente ideológico ao invés da defesa do gênero como se propunham. (nada contra os imigrantes em si)

      Excluir
    3. Olá, soul. Sou o autor do comentário de 13:55.

      Meu ponto é que os comentários feitos à garota de 17-18 anos no WA não são necessariamente um ato de machismo ou de inferiorização da mulher. É apenas os indivíduos A, B e C exteriorizando uma atração sexual à garota no vídeo (repito, em privado, não explicitamente em frente da pessoa). Ninguém pode ser condenado por sentir atração sexual a outra pessoa (até porque senão não haveria mais relações entre homens e mulheres no mundo), mas se um deles fosse lá e assediasse a garota, aí sim seria bem diferente. Imagine a situação inversa: uma mãe posta no WA uma foto de seu bebê de 1 ano com a legenda "meu principezinho", mas depois vai num show do Justin Bieber ou do Luan Santana e posta num grupo de amigas um vídeo dela gritando "gostosão!!" Isso não significa que ela está objetificando o homem (e consequentemente o filho dela), mas sim que ela simplesmente acha o cantor sexualmente atraente.

      "Porém, é contraditório achar as mulheres próximas a você "princesas" e ter um comportamento completamente distinto em relação a outras mulheres." Se por "comportamento distinto" você quis dizer sentir atração sexual e fazer comentários privados sobre a "gostosura" de outras mulheres, não acho isso contraditório. Afinal, um pai não trata uma filha como "princesinha" por uma questão de gênero, mas porque ela é um membro da família, alguém a ser protegido. É da natureza de qualquer ser vivo querer proteger a própria prole. Além disso, pais também não sentem atração sexual por seus próprios filhos e familiares (exceto se possuir algum tipo de distúrbio mental ou comportamental), além da maioria das culturas repudir o incesto. Obviamente que nenhum dos indivíduos A, B e C faria tais comentários no WA se a garota de 17-18 anos fosse filha de um deles, mas certamente que, quando a filha do indivíduo A crescer, haverá o indivíduo D, pai da garota que eles estavam comentando, fazendo comentários de "gostosa" e "delícia" no WA sobre a filha de A (naturalmente não na presença de A). Se os quatro indivíduos ficassem bolados por causa disso, nenhum deles teria filhos pelo "risco" de nascer menina e ter de passar por isso. Entendeu meu ponto?

      "Se isso contribuiu ou contribui para um relacionamento melhor entre homens e mulheres no Brasil, em específico, é difícil saber." A troca de opiniões entre amigos sobre a beleza das mulheres é comum em qualquer cultura, inclusive na Dinamarca, que é o país com mais igualdade entre sexos no mundo. A diferença de lá para a Índia é que lá há maior rigor na punição de quem comete crimes em decorrência destas opiniões (assédio, violência doméstica, estupro etc). Pune-se o ato, não a opinião.

      Não estou querendo criar haterismo aqui, soul. Admiro muito seu blog (inclusive, seu último post "Você trocaria de lugar com Warren Buffett" foi sensacional), apesar de às vezes discordar de algumas de suas ideias. Trata-se apenas da minha opinião.

      Excluir
    4. Soul, sou um outro anônimo qualquer.


      Sobre a taxa de nascimento de homem/mulher, li num livro (acho que "o gene") que nascem mais homens do que mulheres no mundo (vc disse 105 meninas para 100 meninos, mas e o contrário). Dizem que foi assim pois homens vivem menos, dai seria uma forma da natureza equilibrar.


      Fiz uma pesquisa rápida aqui e achei esse link: https://mundoestranho.abril.com.br/geografia/no-mundo-nascem-mais-mulheres-ou-homens/ . Mas, uma discussão mais aprofundada acho que está no livro "o gene" (livro este que recomendo!).


      Abraços

      Excluir
    5. Isentão,
      Claro, colega. O mundo pode ser maravilhoso, e pode ser horrível ao mesmo tempo. Podemos ver a bondade extrema, e a maldade extrema, e o que é curioso às vezes vindo do mesmo indivíduo. Os pais de uma criança devem orientar os seus filhos, e talvez tentar instilar neles a resiliência mental para poder navegar num mundo onde eles enfrentarão conflitos e situações adversas.
      Não tenho a menor dúvida que é normal o ser humano rotular. O que são as palavras “machismo” e “feminismo” se não rótulos para poder compreender melhor o que certas ideias querem dizer ou expressar?
      Isso tudo é certo. Porém, nós podemos ter em mente atitudes que são mais ou menos compatíveis com um mundo que gostaríamos que nós e nossos filhos habitassem, cabe a cada um refletir sobre o que seria isso. Eu constantemente faço minhas reflexões, e baseadas nelas tento me adequar de uma maneira melhor possível. Na presença de um filho ou filha, acho que isso se aguçaria ainda mais,
      Sobre imigrantes muçulmanos e os ataques na Alemanha, isso é uma outra conversa. Pergunte a minha mãe, companheira, mulheres próximas a você, e elas com certeza terão asco do que ocorreu. Tenha uma conversa realmente profunda com elas, e é bem provável que elas dirão sobre aspectos da vida que você nunca talvez tenha refletido. Logo, não misturemos tópicos tão diversos.



      Anônimo 1,
      a)Não irei me estender aqui. No texto não há, e nem dei a entender, que homens e mulheres não tem preferências ou desejos sexuais. Isso seria uma tolice, contra nossa própria biologia e contra a minha própria experiência de vida. Porém, essa é a tolice defendida por muitos grupos que se auto-intitulam “religiosos-conservadores”. Geralmente, o conservadorismo e religião são para os outros, e quase sempre paras as mulheres próximas, e não para os que defendem essa postura em público. Dito isso, cabe a cada um refletir sobre o que são ou que não são. Eu creio que os exemplo citado por você bem diferente, mas isso é minha percepção. O que os homens devem fazer mais é conversar com as mulheres para saber se o que pensam é realmente como muitas mulheres sentem.
      b)Sobre os seus comentários sobre defesa de quem é da família, e Wapp, eu penso de forma diversa, amigo. Creio, como outros comentários, que a melhor linha de raciocínio em minha opinião é o bom e velho “não faça com os outros o que não gostaria que fizessem contigo”.
      c)Sim, colega. Dinamarqueses acham dinamarquesas gostosas. Isso é natural e biológico. Dinamarqueses tratam as dinamarquesas de forma diferente. Não precisamos ir até a Índia, amigo, basta olhar para as estatísticas de nosso próprio país.

      Que isso amigo, o que você está longe de ser “haterismo” e agradeço o seu comentário.

      Anônimo2,
      É verdade, falei bobagem. Para uma abordagem mais técnica sobre o tópico: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1819522/

      Excluir
  15. mulheres, idosos e crianças. todos eles sofrem por serem mais fracos. seja por abusos sexuais, seja por crimes patrimoniais, seja por bullying.

    o mal e forte não suporta tratar o fraco como igual. Isso independe do sexo.

    lamento, mas o homem é o lobo do homem e a humanidade claudica em se livrar de uma tradição milenar de abusos de tudo quanto é tipo.

    abs!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, sim é verdade.
      Estou há vários anos para escrever um artigo sobre idosos.
      Grato pelo comentário.
      Abs

      Excluir
  16. As palavras mulher e feminismo sao fogo nessa finansfera, quer um post com muito comentarios e muita treta/haters é citar essas duas palavras.
    Creio que nos homens temos que melhorar e muito nosso relacionamento e tratamento com as mulheres, temos casos de homens que fazem loucuras(como se diminuir e etc) por causa de uma mulher até casos que tratam a mulher como um verdadeiro lixo.
    Não só o equilíbrio nesse relacionamento mas principalmente buscar o tratamento ao outro próximo aquilo que esperamos pra nós, pras nossas maes ou filhas, é o melhor caminho.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Marco Antonio.
      Sim, amigo. Apesar que aqui é difícil ter "haters", há pessoas que discordam apenas.
      Esse é um excelente exercício, refletir se determinados atos são condizentes com o que gostaríamos para as nossas mães, irmãs, companheiras e filhas.
      Um abs

      Excluir
    2. Como bem pontuou o soulsurfer não há muito haterismo/tretas na finansfera, há discordâncias que são naturais.

      Excluir
  17. Olá Soul, bela reflexão.

    Te pergunto, alguma amiga/familiar já fez a seguinte afirmação;

    "Se pudesse escolher, seria homem!"

    Não me recordo dos embates dessa afirmação. Mas pegando ela em si, vemos que não é nada fácil ser mulher ao ponto de algumas se pudessem trocariam de sexo.

    E entendo perfeitamente tal atitude. Pois não poder andar tranquilamente na rua devido a medo entre outros é bem triste...

    E esse ponto é um dos que fazem minha amiga não querer voltar a morar no Brasil. Em Portugal, ela diz andar a qualquer hora na rua sem qualquer medo.

    Enfim, precisamos refletir mesmo nossas atitudes. E quem sabe um dia tal troca seja sugerida por outros motivos...

    Abraço!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, colega.
      Ainda não tinha parado para pensar sobre esse prisma.
      Interessante.
      Concordo contigo, caro I.Inglês.
      Abs!

      Excluir
    2. "E esse ponto é um dos que fazem minha amiga não querer voltar a morar no Brasil. Em Portugal, ela diz andar a qualquer hora na rua sem qualquer medo."

      Meu caro II, qualquer brasileiro ou brasileira de bem tem medo de andar na rua dependendo da hora. Isso não é questão de gênero, é de segurança pública. O indivíduo pode ser um marombado de 2m de altura, tente ele andar sozinho no centro de alguma grande cidade brasileira de madrugada para ver se um bandido com arma de fogo tem medo dele...

      É por questão de segurança pública que tem tanta gente indo embora do Brasil, mais até do que por causa de desemprego e corrupção.

      Excluir
    3. Olá Anônimo, concordo com você.

      Porém há coisas bem específicas para as mulheres.

      As vezes uma simples cantada as deixam em pânico. Para nós homens é difícil imaginar que dirigir a palavra para alguém na rua possa assustar... Mas assusta!

      Andar em ônibus/metrô lotado... Tanta coisa...

      Excluir
  18. Vc disse crer que legitimamente não é machista, mas o que é "ser machista"? Como eu posso saber se eu sou, se meu vizinho é, se vc é?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Colega, basta ler o texto para uma resposta.
      Abs

      Excluir
    2. Não, não está claro.

      Se eu matar uma mulher eu estarei sendo machista?

      Se eu usar os serviços de uma prostituta? Eu sou machista ou eu estou respeitando o direito dela sobre o próprio corpo?

      Se eu não quiser que minha filha (ou esposa) ande com shortinho mostrando a bochecha do bumbum eu estarei sendo machista? Mesmo se eu estiver tentando protegê-la de um mundo q não a trata bem?

      Se eu tentar evitar que minha princesa apareça nos telefones de outros homens mesmo ela fazendo isso por vontade própria eu estarei sendo machista?

      Eu ver pornografia me faz machista?

      Eu não querer contratar mulheres me faz machista?

      Eu passar a mão nas partes íntimas de um homem me faz machista? Ou é um conceito que só se aplica quando é de um homem agindo (ou deixando de agir) sobre uma mulher?

      Se eu quiser que minha esposa não trabalhe fora de casa pra cuidar dos filhos, é machismo? E se eu achar um absurdo q ela não trabalhe fora, seria machismo? Ou eu seria machista simplesmente se estivesse indo contra a vontade dela?

      Ser contra mulheres se aposentarem mais cedo que homens, é machismo?

      Sem uma definição certa e clara dos termos não dá pra dialogar.

      Por fim, vc crê que não é machista mas tb acredita que talvez tenha atos e atitudes que simplesmente reproduzem preconceitos e violências veladas ou não contra as mulheres. Isso não te faz machista? Ou vc é um machista que não se considera machista?

      Abraço!

      Excluir
    3. Rapaz, quantas perguntas, deu até um nó na minha cabeça.
      "Sem uma definição certa e clara dos termos não dá pra dialogar."
      Depende.
      "Eu não querer contratar mulheres me faz machista? "
      Não, apenas um tolo.
      "Eu ver pornografia me faz machista?"
      Não, apenas menos inteligente (https://www.youtube.com/watch?v=DclqE-9vFgY)
      Se eu quiser que minha esposa não trabalhe fora de casa pra cuidar dos filhos, é machismo?"
      Não, se ela tiver escolha de não fazer isso, e se a opção de você se dispor a ficar em casa para cuidar dos filhos, e ela trabalhar fora for algo também colocado na mesma.
      "Eu passar a mão nas partes íntimas de um homem me faz machista?"
      Você passar a mão seja num homem ou numa mulher é um assédio que dependendo do grau pode ser uma simples agressão.
      "Ser contra mulheres se aposentarem mais cedo que homens, é machismo?"
      É apenas uma opinião, assim como tem opinião em sentido diverso.
      "Se eu usar os serviços de uma prostituta? Eu sou machista ou eu estou respeitando o direito dela sobre o próprio corpo?"
      Se você for solteiro ou estiver num relacionamento e contar que está tendo relações sexuais com outra mulher, não vejo qualquer problema.
      "Se eu matar uma mulher eu estarei sendo machista?"
      Estará cometendo um assassinato. Muitas mulheres são assassinadas e sofrem agressões de pessoas próximas.

      Não sei se forem todas, e eu sinceramente não entendi o ponto de suas perguntas.
      Pela décima segunda vez, se você está contente na forma como se conduz na relação com as mulheres mais íntimas, e com as mulheres em geral, ótimo. Se acha que precisa fazer alguma reflexão, faça.
      É simples assim amigo.

      Um abraço

      Excluir
    4. Soul, lembra do caso da Geisy Arruda, da Uniban? Naquela situação quem estaria sendo machista? Os homens que olhavam e faziam comentários apreciativos sobre o corpo dela num vestido curto (sendo que foi decisão dela usar tal roupa, assim como foi decisão da garota gravar o vídeo que foi compartilhado pelos indivíduos no começo do post), ou os que a hostilizaram por achar indecente o modo dela de se vestir?

      Se a Geisy fosse sua filha (supondo apenas), qual das destas situações você acharia pior? Ela poder escolher se vestir de forma provocante e ser alvo de comentários apreciativos dos homens, ou você tirar este mesmo direito de escolha dela para que comentários de "gostosa" e "delícia" não apareçam em grupos de conversa?

      Creio que o importante é a mulher, como qualquer ser humano, ter o direito de escolha. A garota do vídeo queria que os homens a vissem, por isso escolheu gravar o vídeo e disponibilizá-lo na rede. Uma mulher, ao escolher usar uma determinada roupa, quer que os homens (e outras mulheres) a notem. E assim como elas têm tal direito, os homens também o têm de comentar sobre o que veem. Veja bem, não estou dizendo que isso dá direito aos homens de assediá-las ou praticar qualquer delito em prol disso, claro que não. Mas, respeitando a liberdade de cada um, machismo não seria tentar tirar tais direitos delas e deles?

      Excluir
    5. Colega, no meu texto eu deixei o espaço aberto para reflexões individuais. Percebe-se que você está fazendo a sua.
      O que eu acho ou deixo de achar de um caso específico, sei lá, não sei se tem muito a ver com o que escrevi.
      Muitos falam de liberdade da mulher que fez o vídeo, mas em nenhum momento isso foi sequer questionado. A questão não foi essa. A questão é que em minha percepção alguém que banaliza a pornografia, o sexo, e as redes sociais serviram para isso, e depois diz que possui uma princesa em casa, é um ato que pode ser contraditório. Talvez muitos façam isso, e por isso o incômodo com o exemplo. Se a pessoa não se sente incomodada, ótimo, mas eu creio que esse não é um bom caminho para se construir um bom mundo para que a "princesa" possa se desenvolver ou criar relações mais saudáveis com os incontáveis homens que ela terá que se relacionar no curso de sua vida.
      A reflexão é essa, cada um faz a sua.

      Um abs!

      Excluir
  19. Em Portugal eles são bem assediadores também. Fiquei impressionado. Eles parece que identificam jovens brasileiras e perdem a noção. Minha namorada foi assediada de forma grosseira umas 4 vezes na rua. Uma delas um senhor de idade, um completo anônimo, veio com graça pedindo para tirar uma foto COM ela. Sem noção.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ola, Animal.
      É mesmo, em Portugal?
      Que coisa, minha companheira quando viajou sozinha disse que o pior país foi a Itália.
      Um abs

      Excluir
  20. Excelente texto, como sempre. Atualmente, sinto em algumas posições não exatamente uma misoginia - repulsa às mulheres, mas uma espécie de fobia. Será que esses homens (e mulheres) sentem medo de perder algo?

    ResponderExcluir
  21. Soul, me permita um offtopic nesse importante assunto.
    Ainda sobre a venda de imóveis, com a quantidade de alienações que você tem feito é provável que você esteja pagando um quantia considerável de IR - ganho de capital.

    Você já analisou a conveniência/possibilidade de pagar este tributo com crédito oriundo de precatório?
    Parece que existe um mercado secundário forte, desde quando foi permitido utilizar este crédito. E é algo muito afim à sua antiga atividade.

    Em segundo lugar, quais as mídias você utiliza para anunciar os imóveis?

    Abraço!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, colega.
      Se não me engano, não se pode compensar tributos diversos, mesmo que do mesmo ente federativo.
      Porém, a compra de precatórios é algo que estudei e queria colocar em prática, mas acabei não indo para frente.
      Se você tiver um precatório da federal acima de 200-300 mil e quiser vender, é só me procurar.
      Abs

      Excluir
    2. obs: eu vou pesquisar novamente o tópico, pois precatórios federais foi uma das ineficiências que eu achei quando refleti sobre algumas ineficiências claras. E, sim, meu IR desses ganhos de capital é de sete dígitos (leilão de imóveis também é uma)
      Abs

      Excluir
    3. Eu não domino o assunto e não sabia sobre essa especificidade de ser do mesmo tributo. Interessante.
      Precatório, da forma atual, é algo que beira a imoralidade pra mim. Em que aspecto você pontua essa ineficiência? Abraço!

      Excluir
    4. Soul,
      e sobre os mecanismos de anúncio dos imóveis? Costuma utilizar quais meios?

      Excluir
    5. Não possuo precatório federal, apenas estadual =D

      Excluir
  22. Olá Soulsurfer,

    gostaria de agradecer ao post, porque acredito que homens como você contribuem muito para ajudar a combater a cultura de violência contra a mulher. Sei que sua reflexão partiu da Índia, mas gostaria de reforçar que temos problemas parecidos no Brasil. Alguns exemplos: assédio em coletivos, onde homens se aproveitam do horário de pico pra se esfregar nas mulheres (digo por experiencia própria); assédio em espaços públicos em horário noturno; assédio por prestador de serviço dentro de casa (tenho uma amiga que inventou um marido por conta de assédio); assédio no local de trabalho (moral e sexual, conheço um caso que está em investigação); assédio de parentes (todo dia está no jornal).
    Se colocar no GOOGLE "mulher morta pelo" as respostas em maioria são namorados, companheiros, marido, filho.
    Enfim, vivemos sim num país onde temos liberdade de dialogar sobre esses problemas, mas ainda temos sérios problemas para nos posicionar, a violência e o machismo são alguns deles.
    Homens, são suas mães, irmãs, mulheres e filhas que estão expostas, precisamos de sua empatia.

    Grande abraço!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, colega.
      Grato pelo comentário. Sobre esse tema é muito mais importante ouvir o que as mulheres tem a dizer, do que nós homens ficarmos discutindo sobre o que as mulheres acham, sentem e fazem.
      Abs

      Excluir
  23. Não quero entrar muito nesse assunto, só quero fazer uma autocrítica da blogosfera em algo que muito me incomoda: o tal "movimento da real".

    Apesar de enxergar alguns méritos nesse "movimento", eu vejo que muitos das pessoas que simpatizam com ele são hipócritas, ao menos no quesito mulher. "Mas por que MIN, seu escravoceta?". Calma, gafanhoto!

    Porque os caras da real ficam falando que as mulheres são interesseiras, vadias, só gostam de caras mal caráter, fúteis, etc.

    Mas e vc?

    Você, amigo da real, também não é interesseiro? Você conversa de boa com as gordinhas na balada ou só chega nas gatinhas top? Você tem um papo interessante? Você cuida da sua autoimagem? Você está procurando um relacionamento duradouro ou apenas sexo casual? Ou um mulher-troféu para exibir para a sociedade?

    Então, creio que esses homens, na "real", são tudo aquilo que eles criticam nas mulheres e estão muito cheios de si e de vitimismo e mimimi (tudo aquilo que eles dizem odiar) para enxergar isso. Mais fácil culpar o outro.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, amigo.
      Eu nunca tinha ouvido falar de "betas", "movimento da real", até pouco tempo atrás e por meio de blogs.
      Eu acho um discurso sei lá, estranho.
      Se ajuda na construção de uma auto-imagem melhor, como destacado por você, então "real", "beta e alfa" podem ter um papel importante, pois a auto-estima é importante para navegarmos por relações amorosas, sexuais, profissionais.
      Porém, como bem destacado, é preciso ter calma, pois a complexidade do mundo não é explicada por algumas poucas frases de efeito.
      Um abs

      Excluir
    2. Falou mal da real jaja chega o exercito de haters...

      Excluir
    3. Eu fiquei abismada com essa microcena (espero que seja) chada a real, betas. Confesso que leio para entender como é que funciona a cabeça dessas pessoas que pensam de forma extremamente diferente de mim. Mas, por vezes, confesso que eu me sinto mal, pois percebo um movimento de ódio. Me parece que a vida de muitos que rebaixam ou menosprezam as mulheres como seres meramente figurativos e sexuais, se movem na vida, pelo ódio e rancor. Sinceramente acredito que muitos precisam de tratamento psicológico, pois enxergam a vida de maneira excessivamente penosa e com grande ódio ao sexo (ou gênero, como queiram) oposto.

      Excluir
    4. Tem exagerados em todos os lados. Tem publicações feministas que tratam homens de forma semelhante a essa.

      Excluir
  24. Soul, permita um off topic aqui rapidinho, qual sua opiniao sobre o cafe "bulletproof"? Aparentemente tem beneficios interessantes, segue um video falando sobre(esta em inglês): https://youtu.be/3BqtuEkx6Sc

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Marco.
      Eu sei da existência, já ouvi inclusive um debate do criador do "Bulletproof Coffee" com dois veganos numa discussão no Google Talks.
      Eu creio que tudo pode ser experimentado. Porém, apesar de não precisarmos ter medo de gorduras saturadas, é preciso reconhecer que há pessoas que são hyperesponders no que toca ao consumo de gordura e o aumento do colesterol sérico.
      Logo, é certo que um maior consumo de gordura irá dar mais saciedade, porém é necessário monitorar o que isso ocasionará em alguns marcadores biológicos seus. A resposta é muito individual.

      Um abs

      Excluir
  25. Soul, matéria curiosa, afirma que dieta e exercícios podem interferir na ativação de genes do nosso DNA.

    https://super.abril.com.br/saude/comer-verduras-e-fazer-exercicio-altera-o-seu-dna/

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sim, Jairo. Isso é epigenética.
      Abs

      Excluir
    2. Caro Soul, uma pergunta, nas suas leituras sobre biologia e assemelhados, por acaso vc chegou a encontrar alguma referência de possíveis prevenções a alzheimer? Nós somos relativamente jovens, mas esta é uma doença sem retorno, pelo que entendo, a única hipótese seria a prevenção..

      Excluir
    3. Olá, Jairo.
      Um marcador genético é o gene APOE que produz a apoliproteinaE que é uma das apoliproteinas responsáveis pelo transporte de lipídios em nosso organismo (como colesterol, por exemplo).
      Há três versões: 2,3,4
      Comparado com o baseline APOE 3,3 (os dois alelos três) que é configuração genética de 60-70% da população, uma pessoa que possua APOE 4,3 possui uma chance aumentada de 3 vezes de desenvolver AZ. Uma pessoa homozigota de APOE 4,4 possui uma chance de 12 a 15 vezes. Isso é associação, não necessariamente causalidade. Mas há um marcador genético forte associado a doença. Valeria a pena fazer um teste genético se sua família tem histórico. Eu estou louco para fazer um sequenciamento genético meu.

      Se você for baseline (APOE 3,3) ainda não há muito consenso sobre o que causa o AZ. Porém, se você for diabético ou resistente à insulina em nível elevado, isso está diretamente associado com aumento de risco de AZ. Logo, diminua carboidratos refinados e açúcar.
      Exercício é associado com uma diminuição de incidência de AZ.

      AZ é considerado por muitos autores como uma espécie de "diabetes tipo 3".

      Um abs

      Excluir
    4. Muito obrigado!! :-)

      Excluir
  26. Soul, boa tarde!

    Venho acompanhando seu blog tem um tempo e tirei o dia pra dar uma boa lida em seu site, lendo vários artigos de datas aleatórias e me surgiram algumas dúvidas (não relacionadas com o texto):

    1) Patch Adams na entrevista ao Roda Viva diz que devemos fazer algo pelo próximo, pois a riqueza pela riqueza é uma mesquinharia (estou colocando com as minhas palavras e não ipsis litteris).

    Posso estimar que você tem um patrimonio vultuoso algo que certamente ultrapassa o imaginável por muitos - e ao mesmo tempo é tão pouco perto da fortuna do Silvio Santos, Rockfeller etc.

    Contudo, gostaria de saber o que você faz para ajudar o próximo e se o faz, não acha que é apenas por uma questão de ego? Como você se sente em ter tamanha riqueza e saber que existem pessoas morrendo de fome? Sei que seu patrimônio não é capaz de sequer acabar com as injustiças sociais do seu bairro, mas o que você enquanto pessoa consciente faz para mudar as injustiças do mundo?

    2) Se pudesse indicar 10 livros, independente do assunto, quais seriam?

    Um abraço.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Opa, colega. Escrevi uma resposta maior, mas ela infelizmente se perdeu. Assim, vai a resposta condensada. Primeiramente, agradeço pela leitura dos meus artigos.
      a) Patch Adams foi uma grande influência, principalmente quando vi essa entrevista em 2007. Muita coisa aconteceu de lá para cá em minha vida, aprendi e vivi muitas coisas. Ainda acho a melhor entrevista que já ouvi em minha vida, mas isso não significa que ele está correto em todas as assunções feitas por ele. O mundo é muito complexo e cheio de nuances.

      b) A questão da justiça é extremamente ampla. Alguém deve algo para outra pessoa sem ter voluntariamente assim decidido? Muitos dizem que sim, outros dizem que não, e muitos não fazem ideia da resposta. A questão do assistencialismo é algo que realmente preciso me aprofundar. Porém, a ajuda a outros é feita de muitas maneiras. Com empatia, por exemplo. Olhando no rosto de uma pessoa mais simples, por exemplo. Escrevendo textos que de alguma maneira possam ajudar a vida de certas pessoas. Creio que a forma de como podemos nos relacionar melhor com outros seres humanos, e assim minorar as “injustiças” do nosso entorno, é muito vasta. Com certeza a doação, dinheiro, etc, é muito importante, mas não é a única forma.

      c) Dez livros. Hum. “O Idiota”, “Irmãos Karamazov”, “O Processo”, “ 1984”, “Revolução dos Bichos”, “O Dilema do Onívoro”, “ O Mundo Assobrado Por Demônios”, não sei colega, há tantos bons livros que li, e há uma grandeza absurda de livros que não li, que é difícil indicar 10 livros. Estes que eu indiquei abrangem uma gama enorme de assuntos, autores, contextos históricos.


      Abraço!



      Excluir
  27. Ótimo postagem, vale a reflexão para os homens que frequentam o blog e que se pegam repetindo diversos atos de menosprezo e submissão das mulheres.
    Sou pai de uma menina, cuido dela em todas as tarefas de casa (banho, acordar de madrugada, colocar para dormir, fazer comida, etc.), e nunca achei que isso fosse função exclusiva das mulheres. Aliás, sou muito sacaneado por meus amigos por conta dessa minha atuação integral como pai.
    Gostaria que ela crescesse ao lado de homens que a respeitem e entendessem as dificuldades encontradas pelas mulheres nessa sociedade machista e cada vez mais patética.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Baiano. Meus parabéns meu amigo. Imagino que sua mulher deve estar agradecendo você ser um pai realmente presente em todos os aspectos.
      Um abs

      Excluir
  28. Esses comentários, do tipo: "Que garota gostosa", "Que garota linda, dá um caldo", não tem nada a ver com machismo ou o ato de inferiorizar uma mulher, e sim tem a ver com a cultura do homem de idolatria do homem à sexualidade, ao corpo da mulher, e obviamente, ao fato dos homens, de maneira geral, serem escravos da sexualidade e de seus hormônios.

    Por quê você acha que as prostitutas ganham muito dinheiro, apenas comercializando o sexo? Pois é, graças à líbido incontrolável dos homens.

    Pode soar desrespeitoso, de fato, mas você acha que as mulheres não comentam entre elas coisas similares em relação aos homens? "Gostoso", "Delicioso", e coisas até mais "pesadas"? Pois é. ;)

    Enfim, esse hábito dos homens de sempre sexualizar as mulheres não se deve a "machismo", e sim ao fato dos homens serem verdadeiros sedentos por sexo. Ademais, lembre-se, as mulheres brasileiras, em grande parte, se "auto-objetificam" quando usam shortinhos curtos, mini-saias minúsculas, quando na tv vemos mulheres praticamente nuas, enfim.

    Tudo isso contribui, e repito, não é pq um homem faz esses comentários com seus amigos, que ele seja defensor de que mulher tem que ficar lavando roupa, lavando louça e não pode sair de casa.

    Abs.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Valeu pelo comentário, colega.
      Um abs

      Excluir
    2. Discordo dessa opinião. As mulheres podem sair como quiserem e isso não dá direito de nenhum homem importunar, assediar, estuprar, amigo! Essa sua libido incontrolável é uma coisa a se analisar. Socialmente falando, somos humanos e não animais sem controle. Certa vez, um professor pediu para alunas fecharem até o ultimo botão da bata, pois o mesmo não ia responder sobre os próprios atos. Essa mesma pessoa responde por assédio todos os anos. Por funcionárias , por alunas. Um asco!

      Excluir
    3. Anônimo,

      ninguém falou em momento nenhum que isso é justificativa para estuprar ou algo do tipo, você está deturpando totalmente o que falei.

      O que quis dizer é que os homens naturalmente sempre "sexualizam" a mulher, e sempre comentam coisas do tipo, como "gostosa", "delícia", etc, não por apenas verem a mulher como um objeto, ou muito menos odiarem as mulheres, mas sim pelo fato de que os homens são verdadeiros manginas, sedentos por sexo.

      Como eu falei, se não fosse assim, como as prostitutas ganhariam tanto dinheiro? Pois é. Ganham pois sabem se aproveitar do vicio do homem em sexo.

      Isso é justificativa pra estuprar ou abusar? Quem está falando isso é você. Eu não falei isso em momento algum. Falei apenas que é uma explicação e um motivo para o comportamento geral dos homens.

      Excluir
  29. Soul, cadê esse livro de leilões.
    Esquece um pouco esses artigos polêmicos e foca em ajudar quem deseja pedir exoneração no serviço público e seguir seu exemplo...rsrs

    ResponderExcluir
  30. Venho acompanhando a finansfera há um ano e pela primeira vez vi um texto tão legal vindo desse meio. Sou mulher, não gosto de feministas radicais que supostamente odeiam homens, mas entendo o que muitas dessas sofreram nas mãos de "homens de bem". O padrão que estamos acostumados é o padrão onde homens têm maior valor na sociedade do que as mulheres. Inconscientemente isso é passado de geração em geração. Hoje tenho 30 anos e sofri atitudes machistas em todo percurso da vida. Uma guerra diária de provar competências e me desviar de assédios ( inclusive de professores universitários, donos de clínicas ban ban ban). O medo de simplesmente sair na rua e comprar pão é muito maior para as mulheres, embora o país esteja violento como um todo. Já participei de conversas onde a maioria das pessoas são do sexo masculino e de forma inconsciente, muitos acham que as mulheres não tem nada de inteligente ou importante para dizer e simplesmente ignoram a presença. Já vi supostos homens que dizem cuidar bem das suas mulheres e quererem que essas fiquem em casa, entretanto, muitas vezes, isso funciona como uma forma de ter poder sobre essa mulher ( e PUM - Violência doméstica). Assédio acontece todos os dias , em vários lugares, por colegas de trabalho, no ônibus, no metrô, na rua, aqui no Brasil ( Não é raro!) Se a pessoa está sozinha na rua ou está solteira, para muuuuitos homens é sinônimo de presa fácil. Simplesmente a abordagem é bem sacana. E isso não é uma exceção. É REGRA! O principal motivo que me faz pensar em sair do país é essa violência velada. E olhe que não sou de levantar bandeira feminista não. Mas o que eu vi, durante a minha infância toda, pais de muitas amigas, homens de família, tratarem com descaso as suas esposas, tratando de forma inferior, menosprezando ou batendo mesmo... Trabalho em uma unidade de saúde e a quantidade de mulheres que sofrem violência doméstica é absurda! Muitas não querem nem saber de polícia, porque a morte é certa. Homens que se incomodam por existirem leis especificas para isso deveriam solicitar também leis para violência contra homens ou de prevenção à violência, nos casos que cabem. Mas, não deveriam menosprezar o fato da grande diferença entre o tratamento de homens e mulheres no Brasil. Acredito que uma autoavaliação sobre o tema é fundamental. Tentar ser mais sensível, fugindo de extremismos. Tanto para homens, quanto para mulheres que perpetuam o machismo.

    ResponderExcluir