quinta-feira, 23 de outubro de 2014

ELEIÇÃO PRESIDENCIAL - NÃO É UMA QUESTÃO DE CARÁTER, MAS SIM DE RESPEITO

                Olá, colegas! Próximo domingo o povo brasileiro irá escolher o próximo presidente para os próximos quatro anos. Dizem os especialistas, e eu concordo com eles, que há muita coisa em jogo. Não irei comentar sobre o que acho que pode acontecer com a vitória do Aécio ou com a vitória da Dilma. Aliás, nem sei se sou capaz de fazer comentários sobre esse tópico sem descambar para o “achismo”. Não, hoje comento sobre a nossa postura enquanto povo, e indivíduos, em relação a esta eleição.

                Num país onde cada vez mais uma opinião contrária é tratada com intolerância, não é de se estranhar que numa eleição presidencial tão disputada como essa os ânimos fiquem mais acirrados. Porém, eu acho que estamos passando de alguns limites. Ataques pessoais pelo jornal, pela televisão, pelas redes sociais, isso tudo porque alguma pessoa comete a heresia de dizer que vai votar no outro candidato. Há pessoas que dizem que “pessoas de bem” (eu sempre achei essa expressão sem qualquer sentido, mas não irei comentar os motivos nesse artigo) devem votar em Aécio. Assim, se outra pessoa vota na Dilma, ela automaticamente se transforma numa “pessoa do mal”, seja lá o que isso possa significar. Pessoas preocupadas com os mais desafortunados devem votar em Dilma, pois quem não o faz é uma pessoa egoísta “da elite”.  Falando seriamente com os poucos, mas muito instruídos em sua maioria, leitores desse blog: é isso que queremos para o nosso país? É essa a qualidade da convivência, da harmonia, e do respeito que queremos ter com os nossos compatriotas? Se a resposta for sim, só posso ficar triste e um pouco decepcionado.

                Amigos, essa eleição não é para descobrir quem se preocupa mais com os pobres ou quem é ou não uma “pessoa de bem”. Eu, por exemplo. Iria votar na Marina, mas acabei votando no Aécio no primeiro turno. Irei repetir o meu voto no senador mineiro no próximo domingo. Isso não me transforma numa pessoa mais iluminada, mais inteligente ou mais “do bem” do que outra pessoa que porventura possa estar inclinada a votar na Dilma.

                Ontem, eu perguntei para a senhora que lava a minha roupa (eu levo a roupa para a senhora lavar, faço isso desde a minha época da faculdade) em quem ela ia votar. Ela me respondeu que iria votar na Dilma. Essa senhora deve ter os seus sessenta e poucos anos. Ela é aposentada por invalidez, pois tem um grave problema na perna. Mesmo com esse problema, ela sobe e desce várias vezes ao dia a escada da sua casa, e lava sacos e sacos de roupa todos os dias para ter uma renda extra à sua aposentadoria. É uma pessoa extremamente educada, sempre me recebendo com cortesia e sorrisos. Esforçou-se para que seus filhos estudassem, tanto que um hoje é funcionário no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, se não me engano. É uma mulher sofrida, que sofre com dores diárias por causa da sua perna, trabalhadeira e extremamente honesta (o preço cobrado sempre foi muito justo).

                Essa mulher, por acaso, não é “do bem”, pois irá votar na Dilma? Essa mulher vai votar na Dilma, pois é dependente de “esmolas governamentais”, como algumas pessoas também falam sobre os eleitores de Dilma?  Evidentemente que não. Mas, Soul, ela está equivocada, e a contabilidade criativa, e o nosso déficit nominal batendo 4% do PIB, e a inflação e o crescimento, e a intervenção desastrada do governo na economia, etc, como é que fica? São por estes, e por outros, motivos que irei votar no Aécio. Porém, eu não tenho a pretensão de ser o dono da verdade, e mesmo achando que votar na Dilma no domingo não seja a melhor alternativa, isso não me dá o direito de menosprezar ou desrespeitar pessoas com posicionamentos diferentes.

                No fundo, esse antagonismo forte entre as pessoas em nossa eleição para mim é apenas a conseqüência de algo mais profundo que infelizmente está ocorrendo em nossa sociedade brasileira: a profunda falta de respeito das pessoas entre si. Não é à toa que o nosso trânsito virou uma guerra, que sair na noite pode resultar em ferimentos por agressão de alguma pessoa esquentada, etc.

                Precisamos (re)aprender a empatia. É apenas quando sentimos empatia que podemos tentar nos colocar no lugar do outro. É apenas tentando se ver no lugar do próximo é que conseguimos talvez entender as motivações, as frustrações, decepções, raivas, de alguém com alguma coisa. No filme Tróia, depois de Aquiles ter matado o príncipe de Tróia e grande guerreiro Hector e puxado o seu corpo pelo chão sem qualquer respeito, o guerreiro mítico é confrontado com o Rei de Tróia em sua cabana. Príamo, o Rei, pede a Aquiles que devolva o corpo do seu filho  para que Hector ter um enterro digno. Aquiles então pergunta para o Rei: “ Por qual motivo você acha que eu devolvendo o corpo do seu filho, nós não continuaremos inimigos amanhã?” O Rei então responde: “O que o faz pensar que não somos inimigos agora? Porém, mesmo entre inimigos deve existir respeito”.

                Essa última frase de Príamo sempre me marcou. Se um Rei deve respeitar uma pessoa que matou o seu próprio filho, por qual motivo nós devemos desrespeitar as pessoas por ter opiniões diferentes sobre determinados assuntos? Por qual motivo não podemos apenas compreender que as pessoas são diferentes, possuem interesses diferentes e às vezes pensam de forma diferente? Isso em hipótese nenhuma quer dizer concordância com opiniões ou situações em que achamos injustas ou incorretas, como bem dito pelo rei ao dizer que ele e Aquiles ainda eram inimigos, mas isso não deve turvar a nossa compreensão ou os nossos gestos, e nos levar a ser desrespeitosos ou grosseiros com quem quer que seja.

               O que nós enquanto sociedade preferimos? 



 Isso
Ou isso (militantes do PT e do PSDB trocam agressões no dia 23/10/2014, parecendo que a eleição presidencial virou briga de torcida organizada)?

                     Por isso, colegas, votem com consciência no domingo. Exerçam a sua cidadania, porém respeitem outras pessoas e outros posicionamentos, mesmo que outras pessoas não respeitem os seus.

         Grande abraço a todos!

45 comentários:

  1. Soul, você que é extremamente culto e viajado, me responda :

    Já traçou um paralelo doc. havíamos venezuelano e do Pt no Brasil?

    A divisão que o Pt conseguiu no Brasil e que parece querer que fique claro é a mesma ocorrida na Venezuela : pessoas de melhor nível cultural votam Aecio e pessoas menos cultas votam Dilma. Pessoas de áreas mais desenvolvidas votam Aecio e pessoas de regiões mais pobres votam Dilma.

    E o pior é que o Pt quer veladamente essa idéia fique fixada no povão.

    Rico vota Aecio e pobre vota Dilma.

    Tal qual a pátria bolivariana estamos fazendo uma grande e perigosa cisão no pais. Estimulado pelo atual governo irresponsável.

    Percebe isso? Percebe o perigo?

    Apesar de convicto no meu voto não quero ser o dono da verdade. Mas o interessante é saber por que votar

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    1. Continuando... Porque votar em a ou B.

      Pergunte a si mesmo e depois pergunte a lavadora de roupas.

      Quem justifica com projetos e quem justifica com as mentiras eleitoreiras e demagógicas?

      E, com a tal cisão... Para que educar o povo? Para que tirar o povo da pobreza se eu posso usar o cabresto do bolsa família onde apenas meu partido manterá é o adversário o suspendera...

      Desculpe, mas realmente não consigo imaginar uma pessoa letrada votar na Dilma.

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    2. Olá, Guardião.
      Eu como já estive na Venezuela, posso comentar um pouco sobre esse paralelo.
      A Venezuela sempre foi um país com uma riqueza enorme (petróleo), mas extremamente desigual. Sempre foi um pais instável, tanto que Chavez teve um golpe fracassado em 1992 se não me engano.
      Em 1998, ele se elege presidente. Em 2002, a oposição, com apoio descarado da mídia e contra a vontade popular, aplicou um golpe baseado numa mentira. A coisa foi tão escancarada que foi ridícula. Se quiser mais informações sobre esse golpe midiático veja o documentário "La revolucion no sera televisionada".
      Por que digo isso? Porque há um Chávez antes do golpe e um Chavez pós-golpe.
      Com vários venezuelanos que conversei quase todos que não gostavam de Chavez (quando eu fui ele ainda era vivo) disseram que a radicalização começou algum tempo depois desse golpe.
      Portanto, para mim a Venezuela é um exemplo claro do que a radicalização, seja para um lado, seja para o outro (costuma-se apenas ver o lado negativo de Chavez, e pouco se analisa aqui no Brasil o outro lado) pode levar a um país.

      Sobre o nosso país, eu também não gosto dos rumos que o PT deu a essa campanha. Devo compartilhar de muitos argumentos seus para votar em Aécio. Porém, há uma linha, em minha opinião claro, de que não podemos passar, sob pena de irmos minando o tecido social.
      Não se combate um discurso de ódio e divisão com mais ódio e divisão.
      Também não creio que esse cenário seja tão simples e claro. Se a Dilma não tiver uma quantidade de votos razoáveis no sul/sudeste ela não se reelege é simples assim.
      Existem centenas de milhares de pessoas letradas que irão votar na Dilma. Elas podem estar equivocadas, como acho que estão, mas isso não é motivo para um discurso de desrespeito.

      Abraço Guardião!

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    3. É um erro acreditar nessa falsa polarização, de ricos votando no Aécio e pobres votando na Dilma.
      Ambos candidatos receberam votos de ambos os lados.
      Eu votei na Dilma, por uma série de motivos, dentre eles predomina, minha forte inclinação para políticas de reparo social.
      Após a eleição eu fiquei muito, mas muito triste, ao ver a quantidade de mensagens xenofóbicas que inundaram a rede. É simplesmente assustador, perceber a falta de capacidade do brasileiro em lidar com opiniões opostas.
      Eu tive bons debates, com muitos e muitos amigos durante esses dias que antecederam as eleições, e em todos eles, eu sempre mantive um nível cordial de educação, sempre fugindo de posturas agressivas e desrespeitosas.
      Ao ver essas ondas de ódio que se espalharam no pós eleição, me faz lembrar da mensagem do filme "Die Welle", o filme nos mostra que quando passamos a não tolerar opiniões contrárias, corremos um sério perigo de provocar uma ruptura na democracia, e regressarmos a um regime fascista por exemplo.
      O soul mostrou que o caos por vezes não está tão distante como imaginamos, no seu triste texto sobre o Camboja e seu recente massacre durante o governo do Kmer vermelho.

      Abração

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    4. Olá, Investidor.
      Sim. Eu votei no Aécio. E daí? Pensamos diferente sobre quem poderia ser melhor, e isso vai nos fazer entrar num ringue de MMA?
      Eu creio que todas essas mensagens de ódio são apenas fruto de ignorância. Se as pessoas viajassem mais, se fossem mais instruídas (e não falo apenas de educação formal) e se valorizássemos mais a empatia e a solidariedade, eu tenho certeza que diminuiríamos muito esse rancor.
      O filme "A Onda" é muito bom mesmo, baita filme.

      Abraço amigo!

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  2. Concordo totalmente Soul!! Muito bom o post!!
    Depois de passar um ano na Inglaterra, umas das coisas que mais me impressionei negativamente quando voltei (já estava esquecendo como era), foi a brutalidade do trânsito. Aquela corridinha para atravessar a rua e não ser atropelado, que é corriqueira por aqui, simplemsmente não existe no interior da Inglaterra onde morava. É impressionante o desrespeito que o brasileiro tem com a vida do próximo, em alguns momentos, e como, por tão pouco, a coloca em risco real. Isso é inadmissível num país de primeiro mundo. Assim como é nosso noticiário policial, somos "acostumados" com a violência, brutalidade e muitas mortes por motivos banais, todas as semanas.
    Me parece que conforme, nós brasileiros, avançamos em conforto material estamos nos tornamos (de maneira geral) mais individualistas e nossa empatia com o próximo diminui. O que é uma grande lástima. Sendo sincero já não somos "modelos" em muitas áreas: ética do trabalho, corruptibilidade... Se perdermos ainda o que nos torna positivamente vistos no exterior, um povo receptivo e alegre, o que nos restará?!
    Grande abraço meu amigo!!
    Green Future

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    1. Olá, Green!
      Concordo plenamente com o seu comentário. E a sua indagação ao final é uma indagação que sempre faço a mim e a quem se dispôs a conversar comigo sobre esse tema.
      O nível de violência e brutalidade por coisas banais no Brasil, assusta. Talvez só exista isso em alguns países da América Central, Venezuela e alguns países africanos.
      Estamos perdendo a empatia gradativamente, e isso me assusta muito, muito mais que a economia. O Brasil é um país gigantesco, com economia relativamente diversificada, com recursos naturais de diversos tipos. Podemos não nos transformar num país rico, e dificilmente vamos no nosso tempo de vida, mas dificilmente nossa economia colapsará algum dia.
      Agora, certos princípios morais e éticos, certos relações sociais básicas, estas sim quando perdidas pode levar gerações para consertar.

      Abraço!

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  3. Aécio não é São Jorge, mas minha esperança é que ele mate o Dragão.

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    1. hehe, desde que a sua linguagem não seja literal, quem sabe:)
      Abraço

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  4. Surfista, aquela cena do filme nunca existiu. É apenas ficção; imaginação ou desejo oculto do autor. Vamos ler Maquiavel para saber como as coisas funcionam quando se trata de relações de poder. Depois desenvolvo melhor, pois digitar no cel sucks...

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    1. Olá, Troll.
      Maquiavel eu já li na cadeira de ciência política, o que objetivamente você gostaria de trazer do pensador medieval italiano?
      Se esta cena existiu ou não, realmente não saberia dizer, pois tudo que envolve a história de Troia é envolta em história com misticismo, e eu realmente não conheço bem nenhum dos dois aspectos.
      Entretanto, mesmo porventura sendo ficcional, eu creio que é uma bela passagem e creio que nos ensina uma importante lição de que o nosso "inimigo" merece respeito.

      Abraço!

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    2. O troll tá certo.

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    3. Então Surfista, para fechar a linha de raciocínio que comecei, eu citei Maquiavel, pois o considero uma das mais brilhantes mentes que já passaram pelo Planeta. Sua obra O Príncipe fala de forma aberta como deve ocorrer a condução do Estado pelo seu líder de forma a fornecer os meios para que os cidadãos alcancem o bem-estar e a plenitude em todas áreas. Esse livro foi considerado escandaloso por muito tempo, mas eu não vejo como bom ou mau; ele é apenas realista. Para resumir a obra, Maquiavel deixa claro que o interesse público deve suplantar o privado custe o que custar. A consequência disso é que um homem público NUNCA conseguirá gerir o estado servindo-se dos mesmos princípios de retidão, lisura e honra que devem permear a vida privada. Para ilustrar, vamos tomar a cena do filme Tróia que você citou. Caso o Rei Príamo aproveitasse uma distração de Aquiles e o assassinasse covardemente com uma punhalada nas costas, tal ato soaria infame perante a noção de honra e honestidade, certo? Porém, de acordo com Maquiavel, o Rei Príamo estaria apenas zelando por seu povo, já que Aquiles era um inimigo e líder fundamental e sua morte poderia acabar com a guerra e poupar milhares de vidas e recursos. Um exemplo real e atual sobre como muitas vezes pode ser necessário atropelar certos princípios em nome da coletividade é o recente caso de espionagem e quebra de sigilo envolvendo a CIA e os EUA. Obviamente, espionagem e quebra de sigilo em âmbito privado são atitudes criminosas. Mas e quando uma nação vive sob constante ameaça de terrorismo como os EUA? Será possível pensar em honra e caráter o tempo todo? Nesse contexto, torturar um suspeito de terrorismo para obter informações que podem salvar milhões seria uma prática vil e inaceitável?

      E inventar um boato para difamar um adversário político considerado incapaz para exercer a função pública, mas extremamente popular? Derrotar esse adversário seria ter a chance de implantar um programa de governo para melhorar a vida de milhões, concorda? É claro que esse raciocínio maquiavélico é perigoso, pois cria-se o risco de justificar todas as más condutas utilizando-se a escusa da supremacia do interesse público sobre o privado. Mas a linha é tênue. Obama a cruzou. E assim será com todo homem público um dia.

      Um abraço!

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    4. "O Príncipe fala de forma aberta como deve ocorrer a condução do Estado pelo seu líder de forma a fornecer os meios para que os cidadãos alcancem o bem-estar e a plenitude em todas áreas."

      Shhh... Agora o Troll tá errado. Deveria ter aproveitado a oportunidade pra ficar de bico calado e não estragar a pose.

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    5. Olá, Troll!
      Você coloca questões muito interessantes e de difícil resolução.
      Por essa linha de raciocínio, a tortura pode ser justificada em certas circunstâncias. Uma pessoa como Kant não concordaria jamais com isso, pois para ele o princípio máximo moral é que um ser humano nunca pode ser transformado num objeto para qualquer coisa. O que diferencia nós humanos é que todos possuem uma dignidade inalienável.
      Faz muito tempo que li Maquiavel, então eu não lembro perfeitamente tudo que ele disse. O que eu lembro, e aqui você está absolutamente certo, ele foi o precursor da ciência política, ele procura analisar como acha que a vida pública é (então aqui não há espaço para mau e bom), ou seja uma esfera ôntica de análise. A análise do que deve ser deveria ficar para a filosofia política.

      Você tem razão em suas considerações quando fala que o Rei se tivesse a chance talvez tivesse assinado Aquiles. Assim como os gregos venceram a guerra usando da mentira com o célebre "Cavalo de Tróia".

      Concordo que a linha é tênue e o debate do tema pode ser apaixonante. Eu costumo ser um ardoroso defensor de direitos humanos, mas reconheço que podemos sim ter situações extremas, onde a não violação de um direito de uma pessoa pode ocasionar um prejuízo tão enorme para tantas pessoas, que parece ser justificável.

      Enfim, não há saídas simples, não há escolhas morais fáceis em determinados casos, mas é fundamental que pelo menos nós, enquanto sociedade, voltemos a falar mais de ética e decisões morais.

      Abraço!

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    6. Então os fins justificam os meios?

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    7. Quando se trata de questões de interesse nacional a regra é essa de acordo com Maquiavel.

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    8. Não li Maquiavel, mas a palavra maquiavélico agora faz bastante sentido! rsrsrsrs

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  5. A situação é muito mais grave Soulsurfer. O que está em jogo é o futuro do Brasil. O PT tem um projeto de poder e quer implantar o Socialismo na América Latina. É "apenas" isso que está em jogo.

    Quer salvar o Brasil? Vote no Aécio 45!

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    1. Olá, IL.
      Vou votar no Aécio, mas isso não irá salvar ou deixar de salvar o Brasil.
      O Brasil continuará existindo na segunda-feira e continuará existindo em 2019.
      Porém, concordo que uma mudança de rumo é extremamente necessária.
      Abraço!

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  6. Soul, por quais mudanças vc espera ao votar no Aécio? Indicadores sociais fundamentais foram muito incrementados nessa última década no Brasil. As concretizações de políticas públicas em diversas áreas foram fortemente ampliadas. Inúmeras fontes corroboram isso. Os argumentos de oposição lastreiam-se basicamente no que a elite que detém a quase totalidade dos meios de comunicação divulga. Sinceramente, com expressivos avanços, tenho curiosidade em saber porque de seu voto na oposição. Ricos, pobres e classe média foram bastante favorecidos neste governo atual. Milhões de pessoas ultrapassaram a linha da miséria. Classe média foi recordista em gastos no exterior. A Educação formal recebeu rios de investimento...

    Não vivemos uma ditadura. Há responsabilidade a ser cobrada de estados e municípios. O presidente não pode ser culpado sozinho.

    Tem-se de votar no menos pior... Garantir avanços.


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  7. SoulSurfer,

    Eu concordo integralmente com o seu texto, contudo é necessário que se entenda que esta mazela apresentada se dá em função de vivermos numa democracia (não defendo algo diferente disto).

    "A voz da maioria" faz com que fiquemos completamente inaptos e "vendidos" pelas mais insandecidas decisões que esta maioria opta nas urnas. Oras, daí a revolta, a revolta é em função desta impotência. O voto é uma arma pouca, é preciso não só votar, mas estar indignado (e muitos não conseguem assim ficar sem raiva), com tudo o que acontece no país. Talvez esta indignação se contagie e faça os inaptos e deseducados perceberem que não estamos num bom caminho.

    É incrível que, no ano passado tivemos toda aquela manifestação, e, agora, isto não dará em nada, pois o corrupto PT será reeleito. O PT foi condenado no Supremo, não será pelo povo brasileiro. Esta é a revolta.

    O argumento que o PSDB também possui/possuiu suas mazelas corruptivas é válida, contudo quem está no poder é o PT agora.

    A raiva, a revolta e o ódio, por mais nefastos que possam aparentar ser, é a arma que tem num mundo cínico de marqueteiros e publicidade que vivemos. O humor é uma outra alternativa, mas é difícil ter humor quando somos diretamente afetados pelas más escolhas dos outros.

    Abraços, Renato C

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    1. Renato C,

      Sua afirmação: "...más escolhas dos outros". Pergunta: Quando o camarada faz uma escolha diferente da sua ela é má? No meu entender creio que somente podemos fazer um julgamento "má/boa" quando alguém fere o princípio ético aceito por uma sociedade. E com você disse, assim mesmo temos que usar de nossa inteligência para saber fazer isso. E o humor é uma das formas mais elegantes de fazê-lo.

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    2. Dizem que que não era incomum os Judeus fazem brincadeiras sobre a própria situação?
      O humor pode ser uma válvula de escape muito interessante.
      Renato C, se você concorda que mesmo com suas mazelas, a Democracia ainda é o melhor sistema, concordo contigo.
      É muito difícil dizer o que aquelas manifestações representaram. O fato é que as classes mais pobres (eu detesto esse tipo de termo e qualificação, mas vá lá) não estavam tão presentes.
      O Brasil é muito heterogêneo, pessoas diferentes podem ter visões diferentes sobre o que está acontecendo.
      Eu não creio que o ódio e a raiva sejam a maneira mais apropriada para se enfrentar, pois eles, em minha opinião, apenas trazem à tona mais ódio e violência, numa espiral que não se sabe bem onde pode parar.
      Veja, eu acredito que em determinadas situações, há motivos para o uso da violência ou mesmo ir para guerra. Talvez pelas minhas falas posso parecer que penso que não há jogos de interesse, má-fé, violência, e que não podemos nos posicionar de maneira mais dura contra isso. Claro que podemos, e às vezes devemos.
      Apenas acho que até mesmo ir à guerra não precisa ser motivado pelo ódio ou desrespeito.

      Abraço!

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    3. Carlos,

      Não, quando alguém faz uma escolha diferente da minha, esta escolha não é (necessariamente) má. Contudo, dependendo do grau de certeza à convicção que você tem em relação à sua escolha, vc pode vir a qualificar esta decisão diferente como má sim (talvez até de modo errôneo, mas pode).

      Vamos nos colocar numa posição de humildade. A verdade é que para nós, cidadãos mortais e não políticos, só podemos vir a saber de uma boa parcela da realidade macro através da imprensa, o que é um acesso à realidade meio turvo. Mesmo para as pesquisas, supostamente imparciais, estas são divulgadas, veiculadas e selecionadas pela imprensa.

      Mesmo sem ser jornalista, sempre fui a favor de um jornalismo que tivesse como meta utópica a imparcialidade. Não vejo como um jornalismo declaradamente parcial pode nos ajudar a conhecer e entender a realidade.

      Você tocou num ponto importante que é o princípio ético de uma sociedade - que é algo muito em voga nesta eleição. É possível ter uma interpretação de que, por um princípio ético, o PT não pode continuar no poder.

      SoulSurfer, concordo que o ódio e a raiva são ruins, contudo pense num cenário ainda pior: as pessoas completamente indiferentes aos absurdos acontecidos neste país e todos nós reféns do marketing e da publicidade políticas.

      Abraços, Renato C

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    4. Renato C,

      Antes de tudo, obrigado pela resposta pois é sempre uma oportunidade para eu refletir. E com isso, reafirmar o meu pensamento ou até mudá-lo: já mudei muitos paradigmas em minha vida e alguns com insights vindos por este tipo de veículo.

      A respeito de uma realidade turva. Pelo menos há uns 20 anos, não tomo mais como base principal o que leio nos jornais ou o que ouço em debates/noticiários para tomar uma decisão de voto. No caso, estou especificamente falando de voto para um cargo executivo. Como dou extremo valor à questão da alternância no poder, a primeira coisa que faço é perguntar-me? "Tal partido que candidatou-se já está no poder por mais de 2 mandatos?" Se a resposta for "sim" eu não voto naquele partido para um terceiro mandato. Digo inclusive a meus amigos e colegas: "Mesmo que o candidato fosse um parente ou amigo/colega meu, jamais votaria nele pelo fato de o partido dele "ter vencido o prazo de validade" (prazo que eu pré determinei para minha escolha). Que para mim são dois mandatos, como eu já citei. Ainda para cargo executivo... Se a resposta for não, posso votar ou não no mesmo partido para reeleição. E aí entram outros fatores de escolha, como por exemplo, gosto de colocar na balança a avaliação da opinião pública passada quanto a qualidade da gestão finda: Olho o % de bom + ótimo e o principal, a tendência ao longo do tempo que para mim tem que mostrar um "shape" ascendente. No legislativo? Como não tenho candidato nominais, voto na legenda do partido ou em partido da coligação.

      Enfim, Renato C, esta abordagem além de facilitar a minha vida na escolha, parece-me ser uma maneira bastante satisfatória de não cair em extremismos, sejam de direita ou de esquerda. Minha vida tem sido norteada por um princípio Budista que diz que o caminho correto, na grande maioria da vezes, está em "seguir o caminho do meio". E tenho sido bastante feliz em procurar seguir este preceito em quaisquer decisões importantes que me afetam ou ou que venha a afetar os que me cercam. (Nem sempre foi assim: Tenho 61 anos e comecei a ser mais centrado só depois dos 40!) :-)

      Abraços e bom fim de semana para você e para os seus!

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    5. Olá Carlos,

      Parabéns pela sensatez e, talvez o mais importante, parabéns pela procura de ser cada vez mais sensato e justo em seus pensamentos e ações. Isto parece óbvio, contudo, o simples empenho em sermos intelectualmente honestos, em tempos de desonestidade intelectual, já é algo muito válido.

      Costumo pensar que, de um modo geral, possuímos 2 formas de tomar uma decisão: uma pelo princípio (isto é, você possui um determinado princípio e o segue, não importa a situação) e o outro é justamente o da situação, de ver o que é melhor em cada caso e tomar a decisão (dependendo da flexibilidade, os princípios podem ir por água abaixo). Estas duas formas não deixam de ser as formas dos fins (princípios) e dos meios (situação) - só que cada uma tomada por ela própria, e não uma levando à outra. Não sei se me fiz claro.

      Recomendo para ti um livro, se é que já não leu, chamado "Um sábio não tem idéia" (François Jullien).

      Abraços, Renato C

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    6. Olá, Renato C,

      Entendi, sim, o que você disse! Quanto ao livro, obrigado pela indicação pois ainda não o li. Vai entrar na minha pequena lista, e com prioridade, devido sua recomendação.

      Abraços,

      Carlos

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  9. Soul,

    A violência, por ações e palavras, hoje é fartamente distribuída em nossa sociedade. Explico-me. Meus filhos estudaram sempre em colégios particulares e durante um certo tempo, participei da APM do colégios deles. A dona do colégio citava um refrão comum aos donos de colégios particulares: "Nosso compromisso é fornecer conhecimento. Educação moral é obrigação dos pais". E este pensamento é corrente em 95 % das escolas particulares. Como hoje em dia pai e mãe trabalham, não tiveram tempo de preencher essa lacuna, a da educação ética. A mesma dona de colégio que meus filhos frequentavam dizia que a violência física e verbal estava aumentando fortemente nos alunos dela (ela comparava o passado com o presente da época). Eu dizia a ela, sempre que podia, desta minha tese. Ela desculpava-se dizendo que até compreendia-me mas que não havia como mudar a grade do currículo escolar por não haver tempo disponível para encaixar. Enfim.. No meu ver o estado, nos dias de hoje, não deveria prover somente "conhecimento científico" mas entrar na questão do ensino de princípios éticos. E isto já dos 6 anos até os 18. E em cada faixa de idade, com uma linguagem apropriada a esta. O que vemos aqui hoje, a violência física e verbal, os extremismos de opinião, são provenientes desta lacuna que não foi preenchida e cujo mal se espalha por todo espectro de nossa sociedade. Dos mais pobres aos mais ricos, financeiramente falando.

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    1. Carlos, interessante.
      Naquele livro sobre Justiça que estou lendo (estou terminando), estou bem numa parte que se encaixa a perfeição ao que você disse. Ele está explicando a concepção de Justiça para Aristóteles e como ela difere da concepção dos filósofos mais modernos. Para Aristóteles é indispensável que a lei e o Estado tomem uma posição sobre o que é uma boa vida, ou seja, que se fale sobre virtudes éticas.
      Esse tipo de pensamento é rebatido fortemente por libertários, Kant, o Próprio Rawls, pois a lei e o Estado devem ser neutros a este respeito, e cada um deve procurar, desde que não violando direito de outros, estabelecer para si o que é uma boa vida.
      A Lei estabelecer isso parece um ataque frontal a nossa liberdade.

      O assunto é muito interessante, e eu não tenho uma posição formada. Porém, eu creio que em certos aspectos, certos valores cívicos deveriam ser mais promovidos, e o Estado e a Lei não deveriam ser completamente neutros. Porém, é um assunto polêmico.

      Abraço!

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  10. Soul,

    Existem princípios éticos universais que permeiam todas as culturas e que são válidos até hoje. São relatados por grandes humanistas/filósofos orientais e ocidentais da história de nossa civilização humana. São estes princípios os quais defendo. Ensinar uma criança os princípios éticos defendidos por esta personalidades. Fazer exercícios de classe simulando situações que envolvam estes princípios éticos. Enfim... desenvolver na criança os rudimentos conceituais de boa convivência social. E veja, Soul. Isto é um aprendizado contínuo. Vou te contar uma história de como mudei um conceito que eu tinha arraigado em minha forma de pensar/agir.

    Até uns 2 anos atrás eu não dava dinheiro a nenhum pedinte que batia em minha porta ou que me interpelava na rua. Na minha cabeça vinha aquela clichê "fulano(a) vai gastar em droga, cachaça...". No entanto, mudei este meu conceito. Hoje eu dou, não importa a quem. Baseado no seguinte conceito: "Se tenho vontade de praticar um ato caridoso, não devo cercear a livre arbítrio do outro (liberdade de escolha)".

    Grande abraço,


    Carlos.

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    1. Seria um ato caridoso alimentar vícios alheios? Na verdade, você sente peso na consciência por negar esmolas unicamente porque vivemos na cultura do "sim", onde negar algo é sempre visto como ato de mesquinharia e maldade. Porém, para fazer o bem, assim como para educar os filhos, devemos nos acostumar a dizer muito mais "não" do que "sim".

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    2. Irmãos,

      Em verdade vos digo: o princípio mais elevado que rege a prática do ato de caridade exige sim compromisso com a finalidade do seu uso.

      O que não condiz com verdadeiro ato caridoso é praticá-lo exigindo ou desejando pra si algo em troca, tanto faz se se numa esfera material ou mesmo espiritual.

      J.C.

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    4. Troll,

      Pensando agora em lógica. O pensamento que vêm é o seguinte: "O cidadão vai gastar o dinheiro em drogas?" A resposta pode ser sim ou não. Não é verdade? Embora possamos pensar em probabilidades e aí pode entrar o senso crítico de cada um filtrado pelas crença próprias ou do pensamento social que é o clichê que citei acima. Logo, mantenho minha opinião acima. Além de não querer tolher o direito de escolha dele, além de ficar com a dúvida acima, tenho certeza que ele vai entender o gesto de fraternidade. Pelo menos eu tenho, na grande maioria das vezes, verificado o retorno do gesto do ato fraterno. Mais ainda... eu assumo também que ele já deve ter desenvolvido a idéia do que é ético ou não.

      E aqui entra agora a questão das crianças a qual se refere. Crianças ainda estão no processo de aprendizado e tem sim (você está certíssimo!) que ouvir o "sim" e o "não". Ou seja, é através da alternância do significado destas respostas que a criança vai moldar sua moral baseado nos princípios éticos que passamos a elas.

      Por fim, obrigado por fazer-me pensar mais um pouco sobre este tema.

      Abraço em bom fim de semana!

      Carlos

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    5. Concordo. Ao dar, você simplesmente inibe o Estado, que também somos nós, de fazer o que é um dever constitucionalmente imposto a ele: concretizar as políticas públicas a fim de reduzir desigualdades. Antes de uma intervenção pontual - a qual jamais solucionará o problema -, é mister que o administrador público, representante eleito, seja instado a realizar o que lhe é exigido pelo poder constituinte. Essa obrigação abrange soluções aos hipossuficientes. Assim, o não ao mendigo pelo indivíduo resulta para o Estado o dever de abster-se de alternativas precárias e reconhecer o compromisso perene de promover o bem de todos.

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    6. Olá, Carlos e demais amigos,
      Eu creio que o ato de doação um ato que faz bem para o doador. Há vários resultados positivos, um deles é fortalecer a noção de desapego obsessivo ao dinheiro.
      Meu pai sempre conta uma história em que ele estava no ponto de ônibus e uma pessoa pediu dinheiro para alguma coisa. O meu pai deu. Logo após o meu pai dar o dinheiro, ele foi recriminado por uma senhora que disse que era claro que o pedinte era um bêbado.
      Meu pai apenas respondeu que ele não poderia fazer qualquer juízo de valor sobre uma pessoa que ele nem conhecia. Isso para mim sempre foi uma grande lição.
      Fazemos julgamentos valorativos rápido demais. Talvez numa sociedade cada vez mais rápida, fazemos cada vez mais julgamentos sumários. Isso é um erro, pois muitas vezes as primeiras impressões podem ser muito equivocadas.
      Sendo assim, é claro que não devemos alimentar vícios alheios, mas também não devemos julgar as pessoas.
      Uma vez quando era adolescente, num lugar que jogava xadrez em Santos, apareceu um mendigo e pediu para jogar. Como o local sempre foi muito democrático, permitiram que ele jogasse.
      O mendigo sentou na mesa e ganhou de todo mundo sem parar durante duas horas seguida (era xadrez relâmpago).
      Semanas depois fomos descobrir que o mendigo era um cara chamado Antonio Rocha, um dos maiores jogadores de xadrez do Brasil das antigas. Por alguma desilusão da vida, ele tinha se transformado num mendigo e estava em Santos.
      Portanto, não sabemos quem podemos estar ajudando, nem quais foram os motivos que levaram uma pessoa a um determinado estado miserável.
      Por isso, a doação e a compaixão sempre serão sentimentos muito bons de se ter e exercitar.

      Abraço!

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    7. Soul,

      O ato de doação realmente nos faz bem! E sei que, o que é um gesto de pequeníssimo esforço para mim, produz um efeito potencializado para aquele que recebe. E que esse efeito potencializado que ele recebe, vem da mesma forma para mim. Logo, uma visão ainda egoísta pois sei que vou receber de volta muito mais do que doei. Hoje, faço por que devo, para ser aderente aos meus princípios, mas um dia vou fazer por empatia natural (Conceito da Práxis citado no "O Monge e o Executivo").

      Bacana essa experiência pela qual passou. De conhecer um mendigo que tinha tido uma "outra vida". E o mais interessante: Você vivenciou o que seu pai havia falado àquela senhora.

      Enfim, como eu disse ali em cima ao Renato C, esses tipo de comportamento veio tarde em minha vida, mas por outro lado fico contente em saber que pessoas muito mais jovens, hoje, já tem esse conceito cristalizado em sua forma de se comportar.

      Abraço,

      Carlos






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  11. Âe Sô!
    Então vc foi um dos que migrou da Marina pro Aécio? Porque mudou de opinião naquele momento?
    Bom, o resultado já saiu, confesso que deveria esta triste, mas não estou, como você mesmo disse, tem muita coisa em jogo, e acreditando que estamos só no início de um processo, de evolução e avanço. Espero estar certo quanto a isto, vamos ver.
    No mais uma boa semana pra ti!
    Abraço!

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    1. Olá, UB!
      Olha, eu acho que a Marina foi muito mal no último debate da globo.
      Também não gostei dela falando em décimo terceiro para o Bolsa-Família, não que ela não pudesse ter essa opinião, mas me pareceu um improviso de última hora.
      UB, nós temos que aceitar o que a vida nos oferece. Não é assim com o mercado? Vai ficar triste por que as ações que você tem caíram? Ou porque não comprou FII em fevereiro?
      É como o conceito budista de que não temos que nos preocupar com o presente, nem vivermos no futuro, mas sim direcionar nossas energias ao presente.
      Valeu, amigo, para você e sua família também!

      Abraço!

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    2. Eu realmente estou muito triste de não ter enchido o balaio de RNGO em fevereiro. Mas bola pra frente, rs.
      Abraço!

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  12. Soul, descobri seu blog há pouco tempo. Parabéns! Muito bom!
    Gostei da sua opinião sobre todo esse lixo mental gerado pelas eleições. Lendo isso, fiquei com um pouco mais de fé na humanidade. Incrível como, mesmo depois de ler uma mensagem de paz como essa, ainda tem gente que consegue ter uma postura agressiva em relação às opiniões divergentes.

    A quantidade de lixo mental que consumimos hoje em dia é muito alta. Qualquer portal de notícias, e até o resto da mídia, de qualquer meio, só mostra notícias ruins, ou seja, lixo mental. Mas, sabemos que existem coisas boas que acontecem pelo planeta também, mas que não são mostradas porque não vendem. Bem que poderia existir um portal de notícias boas, né? Apenas coisas positivas. Um grande abraço.

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    1. Olá, Marcelo.
      Grato pelas palavras, amigo.
      O grande pensador Patch Adams (Procure a entrevista dele no roda viva em 2007 no you tube) diz algo parecido com você.
      Quando perguntaram para ele o que fazer para combater hábitos tão doentios na nossa sociedade?
      Ele sem pestanejar disse: "Forneça-me uma rede de televisão com alcance global onde eu possa falar sobre amor, a importância de respeitar as mulheres, de ser solidário, etc."
      Eu achei a resposta dele brilhante. Menosprezamos ou achamos que é utopia certas melhoras na nossa sociedade, porém como vamos atingir melhoras se às vezes não priorizamos e enfatizamos enquanto sociedade certos comportamentos, e priorizamos e enfatizamos outros comportamentos mais destrutivos?
      Sim, eu creio que é uma grande discussão sobre ética e a sua importância na sociedade que infelizmente foi retirada de cena.

      Abraço!

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