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sexta-feira, 3 de março de 2017

A AMEAÇA DO GLOBALISMO OU A AMEAÇA À NOSSA INTELIGÊNCIA

O Globalismo é uma ameaça à civilização ocidental de matriz judaica-cristã. Alguém já ouviu essa frase? Infelizmente, ela se tornou um chavão, repetida por muitas pessoas sem qualquer reflexão crítica sobre princípios os mais elementares possível.

 Eu desconhecia o uso desse termo “Globalismo”, mas aparentemente ele caiu nas graças de muitas pessoas. É um termo que das muitas vezes que vi utilizado é vazio, não diz absolutamente nada, e serve apenas como uma “desculpa intelectual” para não se pensar sobre um problema específico.

 Quem lê os meus textos, sabe que acho uma verdadeira bobagem a distinção Direita - Esquerda no campo da política, o grau de insanidade chega a um patamar alto quando tentamos responder a problemas humanos do século 21 levando em conta uma terminologia conceitual que data de mais de 200 anos, quando o mundo era um lugar muito diferente do que é hoje, ao menos em termos culturais e tecnológicos. 

 Entretanto, sabedor que esse é um atalho usado pelo cérebro, pelo sistema mais instintivo e menos racional, tenho que me render que, ao que tudo indica, esse tipo de distinção ainda continuará a ser utilizada enquanto eu estiver vivo na maioria dos debates públicos. Assim seja. 

 Fiz esse adendo, pois a “Globalização”, fenômeno bastante antigo, mas que veio à tona com mais força com os avanços espetaculares da tecnologia na últimas décadas, sempre foi alvo do que costuma se denominar “Esquerda Política”. Agora, o “Globalismo" parece ser o alvo do que costuma se denominar “Direita Política”. Contradição? Evidentemente que sim, mas tenho certeza que há argumentos de ambos os lados para dizer que não.

 Disse no começo desse texto que é um termo vazio, pois ele pode ser aplicado a absolutamente tudo. Para saber o motivo sugiro a leitura do meu artigo Argumentos Fajutos. Por exemplo, não sei por qual motivo perdi o meu tempo, mas depois de ver um link para um vídeo que falava sobre veganismo de um blog de finanças, resolvi assistir (esse é o endereço do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=JMfYnazO6f0). 

 O vídeo é uma verdadeira lástima, seja pelas ideias, seja pela agressividade do locutor. É um Non-Sense do começo ao fim. Porém, como “salvar" um vídeo sem eira nem beira, com algum argumento final? Fácil, muito fácil. Pegue um argumento que se encaixa em qualquer coisa, e voialá, o discurso está feito. Qual foi a saída do locutor do vídeo? De alguma maneira o Veganismo estava ligado com o Globalismo e o Marxismo Cultural (outro argumento fajuto que vem sendo utilizado para justificar qualquer argumento), numa conspiração para colocar em cheque a moral e ética judaica-cristã. Vixe.

 Resolvi então procurar no Guru de muitos, tido por alguns como o maior intelectual (não como um intelectual, mas como o maior, um locutor esportivo conhecido diria “Que Fase Brasil! Que Fase!”) do Brasil, o Sr. Olavo Carvalho. Assisti a uns 20-25 minutos de um vídeo, e sinceramente fiquei sem entender o que de tão brilhante tem as ideias desse Sr. Porém, para entender o que acontece, resolvi ler um artigo de sua autoria sobre o tema ("A Revolução Globalista"). Com a palavra, o Sr. Olavo:

"Que o globalismo é um processo revolucionário, não há como negar. E é o processo mais vasto e ambicioso de todos. Ele abrange a mutação radical não só das estruturas de poder, mas da sociedade, da educação, da moral, e até das reações mais íntimas da alma humana. É um projeto civilizacional completo e sua demanda de poder é a mais alta e voraz que já se viu. Tantos são os aspectos que o compõem, tal a multiplicidade de movimentos que ele abrange, que sua própria unidade escapa ao horizonte de visão de muitos liberais e conservadores, levando-os a tomar decisões desastradas e suicidas no momento mesmo em que se esforçam para deter o avanço da "esquerda". A idéia do livre comércio, por exemplo, que é tão cara ao conservadorismo tradicional (e até a mim mesmo), tem sido usada como instrumento para destruir as soberanias nacionais e construir sobre suas ruínas um onipotente Levitar universal. Um princípio certo sempre pode ser usado da maneira errada. Se nos apegamos à letra do princípio, sem reparar nas ambigüidades estratégicas e geopolíticas envolvidas na sua aplicação, contribuímos para que a idéia criada para ser instrumento da liberdade se torne uma ferramenta para a construção da tirania."


 O Globalismo é um processo revolucionário, segundo palavras do autor, o mais vasto e ambicioso de todos. Não fica claro quem estaria por trás de algo tão ambicioso e grandioso, uma elite dominante prestes a subjugar a todos? Extraterrestres que querem fazer que os preceitos morais da civilização judaica-cristã (que deve corresponder a uns 15-20% da população humana se muito) se enfraqueçam, pois assim eles poderiam se lançar numa guerra vitoriosa para escravizar toda a espécie humana? Quem poderá saber?

 Amigos receosos com o Globalismo, desculpe informá-los, mas a Humanidade vem se unificando há muito, mais muito tempo. A unificação da humanidade é um processo claro no curso da história. O muito bom livro “Sapiens" conta no capítulos 9 a 14 como a humanidade, de agrupamentos completamente fragmentados de 6-7 mil anos atrás, vem se unificando de maneira espantosa, principalmente nos últimos séculos.

Um livro muito interessante e extremamente bem escrito. Fez-me pensar bastante sobre vários temas. São este tipo de livro que nos fazem evoluir, quando questionam ideias arraigadas ou nos fazem refletir sobre aspectos que nem imaginavam.

 Você ficaria surpreendido se eu disser que um ser humano morando em Jakarta usa dinheiro, provavelmente possui uma religião monoteísta, acessa a Internet, sabe o que é NBA, utiliza o mesmo sistema métrico, vive sobre uma entidade abstrata conhecida como Estado Nacional chamado Indonésia e fala uma língua compartilhada por dezenas e dezenas de milhões de pessoas. Soou estranho para você? Não né. Bem-vindo a uma humanidade cada vez mais unificada.

 Infelizmente, ou felizmente (dependendo de como se analisa), a diversidade cultural humana aos poucos vai se esvaindo. Dezenas de línguas vão se extinguindo com o passar do tempo. Não há povos mais isolados uns dos outros, talvez apenas alguns milhares de humanos (dentre um universo de bilhões). Culinária, artesanato, cultura, de uma miscelânea de etnias e povos vão se enfraquecendo, pois a força que unifica a humanidade é muito forte, quase impossível de se opor a ela.


Os Maias nunca souberam dos Persas. Já pararam para pensar nisso, meus amigos? Um Império Poderoso como os Maias nunca fez a menor ideia que existia um outro Império Poderoso na antiga Pérsia. Para mim isso é incrível, se pensarmos como o mundo é hoje em dia. É como dizer que a Rússia não Sabe da Existência dos EUA. Fica evidente como o nosso planeta ficou muito menor do que era há centenas de anos, e muito mais menor do que era há milênios. Esse processo de “encurtamento" nada mais é do que a Unificação da Humanidade. 

  Portanto, o Sr. Olavo de Carvalho acerta ao dizer que a Unificação, Globalização, Globalismo, ou qualquer nome que queiramos dar a este processo é :

"a mutação radical não só das estruturas de poder, mas da sociedade, da educação, da moral, e até das reações mais íntimas da alma humana."


 Não tenho a menor dúvida que a educação, as estruturas de poder, a nossa moral estão sendo modificadas por essa unificação cada vez mais intensa, e não tenho a menor dúvida que isso vem ocorrendo há milênios e de forma mais acentuada nos últimos séculos. Não falo sobre a "Alma", pois evidentemente só podemos falar de “alma" num sentido figurado num debate. 

 Não tenho dúvida que as relações de poder, educação e moral dos povos nativos da parte central do México, os Astecas, foram muito modificadas com esse processo de “encurtamento” do mundo com a chegada da "civilização ocidental". Não tenho dúvida que a Internet vem solapando estruturas de poder que outrora eram arraigadas. 

 Prezados leitores, o tema é vasto e amplo (a Unificação da Humanidade). Recomendo a reflexão e a leitura, que irão tomar toda uma vida, mas que a cada passo faz com que a nossa compreensão aumente, mesmo aumentando a nossa ignorância geral. Agora, usar um termo “Globalismo" como muitas pessoas fazem hoje em dia como quase que um Não-Argumento ou um Argumento que se encaixa para tudo, e que quase nunca faz qualquer sentido, não é uma das posturas mais sensatas e inteligentes. 

 Por último, não o Veganismo não é uma conspiração Marxista Cultural de cunho Globalista para destruir os ditames da fé cristã. Na verdade, é uma conspiração arquitetada por bois e porcos modificados geneticamente que se tornaram muito inteligentes. Eles saíram foram de controle humano, e conseguiram por meio de artifícios argumentativos, convencer humanos incautos para a causa deles. Todo cuidado é pouco com esses animais.


 Abraço!

81 comentários:

  1. Bom,
    Li todos os livros do astrólogo e não me arrependo, pelo contrário. Aprendi pra caralho.
    Inclusive fui um que riu dele quando assisti um video dele pela primeira vez, me considero um idiota por isso.
    Pra mim é um grande mestre, neste projeto de lixeira de mundo que foi posto em prática décadas atrás.
    Teorias da conspiração? Acredito em todas as denunciadas por gente como ele, Alex Jones, etc.

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    1. Olá, colega. Fico feliz. A leitura é um hábito dos mais prazeroso e instrutivo.
      Grande Mestre me lembra Xadrez. É a maior titulação que se pode ter. Não cheguei perto de ser grande mestre, fiquei muito longe. Ao você citar essa expressão, lembro de um filme que recém vi chamado "O Dono do Jogo" sobre o brilhante e problemático Bobby Fischer (um jogador genial americano que fez o improvável de quebrar por um curto período o predomínio russo no jogo). Apesar de ser um jogador fenomenal, ele claramente possuía problemas de ordem psicológica. Há algumas cenas do filme, onde ele se isola de tudo e todos, e começa a ouvir fitas cassetes sobre "Judeus, conspiração judaica, junto com o comunismo soviético", a baboseira que sempre existiu, existe e vai continuar a existir. Há um padre que é um grande jogador e é como um técnico para ele. Sujeito centrado e inteligente, quando vê o Fischer ouvindo essas fitas, ele só pode se resignar não há nada que ele possa fazer.

      Acho que qualquer tipo de leitura é bacana, principalmente se de alguma maneira questiona a nossa forma de ver o mundo. Se foi bom para você, ótimo. Apenas lembre do Fischer e as fitas cassetes sobre "Judeus e soviéticos" (o interessante é que acho que ele era Judeu).

      Um abraço

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  2. Ah, você usou um espantalho pra bater no globalismo (um projeto progressista) confundindo o conceito de globalização. Recomendo estudar mais, e não é falácia, é pra saber do que está falando quando citar um autor.
    Isso de ridicularizar uma idéia atribuindo algo absurdo como "quem é este grupo que quer dominar o mundo?" Te deixa como bobo por falta de estudo. Segundo o Olavo de Carvalho, por exemplo, existem três projetos de "ordem mundial" mais expressivos hoje: russo-chines, islamico e americano. Se é bobagem afirmar que algo assim exista sinto muito... Comece lendo os livros do Henry Kissinger.

    Antes de continuarmos, o cara não é um guru pra mim.

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    1. Olá, colega.
      Pode ser que eu tenha confundido, e pode ser que eu tenha criado um "espantalho" sem querer. Por isso fui ler um artigo do Sr.Olavo de Carvalho a respeito. Até mesmo citei a conclusão do texto dele. Para mim não faz o menor sentido, mostra uma incompreensão absoluta da história da humanidade, e é uma emaranhado de ideias que ligam o nada ao lugar algum.

      A ironia é um recurso de escrita, eu aprecio a Ironia, principalmente quando bem utilizada. Acho autores irônicos fundamentais para aliviar tensão, e nos fazer refletir sobre a tolice de algumas ideias. Com isso não quer dizer que sou bom em ironias, longe disso, ironia é algo que precisa ser muito bom, algo que estou longe de ser.

      Amigo, sério, essas generalizações são dose. Há um projeto de ordem-mundial Chinês-Russo. Sério? Aposto que quem fala isso nunca colocou o pé nem na Rússia, nem na China. O que vai acontecer com o mundo em 50 anos ninguém sabe, o que pode surgir de forças globais ou de novas ordens constituídas. Com o avanço da tecnologia o aviso de Nweton fica ainda mais presente "O que sabemos é uma gota, o que ignoramos é um oceano".

      Os Impérios humanos existem há muito tempo, sendo o primeiro deles talvez o Império Persa que se unificou com o comando de Cirus, o Grande, isso 560 anos antes de cristo. Impérios das mais variadas matrizes, ideologias e etnias já existiram nesse mundo. Os Impérios, e isso é muito interessante, apesar de trazer muito sofrimento para vários lugares, também trouxeram desenvolvimento a muitos lugares. Então, quando você coloca uma religião (islamismo), dois países completamente distintos (China e Rússia), e outro país ainda mais distinto tudo no mesmo balaio de uma nova ordem imperial, eu nem sei o que comentar.

      Um abs!

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    2. Se você ainda qualquer dúvida, "follow the money" que a ideia se tornará menos absurda.
      Bons estudos.

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    3. A sua frase não tem qualquer sentido no que estamos discutindo. Seguir qual dinheiro? E se eu seguir o dinheiro e for parar na porta da Apple, o que eu faço com essa informação e o que ela tem a ver com o assunto levantado por você e com o artigo?

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    4. Você conhece David Horowitz? (Devia conhecer). Ele tem um site onde expõe de onde vem o dinheiro para financiamento de diversos grupos de interesse em voga pelos USA e o mundo. Analise as fontes por trás de cada acontecimento pra ter um quadro mais completo e parar com essa bobagem de acreditar que tudo é coincidência.
      O mundo atual vai muito alem de tomar sopa com as tribos espiritualizadas dos himalaias, amigo.
      Você tenta demonstrar ser muito inteligente, recomendo comecar pelo livro "Ordem Mundial" do Kissinger (deve saber quem é).

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    5. Colega, é apenas uma conversa, pode se desarmar. Espero que não faça como alguns outros que ficaram ofendidos por causa de uma simples conversa.
      Não conhecia, grato por me introduzir esse nome.
      Irei ver. Agora se quiser continuar o diálogo, você precisa responder as perguntas. Já fez inúmeras afirmativas que simplesmente não batem com a realidade, é uma questão de fato mesmo, não de opinião.
      "O mundo atual vai muito alem de tomar sopa com as tribos espiritualizadas dos himalaias, amigo." Isso é verdade. Você poderia me dizer quais tribos espiritualizadas dos Himalaias são essas, colega?
      Um abraço

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  3. O que dizer da ONU, USSR, UE, unesco, OMS, OMC... Grupos de burocratas que legislam internacionalmente e atropelam a soberania de países, se isso não é globalismo...
    Quero ver você defender a ONU e dizer que não é uma instituição globalista.

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    1. O que dizer do Império Britânico que não respeitou a soberania de países que já eram consolidados? O que dizer de problemas internacionais que dizem respeito a mais de um país? O que dizer do massacre de Ruanda em 1994 onde a humanidade deixou que 800 mil pessoas fossem massacradas (caberia respeito à soberania aqui)? O tema soberania de um Estado e lei internacional é vasto, complexo e com muitos nuances. Quais delas especificamente você gostaria de comentar?
      Você colocou a ONU como um grupo "globalista" como a URSS? Essa afirmação não faz o menor sentido. Um é um grupo formado de maneira voluntária no pós-guerra e que congrega quase todos os países. Possui diversos Braços como a OMS e a Unesco. O Outro foi uma "União" de repúblicas socialistas que eram tão diferentes como o Uzbequistão do Cazaquistão. São coisas completamente distintas, com tempo históricos distintos.
      Se você entende como "Globalista" algo que está presente, ou pretende estar presente, em todo o globo terrestre, a única resposta só pode ser sim, não é mesmo? Se a ONU é formado por mais de 190 países, ela só pode ser uma organização de alcance global. Se eu irei defender a ONU? Ora, não tenha a menor dúvida. É uma pena que a ONU não possa ser uma instância de resolução de conflitos internacionais. Porém, apesar disso, a ONU com os seus diversos braços, como o para Refugiados, felizmente consegue ajudar algumas regiões mais afetadas por fome, guerras, deslocamentos internos, nesse mundo.
      Agora, se você quer fazer uma análise da ONU e do seu papel, seus acertos e defeitos, não creio que o espaço de um comentário seja o suficiente.
      Abs

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    2. A ONU não é formada por 190 países. É formada por burocratas sem rosto que representam grupos de interesses especiais e não tem nada a ver com a ONU criada pra combater a expansão do comunismo.

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    3. Colega, se entrarmos nisso, não podemos nem dizer que países existem. O que é o Brasil? O Brasil, e isso está no livro Sapiens e algo que achei muito interessante, é apenas uma ideia inventada que funciona enquanto acreditarmos. Pode procurar o Brasil que você não irá achar. Então, evidentemente se olharmos os 190 países não iremos encontrar na ONU, iremos encontrar representantes destes países, e sim burocratas. Países são formados por burocratas.
      A ONU foi criada para combater o comunismo-socialismo sendo que a União Soviética foi uma das fundadoras e tinha assento no Conselho de Segurança com poder de veto. Certo.

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    4. Quem criou eu sei, mas vá um pouco além e pergunte às tropas americanas que combateram a China no norte da Coréia, em nome da ONU.
      Um país convenhamos, vai muito além de burocratas e uma constituição e não precisa ser filósofo pra notar a diferença de um país e de uma instituição como a ONU. Assistiu ao vídeo que enviei?

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    5. Assisti, nobre colega.
      Sim, ONU e países são construções ideológicas humanas que necessitam da crença das pessoas para continuar existindo.
      Amigo, peço apenas que faça um texto, pode ser do tamanho que quiser, para que não fiquei vários comentários.
      Abs

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    6. existem vários países que foram constituídos de forma fictícia apenas traçando linhas em um mapa, isso realmente não costuma dar muito certo. mas tenho certeza que vc é inteligente o suficiente para perceber a diferença entre um estado- nação como a Inglaterra, França, Alemanha... e instituições como a ONU
      essa distinção é fundamental pra entender o que se pretende dizer com globalismo
      a partir dessa distinção e de uma conceituação mais adequada de globalismo seu texto perde todo o sentido

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    7. Olá, colega. Acho que você está confundindo alguns conceitos.
      Todos os países, sem exceção, são linhas traçados num mapa. Se a gente observar a terra do alto, veremos que não há fronteiras, e que a terra é azul (uma das frases mais bonitas e sábias já ditas sobre a nossa terra, e se não me engano foi dita por Gagarin).
      Se você quis dizer que há países que foram construídos sem levar em conta etnias, divisões naturais geográficas, você está correto, para isso basta observar como alguns países da África são, linhas retas num mapa.
      Agora, isso não tem qualquer relação com a construção ideológica das ideias. O Brasil apenas existe no coletivo compartilhado das pessoas, assim como os EUA e assim como a ONU. Não são realidades físicas. Esse é um insight interessante do livro Sapiens. Talvez a maior diferença da espécie Homo Sapiens para outras é a nossa capacidade de imaginar realidades criadas, e como isso foi importante para fazer com que grupos imensos de humanos pudessem colaborar entre si. O autor chama isso de revolução cognitiva, e que se deu algo em torno de 60-70 mil anos atrás. Chimpanzés, por exemplo, não conseguem construir grupos enormes, mas sim de algumas dezenas. Talvez a explicação é que eles não possuem a habilidade, de construir realidades imaginadas compartilhadas.

      Agora, isso não tem qualquer relação com a conceituação do "globalismo", muito menos a definida pelo amigo aí em cima. E muito menos faz o texto perder o sentido, já que o tema principal do texto é o abuso do uso desse neologismo e a unificação da humanidade, temas não abordados por você no comentário por exemplo.

      Abs

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    8. Não, o tema do seu texto não é "o abuso do uso desse neologismo" se fosse vc teria que no mínimo compreender primeiro o uso do termo para depois falar sobre o abuso.
      Não foi o que vc fez. Vc apenas queria criticar, já tinha uma opinião formada sobre o assunto, pesquisou o pensador mais caricato e fácil de atacar , cedeu a seu viés de confirmação e pariu esse texto.
      Quanto as nações e a ONU, vc confunde a capacidade da humanidade de criar sua realidade por meio da experiência (milhões de pessoas vivendo vidas de verdade com sentimentos genuínos, erros cometidos, vitórias conquistadas, tudo sendo transmitido de geração em geração) com a capacidade de indivíduos de imaginar por meio de um exercício lógico racional uma realidade.
      Do espaço não da pra ver fronteiras é um belo pensamento se o objetivo for compor uma canção, pra refletir de forma adulta sobre as organizações políticas humanas não é muito útil.

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    9. Olá, colega. Não, amigo. Foi você que disse "vários países que foram constituídos de forma fictícia apenas traçando linhas em um mapa". Não há nenhum país que não tenha sido traçado com linhas sobre um mapa. Discorri sobre a diferença que você talvez queria dar sobre "países artificiais" e dei o exemplo da África.
      Não novamente, colega. Não confundi absolutamente nada. Aliás, a sua frase apenas corrobora o meu comentário. É a possibilidade de "ilhões de pessoas vivendo vidas de verdade com sentimentos genuínos, erros cometidos, vitórias conquistadas, tudo sendo transmitido de geração em geração" por meio de realidades criadas no imaginário compartilhado que foi capaz de fazer com que nossa espécie chegasse onde chegou. Para mais detalhamento, por gentileza refira-se ao livro já citado no texto.

      O uso do termo foi tirado de um vídeo de baixa qualidade da net, concordo, e da conclusão de um outro texto. Além do mais, infelizmente o que leio de vez em quando é o abuso desse texto de forma indiscriminada para se justificar coisas tão díspares como veganismo a machismo.

      Sobre ceder ao viés de confirmação, realmente todos somos sucetíveis, eu e você, por exemplo. Veja a sua mensagem. Concretamente, não trouxe muitas informações. Leu um breve texto que de alguma forma não concordou, o seu sistema 1 não gostou, e você está se deixando levar pelo viés de confirmação. Talvez nós dois estamos sendo levados por esse atalho mental. É possível. Aponte por qual motivo você acha que a humanidade não está se unificando. diga qual é a vantagem do uso do termo globalismo de maneira aleatória para diversos problemas diferentes humanos, explique qual a diferença entre a crítica que pessoas "de esquerda" faziam e fazem a globalização e as críticas feitas pelas pessoas que "denunciam" o globalismo. Se você trouxer bons argumentos, é provável que eu possa dar passos para vencer o meu viés de confirmação. Se você não achar argumentos tão convincentes, você pode dar passos para vencer o seu?

      Abs!

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  4. Respostas
    1. Colega, vi pacientemente até o minuto cinco, depois resolvi não continuar. O que dizer de um vídeo como este?
      Os Globalistas querem mercados abertos, para que assim você (ele está falando para pessoas de países ricos) seja substituído por um Chinês que ganha menos.
      Sério? Isso está para papo de partidos ditos "de esquerda". Até onde sabemos, e nisso a economia austríaca parece ter razão, o comércio é algo que enriquece, principalmente no médio-longo prazo.
      Eles querem acabar com as fronteiras nacionais, e uma política de fronteira aberta. Sério? A ONU e o FMI querem acabar com a Guatemala, com as Filipinas, a Espanha, e os EUA? Uau.

      É melhor escolher um tema específico, pois você falou de "espantalho", e esse vídeo nada mais faz do que criar um gigantesco "espantalho".

      Abs

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    2. Me conte sobre tipo de "mercado aberto" que a UE quer e porque ocorreu o Brexit. Você finge viver no mundo da lua ou não sabe muito sobre o que fala. Globalistas não querem nem nunca quiseram livre mercado.
      A China não quer livre mercado, faz uma série de sacanagens com sua moeda e regulações que nada tem a ver com livre mercado assim como blocos economicos por ai.
      Eis uma das diferenças entre globalismo e globalização. E aí chegamos a um dos motivos de caras como Trump, farage e outros tantos estarem emergindo.
      Sim, a resposta para suas perguntas é: sim, é sério.

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    3. Bom, colega. Você me envia um vídeo onde a Senhorita diz que a agenda dos globalistas é promover um livre-comércio que destrói empregos nos países de renda mais alta, e na sua réplica você me pergunta onde entidades "globalistas" segundo a definição do próprio vídeo que você me mandou são favoráveis ao mercado aberto.
      Aí entramos no Paroxismo.
      E qual é a diferença, pois você ainda não me disse.
      Diga-me qual é a sacanagem que a China faz com a sua moeda?
      Não é que ela mantém subavaliada a sua moeda, repetida ad nauseaum sem as pessoas ao menos olharem os dados?
      Então, segue: http://www.xe.com/currencycharts/?from=USD&to=CNY&view=10Y
      Em 2007 1 U$ comprava 7,6 CNY. No final de 2015, 1U$ comprava algo em torno de 6,3CNY. Explique-me para mim a manipulação e a desvalorização do Renminbi.

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    4. Prezado Soul,

      Parece que você atingiu um ponto sensível de certas pessoas. Pelo tipo das respostas, estou sentindo o cheiro cada vez mais forte de radicalismo. Sabe quando tratam certas referências como absolutos lógicos? Pois é.

      Não deve valer o seu tempo. Eu não gastaria mais meu dedo no teclado...

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    5. Olá, colega. "Parece que você atingiu um ponto sensível de certas pessoas", se sim fico satisfeito. Esse é o verdadeiro politicamente "incorreto". Aliás, são sensações como essas que forçam algumas pessoas, as que querem refletir, sair de sua zona quente e segura de conforto.
      Respondo a todos por uma questão de respeito, mesmos os comentário por ventura mais ofensivos.
      Um abraço!

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  5. Cara, hoje li vários de seus textos. Bem escritos. Um dos meus objetivos com o meu blog é aprender a escrever bem. Tenho um objetivo que é ser auditor fiscal e a escrita pode me ajudar e muito. Parabéns. Vou continuar acompanhando.

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    1. Olá, colega.
      Creio que a habilidade de escrever corretamente é importante para passarmos ideias. Acho algo fundamental para criar um filho, ser um bom empreendedor, um bom político, ou qualquer coisa que possamos pensar.
      Um abraço e boa sorte em sua jornada.
      Abraço!

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    2. Meu Deus, ainda bem que as fronteiras ainda tão abertas. O objetivo da vida de alguém é ser auditor fiscal. Fuga de cérebros interna (para o setor público) e externa (espero fazer parte desta última). Este país não tem jeito, mesmo. Desculpe pelo desabafo, Soul.

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    3. Olá, colega.
      Você tem certa razão. Porém, cada um tem os seus objetivos, e não cabe a mim, desde que eles não sejam nocivos, julgar. Se alguém quer ser auditor fiscal, ou ir morar nos EUA, ou no Chile, ou ser um empreendedor, que assim seja. Torço para que as pessoas realizem os seus objetivos.
      Abs

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    4. Sem dúvida. Peço desculpa ao Maestro Investidor.

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    5. Cara, gostaria muito de ir para o Canadá. Tenho asma e não é bom negócio ir para o frio. Além disso, tenho filhos e não quero que eles encontrem problemas com línguas estrangeiras. Tenho um emprego estável aqui. Não dá pra largar tudo e ir pro exterior. O negócio é galgar posição no serviço público mesmo. Isso, por enquanto. No futuro, no job. Enfim, não me senti ofendido.

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  6. Soul,

    Admiro muito sua personalidade e sua capacidade (rara) de aceitar o controverso e discutir sem ofender. Gosto muito também de seus artigos sobre finanças, realmente completos e diferenciados. Mas acho que nessa você foi mal.

    Não vou dizer que não haja muitos que usam o termo globalismo de forma vazia e vaga, porque é óbvio que a grande maioria o faz, e culpa o tal globalismo por tudo. Mas citar o Olavo como exemplo foi muito infeliz. Diga que ele está errado e mostre suas fontes, mas não diga que ele é indireto e vago, porque ele define exatamente sobre quem está falando e quais são suas referências. Leia, por exemplo, esses dois artigos:

    http://www.olavodecarvalho.org/semana/060501dc.html

    http://www.olavodecarvalho.org/semana/110221dc.html

    A propósito: minha opinião sobre o tema é nenhuma. Não me considero no direito de falar absolutamente nada, pois não li e nem pretendo ler o necessário sobre este assunto específico. Mas o Olavo leu, e por isso deve ser respeitado.

    Abraços.

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    1. Olá, colega. Grato pelas palavras, aprecio o seu comentário.

      Retirado do primeiro texto enviado:

      "O Boletim G-2, publicado pelo assombroso repórter Joseph Farah como apêndice de seu jornal eletrônico WorldNetDaily, revela na sua última edição os principais suportes financeiros por trás dos movimentos que, para muito além da anistia aos ilegais, visam a entregar ao México os territórios do Texas e da Califórnia"

      Deixa eu ver se entendi, há uma força por trás do movimento de querer tornar legal a situação de milhões de imigrantes sem documentação nos EUA (a maioria suponho integrada na economia). Essa força quer mais, quer "entregar" os Estados do Texas e da Califórnia para o México. Bom, talvez seja alguma justiça histórica, pois se não me engano os Estados do Texas e da Califórnia pertenciam ao México, não me parece que San Diego, Los Angeles, San Francisco sejam nomes saxões.
      Eu não sei colega, não tenho muito que comentar sobre isso, a própria citação fala por si só.

      Do segundo texto (agora eu vi de onde veio o citado pelo outro colega):
      1. A elite governante da Rússia e da China, especialmente os serviços secretos desses dois países.

      2. A elite financeira ocidental, tal como representada especialmente no Clube Bilderberg, no Council of Foreign Relations e na Comissão Trilateral.

      3. A Fraternidade Muçulmana, as lideranças religiosas de vários países islâmicos e alguns governos de países muçulmanos.

      Desses três agentes, só o primeiro pode ser concebido em termos estritamente geopolíticos, já que seus planos e ações correspondem a interesses nacionais e regionais bem definidos. O segundo, que está mais avançado na consecução de seus planos de governo mundial, coloca-se explicitamente acima de quaisquer interesses nacionais, inclusive os dos países onde se originou e que lhe servem de base de operações. No terceiro, eventuais conflitos de interesses entre os governos nacionais e o objetivo maior do Califado Universal acabam sempre resolvidos em favor deste último, que que hoje é o grande fator de unificação ideológica do mundo islâmico."

      Quer dizer que a Indonésia (o país mais populoso islâmico) tem como pano de fundo uma ideia integrada com um país como a Arábia Saudita, por exemplo, para formar um Califado Global.
      Isso é sério, colega? Isso precisa ser refutado, e como se refuta algo como isso? Não basta olhar a realidade desses dois países e ver que essa ideia é estapafúrdia?

      Todos nós devemos ser respeitados, colega. Isso é uma confusão muito comum. Não comungar com ideias alheias em nenhum momento é um desrespeito a pessoa de quem quer que seja. Ideias não merecem respeito, ideias servem para ser colocadas a prova pela racionalidade e pelos fatos. Pessoas merecem respeito, ideias não. Nada mais obtuso uma pessoa se sentir desrespeitada porque teve a sua ideia contraditada.

      Um abraço!

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    2. Soul,

      Veja bem, não entrei no mérito da discussão e me recuso a opinar por simplesmente não me julgar capaz. Sou humilde a este ponto e, apesar de ter lido a respeito, não quero emitir vereditos. Entendo inclusive o que diz e não acho um despropósito.

      Meu ponto é: você colocou o Olavo como alguém que usa o globalismo como expressão vaga e sem sentido, como se fosse uma abstração sem nome e endereço, parafraseando Nelson Rodrigues.

      Porém, o primeiro artigo que enviei é repleto de referências de documentos, livros, sendo que o Olavo cita claramente o nome de pessoas específicas a quem ele se refere. O segundo mostra exatamente quais são as tais organizações que possuem um projeto de dominação global.

      Novamente, e a despeito do mérito, te pergunto: isso é ser vago, vazio e indireto?

      Ideias não precisam ser respeitadas, mas como você disse, até ontem desconhecia o tal "globalismo". O Olavo dedicou décadas estudando e indica aos leitores várias das referências que influenciaram a formação de sua opinião. Eu acho que, para refutá-lo, seria preciso ao menos ler suas fontes, não é mesmo?

      Reforço: o que penso é que o Olavo foi um péssimo exemplo de alguém que comenta sobre o que não sabe, ou que usa termos despropositados. Concorde-se ou não, ele não é um leigo que não sabe o que fala e apenas repite jargões.

      Espero que entenda meu ponto.

      Abraços!

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    3. Olá, colega.
      É verdade, nesse ponto você tem razão. Ele cita supostas organizações no primeiro texto.
      Já no segundo texto, não há absolutamente nada, ou algo completamente despropositado como a intenção de criar um Califado Universal Islâmico. Ou o projeto de dominação Russo-Chino.
      Veja, e aqui acho que perdemos o ponto, o fato é que o fio condutor do texto em nenhum comentário foi nem mesmo abordado: o processo de unificação da humanidade que começou há alguns milênios. Não se trata de refutar ideias, lendo as mesmas fontes, mas apenas observar no texto que eu li que há simplesmente a negação de uma realidade objetiva, que se olharmos pelas lentes da história fica muito claro.
      Não creio que tenha sido infeliz, apesar de ser apenas a minha opinião, nos próprios textos linkados por você, a postura do autor é mais ou menos a seguinte: "tudo que você lê na mídia, nas ciências sociais, etc" é completamente deturpado, o que eu digo por aqui (incusive sobre o objetivo de doar o Texas e a Califórnia para o México) é a única coisa que faz sentido de quem consegue ver por trás das cortinas".
      Com a devida vênia, esse discurso é sim para mim vazio.


      No mais agradeço a sua opinião, colega.

      Abraço

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  7. Globalismo é os poderosos do mundo que se unem pra nos foder e nos controlar XD. O que podemos fazer contra isso ou a favor disso? Isso mesmo, exatamente nada.

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    1. Bom, se Globalismo for os poderosos se reunindo para controlar e "lascar" a grande maioria, podemos dizer que os Imperadores do Império Sassanide da Antiga Pérsia também eram "globalistas".
      Abs

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  8. Soul, como sempre um prazer ler seus textos. Discordo de boa parte deste. As pessoas usarem termos genéricos para falar qualquer abobrinha é comum. Troque globalismo por capitalismo, por socialismo, por qualquer coisa. Não importa. Não entendi qual a relação desse seu ponto ao tratar do fenômeno do título.

    Pelo que entendi, você não conseguiu encontrar uma definição pro tal do globalismo. Dar-lhe-ei: um processo de centralização política global. Alguns burocratas decidindo pelo mundo todo. Esvazia-se a participação local. Seria algo como um governo mundial, por isso sempre a associação com a ONU - sempre aparentemente bem intencionada. Bem diferente das democracias da Grécia Antiga, em que o processo político era muito descentralizado, as discussões eram nos bairros, nas praças. Você não viu quem seriam os responsáveis por esse movimento? Numa pesquisa simples aqui, sempre vejo o nome do especulador mais conhecido da atualidade. Não entendi que se trata de uma interação de povos, algo que aliás acho muito salutar, mas sim de uma unificação política. E também esse movimento está associado de impor agendas às pessoas: não coma carne, não xingue, não tenha armas, não confunda liberdade de expressão com discurso de ódio (quem define o que é discurso de ódio e o que é liberdade de expressão?) e por aí vai.

    Sinceramente, não me preocupo com as coisas que não tenho controle. Se vamos ter um governo mundial, alguns burocratas, decidindo por todos, se o Brasil vai virar a Venezuela etc, maioria dessas coisas nunca vai acontecer. "Eu sofri por muitas catástrofes na minha vida, a maioria nunca aconteceu" - Mark Twain. Só quis clarear um pouco as perguntas que você fez no texto. Não pretendo convencer ninguém de nada. Abraço!

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    1. Olá, colega. Grato pelo comentário e pelos esclarecimentos.
      Creio que o seu último parágrafo contém uma dose de sabedoria boa, também procuro aplicar em minha vida. Há certas coisas que não temos qualquer controle, e sofrer por isso realmente é desnecessário.
      O Tema trazido à baila foi apenas uma reflexão feita em alguns minutos, não um "sofrimento existencial".


      O seu primeiro parágrafo também está correto. O ponto do meu texto foi apenas chamar atenção que o neologismo "Globalismo" vem sendo usado para justificar coisas díspares e em muitos casos ser apenas um argumento vazio sem conteúdo.

      Veja, começando pela "Democracia" na Grécia Antiga que ocorria em cada "bairros", "praças". Não havia democracia no sentido que atribuímos ao termo na Grécia Antiga. Apenas uma parcela muito diminuta da população tinha o título de cidadão. A maioria (escravos, mulheres) não pertencia a essa classe e não tinha muito o que dizer sobre os rumos políticos das cidades-estados gregas.
      A descentralização parece-me muito forte hoje em dia, ou as redes sociais e a internet não possibilitam hoje em dia? Eu creio que sim.
      A sua definição de globalismo difere e muito da fornecida anteriormente pelo vídeo linkado pelo colega blogueiro ali de cima:
      "um processo de centralização política global. Alguns burocratas decidindo pelo mundo todo. Esvazia-se a participação local."
      Pela inteligência do seu comentário, creio que percebemos que o tema é vasto e com nuances. Se há uma unificação acontecendo na humanidade, também há processos de descentralização. A ONU, coitada, tem um poder extremamente limitado. Os EUA invadiram, baseado numa mentira, o Iraque em 2003 à revelia da ONU. As resoluções da ONU são constantemente desrespeitadas por Israel. A ONU nada mais é do que reflexo dos seus Estados-Membros, e realmente não sei porque isso é tão difícil de saber. A ONU não possui exército, os capacetes-azuis nada mais são do que soldados cedidos pelos Estados-Membros. A ONU é aquilo que os Estados-Membros querem que seja, principalmente os mais poderosos. Se quiserem que seja uma instituição internacional para resolução de conflitos, ela pode ser. Se quiserem que seja uma instituição sem grande relevância, ela será, como vem sendo.

      Sobre as agendas. Posso contrapor a agenda "de não coma carne" com a "agenda" de "coma carne". Posso colocar a agenda "de não tenha armas" com a agenda de "tenha armas". Com a devida vênia, não creio que chegaremos a nenhum lugar aqui, e muito menos consigo ver um link disso com movimentos que querem "centralizar o poder político a nível global".

      Quem define o que é discurso de ódio, e o que é liberdade de expressão? Boa pergunta. Bem-vindo as questões difíceis humanas. Eu creio que um discurso que diz que alguém é inferior apenas pela sua cor de pele, um discurso de ódio, mas por que não garantimos a liberdade de expressão para que a pessoa exponha esse pensamento? Talvez porque nós, boa parte da humanidade, chegamos a conclusão que muitos crimes já foram cometidos em nome desse discurso de diferença racial (mesmo que o conceito de raças humanas diferenciadas não mais exista para biologia). Agora, você está correto, não permitir que um "racista" exponha a sua opinião de forma aberta é um cerceamento de sua liberdade de expressão, sem sombras de dúvida.

      Um abraço e grato pelo comentário.

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  9. Me chamou a atenção esse livro.

    Vou pesquisar e talvez compra -lo

    Obrigado pela dica!

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    1. Olá, Guardião. É um belíssimo livro. O rapaz é bem jovem, vi uma palestra dele no TED-Talks. Nossa tem tanto insight interessante. O que é bacana é a visão dele sobre a História, remontando desde o surgimento da nossa espécie há 200 mil anos, passando pelo que ele chama Revolução Cognitiva há 70 mil anos, desembocando na Revolução Agrícola de 10 mil anos até a mais recente Revolução Industrial.
      É muito interessante mesmo, a capacidade dele enxergar onde poucas pessoas veem, principalmente quando presas apenas num determinado período histórico. Às vezes pelos comentários, eu creio que as pessoas acham que a nossa espécie evoluiu há uns 600 anos, e a história começou há uns 200 anos.
      Abs!

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    2. A verdade é que embora a espécie humana tem esses milhares, os últimos 200 anos trouxeram mudanças maiores que os 1000 anos que antecederam.

      Como serão os próximos 50 anos?

      Aquela maxima que "a história se repete" continuará existindo ?

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    3. Olá, Guardião.
      Isso é uma grande dúvida, amigo. Robotização, Inteligência Artificial, Terapias Gênicas que podem prolongar a vida humana para limites quase que bíblicos, é difícil imaginar como iremos nos organizar social, política e economicamente. Em que pese isso tudo, para mim é um prazer saber um pouco somos nós mesmos, pois por mais que tenhamos evoluído tecnologicamente, biologicamente, pelo menos por enquanto, continuamos idênticos ou muito parecidos com os Humanos Caçadores-Coletores de 30 mil anos atrás.
      Um abraço

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  10. Eu não acho que o globalismo seja uma teoria da conspiração, assim como não acho que seja algo de todo negativo.
    Não é teoria da conspiração o fato de que Soros financia projetos de esquerda no mundo todo. Que ele tem uma influência enorme no partido democrata, que quer impor uma forma de socialismo progressista.
    Eu sou a favor da globalização, do livre comércio, da livre iniciativa, de que se flexibilize as leis de imigração, da não intervenção e auto determinação dos povos, assim como sou contra o estatismo, o assistencialismo estatal e ao tamanhos que as burocracias estatais possuem hoje.
    Eu acho importante que hajam órgão internacionais para mediar as relações entre países, como a omc e até mesmo a onu. O que eu acho é que deve essas organizações não devem se sobrepor às soberanias nacionais, deveriam ser órgãos de conciliação e mediação de conflitos e de imposição de vontade de burocratas metidos a intelectuais que possuem um mundo ideal em suas cabeças e querem impor seus "nobres ideais" sobre a humanidade.

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    1. Olá, colega. Pela sua auto-definição, segundo o vídeo https://m.youtube.com/watch?v=XumrD3ET3Sg linkado pelo blogueiro acima, você é um Globalista. Pode não saber que é, pode ser uma massa de manobra ingênua (outra expressão usada e abusada em vários contextos), mas você é um globalista e precisa ser combatido. Basta ver a partir do minuto 4:48.

      O vídeo é tão sem pé, nem cabeça, que no final ele culpa a ONU por não ter impedido o massacre de Ruanda de 1994. Ora, Ruanda era um Estado Soberano, e estava tendo "problemas internos" (um genocídio étnico), intervir militarmente por uma força internacional, não seria um desrespeito à soberania do país? Ou seja, o vídeo se contradiz a si mesmo, e não é preciso muita reflexão para chegar nessa conclusão.

      E qual encaminhamento, nós enquanto humanos, deveríamos dar se outro genocídio étnico tivesse ocorrendo em algum lugar esquecido do planeta terra (e infelizmente ainda há alguns ocorrendo) sendo cometido no interior de um Estado Soberano? Como se resolve, ou não se resolve?

      Essas questões servem apenas para mostrar quão sensível e difícil é a discussão das soberanias dos Estados num mundo cada vez mais conectado, e onde as pessoas se importam com o que acontece. Há duzentos anos, ninguém na Inglaterra se importaria se Indianos estivessem sendo massacrados (o que de fato eram, e por britânicos), hoje nossa consciência coletiva mudou nesse aspecto, e creio que isso foi uma evolução humana.

      Abs

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  11. Soul, você sabe que os termos Globalismo e Globalização se referem à coisas opostas, né? Dessa vez estou com os colegas dos comentários acima. Parece que você acabou cometendo um erro comum hoje em dia: confundir os significados e criticar um texto com a premissa errada.

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    1. Olá, colega. Pode ser que eu tenha feito.
      Então, com suas palavras (não com textos linkados), ilumine-me a distinção. No vídeo linkado pelo colega acima, a definição de globalismo, pareceu-me idêntica à definição de globalização vista de um ponto de vista crítico por movimentos ditos de "esquerda". Acredite-me, li alguns livros e fui a algumas palestras quando estava na Universidade sobre os pontos nefastos da globalização.
      Sabem quais eram eles? Livre-Comércio com precarização dos trabalhos, derrubada da autonomia dos Estados-Nação sendo os mesmos subjulgados por empresas multi-nacionais poderosas, a homogeneização completa e perda da diversidade cultural humana.
      Estranhamente ou não, essas consequências ou objetivos são quase que repetidos a literalidade no vídeo https://m.youtube.com/watch?v=XumrD3ET3Sg a partir do minuto 4:48.

      Abs

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    2. No Brasil poucas pessoas escrevem sobre o Globalismo - Olavo de Carvalho e o Flavio Morgentern por exemplo. Um termo relativamente novo e que gera MUITA confusão na mídia. Todo mundo colocando Globalismo e Globalização no mesmo balaio, assim como este post.

      Talvez esse podcast te ilumine (como pediu) uma compreensão melhor sobre o assunto e quem sabe pare de cometer o erro de equiparar os dois movimentos contrários.

      http://sensoincomum.org/2016/08/22/guten-morgen-george-soros-pensa-voce/

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    3. Olá, colega. Gostaria, como pedido a um colega, que a pessoa pudesse com as próprias palavras dizer a diferença entre globalismo x globalização. É um bom exercício, quando não precisamos recorrer a fontes externas para tudo.
      Porém, irei dar uma olhada no link recomendado.
      Um abs!

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    4. Olá novamente, colega. Ufa, enquanto me alongava e arrumava a casa ouvi todo o Podcast. Mais de uma hora, ainda bem que estava fazendo outra coisa concomitantemente.

      Agradeço o envio, pois é incrível que os mesmos chavões e desinformações que o podcast cita é quase que ipsis literis o que vários colegas falam. Como não conhecia o Flavio Morgentern, fica fácil entender como alguns temas vão borbulhando de maneira homogênea por alguns blogs e espaços de internet.

      Vamos ao vídeo.

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    5. Entre aspas ideias e opiniões ditas textualmente no audio enviado por você. Sem aspas, ideias sem que tenha havido a expressa literalidade.


      "A Notícia mais importante do século.”
      - Uau! O fato de algumas informações de uma organização chamada Open Society ter sido hakceadas é talvez a notícia mais importante do século. Uau!

      "Você, e quase todo o mundo, pensa da maneira por qual pensamos é obra de Soros.”
      Caramba, esse Soros é um sujeito muito poderoso. Tudo que penso é obra dele. Não tenho pensamentos próprios, tudo é obra das maquinações desse Senhor. Agora, e isso é importante, se eu penso como o autor do podcast aí sim eu volto a adquirir pensamentos próprios, e não necessariamente estou sendo influenciado por alguma outra ideologia, interesse, etc. É, um argumento muito forte mesmo.

      "A ONU é uma entidade tirânica com extremo poder.”
      Sim, a Tirania da ONU fica escancarada, e o seu poder é nítido e claro. Todas as suas resoluções são respeitadas, ela possui um exército poderoso, e o seu orçamento faria o orçamento dos EUA parecer brincadeira de criança.


      "A esquerda existe e cresceu por causa da ideia da paz."
      Interessante. Fato: procure Steve Pinker e o livro “Os Melhores Anjos de nossa natureza” de como a violência vem diminuindo consistentemente na humanidade nos últimos séculos.



      "O Tema de desigualdade saiu de tônica no Brasil nos dias atuais, ao contrário da década de 80-90.”
      É
      "O Globalismo visa a destruir os centros descentralizados de poder: estamos e famílias inclusos."
      As famílias do início do século 21 são parecidas com as famílias do início do século 20 que por sua vez são parecidas com uma família européia do século 13? Eu creio que não, mas você pode fazer uma argumentação e dizer por qual motivo uma família do século 13 era parecida com uma família do século 20, período de tempo onde a ameaça do “globalismo" ainda não existia.


      "Discordar hoje em dia é um crime.”
      Eu vejo pelo grau de alguns comentários (não todos a evidência, muitas pessoas sensatas com pontos de vista diversos) neste artigo, que realmente para algumas pessoas discordar virou um ato quase criminoso.



      “Se um assassinato acontece e não é um crime de ódio contra um “negro" ou uma mulher” não há destaque na mídia.
      Passagem lamentável e completamente falsa deste audio. A maioria das pessoas assassinadas são negras no Brasil. Ser Branco de classe média com 30-35 anos e provavelmente as taxas de homicídio por 100 mil habitantes desse tipo de grupo seja semelhante a países europeus. As mortes anônimas são justamente a de negros no Brasil.

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    6. -O Hayek na década de 70 se contrapôs ao avanço do comunismo (que parecia inevitável a dominação no mundo) pela ideia de que países podem se beneficiar de suas habilidades únicas.” Pensei que as vantagens comparativas do ponto de vista intelectual datavam de uns 200 anos antes.

      -Depois que Hayek impediu o avanço do comunismo, os comunistas mudaram de tática e se transformaram em socialistas. Aí, o Estado de Bem-Estar-Social surge.

      Pensei que foi na década de 70 que as críticas ao bem-estar-social surgiram e não que o Estado de Bem-Estar tenha surgido nessa década. E Hayek ser o responsável por conter o comunismo no mundo é um feito e tanto para um único homem, intelectual não tão conhecido na época, não acha?


      "O Soros é um super-investidor que ganha se a bolsa sobe ou cai. “
      Uau. Esse sabe gerar Alpha em qualquer condição. Não sei se ele tem algum fundo aberto a captação, mas se o homem sempre ganha dinheiro em qualquer condição do mercado, eu gostaria de ser quotista de um fundo dele. Dá para ver que o Sr.Flavio entende bastante das dinâmicas dos mercados financeiros.

      "O Soros quer atacar as drogas, e não o traficante. “
      Hum. Diga para mim quais foram os resultados da guerra contra o tráfico realizado por vários países no mundo, o nosso incluso? Acho importante analisarmos essa questão, ao invés de soltar uma frase dizendo que há uma agenda “globalista" a favor das drogas ao invés de um combate ao tráfico de drogas.

      -As manifestações de 2013 foram sobre educação e saúde, que na verdade são os pano de fundo do grande movimento globalista, a “isca" para os grandes temas.

      Certo.

      -Um grupo chamado “Mídia Ninja” recebeu U$ 80 mil dólares para ter um papel decisivo nas manifestações de 2013. Alguns minutos depois, ele fala que o Mídia Ninja está apoiando grupos pequenos para gritar fora temer.
      Ué, mas em 2013 a presidente era a Dilma.

      “Os EUA têm a política de apoiar lugares mais complexos. Se há uma escolha entre um ditador que irá matar, sei lá, 100 mil pessoas e outro que irá matar, não sei, cinco mil pessoas, o EUA vai apoiar o menos pior por meio de acordos comerciais, daí ele vai vigiar esse governante, se ele matar demais, aí os EUA podem intervir. ISSO É DIPLOMACIA”.

      Essa definição de Diplomacia foi brilhante, sério mesmo.

      O Geroge Soros é que está pagando.

      "As pessoas pensam que o aborto irá resolver todas as questões do mundo. “
      Quem pensa isso? Eu não conheço ninguém que pense assim. A questão do aborto é apenas uma entre tantos outras questões humanas.

      "O Regime Militar é muito parecido estruturalmente com o PT.”
      E agora, Arnaldo?

      "No EUA, como é um regime Consuetudinário, as decisões passadas valem mais do que a Lei.”
      Não, Flavio. Uma Lei para não ser aplicada tem que ser considera inconstitucional, não se pode simplesmente não aplicar uma lei. As decisões no regime americano apenas tem mais força do que regimes baseado no direito romano clássico, e geralmente são decisões que dão nova interpretação sobre a constituição ou de alguma maneira decidem quando há um vácuo legislativo.

      “A Grande questão do mundo hoje em dia é o banheiro transgênico”.
      É sério isso?

      - Fim do vídeo, e pedidos de apoio monetário ao site, pois o Soros a toda evidência não irá colocar dinheiro lá (palavras do Sr.Flavio)

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    7. Grato, colega anônimo, pelo podcast. O audio não falou absolutamente nada entre a diferença entre globalismo x globalização, em 70 minutos dedica-se ao tema uns 2 minutos. Fala que globalização são os países fazerem o que são melhores, e deixar o comércio acontecer. Diz que essa ideia surgiu com o Hayek (e não com Smidth ou Ricardo duzentos antes antes) na década de 70, e sem ela o comunismo não seria parado.
      É uma cacofonia de ideias desconexas, muitas delas simplesmente falsas ou não baseadas na ordem cronológica correta.

      Se este é um dos poucos que fala sobre o tema, realmente não dedicarei mais do que esse artigo para falar sobre isso.

      Um abraço!

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  12. A tendência é o mundo ficar cada vez mais unificado, quanto a isso não sei se é bom ou ruim, sou leigo nisso. Mas uma coisa que não dá pra negar é o fato que várias fundações financiem movimentos, ongs, mídias ao redor do mundo cujo o foco é defender agendas como: aborto, países sem fronteiras, ideologia de gênero, liberação das drogas, feminismo, etc.
    Um mundo unificado com pensamento único parece ser o interesse de alguns grupos, então, você pode até considerar isso bobagem, mas querer ignorar isso tudo sem ao menos se perguntar a razão de algumas fundações financiarem esse tipo de coisa, é fechar os olhos pra realidade.

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    1. Olá, colega. Bom, olhe a quantidade de temas que você trouxe à baila.
      Até onde sei os humanos possuem ideias e geralmente gostam de ver essas suas ideias difundidas, seja um marxista-stalinista, um nazista, um libertário, um economista austríaco, etc. Isso é apenas humano.
      Logo, a sua frase "Mas uma coisa que não dá pra negar é o fato que várias fundações financiem movimentos, ongs, mídias ao redor do mundo cujo o foco é defender agendas como" para mim parece uma consequência lógica do ato de ser humano.

      As agendas específicas que eles promovem variam de pessoa para pessoa e de instituição para instituição. Aborto, liberalização das drogas, "feminismo", países sem fronteiras (essa vai demorar hein) são todos temas complexos para se colocar assim no mesmo saco.

      Drogas, por exemplo. Você bebe cerveja? Álcool é uma droga e das mais nocivas. Leva sofrimento para muita gente, principalmente comunidades mais pobres. Você seria a favor de fecharmos a AMBEV? Creio que não, não é mesmo? Isso apenas para ficar num pequeno exemplo que essa discussão pode remeter.

      Aborto. Você é mulher? Eu não sou mulher. Como, não sendo mulher, posso opinar como se fosse um Gospel sobre aborto? Não é um pouco demais? Como saber a dor que uma mulher sente ao abortar, ou os tormentos internos de uma mulher ao querer abortar? Qual homem pode sentir isso? Nenhum, não é mesmo?
      Eu, particularmente, por influência da minha mãe tendo a ser contra o aborto, por uma história que minha avó contava a minha mãe que por sua vez sempre contou para mim. Agora, para mim é um tema complexo, e um tema onde as mulheres devem ter uma voz muito mais ouvida do que o homens. Simples assim. Além do mais, há os abortos ilegais, as mulheres morrendo por causa desses abortos, ainda temos uma questão de ordem prática.

      Colega, se você acompanha esse blog, sabe que um mundo com uma única forma de pensar é algo que simplesmente me entristece. Não creio que isso chegue a acontecer no espaço de temo de nossas vidas, ou dos nossos filhos. Porém, se interessar, leia o livro Sapiens, principalmente na parte dita por mim no livro. Lá o conceito de unificação da humanidade, como isso ocorreu e vem ocorrendo, fica mais claro.

      Abs

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    2. Eu não sou cristão e não tenho nada contra o aborto. Mas espero, enquanto a saúde seja socializada, que nunca seja legalizado.
      Eu acho realmente que as mulheres deveriam poder escolher fazer ou não aborto, desde que elas pagassem por isso.
      O absurdo é querer que toda a sociedade pague. Hoje toda mulher que quer fazer aborto faz, vai numa clínica clandestina e paga de seu próprio bolso. Se for legalizado será mais uma despesa absurda a ser paga por aqueles que sustentam a sociedade.
      Quer fazer aborto? Faça, mas assuma os custos e os riscos.
      Quer fazer mudança de sexo? idem.
      Seu corpo, suas regras, mas também seu trabalho, seu suor, seu dinheiro.

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    3. Olá, colega.
      Claro, porém veja que é uma discussão distinta que você traz. Não é mais a respeito se o aborto deve ou não ser permitido, mas se ele for permitido quem deve arcar com esses custos: o indivíduo (família) ou a sociedade por meio de tributos.
      É uma discussão interessante, mas aqui creio que fugimos um pouco do tópico inicial do artigo.
      Abs

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    4. Assim como supostamente Soros financia causas de esquerda os irmãos Koch supostamente financiam as de direita. Dois pesos,duas medidas?

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  13. soulsurfer, sempre atacando rótulos "esquerda X direita", mas sempre se aliando aos pensamentos da esquerda - e esquerda caviar.
    Não importa se você se autoproclama de direita/esquerda/centro, porém, se você fala como um porco, anda como um porco, fala como um porco e age como um porco, podemos presumir com razoável margem de certeza que você é um porco.

    * o porco aqui tem mero apelo ilustrativo.

    Será que você é menos complacente com os rótulos que os militantes dão a todos que ousam não seguir a agenda progressista (fascista, machista, homofóbico e etc.)?

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    1. Olá,colega. Seja mais específico. A rotulação não é a forma mais sensata, racional e inteligente de se debater. Talvez em alguns outros espaços isso floresça sem que os interlocutores percebam a precariedade dos argumentos, mas no meu espaço tendo a evitar que isso aconteça, e foram muitos textos a respeito.

      Se você for específico em alguma questão, podemos iniciar um debate saudável, quem sabe percebemos que concordamos com o tópico, ou quem sabe percebemos que há outros pontos de vista. Agora colocar num tema sobre unificação da humanidade, machismo, homofobia, fascismo, sem dizer qual é a conexão que pretende, algo meio sem substrato, não concorda?
      Abs

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  14. Caro soulsurfer, com licença, e que texto bem redigido, porém, palavras são criadas para sintetizar algo, logo,

    GLOBALIZAÇÃO - extinção das fronteiras, interação instantânea em lugares distintos do mundo, recursos, disponibilidades, tecnologias iguais e acessíveis a todos do globo.

    GLOBALISMO - criar leis, taxas iguais a todos no globo terrestre, deixando todos subservientes a direitos e deveres universais.

    Contudo nota-se ai a diferença, em um mundo com globalização você pode agir diferente de um japonês dispondo dos mesmos recursos, já, em um mundo com globalismo você disporia das mesmas restrições.

    Tão urgente, quanto maior uma arquitetura social, estado, governo, maiores as discrepâncias, há muitos fatores locais para definir algumas normas que não podem ser arquitetadas por um comitê a nível de saber o que é melhor para 7 bilhões de homo sapiens??

    Aliás, você sempre acerta, supri, satisfaz, conhece as necessidades de sua parceira? Eleve a nível mundial.

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    1. Olá, colega.
      As diferenciações estão entendidas. Porém, não é o que li e vi nos poucos textos e vídeos que vi sobre o tema (tirando os textos e vídeos insanos ligando veganismo a conspiração globalista marxista cultural).

      Como se faz um livre-comércio num mundo sem fronteiras sem que culturas sejam influenciadas de sobremaneira ou até mesmo assimiladas? A História do mundo é cheio desse acontecimentos.
      "criar leis, taxas iguais a todos no globo terrestre, deixando todos subservientes a direitos e deveres universais."
      Eu não sei colega, é difícil comentar isso sem algo concreto que faça algum sentido.
      A Aviação internacional possui regulações internacionais em que quase todos os países são signatários. Essas são leis que as pessoas, se entendermos no contexto de países, são subservientes a deveres e direitos idênticos. Isso é uma situação ruim?

      Pode ficar tranquilo que por mais que a humanidade fique cada vez mais parecida em seus hábitos, trabalhos, doenças, um Japonês ainda terá diversos traços culturais que o distinguirão de um Brasileiro. Tal situação deve perdurar por um tempo razoável ainda.

      Concordo em partes. Como dito no livro "Antifrágil" do Taleb, sistemas descentralizados tendem a ser mais robustos a crises, e ele cita a Suíça onde o Estado Central é bem mais fraco que Estados Europeus Tradicionais e há uma cacofonia de centros administrativos menores e que isso de alguma forma faz o sistema funcionar melhor.
      A ideia parece-me correta. Entretanto, há questões internacionais e na minha opinião é preciso que haja instrumentos internacionais, supra-nacionais, para resolução de conflitos.
      De certa medida é um equilíbrio dinâmico, em minha opinião, forças centralizadoras e maiores, com forças descentralizadoras e menores.

      O seu ponto é relevante. Porém, algumas questões fazem sentido serem tratadas a nível supra-nacional, como proliferação de armas nucleares, combate ao esgotamento dos recursos marinhos, entre outras temas. Agora, se uma rua deve ser afastada na minha cidade, creio que isso não é um assunto internacional, nem nacional, nem estadual e talvez nem municipal, mas sim distrital (apenas um exemplo).

      Abs

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  15. Vamos ganhar dinheiro? Escreva sobre leilões de imóveis

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  16. Soul, muito boa sua análise. Estava lendo sobre este tema essa semana e acima de tudo sobre o baluarte nacional. O que eu percebi é uma idolatria e um frenesi sem precedente. É mais ou menos como os comentários que li agora. Não li, mas quem escreveu sabe muito sobre o tema, logo não pode ser refutado. Sabe o que é pior, olhando detalhadamente o discurso, o que se vê na verdade é apenas o bom e velho oportunismo. Está se ganhando dinheiro com esse discurso, logo MESMO QUE AS EVIDÊNCIAS SEJAM CONTRÁRIAS ele não será alterado. Quer um exemplo, você viajou o mundo e sabe a diferença entre os praticantes das diversas religiões(por exemplo a islâmica), todavia, quando se constrói o discurso se coloca tudo no mesmo pacote e o que é pior não se leva em conta ou mesmo nem se destaca as que verdadeiramente representam perigo. Enfim,infelizmente vejo que tempos sombrios se aproximam. Espero sinceramente estar errado. Grande abraço. Anonimo sem querer ser.

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    1. Olá, colega.
      Sim, há uma mania muito grande de se empacotar tudo num mesmo discurso. Fica aprazível e simples para muitos, mas muitas vezes não resiste a um sopro argumentativo.
      Assim, o islamismo, como citado por você, vira uma entidade única, sem qualquer diferenciação. Isso, com as devidas vênias ,é risível. Se eu perguntasse para algum Mulá saindo da mesquita principal de Kasghar (capital cultural dos Uyghurs, etnia majoritária na província de Xinjiang no oeste da China) no dia principal de orações (que é sexta-feira) se ele pensa num Califado Islâmico Global onde os Uyghurs se associariam a muçulmanos wahabbistas da Arábia Saudita e Xiitas Iranianos, com a força dos muçulmanos da Indonésia, ele muito provavelmente soltaria uma gargalhada.
      Quem fala esse tipo de coisa, parece não ter a mínima noção sobre o que está falando.

      Sobre tempos sombrios, não compartilho de tanto pessimismo. Do ponto de vista ambiental tenho muitas preocupações, mas ninguém sabe como será o mundo dos nossos netos com essas transformações acontecendo de maneira tão rápida.

      Abraço!

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  17. Este post é uma verdadeira ameaça à inteligência.

    Está pau-a-pau com um que teve esses tempos, em que algum maluco dizia que poupança era melhor que TD

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    1. É mesmo? Conte-me mais a respeito, colega.
      Abs

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    2. Anônimo,

      Assino embaixo o seu comentário!

      Muitas, mas MUITAS besteiras nesse "artigo". Na boa Soul, estude mais antes de escrever essas barbaridades sobre um assunto que você claramente não domina.

      Abraços!

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    3. Investidor Livr3,

      Pare de perpetuar esse câncer de "estude mais".

      "Estude mais" e "você não domina esse tema" são coisas inócuas para o debate.

      Apresente um argumento decente. Aponte os erros. Liste as "barbaridades" e suas devidas correções. Mostre o seu domínio sobre o tema. Você tem energia e tempo para administrar um blog de finança. Gaste um pouco deles para tecer argumentos melhores.

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  18. Oi Soul, tudo bem? Bem legal o seu texto. É o processo de integração da humanidade que está acontecendo desde que nos tornamos o quê? Humanidade. Minha opinião é que é um processo inexorável, tendo em vista o crescimento e adensamento populacional. Como vamos lidar com isto eu não sei - Meio óbvio que teremos guerra e gestos generosos.
    Olhar este processo só do ponto de vista político ou econômico é ignorar este processo e não captar todas as suas nuances. Exemplo: mesmo com esta integração muitos sofrearão sua influência mas estarão completamente isolados, mesmo no meio da multidão, como um indivíduo num grande centro urbano mas que leva sua vida nos arredores de sua residência.
    Outro ponto do seu texto que sempre penso é que facilmente perdemos a noção de tempo por termos uma vida curta em relação à história. Um exemplo que gosto é que quando era novo, a China era uma curiosidade. Hoje é uma potência! Mas a verdade é que a China é potência e gigante desde 500 a.C. Nossa visão temporal não dá conta de entender que trinta, quarenta anos nada representa pra história de um país como a China. Isto vale para outros processos históricos, como a integração da humanidade.
    Adorei o seu desfecho. Fico pensando quando meus gatos irão conversar comigo.
    Um grande abraço
    P.S. Pensei agora: até que ponto a integração também será mental? Como o indício acima, integrado fisicamente mas desconectado mentalmente do resto da humanidade.

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    1. Olá, colega. Sim, por isso historiadores, quando sérios, são tão importantes. Eles nos ajudam a sempre lembrar que o nosso tempo de vida é muito diminuto se pararmos para pensar no desenrolar da história.
      Sua visão sobre a China parece-me acertada. Dezenas de anos antes de algumas poucas caravelas espanholas e portuguesas se lançarem ao mar, um Imperador do começo da dinastia Ming resolveu lançar algumas expedições marítimas. Teve uma delas, se não me engano, envolveu 300 navios enormes. A China era muito, mais muito, mais poderoso que qualquer nação Européia no fim da idade média. Com a unificação promovida. A China sempre foi uma potência, desde a unificação feita pelo primeiro imperador chinês da dinastia Qin em 220 antes de cristo. No auge Chinês, considerado os tempos gloriosos, na dinastia Tang a população da China era estimada entre 90-100 milhões de pessoas isso nos anos 900. O Brasil tinha 90 milhões de pessoas apenas em 1970, ou seja, mil anos depois.
      Logo, você tem toda razão, analisar a China pelo que aconteceu apenas nos último 80-90 anos algo completamente descabido. Quem faz isso, e a esmagadora maioria dos "analistas" o fazem, não percebe o que é a China. Isso é apenas um exemplo entre tantos outros.

      Um abraço


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  19. Soul, entendo sua visao de nao aderir a extremismos em um momento político tao polarizado, mas nomes e conceitos sao criados na tentativa de organizar e registrar o pensamento. Sua relutância em aceitar as denominaçoes direita e esquerda na política parece-me exagerada. Inevitável distinguir ideologias tao distintas quando nos referimos a políticos como Bolsonaro e Marcelo Freixo, por exemplo. Impossível aglutinar conceitualmente duas visoes de mundo tao díspares. Constatar a existência de campos políticos antagônicos, nao significa a obrigatoriedade de pensar sempre de acordo com um desses campos. Negar que existem visoes mais conservadoras e outras mais progressistas no contexto social, que acabam se refletindo no âmbito político-partidário, significa desconsiderar a ciência política, em última análise. Nao significa que você tenha que adotar a bandeira da direita ou da esquerda, nem que as movimentaçoes partidárias sejam sempre coerentes com o espectro político a que dizem pertencer. Quando afirmo que sou totalmente contrário aos ideais defendidos por um Bolsonaro, acho razoável concluir que nao comungo dos pensamentos inerentes ao simpatizantes da extrema-direita.Concordo que rotular pode desaguar em preconceitos e diminuir o entendimento de temas complexos ,mas as divisoes em esquerda, extrema-esquerda, centro, direita e extrema- direita, ajudam a entender a política. Nomear, conceituar, nao significa rotular. Abraço.

    Bruno

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    1. Olá, Bruno.
      Eu concordo com o "espírito" da sua mensagem. Se você consegue ter essa visão, perfeito. Se você consegue usar essas divisões, que em certa medida são arbitrárias, para melhor entender o mundo a sua volta e isso não serve como uma desculpa para intolerância e cegueira, não vejo nenhum problema.
      Porém, tenho uma visão um pouco diferente. Pretendo escrever um artigo a respeito.
      Um abraço

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  20. Soul,

    Você é um bravo, com leveza e compostura desafia intelectualmente os discordantes :)

    Recomendo a leitura do livro:

    http://a.co/e1zVTpW

    Leitura rápida e esclarecedora. Li esse fim de semana em duas sentadas. Está relacionado com o assunto deste post. Muito interessante!

    Abraços,
    Cabeça

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    1. Valeu, Cabeça.
      Grato pela dica. Li a breve resenha, e pareceu ser um assunto bem interessante. Nunca imaginei que países como a Arábia Saudita compravam passaportes e nacionalidades para as suas minorias "indesejadas". Sabia da existência de pessoas que nascem num Estado e não tem cidadania (como a minoria muçulmana Roryingha em Mynamar), mas não sabia dessa solução "criativa".
      Abs

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  21. "O Globalismo é uma ameaça à civilização ocidental de matriz judaica-cristã"

    Escuto/leio mais a versão com "valores morais cristãos" (?).

    Nota-se que pelos "argumentos" contrários que o texto atingiu o seu objetivo. Parabéns por ser um contrapeso ao extremismo infundado de vários blogs por aí, Soul.

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  22. Soul, o Olavo de Carvalho é um golpe de marketing da Editora Record. O dono da editora é filho de ministro da Ditadura. Ele deu entrevista ao jornal O GLobo, falando que achou esse nicho de mercado de "Direita".


    Como você disse, a falta de argumentos e a preguiça mental entranhou-se até na blogosfera, local que devia ter gente mais bem informada. Como exemplo, vemos gente idolatrando Os EUA, usando foto do ex Presidente Ronald Reagan. Essas pessoas dizem odiar impostos, odeiam o Brasil. Como alguém pode amar um país que cobra mais imposto que Brasil? Como pode idolatrar um presidente que taxou os dividendos?? É muita falta de leitura....


    Continue com seus posts para tentar diminuir um pouco o efeito do marketing na cabeça desses jovens ingênuos e sonhadores.

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    1. Olá, colega.
      Grato pelo comentário.
      Apenas como um adendo, a carga tributária dos EUA é menor do que a Brasileira. A carga tributária sobre bens e renda nos EUA é consideravelmente maior do que a Brasileira. Nesse ponto, nosso sistema tributário é extremamente desigual, o que torna os investimentos muito mais amigáveis no Brasil do ponto de vista tributário.
      Abs

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  23. Olá Soul
    Acompanho à um bom tempo seu blog e gosto muito das variedades de temas assim como de argumentos, concordando com alguns e discordando de outros. Sua busca de entender o mundo, mesmo de temas tão absurdos e fundamentado de maneira tão rasa, como os dos extremismos políticos atuais, me causam bastante interesse.
    Nos comentario vejo você tentar combater comentários cujo poder de argumentação é menor do que do meu sobrinho de 4 anos (mesmo tendo conversas muito construtivas com meu sobrinho, sei de suas limitações).Essa briga com grupos cuja maneira de pensar esta tão enquadrada e tão enraizada no maniqueísmo simplista sendo a discussão sem futuro e no final sem proposito ( meu sobrinho acredito que poderei ensinar algo, a muitos penso q nem 25 anos de analise conseguiriam).
    Ótimo que responda aos comentários mas acho apenas que nem toda briga é valida. Apenas acho que despender energia em discussões maiores melhoraria ainda mais seus textos.
    Abraços

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    1. Olá, Cesar! Agradeço o seu comentário. O seu sobrinho deve ser uma criança bem interessante para se conversar, adoro conversar com crianças dessa idade.
      Eu não encaro como briga, entendo o seu ponto de vista e creio que ele faz muito sentido. Procuro sempre parar quando vejo que a pessoa quer apenas ofender, aí realmente não tem sentido continuar. Porém, creio que é necessário para algumas pessoas obterem respostas fundamentadas contra determinadas percepções que elas por ventura possam ter. Em tempos de falta de discussão e ausência de contradição fundamentada, um bom exercício para muitos.
      Abs!

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