sexta-feira, 26 de setembro de 2014

REFLEXÃO - A FALÁCIA DO ARGUMENTO DE AUTORIDADE: "VOCÊ SABE COM QUEM ESTÁ FALANDO"?

                Olá, colegas! Vocês sabem com quem estão falando? Pois é, a famosa frase que é associada a algum abuso de uma suposta autoridade possui muito mais desdobramentos do que uma primeira análise superficial pode revelar.  Na bem da verdade, a infame frase nos remonta a uma das maiores falácias argumentativas: o argumento de autoridade.

                O que é exatamente o argumento de autoridade? É o argumento que é baseado em alguma qualidade de alguma pessoa em especial, não necessariamente na força do argumento em si. Ficou um pouco confuso, Soul, dá para aclarar mais o conceito? Sim, caro amigo. Imagine que você esteja como eu na academia fazendo  exercícios e ouve uma garota com seus 20 anos de idade contando para o professor o “embate” intelectual que teve com  mãe dela sobre política, resumindo a conversa com a seguinte pérola: “E minha mãe querendo discutir política comigo, eu que faço faculdade de comunicação!”. Percebam que a assertiva garota em nenhum momento teceu quaisquer comentários objetivos sobre política, mas focou na sua qualidade superior no debate, em relação à própria mãe, por ser uma estudante universitária. Isso é argumento de autoridade. Soul, mas qual é a autoridade de uma garota de 20 anos para falar sobre política? Provavelmente nenhuma, e esse episódio ocorrido  ontem me fez refletir sobre a questão do argumento de autoridade. Esse singelo acontecimento mostra para mim alguns aspectos de nossa sociedade que estão no mínimo desalinhados.

                Alguém pode perguntar ou pensar: “qual é o grande problema do argumento de autoridade?” O problema é que o argumento de autoridade não é um argumento, ele é uma forma de se impor  uma determinada opinião ou ideologia para alguma pessoa ou até mesmo para uma sociedade inteira, baseado na força, não em argumentos objetivos. Não satisfeito alguém pode ainda perguntar: “Então, quer dizer se o Einstein (uma pessoa que sei que o Soulsurfer admira) tiver dito alguma coisa você não concordaria Soul”? Não necessariamente. Einstein pode ter dito alguma coisa sobre geopolítica, por exemplo (ele era um grande humanista e pacifista), que eu não necessariamente concorde. “Ah, mas se for sobre alguma coisa relacionada a Física”? Eu ainda diria: não necessariamente. Acho que é nessa parte em que há uma grande confusão e má compreensão para muitas pessoas.

                Einstein foi um dos maiores físicos de todos os tempos, talvez o maior deles. Eu sou apenas um leigo que leio livros feitos para leigos sobre física. Eu do ponto de vista objetivo não teria condições de analisar tecnicamente nenhuma afirmação de Einstein sobre física, mas isso não transforma tudo o que Einstein disse sobre física em verdade, muito pelo contrário, já que o mesmo cometeu alguns erros na sua carreira. A beleza da ciência está, pelo menos do ponto de vista ideal,  em dar peso 0 ao argumento de autoridade. O que interessa para os debates científicos são os argumentos, mais precisamente os fatos e se estes fatos podem ser provados. Não importa se foi Einstein que disse ou o padeiro da esquina que disse. O que importa são fatos e raciocínio lógico encadeado.  O detalhe é que como a física é um ramo do conhecimento humano muito técnico e demanda muitos anos de estudo para se ter um domínio matemático dos seus conceitos, muito dificilmente veremos um padeiro dar uma grande contribuição para física. Porém, se um dia o nosso improvável padeiro tivesse algo a falar sobre a Teoria M e pudesse de maneira lógica expor o seu raciocínio, o seu argumento deveria ser levado em conta tanto como o argumento de um físico atual famoso como Stephen Hawking.

                Geralmente é assim com áreas de conhecimento muito técnicas como matemática, química, engenharia, física, etc.  Elas são praticamente herméticas para leigos, não por causa da existência de argumentos de autoridade, mas sim porque são áreas que demandam um conhecimento prévio técnico muito grande para se ter algo a falar a respeito. Por isso, quando eu vejo uma pessoa sem educação formal em matemática falar sobre matemática eu acho extremamente interessante, ao contrário do que a maioria das pessoas pensa em não dar valor porque a pessoa não tem formação em matemática . Algumas vezes disse para colegas que se uma pessoa conseguisse passar numa prova para Juiz sem ter feito direito, essa pessoa na verdade deveria ser muito talentosa. Porém, nunca ninguém concordou e todos sempre disseram que seria um absurdo pensar num juiz sem ter feito uma faculdade de direito.

                 Se as áreas de exatas são praticamente herméticas, o que dizer das chamadas “ciências” (de ciências elas não possuem nada) humanas? Uma vez, depois de formado, resolvi fazer uma aula de filosofia junto com alunos de contabilidade do último ano. A aula foi sofrível. No final, o professor falou de uma maneira um tanto quanto indignada: “Eu acho um absurdo ver pessoas convidadas para falar sobre ética num congresso sobre conhecimento, e nem filósofos são.”.  Segundo o professor , para falar de ética apenas depois de receber o diploma de filósofo.  O absurdo da ideia é patente e ela está centrada única e exclusivamente no argumento de autoridade.  A ética é algo que todos nós humanos uma hora ou outra na vida iremos nos deparar.  Muitas pessoas podem ter coisas interessantes para dizer sobre ética, entre elas filósofos, mas admitir que apenas filósofos estejam habilitados a falar sobre esse tema é de uma cegueira completa.

                Os argumentos de autoridade estão espraiados pela nossa sociedade. Ah, o Nobel de economia disse isso. Ah, o Instituo Mises Brasil disse aquilo. Ah, a Veja falou isso. Ah, a Caros Amigos falou aquilo. Isso, colegas, é apenas a mediocrização do pensamento independente.   O pior é quando o argumento de autoridade é o reinante numa determinada sociedade, a troca de idéias, essencial para a evolução individual e coletiva de um agrupamento humano, fica prejudicada, pois um lado sempre se achará superior, independente de qual seja o argumento “inferior” produzido pelo outro lado. Assim, a jovem da minha academia não poderá ter uma real troca de idéias com a sua mãe sobre política, pois ela é universitária, logo possuidora de conhecimentos especiais e, portanto, as idéias dela sobre o tema política devem ser levadas mais em conta pelo único fato dela ser universitária, independente se acertados ou não, mesmo que sua mãe, até pela experiência de vida de provavelmente ter vivido a época de hiperinflação, ditadura, redemocratização, possa ter algo interessante a dizer sobre suas percepções sobre política.

                É evidente que quando não há trocas de idéias numa sociedade de maneira legítima, há um acirramento que não raramente descamba para agressões. Não é exatamente o que está ocorrendo no Brasil? Muitas pessoas ficam felizes de terem as suas opiniões respeitadas quando divergentes da minha, por exemplo, algumas pessoas já escreveram isso nesse blog de pequeno alcance que possuo. Ora, as pessoas agradecendo por serem respeitadas? Que distorção é essa? Isso, junto com tantos outros – alguns comentados nesse artigo – , é um sintoma de que a nossa sociedade parece estar definhando do ponto de vista intelectual, muito devido ao abuso de argumentos de autoridade falaciosos.

                A frase “sabe com quem você está falando” é apenas uma radicalização do argumento de autoridade.  Um político, por ser uma autoridade, pode se achar acima do bem e do mal,  pensar que pode obter vantagens indevidas e quando confrontado pode soltar a famosa frase. Um executivo poderoso que quando não tem o seu pedido atendido talvez fique tentado a falar a infame oração.  Se os argumentos de autoridade predominam, por qual motivo as autoridades propriamente ditas (nesse caso as autoridades políticas e econômicas) não abusariam de suas condições?

                É evidente que o abuso de autoridade no Brasil não é explicado apenas por essa minha linha de raciocínio, mas não tenho a menor dúvida de que ele pode ser um fator importante em entendermos o que está acontecendo no nosso país.



"Você sabe com quem está falando? Eu tenho duas faculdades, sou vice-diretor da....."

           Grande abraço a todos!

46 comentários:

  1. E aquele que se insinua como uma alma superior e mente brilhante, também não seria uma forma subliminar de argumento de autoridade?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, colega.
      Geralmente pessoas com uma grande "alma" e uma mente brilhante se tornam assim pelas ideias, não pela sua autoridade. A autoridade vem das ideias, não necessariamente pela imposição de ideias por ser uma autoridade reconhecida.

      Abraço!

      Excluir
    2. Não estava falando de imposição de ideias por autoridade reconhecida, mas sim por imposição de ideias por quem se insinua autoridade. Algo mais sutil que se explique com um simples jogo de palavras.

      Excluir
    3. Olá, colega.
      Se alguém se insinua ser "autoridade" mesmo sem o sê-lo, nem mesmo argumento de autoridade ela poderia utilizar, não é mesmo? É apenas uma variação piorada do tema do texto.
      Porém, na verdade, ser "autoridade" ou não deveria ser indiferente, o que deveria ser sempre considerado é a força da argumentação.

      Abraço!

      Excluir
    4. Se alguém se insinua ser "autoridade" mesmo sem o sê-lo, nem mesmo argumento de autoridade ela poderia utilizar, não é mesmo?

      Bom jogo de palavras, tecnicamente perfeito! Parabéns!

      Excluir
    5. Valeu, colega. Volte sempre.

      Abraço!

      Excluir
  2. Soul, as premissas do seu texto servem para termos diálogos e embates de ideias mais respeitosos em nosso dia a dia. Acompanho seu blog assiduamente e o que chama atenção nas suas postagens é justamente o respeito a pontos de vista totalmente antagônicos, principalmente quando o assunto é direcionado à área fora do conhecimento financeiro. O melhor exemplo foi como você argumentou sobre seu post sobre direitos humanos, tema que gera debates exaltados e linha de raciocínio simplistas, dificultando bastante a troca de ideias. Parabéns. Bruno

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Bruno.
      Grato, colega. Fico feliz que goste do que escrevo.
      Eu sinceramente gosto de dialogar. Escrever esse blog está sendo uma maneira bacana de poder dialogar com pessoas completamente distintas de mim, o que para mim é muito prazeroso.

      Grande abraço!

      Excluir
  3. Ao anônimo das 19:01, quando você mencionou "alma superior", logo lembrei das autoridades religiosas. Bruno

    ResponderExcluir
  4. Respeito deve ser a regra, pena que mesmo gente que supostamente tem dinheiro e deveria ter educação também tem comportamento imbecil em muitas ocasiões. Acredito que a educação familiar é a chave de tudo. Bom post!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Up The Irons!
      É verdade, posso dizer que devo muito à minha família, e com certeza uma educação familiar é a chave para muitas coisas mesmo. Pena que cada vez mais, pelo fato dos pais estarem ausentes trabalhando ou entretidos com outras coisas, a educação familiar possa acabar um pouco negligenciada.
      Valeu pelo comentário, colega.
      Abraço!

      Excluir
    2. Na educação familiar você também acredita que deve se utilizar da "força de argumentação" com crianças? Crianças necessitam de reconhecimento através argumentos de autoridade. Caso contrário ocorre muito o que vemos hoje em dia com crianças excessivamente voluntariosas que serão futuros adultos problemáticos com sérios problemas em habilidade emocional e social.. Ou não?

      Excluir
    3. Olá, colega.
      Eu creio mais numa educação propositiva que não apenas se apoie na autoridade. Porém, a toda evidência creio ser diferente a educação de uma criança de um debate de ideias sobre algum tema específico não é mesmo?
      Eu no texto também não desacreditei a figura da autoridade, pois senão poderia ser um texto sobre anarquismo ou anarcocapitalismo, o que creio não ter sido o conteúdo da mensagem.
      Criar crianças para que elas respeitem pessoas de mais idade e a outras pessoas, e se tornem seres mais autônomos em nada se confunde, na minha opinião, com criarmos crianças submissas intelectualmente a argumentos de autoridade.

      Abraço!

      Excluir
    4. Bem, como o primeiro comentário sugeriu que educação familiar é a chave de tudo e logo em seguida você concordou, achei que isso também faria parte do seu posts da série didática o que é o que é: argumento de autoridade.

      Obrigado pelos esclarecimentos e sendo assim, nada mais tenho a declarar e já posso registrar meus melhores elogios para o seu trabalho. Parabéns!

      Excluir
  5. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  6. Permita-me pegar um "afluente" de sua linha de raciocínio. É que há uma coisa arraigada na mente dos brasileiros em geral: "Não tem diploma, não pode ocupar a função xxx". E acho isso algo totalmente ilógico!

    Achei legal a questão que você levantou quanto a hipotética situação de um leigo fazer um concurso para juiz. E o fato de ninguém ter concordado com você. Vou dar minha opinião: Eu concordo! E tenho argumento para isto. De onde surgiu a palavra "autodidata"? Podem até serem "cisnes negros" mas existem. E se o camarada comprova que não tem lacunas de conhecimento para exercer o cargo, qual a lógica da exigência de um certificado? Ok, ok ... Ele pode até fazer uma faculdade em seguida para conseguir o "canudo". Mas é um absurdo pois não tem sentido lógico/prático.

    Fui procurar na net pela palavra "autodidata" e achei (wiki): Leonardo da Vinci, Ray Bradbury, Jimi Hendrix, Machado de Assis e José Saramago.

    Peço escusas por ter saído da sua linha de raciocínio e ter pegado "um gancho". Acontece que gosto de "cisnes negros" :-) E os autodidatas são e tem toda a minha admiração e respeito! Eles para mim, são verdadeiras autoridades.

    PS.: Leu "Memorial do Convento"?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Carlos!
      O meu pai costuma dizer que há aqui um conhecimento estéril vindo da academia.
      Eu sempre discordei dele, de uns anos para cá vejo como ele tem razão.
      O meu mestre de capoeira sempre disse que o cordão (é como se fosse a faixa de uma arte marcial) serve apenas para amarrar a calça.
      É claro que para alguém chegar ao cordão branco de mestre presume-se que conhece bastante de capoeira, mas ele não deve ser respeitado pelo cordão.
      O que eu tenho ouvido de pessoas falando que políticos não tem nem mesmo curso superior, como se o curso superior quisesse dizer necessariamente alguma coisa, ainda mais no Brasil com cursos superiores de péssima qualidade.

      É claro que a universidade é importante, aprendi muitas coisas quando fui universitário, muitas mesmo. Porém, ela não pode ser um escudo de proteção contra ideias e principalmente contra auto-didatas.

      Não li esse livro. Do Saramago já li "Ensaio sobre a Lucidez" , "Intermitência das Morte" e estava lendo "O Evangelho segundo Jesus Cristo", mas esqueci o livro num ônibus e não terminei o livro.
      O Saramago tem um jeito diferente de escrever, depois que o leitor se acostuma, geralmente é uma leitura muito bacana.

      Abraço!

      Excluir
    2. Santista, rico herdeiro, investidor do mercado imobiliário, surfista, enxadrista top, jurista, filósofo, astrofísico, professor, leitor voraz, viajante do mundo, cantor de rock.... e capoeirista também? Assim até o Saramago pira!

      Excluir
    3. Olá, Jonas!
      Todas essas características é você que está dizendo:)

      Abraço!

      Excluir
    4. E vc Jonas, vive só caçando blogs pra encher o saco e mostrar sua inveja ou faz alguma coisa boa da vida? Vai ser feliz!

      Excluir
  7. Fala primo do primada!!!!

    Então, logo no início do livro do Humberto Ávila (A Teoria dos Princípios) há um trocadilho interessante sobre a questão, o qual sinceramente não lembro se é do autor ou por ele parafraseado, sobre a necessidade de privilegiar a "autoridade do argumento" em relação ao "argumento da autoridade".


    Abraço,

    Canella

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Dae Canella! Como está afegão??
      Tudo certo na visita aos pais??
      Pois é, a uma frase que dizem ser atribuída a um sujeito chamado que é a seguinte:
      "Eles devem achar difícil, aqueles que tomaram a autoridade como verdade, em vez da verdade como autoridade".

      Abração!!

      Excluir
  8. Soul, infelizmente temos uma História de em que a maioria da população era vista como pessoas de " 2ª categoria". As classes dominantes se achavam os Semideuses, portadores de todo o saber..... Essa cultura foi moldando o Brasil.

    Acredito que essa distinção social seja um dos fatos que levem muitos a investirem é querer deixar de receber ordens ou, no nosso caso, deixar de ter colegas "malucos" no serviço público. As ações se transformam em passaporte para a "cidadania" plena.


    A situação social pode vir a mudar, mais pessoas humildes estão nas universidades, mas deve levar tempo, muito tempo.


    Mudando de assunto, vc tem acompanhado WCT ? Acha que John John Florence pode ameaçar o Medina?



    Abs,

    Carioca

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Carioca!
      Valeu pelo comentário, colega.
      Eu sei apenas que ele está liderando, mas não estou acompanhando tão de perto.
      E aí tem surfado?

      Abraço!

      Excluir
    2. Ando mais de skate, mas até nisso tenho estado devagar. Ando estudando para alguns concursos.

      Nos fins de semana vejo um pouco o canal off e o woohoo, assim fico sabendo das novidades.

      Abs,

      Carioca

      Excluir
    3. O Soulsurfer também é Soulskater nas horas vagas, é claro....

      Excluir
  9. Soul, grande debate iniciado com esse pensamento proferido pelo nosso colega Carioca:

    "As ações se transformam em passaporte para a "cidadania" plena."

    Você concorda em parte, discorda em parte ou acha isso um cisne negro?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, colega.
      Diga você o que acha:)

      Abraço!

      Excluir
    2. Eu acho que digo sim ao não. E eu digo não ao não; mas também digo: é proibido proibir.

      E dentro do tema, pergunto: seria o "cisne negro": uma espécie de entidade curinga muita usada como "argumento de autoridade abstrata" pra acomodar de forma indiscutível qualquer explicação ou opinião tanto em partes como no todo nessa como em outras dimensões?

      Abraços do Caetano, O Veloso


      Excluir
    3. O cara quis dizer que quem tem mais grana é mais bem tratado no Brasil. No Brasil, a pessoa sem dinheiro está ferrada, sem plano de saúde, sujeito à violência policial, sem dignidade por andar em transporte público.

      De outro lado, ações e fiis geram dividendos que, por sua vez, geram status, poder, viagens, luxos, ótimos restaurantes, garotas de programa de luxo.

      Excluir
    4. Ah, entendi. É mais ou menos assim: "Vc sabe com quem está falando? Eu sou o cara da grana!"

      Excluir
    5. Boa, Gnomo:) (o das 12:05).
      Abraço!

      Excluir
    6. Numa sociedade como a nossa, muito dinheiro equivale a ter muito poder e muitas vantagens.

      Como foi falado no post, infelizmente alguns ficam inebriados com tal "poder" .

      Excluir
  10. Respostas
    1. Olá, Márcio.
      Tá sumindo colega?
      Legal te ver por aqui!
      Abraço!

      Excluir
    2. Apareça mais, Dimarcinho. Todos aqui estamos na luta para ganhar mais e entender melhor o mundo.

      Seus comentários costumam ser bacanas.

      Abs,

      Excluir
    3. Estava de férias, Soul, mas já voltei!

      []s!

      Excluir
    4. Tava de ferias marcio, aproveitou para ler algum livro? Inteiro?
      Estudou um pouco mais sobre IR para acoes? Parece que estava maio perdido

      Excluir
  11. É Sol, é Mar, é Sal, é Capoeira, é Sascha Queixada !

    http://www.youtube.com/watch?v=qx3Ypdfx3uM

    ResponderExcluir
  12. Muito bom Soul.

    Isso é realmente um problema muito grave.

    Existem formas menos escancaradas em que o interlocutor, mesmo sem usar o argumento de autoridade, simplesmente se coloca em uma posição de "ser superior" e não aceita nem ao menos a possibilidade de avaliar se o outro lado tem alguma razão nos argumentos sob seu ponto de vista.

    É aquela velha máxima de que toda história tem 3 lados: A que reflete o ponto de vista de um lado, do outro e o que realmente aconteceu.

    As principais teorias da história, antes de serem "provadas", sofreram inúmeras criticas daqueles que enxergavam o mundo de maneira diferente e não consideravam a menor possibilidade da teoria estar correta.

    Isso acontece com muita frequência e é um mal na sociedade em que vivemos. Acredito que sua postura de respeito mesmo em situações e opiniões contrárias à sua opinião demonstra uma grandeza de caráter muito rara na sociedade.

    Abraços

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, EI grato pela opinião e pelas palavras elogiosas no final.
      Eu realmente gosto de opiniões contrárias, às vezes saio procurando uma opinião contrária quando estou empolgado com alguma ideia.
      Por exemplo: se acho que uma estratégia de comprar empresas com baixa dívida, bom ROE e P/L relativamente baixo uma boa estratégia, gosto de ouvir opiniões (desde que fundamentadas) ou estudos dizendo o contrário.
      Se vejo alguma teoria sobre física, gosto de ver uma opinião contrária.
      É natural para mim, eu creio que só assim conseguimos evoluir e ver pontos que às vezes podem ficar "invisíveis" quando não há o confronto sadio de ideias.

      Abraço!

      Excluir
  13. Apenas para adicionar um pouco de humor, lembrei desta história que não acredito que seja verdade, mas não deixa de ser uma boa piada.

    *********

    Uma funcionária da companhia aérea, deveria ganhar um prêmio por ter sido esperta, divertida e ter atingido seu objetivo, quando teve que lidar com um passageiro que, provavelmente, merecia voar junto com a bagagem…

    Um vôo lotado foi cancelado. Uma única funcionária atendia e tentava resolver o problema de uma longa fila de passageiros. De repente, um passageiro irritado cortou toda a fila até o balcão, atirou o bilhete e disse:

    – Eu tenho que estar neste vôo, e tem que ser na primeira classe!

    A funcionária respondeu:

    – O senhor desculpe, terei todo o prazer em ajudar, mas tenho que atender estas pessoas primeiro, já que elas também estão aguardando pacientemente na fila. Quando chegar a sua vez, farei tudo para poder satisfazê-lo.

    O passageiro ficou irredutível e disse, bastante alto para que todos na fila ouvissem:

    – Você faz alguma idéia de quem eu sou ?

    Sem hesitar, a funcionária sorriu, pediu um instante e pegou no microfone anunciando:

    – Posso ter um minuto da atenção dos senhores, por favor? (a voz ecoou por todo o terminal).

    E continuou:

    – Nós temos aqui no balcão um passageiro que não sabe quem é, deve estar perdido… Se alguém é responsável pelo mesmo, ou é parente, ou então puder ajudá-lo a descobrir a sua identidade, favor comparecer aqui no balcão. Obrigada.

    Com as pessoas atrás dele gargalhando histericamente, o homem olhou furiosamente para a funcionária, rangeu os dentes e disse, gritando:

    – Eu vou te foder!

    Sem recuar, ela sorriu e disse:

    – Desculpe, meu senhor, mas mesmo para isso, o senhor vai ter que esperar na fila; tem muita gente querendo o mesmo…

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. hehehe, eu conheço essa história, não dá para saber se é verídica, mas que é uma boa história isso é, não é mesmo?

      Abraço!

      Excluir
  14. Olá colega, trabalho com análise de Crédito em uma instituição publica de fomento e !e deparei ouvindo a frase "... com que esta falando?" Ao iniciar o trabalho de análise de crédito para uma empresa de um político Muito influente em meu estado. Procurei textos sobre o assunto, uma vez que ouvi tal argumento de autoridade ainda no inicio, sem sequer dado o momento de negar a operação e achei o seu o mais esclarecedor. O interessante é que no meu caso, a autoridade tenta me coagir no início, sem sequer ser negado o seu pedido de financiamento. Isto mostra o quão disseminado está esses abusos em nosso país, em que as pessoas em grau superior acham se no direito de nunca serem confrontadas em nenhum momento sequer.

    ResponderExcluir