Olá, colegas. Um leitor no meu último artigo sobre externalidades perguntou-me qual seria a minha opinião sobre o ataque americano na Síria, o conflito em si, a posição da Rússia, etc. Eu creio que atualmente muitas pessoas se sentem “capacitadas" para darem opiniões sobre muitas coisas diferentes.
Ao contrário do que afirmam alguns pensadores, eu necessariamente não vejo nenhum problema nisso. Se alguém que nunca colocou o pé seja na Rússia, Irã, Oriente Médio e Turquia mesmo assim se sente confortável para falar sobre as complexas interações que ocorrem naquela parte do mundo, que seja. O problema, em minha opinião, surge quando se crê que a própria visão é sofisticada, ou pior quando não se admite posicionamentos em contrário. Isso é loucura, ou talvez simples, diríamos, falta de inteligência.
Boa parte das pessoas, com a revolução tecnológica, tem acesso hoje em dia a informação quase que em tempo real sobre acontecimentos nacionais e internacionais. Nada mais natural que se formem opiniões. Ora, eu tenho as minhas e escrevo sobre uma grande gama de assuntos, e sou sabedor que estou muito longe de ter um conhecimento aprofundado sobre a maioria deles. Porém, sempre tento expressar minhas opiniões sobre uma ótica não-excludente (de outras opiniões em sentido contrário) e sem que ela tenha um ar de autoridade suprema (no sentido de saber que posso estar simplesmente equivocado).
Partindo da digressão feita nos parágrafos iniciais, deixo claro que o meu conhecimento sobre tudo o que ocorre no conflito sírio é superficial, baseado em relatos de terceiros, e talvez sem os necessários filtros para definir o que possui indícios de verdade, e o que é pura fantasia. Logo, se você procura certezas, não as encontrará nesse texto, e fica ao seu critério a continuidade da leitura.
A primeira coisa que se tem que saber sobre a guerra da Síria é que ela é complexa. Ponto. O que quero dizer com complexa? Refiro-me as diversas partes do conflito. Não é uma guerra de um exército A contra um exército B num campo de batalha bem definido. Não, colegas, está bem longe disso. É uma mistura de grupos étnicos, religiosos, potências regionais, potências internacionais e interesses dos mais variados.
Seguem duas imagens, a primeira retirada de uma reportagem da Al Jazeera sobre um mapa da Síria e quem controla o quê e a outra da página da Wikipedia sobre as partes no conflito.
É bom salientar que a Síria é um país relativamente pequeno. Não se trata de um país de tamanho médio como o Irã ou grande como um Brasil. Logo, a presença de tantos conflitos numa região tão pequena demonstra quão confusa é a situação.
Isso parece mais um conflito mundial do que um conflito restrito a um pequeno país no Oriente Médio.
Talvez, você leitor já soubesse das diversas partes em conflito, talvez não fizesse a menor ideia. Eu sabia que existiam vários interesses, mas fiquei muito surpreendido ao ver que há um grupo Uyghur lutando contra o governo, o Turkistan Islamic Party.
Para quem não sabe, e creio que a esmagadora maioria até mesmo de comentadores não devem saber, os Uyghur são um povo de língua assemelhada ao turco que aos poucos foram sendo expulsos da Mongólia por tribos mongóis e se estabeleceram prioritariamente no que hoje é a enorme província, riquíssima em recursos naturais, de Xinjiang no oeste da China há mais de mil anos.
É um povo que sofre uma opressão muito dura do governo Chinês. Quando estive na província em questão, um dos lugares mais bonitos do mundo, não era anormal eu passar por 5 a 6 controles militares apenas para entrar numa estação de trem. Numa viagem que fiz no meio do famoso deserto de Taklamakan (o deserto do qual Kubai Klan pergunta a Marco Polo como ele seria no primeiro episódio da série), eu desci do ônibus no mínimo umas 7 vezes para ter o meu passaporte conferido.
A província mais explosiva na China é Xinjiang, e quase ninguém sabe que existe. O Tibet ficou com toda a fama. Não é incomum conflitos com centenas de pessoas mortas, e se não me engano em 2008, foram milhares de mortos. Até hoje não sei porque essa província estava aberta para estrangeiros, e fico muito feliz que ela estava, pois tive grandes experiências culturais, humanas e naturais nessa região do mundo. Fomos tratados muito bem pelos Uyghur que eventualmente cruzamos pelo caminho.
Vindo da Província de Gansu (ao leste) entrei na província de Xinjiang pela capital Urumqui. Há aspectos culturais Uyghur na capital, mas houve um processo bem grande de ``hanificação``. Agora, Kasghar, e eu fiz tudo por terra parando em lugares incríveis pelo caminho, é a capital cultural dos Uyghur. É uma cidade incrível, com belezas naturais a poucas horas ainda mais incríveis. Poucas pessoas sabem, mas esta é uma das áreas mais ricas em recursos naturais da China, e a província mais rebelde de todas.
Chamou-me a minha atenção também a existência de um “Exército de Monoteístas” que lutam junto com o governo de Assad. Ao ler um pouco mais, vi que era uma força de drusos. Não sei muito sobre os drusos, para ser sincero, nunca tive a oportunidade de conhecer um druso. O pouco que sei é que os drusos professam uma religião monoteísta (talvez daí o nome do grupo) com influências islâmicas, judaicas, cristãs e até mesmo de pensadores gregos clássicos. Eles possuem um símbolo muito bonito de cinco cores, cada uma representando um elemento de sua crença. Lembro de ter visto um filme há muitos anos sobre um casamento druso, com o pano de fundo do conflito Israel-Palestina, e lembro que foi muito interessante.
Este filme é bem interessante, vou procurar revê-lo.
Achei tão bonita a bandeira dos Druzos que resolvi colocar aqui. Cada cor possui um significado da crença druza. O Branco, por exemplo, representa o futuro, o azul a causa precedente e o vermelho é alma universal. Essa é uma bandeira dos druzos sírios
Essa é uma bandeira dos druzos israelenses (essa eu achei particularmente bonita).
Por que o Irã está envolvido, alguém pode perguntar. Uma resposta seria porque o presidente Assad é Xiita (num outro texto posso trazer o que causou a divisão entre sunitas e xiitas), assim como a maioria esmagadora dos muçulmanos são xiitas há muitos séculos. Como pano de fundo em diversos conflitos da região há uma disputa entre Arábia Saudita e Irã. Por qual motivo os iranianos iriam querer um estado potencialmente hostil fazendo fronteira com o seu país? Os Americanos gostariam de ter um estado hostil na sua fronteira sul? Eu creio que não. Então, o interesse iraniano parece-me claro.
Apenas uma palavra entre o conflito da Arábia Saudita com o Irã. A percepção sobre esse conflito é uma das coisas mais sem sentido que ocorre no mundo atualmente. Eu passei um mês no Irã e posso afirmar que em muito se parece com o Brasil. Tehran mesmo é quase uma São Paulo no caos urbano, na miscelânea de gente, na classe média vibrante. Tirante alguns aspectos culturais, um visitante teria a impressão que está numa grande metrópole de um país de renda média. Mulheres médicas, estudantes mulheres, jovens vaidosas maquiadas interagindo, uma classe média forte com ideias próprias, etc.
É de longe a coisa mais sem sentido o estereótipo do que quase todos tem sobre o Irã. Mas o Irã não tem terroristas? O Irã não está em guerra? O Irã não aplica a Sharia, como ficou a sua mulher? Foram, e são perguntas que constantemente sou perguntado. A única guerra que o Irã se envolveu recentemente foi com o Iraque, quando Saddam Hussein deliberadamente invadiu o Irã, sem qualquer tipo de provocação dos iranianos, usando armas fornecidas pelos americanos, que na época apoiavam o ditador iraquiano.
Tanto é assim que essa guerra é conhecida como a grande guerra de resistência, e o valor que os iranianos dão a ela simbolicamente, é o mesmo que os Russos dão a grande guerra patriótica de 1941-1945 contra os nazistas. Sim, para eles é a grande guerra patriótica, não a segunda guerra mundial. Já ouviu alguém comentando isso na televisão ou em análises sobre a segunda guerra? Eu não sabia, até presenciar que em cada cidade russa, seja de 5 mil ou 5 milhões, há um memorial com uma tocha que nunca se apaga, para nós ocidental uma eternal flame, e os números 1941-1945. Em muitos monumentos desses há a figura de uma mãe russa chorando a morte de seu filho soldado, representando o sacrifício que todas as gerações russas tiverem que fazer para combater o inimigo.
Tanto é assim que essa guerra é conhecida como a grande guerra de resistência, e o valor que os iranianos dão a ela simbolicamente, é o mesmo que os Russos dão a grande guerra patriótica de 1941-1945 contra os nazistas. Sim, para eles é a grande guerra patriótica, não a segunda guerra mundial. Já ouviu alguém comentando isso na televisão ou em análises sobre a segunda guerra? Eu não sabia, até presenciar que em cada cidade russa, seja de 5 mil ou 5 milhões, há um memorial com uma tocha que nunca se apaga, para nós ocidental uma eternal flame, e os números 1941-1945. Em muitos monumentos desses há a figura de uma mãe russa chorando a morte de seu filho soldado, representando o sacrifício que todas as gerações russas tiverem que fazer para combater o inimigo.
Por seu turno, a Arábia Saudita é um regime onde as mulheres devem usar Nijab (aquela vestimenta onde apenas os olhos aparecem), a religião cristã não é permitida (no Irã, no museu da guerra que fui, há até mesmo placas homenageado um pelotão judeu de iranianos), mulheres não podem dirigir, pessoas são decapitadas em praça pública e há uma forma completamente retrógrada de governo e religião. Parece um estado medieval. Dinheiro saudita muito provavelmente está presente em inúmeros grupos terroristas sunitas (não há grupos xiitas fazendo atentados terroristas em outros países, muito menos em países europeus, por exemplo)
Porém, por incrível que pareça a Arábia Saudita passa incólume a críticas ou categorizações. É incrível. Quer ofender um Iraniano? Chame-o de Árabe. E ainda há pessoas que chamam muçulmanos de árabe, não sabendo nem mesmo diferenciar uma coisa da outra. Acreditem colegas, num embate de ideias entre Irã e Arábia Saudita, o mundo está muito melhor se o Irã sair vitorioso. Aliás, talvez o Irã seja o país que o ocidente deveria apostar as suas fichas para que desse certo do ponto de vista econômico. Talvez o Irã, com sua sociedade centenas de vezes mais aberta e tolerante do que a da Arábia Saudita, possa ser um modelo para outros estados da região nas décadas que estão por vir. Talvez seja uma das formas de se combater o terrorismo de forma eficaz. Portanto, essa retórica belicosa dos EUA contra o Irã, tendo a Arábia Saudita como aliado central na região, só se explica por interesses meramente econômicos, não por uma tentativa de tornar a região mais segura e próspera.
Porém, por incrível que pareça a Arábia Saudita passa incólume a críticas ou categorizações. É incrível. Quer ofender um Iraniano? Chame-o de Árabe. E ainda há pessoas que chamam muçulmanos de árabe, não sabendo nem mesmo diferenciar uma coisa da outra. Acreditem colegas, num embate de ideias entre Irã e Arábia Saudita, o mundo está muito melhor se o Irã sair vitorioso. Aliás, talvez o Irã seja o país que o ocidente deveria apostar as suas fichas para que desse certo do ponto de vista econômico. Talvez o Irã, com sua sociedade centenas de vezes mais aberta e tolerante do que a da Arábia Saudita, possa ser um modelo para outros estados da região nas décadas que estão por vir. Talvez seja uma das formas de se combater o terrorismo de forma eficaz. Portanto, essa retórica belicosa dos EUA contra o Irã, tendo a Arábia Saudita como aliado central na região, só se explica por interesses meramente econômicos, não por uma tentativa de tornar a região mais segura e próspera.
Falando em EUA, entra o Trump na história com o recente bombardeio como uma forma de retaliação a um suposto ataque químico do governo de Assad numa província controlada por rebeldes. Alguns analistas falam que Trump mudou de ideia, pois ele via Assad como um aliado na luta contra o Estado Islâmico (o grupo terrorista que controla partes da Síria e do Iraque), já que esse grupo combate as forças pró-governo. Trump disse que isso mudou, pois o uso de armas químicas contra inocentes muda tudo.
Quando houve um grande ataque químico nos subúrbios de Damascus em 2013, eu morava na Califórnia. Fui perguntando numa aula, se o governo OBAMA deveria atacar alvos sírios, pois o mesmo disse que o uso de armas químicas era uma linha que não poderia ser passada. Na época, eu disse que era uma decisão difícil, mas eu realmente acredito que a comunidade internacional, de forma conjunta e unida, deve em certos casos de atrocidades humanas dar uma resposta militar. Achava que esse deveria ser o caso.
Ao contrário do que falam, OBAMA não fraquejou, ele pediu autorização ao Congresso para um ataque na Síria . Não vou entrar em pormenores sobre a legalidade de atos presidenciais dos EUA, mas parece-me que faz sentido um presidente pedir autorização do congresso, pelo menos um regime democrático, para entrar em guerra direta com outro país. A não ser que haja uma ameaça real e direta aos EUA que necessite rápida e pronta resposta presidencial.
Obama não conseguiu a autorização do congresso, e resolveu não atacar. Sabe o que Trump disse naquela ocasião?
Não há nenhum problema em mudarmos de opinião, desde que o façamos e digamos por quais motivos estamos fazendo. Senão é pura e simples contradição.
Agora essa eu já acho difícil mudar de opinião a não ser em causa própria.
Eu creio que faria muito mais sentido um ataque americano de retaliação naquela época, meados de 2013, onde a guerra civil estava praticamente ainda no seu segundo ano, do que agora depois de seis anos de conflito, onde a situação mudou drasticamente desde então.
Agora, eu creio sim que deve haver limites. O uso de armas químicas, genocídios étnicos, não devem ser tolerados no século XXI. Portanto, o ataque americano a uma base militar síria pode ter esse efeito de dissuasão.
Ou, pode simplesmente fazer com que a guerra civil na Síria simplesmente se alongue indefinidamente. O Governo Sírio só consegue continuar na guerra por causa do apoio financeiro, logístico e militar do Irã e da Rússia. Grupos Rebeldes só conseguem se manter no conflito graças ao apoio financeiro principalmente de países árabes do golfo pérsico. Com a entrada mais decisiva da Rússia no conflito, as forças rebeldes (que entre elas há inúmeros grupos terroristas islâmicos completamente radicalizados) estavam enfraquecendo. Se houver apoio militar americano, simplesmente não haverá nenhuma solução possível.
A Rússia não irá se retirar, até porque eu creio que a Síria era um dos únicos lugares da região onde os russos possuem uma grande base militar (ao contrário dos Americanos que possuem diversas bases em diversos países da região), e quero crer que tanto Trump ou Putin não estão interessados num conflito armado entre os dois países.
Porém, é evidente que a situação que era complexa, se tornou mais complexa e ainda mais volátil. O que vai sair de tudo isso é uma grande incógnita. Há uma certeza, porém. O sofrimento humano.
Há guerras anônimas e desconhecidas do mundo ocorrendo na África, por exemplo. Com essas quase não há nenhuma preocupação. O sofrimento humano lá e tão horrível como o que está ocorrendo na Síria. Logo, há muito sofrimento no nosso mundo. Já houve muito sofrimento, e provavelmente ainda haverá muito mais sofrimento.
Apesar disso, é inegável que para padrões do século XXI a guerra civil Síria atingiu padrões absurdos de brutalidade. Massacres de civis, crianças e mulheres parece ter virado a tônica. Falta de água, eletricidade, medicamentos, presos no fogo cruzado, parece evidente que a vida se tornou um inferno para quase todos na Síria.
Quando a vida se torna um inferno num lugar, a solução mais lógica é mudar de lugar. E é isso que os Sírios fizeram e estão fazendo. A crise de imigração de sírios na Europa é apenas a ponta do iceberg. A Europa recebeu pedidos de asilo de menos de 10% do total de refugiados. Sim 1 em 10. Quando se diz que refugiados sirios estão invadindo a Europa com o intuito de destruir a civilização cristã européia, essa ideia só pode ser tida como desinformação, ignorância ou má-fé, ou uma mistura dos três. Eu penso que a esmagadora maioria é apenas levada por desinformação mesmo, e apenas uma minoria usa de má-fé. Os países que estão sendo mais afetados pela crise Síria são os seus vizinhos, não os Estados Europeus.
Até meados de 2015 essa era a distribuição dos refugiados sérios. A Jordânia é um país minúsculo e estável da região. O Líbano é um país para lá de complexo e conta com mais de um milhão de refugiados. Quando estava no Quirguistão conversei com um libanês especificamente sobre a situação dos refugiados e o impacto na sociedade libanesa, e ele me disse que não estava sendo fácil, pois o país ``é pequeno, e o número de refugidos é enorme``. A Turquia atualmente possui mais de dois milhões de refugiados. É imprevisível os efeitos de médio prazo que isso pode ter no país. Portanto, não acredite em propaganda, olhe os dados quado for refletir sobre a crise síria e o problema dos refugiados, seja em países europeus, seja e principalmente nos países vizinhos.
Aí entra a Turquia. A Turquia é uma país secular. Já tive o privilégio de visitar duas vezes. Paisagens fantásticas, comida espetacular, povo acolhedor, cultura exuberante. Istambul é a única cidade do mundo que se estende por dois continentes. A Turquia é a porta de entrada (ou saída dependendo da perspectiva ) da Europa.
O que vocês acham, prezados leitores, que aconteceria se a Turquia desestabilizasse? Podem acreditar que a crise de refugiados se tornaria muito mais caótica na Europa. A segurança da Europa depende da segurança da Turquia. Quais são os efeitos que milhões de refugiados estão tendo na estabilidade da Turquia? Não muito positivos. A Turquia de um Estado com tendências democráticas, cada vez mais está se tornando um estado totalitário. Ataques terroristas que quase não existiam, a não ser alguns perpetrados pelos curdos, são frequentes. Logo, a solução para os problemas dos refugiados sírios não é apenas um problema para “evitar a islamização da europa”, ou um problema moral e ético de seres humanos, mas um problema central para a estabilidade de um dos países mais importantes do mundo que é a Turquia.
Iria falar sobre os curdos, que é o povo sem país, mas o texto já está entrando na sua quarta página. Não consegui conhecer o curdistão iraniano, mas tive o prazer de conhecer uma inglesa filha de curdos iraquianos, e foi bem interessante falar sobre os curdos com alguém que realmente está ligado com a cultura dos mesmos.
É complexo, é difícil achar uma solução, e esse texto serviu apenas para fazer algumas ponderações. Espero que o ajude a refletir por si só.
Grande abraço!
Vou me abster de comentar sobre o tema do artigo.
ResponderExcluirPspassando só pra recomendar um livro que provavelmente vai te interessar muito:
Os Israelenses - Pessoas Comuns Em Uma Terra Extraordinária
Rosenthal,Donna
Ela fala sobre vários grupos étnicos e religiosos da região, desde os judeus etíopes até os imigrantes russos, passando pelos muçulmanos ( tanto palestinos quanto os que são considerados cidadãos de Israel) e com um capítulo muito legal sobre os drusos.
Sardinha Anônima
Obrigado pela recomendação, Sardinha.
ExcluirJá coloquei aqui. Pesquisei o preço é um pouco caro mais de R$ 60,00, mas me pareceu bem interessante pela sua descrição.
Um abraço!
Olá Soul,
ResponderExcluirNa minha avaliação Obama fraquejou. A situação exigia uma resposta rápida, direta e automática, sem a necessidade de recorrer ao Congresso (violação dos tratados internacionais que proíbem o uso de armas químicas). Obama sabia que o Congresso não aprovaria uma intervenção militar, pois os republicanos dominavam (e ainda dominam) a Câmara e barravam todas suas propostas, com objetivo único de desqualificar/arranhar seu governo. Além disso, o Congresso dos Estados Unidos estava de férias quando o ataque com armas químicas ocorreu e os trâmites para aprovação nas duas casas retirariam qualquer hipótese de ação no curto prazo. Obama na verdade queria ganhar tempo (submeter a decisão ao Congresso), pois os russos entraram em cena com uma nova proposta, justamente para inviabilizar uma ação militar da coalizão liderada pelos Estados Unidos: a entrega de armas químicas por parte do governo Assad. Obviamente, nenhum líder político acreditaria que um governo como Assad cumpriria todos os acordos para entrega de armas químicas, mas os russos tinham outros interesses na região (e para isso, os Estados Unidos tinham que manter certa distância) e Obama queria uma desculpa para fugir do conflito, até porque na época o rendimento das Treasurys estavam disparando e o mercado de capitais em choque em função do erro de comunicação de Bernanke quanto à retirada dos programas de estímulos monetários. No fim das contas a Rússia conseguiu o que queria e o desfecho se mostrou humilhante aos Estados Unidos, até porque o próprio Obama dava como certo uma ação militar.
Olá, FI! Grato pela mensagem.
ExcluirVocê trouxe muitos outros detalhes adicionais, o que torna a análise ainda melhor.
É possível que tenha sido uma estratégia de Obama para evitar mais um conflito armado, é possível. É preciso lembrar que os EUA estavam em processo de retirada de dois conflitos armados que custaram centenas de milhares de vida e trilhões de dólares.
Fiquei curioso, pois nem tinha me dado conta do recesso dos congressistas americanos. Pesquisei e realmente em Agosto, eles não trabalham. Não sei se há casos que eles podem ser convocados em regime de urgência, como há no Brasil, creio que deve existir. O ataque foi no dia 21 de agosto, e o recesso terminou no dia 5 de setembro (https://www.washingtonpost.com/blogs/2chambers/wp/2012/11/30/2013-house-calendar-slightly-longer-than-2012/?utm_term=.f7d946836bb4). Duas semanas, portanto. Não sei se um prazo longo para esperar para um ato de declaração de guerra.
Se os Republicanos queriam apenas arranhar a imagem de OBAMA, ainda mais num caso onde deveria haver uma decisão apartidária, pois afinal é um ato de guerra onde posturas ideológicas deveriam estar em segundo plano (não é uma discussão sobre tributos, saúde, regulações, mas sobre guerra), então ao agir assim eles estavam redondamente enganados. Eles deveriam deliberar sobre o que seria melhor para os EUA num caso de um conflito armado.
Você diz que a resposta deveria ser rápida, eu também concordo contigo. Porém, sejamos francos, se ele foi questionado por ir ao Congresso, também seria questionado por não pedir autorização ao congresso, pode ter certeza. Até mais que uma intervenção americana sem tropas terrestres não seria decisiva para destronar o Assad.
Além do mais, eu não entendi se você crê que a melhor solução é a deposição do Assad (talvez seja mesmo), e faz o que daí? Coloca a frente Al NusRa no lugar? Quem daria suporte para os cristãos-sírios e os drusos e a minoria xiita? Eu não faço a mínima ideia de como pode se resolver esse complexo conflito, e não vamos esquecer que um grupo como o Estado Islâmico só veio a existir por causa da invasão do Iraque em 2003, alegando a presença de armas de destruição em massa que nunca encontraram.
obs: fiquei apenas curioso sobre a sua afirmação de que pelo fato do uso de armas químicas, isso seria motivo suficiente para um Estado declarar guerra ao outro por violação de tratado internacional. Você poderia me dizer qual tratado é esse, e onde estaria essa autorização? É de um tratado específico? Se os Estados começarem a bombardear outros Estados que descumprem tratados internacionais sobre direitos humanos, olha, a lista seria bem grande de bombardeios.
Um abraço F.I.!
obs: Ah, e há uma artigo muito interessante do Instituto Mises Brasil do Leandro Roque (talvez um dos caras que melhor escreve de economia para leigos no Brasil hoje em dia) explicando que a economia brasileira deve muito mais à guerra do Iraque e ao enfraquecimento do dólar frente ao real (o que possibilitou uma queda rápida da inflação e o aumento do poder de compra nosso) do que ao "milagre chinês". Ele foi o único economista que já li ao contar uma outra história sobre o crescimento econômico brasileiro de 2003-2007, uma história muito bem contada.
ExcluirLogo, a guerra do Iraque custou trilhões aos americanos, quanto será que custaria um envolvimento direto na Síria?
Por mim, em casos graves de violações de direito humano (como as que ocorrem no Sudão em Darfur, ou em Uganda, ou na República Democrática do Congo, na parte oeste de Mynmar) poderiam ter uma resposta militar internacional.
Mas alguém precisa pagar essa conta, em dinheiro e em vidas humanas, e quem está disposto a isso? Acho essa pergunta extremamente válida.
Você se fosse americano, F.I., estaria disposto a aceitar que um filho seu fosse combater numa guerra civil sangrenta como a Síria?
Essas são as perguntas que uma sociedade mais madura deveria se perguntar, e responder sinceramente.
Um abraço!
O uso de armas químicas por parte do Estado contra civis é motivo suficiente para uma resposta rápida e a altura, não necessariamente uma declaração formal de guerra, mas uma espécie de aviso. É o conceito da linha vermelha que o próprio Obama defendeu e não cumpriu. Não é uma intervenção com objetivo de derrubar um governo, é uma resposta militar e de certa forma intimidadora para estabelecer limites. Com relação a atuação dos Republicanos, depois do que fizeram com o teto do endividamento, eu não me surpreendo com mais nada. Não enxergo solução para a Síria, infelizmente. O ideal seria convocação de novas eleições, mas antes disso Assad teria que renunciar e dar lugar a um governo de transição. O Estado Islâmico era a Al Qaeda do Iraque. Então não considero o grupo terrorista uma criação dos Estados Unidos pela invasão do Iraque. Concordo que a invasão estimulou o crescimento da Al Qaeda do Iraque, pois se criou um vácuo de poder e o Estado Islâmico cresceu dentro do vácuo. O erro, ao meu ver, foi os Estados Unidos ter deixado o vácuo. Quanto à última pergunta, é muito difícil responder. Acho que primeiro eu teria que ter um filho rs.. Mas hoje diria que não impediria.
ExcluirAbs!
Olá novamente FI,
ExcluirVeja, se não me engano, os EUA também tentaram achar vínculos da Al Qaeda com Saddam e não conseguiram. Na verdade, o Estado Islâmico é uma ramificação da Al Qaeda que não tem mais ligação com esse grupo, e ele se proliferou no caos que foi o Iraque desde 2003.
A Al Qaeda basicamente tinha bases no Afeganistão com autorização do governo do Talibã, e foi por isso que a invasão do Afeganistão teve forte apoio internacional, e a invasão do Iraque não.
Quando perguntei, é porque gostaria de saber se há especificamente um tratado a respeito.
Pode ser, veremos. Porém, um ataque de um país a outro país geralmente é considerado um ato de guerra. Ele destruiu aviões militares sírios, estabeleceu uma linha, mas e daí? Veremos o desenrolar.
Um abraço!
Olá Soul!
ExcluirEsse tratado é da ONU, e a Síria - pelo que entendi - assinou em 2013 mas ainda não ratificou. Segue o link: https://treaties.un.org/Pages/ViewDetails.aspx?src=TREATY&mtdsg_no=XXVI-3&chapter=26&lang=en
Olá, MRE.
ExcluirVou dar uma olhada, um abraço!
Grande Soul,
ResponderExcluirResumindo seu texto foi uma aula, que prendeu totalmente a minha atencao.
Bom, vou perguntar ja que voce sabe muita coisa e comentar algumas coisas do pouco que sei.
1. Primeira pessoa que vi que assistiu Marco Polo. Indiquei aos meus amigos, nenhum assistiu rs. Eu gostei e espero a proxima temporada.
2. Uma guerra estados unidos x russia: Quem teria mais condicoes de triunfar e o que isto poderia trazer ao mundo (incluindo financeiro) estarmos em guerra. O Brasil poderia ser acionado ou participar dela?
3. China ja se movimenta, estados unidos se movimenta (exercito, porta avioes, navios) perto da Corea do Norte. Sera que vai começar uma guerra entre varias nacoes? Se estados unidos atacar a Corea do Norte, algum outro pais seria afetado e entraria?
4. Por que a Europa é tao diferente da america. Nos aqui nao temos este tanto de conflito, brasil, argentina, uruguai, mexico, chile, todos vivemos bem, sem conflitos. Estranho ver que o bicho pega da europa pra la.
E a ultima: Quando um russo ve uma pessoa alema, eles tratam bem? Tipo, tem alguma magoa ou é como se a guerra nem tivesse existido?
Abraçao
ExcluirOlá, VC! Colega, estou longe de saber muita coisa sobre os diversos tópicos que você perguntou. E agradeço suas lisonjeiras palavras.
1 - Ainda só vi um episódio, mas gostei porque é uma parte da história do mundo que tive o privilégio de estar em vários dos lugares. Quando terminar o Black Mirror, irei ver o Marco Polo.
2- Os EUA são de longe a maior potência mundial, basta ver o orçamento militar americano. Porém, numa guerra entre EUA x Rússia não há qualquer possibilidade dos americanos vencerem. Nos dias de Hoje, uma guerra entre EUA X CHINA ou Rússia não podem ser ganhas por nenhum dos lados. Agora a insanidade humana pode levar que haja confronto entre esses Estados, mas não acredito num confronto em grande escala, pode haver conflitos de menor escala em palcos bem definidos como a Síria ou Ucrânia, por exemplo. Uma guerra total entre EUA X Rússia, pode acreditar que agradeceríamos de estar na beira do mundo na América do Sul. Não vejo o Brasil se envolvendo militarmente em nenhum conflito armado.
3 - A História da China é antiga e complexa. Remonta há pelo menos cinco mil anos. Sendo assim, fica difícil explicar algumas coisas bem peculiares do modo chinês de ver as coisas. Mas, apenas para fins de resposta, saiba que a Coréia (unificada, a divisão é bem recente) sempre foi uma entidade separada do Império Chinês nos últimos dois mil anos, mas era como um Estado Vassalo. Os Chineses não se intrometiam muito em assuntos da Coréia (e durante as diversas dinastias coreanas o que se entendia como Coréia em limites territoriais mudou bastante, mas nunca chegava a adentrar muito na China), desde que se assumisse que o imperador Chinês era o imperador sobre tudo o que existe na terra. Logo, a ligação entre Coréia e China é grande e milenar. A última coisa que a China quer é uma guerra na Coréia, uma crise de refugiados em suas fronteiras, e uma presença militar americana em toda península coreana. A Coréia do Norte é uma xadrez muito mais complexo, que não admite espaço para muito erro por nenhuma das partes e principalmente dos americanos. É diferente da Síria que é um palco de uma guerra civil que ninguém sabe ao certo quem está lutando pelo quê.
4 - Bom, porque eles tem muitas culturas, histórias e etnias diversas. Porque a Europa está conectada por terra com a Ásia. Se você pensar nos EUA, ele é uma fortaleza insular, é impossível invadir os EUA. Não é o caso da Europa.
Essa é uma excelente pergunta, muito boa mesmo. Permita-me responder num outro artigo que irei elaborar.
Um abraço!
Legal Soul, estarei no aguardo! E desculpe o textão que te fiz escrever kkk, e olhe que digitei pelo celular. Abração
ExcluirSoul,
ResponderExcluirobrigado por compartilhar seu ponto de vista e dados históricos como um cara viajado acho interesse ler sobre o teu ponto de vista. o Finanças Inteligente pra mim também tem bons argumentos/visão ...
Eu acho a situação extremamente complexa pois envolve dezenas de etnias que se matam a anos... e cada vez um lado e apoiado por alguma super potencia .. como começou o seu texto é muito mais complicado do que simplesmente trocar mísseis ...
Abs,
Mabrouk!
ResponderExcluirValeu, amigo!
ExcluirSoul, eu aprendi muito sobre o Irã lendo uma HQ chamada Persépolis. Fiquei surpreso com a cultura deles, realmente parece com o Brasil. São de maioria islãmica, mas são bem parecidos com os cristãos brasileiros: seguem aquilo que convém, o que for muito radical ou importuno da religião eles deixam pra lá (pelo menos foi como eu entendi).
ResponderExcluirUma resenha dessa HQ: http://estantenerd.blogspot.com.br/2017/03/resenha-persepolis-marjane-satrapi.html
Agora, quando você diz que estaríamos melhor se o irã ganhasse o conflito contra a arábia saudita, você se refere ao "menos pior dos dois"? Porque, apesar do povo de lá sem bem mais avançado do que imaginamos, o país é, ou era, dominado por um governo bem intolerante e retrógado, tendo os irãnianos mais "progressistas" tendo que fazer várias coisas escondidos, como festas com bebidas alcóolicas e músicas ocidental, as mulheres usarem mini saias só em lugares fechados e entre amigos e família, entre outros.
Também não vejo muita saída para a Síria. Você vê? Acredito que, independente de quem ganhar, o povo de lá vai sofrer.
Olá, Micro!
ExcluirO Mundo estaria melhor se a Nova Zelândia ganhasse todos os conflitos:)
O fato é que o islamismo não irá deixar de existir, muito pelo contrário. Os Iranianos, no espaço de uma geração, dificilmente iriam aceitar como um comportamento normal certas "condutas sexuais" que nós brasileiros podemos achar mais normais. Você tem razão que o governo atual é muito retrógrado e muitos iranianos, principalmente os mais educados de classe média de grandes centros urbanos, querem mudança.
Logo, o sentido que quis passar foi que ao menos o Irã possui uma cultura rica, partes da sociedade abertas a ideias de maior liberdade, e pode ser sim a imagem de um país onde a religião islâmica é muito importante, mas que de certa forma consegue conviver com o secularismo. Não se encontra nada disso na Arábia Saudita, e quanto mais os sauditas ganham influência, pior para o mundo.
Veja o filme de mesmo nome: Persepolis. Aliás, a cidade antiga de Persepolis é uma maravilha (2500 anos).
Abraço!
Entendi o seu ponto e, colocando dessa maneira, eu concordo.
ExcluirSe refere à animação? Caso sim, já vi e gostei, mas a HQ é bem mais desenvolvida e completa.
Abraço!
Soul,
ResponderExcluirAssunto pra mais de metro de conversa hein kkkkk.
A Síria é o Rio de Janeiro do mundo, sempre na mídia. Você citou a África e lá tem problemas muito maiores do que qualquer imprensa do Brasil possa divulgar mas nada vem tona. Talvez por não ter petróleo ou sei lá o motivo, a mídia não dá importância, apesar que tem um conflito no Sudão do Sul com Sudão por conta disso.
Uma outra coisa interessante que você citou é com relação aos árabes. Engraçado, antes de morar por um tempo no Marrocos e conhecer melhor alguns muçulmanos como pessoas do Marrocos, Western Sahara, Egito, Yemen, Malasia, Bangladesh, Paquistão dentre outros, eu (assim como a grande maioria dos ocidentais) achava que árabe era tudo igual e muçulmano é tudo árabe. Realmente essa confusão que nos ocidentais temos quanto ao terrorismo, islã, árabe, muçulmano, Irã, síria, Bin Laden, homem bomba é muito prejudicial a qualquer julgamento que possamos fazer. Por muitas vezes me perguntei porque nós não temos mais conhecimentos sobre o assunto? A reposta que tenho é que a culpa é dos EUA. Sofremos forte influencia dos EUA principalmente por causa de Hollywood. Os filmes americanos sempre mostram qualquer árabe como terrorista e russos como vilões em filmes.
Os EUA agem como polícia do mundo só que sob a batuta do bem estar mundial. Esses dias ví um video em espanhol muito bacana explicando todo esse conflito desde que a Síria não existia ainda e mostra como os EUA e a Rússia entraram na brincadeira para começar a bagunçar o território.
Segue o link do video https://www.youtube.com/watch?v=LJtUQjJC4a0
Abraço!
Olá, BPM!
ExcluirÉ verdade. Incrível a confusão e o desconhecimento generalizado sobre o tema. Já fui chamado até de defensor de terroristas islâmicos simplesmente por apontar diferenciações básicas como estas que você bem notou. Como alguém pode formar qualquer juízo de valor minimamente sério sobre esse assunto se não sabe nem o básico?
Um abraço!
Salve, Soul! Também gosto muito do Irã e apóio o tradicionalismo, como você bem disse no Irã você não será perseguido por professar sua fé desde que não prejudique outrem, ao contrário da intocável Arábia Saudita onde existem penas de morte para "infiéis".
ResponderExcluirApesar de você achar que Globalismo é um "atentado contra nossa inteligência", percebo que o Irã é atacado por não se curvar aos interesses dos grupos globalistas e manter sua independência e, ainda, por minar as tentativas da Arábia Saudita de tomar o poder por meio de grupos terroristas fantoches em outros países da região.
Sobre o "ataque" químico em Khan Shaykun, considero impossível ter sido realizado por forças do governo Sírio, muito provavelmente os terroristas vazaram gases sufocantes para incriminar o Assad e ainda disseram que era Sarin (neurotoxina).
Assunto para uma tarde de debates, apresentação de provas e refutações, mas termino aqui meu comentário.
Muito bom texto, abraços!
Olá, Marcelo. Grato pelo comentário, colega.
ExcluirVeja, depende do que entendemos por globalismo. O que algumas mensagens e algumas pessoas escrevem, sim acho no mínimo um conceito fraco.
Veja, por exemplo o Irã, ele ainda é um país complicado. Há ainda quase que uma teocracia, mesclada com democracia, é algo bem diferente. Não creio que seja modelo, e vejo a classe média lá sedenta por mudanças. O Irã quer acesso aos mercados internacionais, está querendo cada vez mais se abrir (tanto que o turismo cresce muito), não consigo colocar "interesses globalistas" na forma como algumas pessoas consideram e Irã na mesma sentença e achar isso razoável. Porém, enfim, é apenas minha opinião.
Impossível não pode ser né, Marcelo, é muito difícil saber o que aconteceu, temos que admitir que a menos que trabalhemos na CIA, ou na inteligência Russa, é difícil saber quem está dizendo a verdade.
Um abraço!
boa leitura!!
ResponderExcluirMuito interessante a leitura desse post nos dias de hj, em 16.04.2022, com a operação militar da Rússia na Ucrânia - guerra na Ucrânia.
ResponderExcluiré tudo muito triste e de complexa solução.
Abraço.
Marcelo.