Pages - Menu

Páginas

Pages

segunda-feira, 19 de maio de 2014

BRASIL - É TÃO RUIM ASSIM?

              Olá, colegas! Hoje resolvi falar um pouco sobre o nosso país. Existiram alguns comentários no meu último artigo, que as supostas “vantagens” de se investir no Brasil seriam compensadas pelo atraso econômico, social e humano no qual o Brasil se encontra.  Afinal, prefere poder ter um título pós-fixado morando em São Paulo, ou prefere não ter essa vantagem e morar na sensacional Sidney? Tirando questões de ordem sentimental, é claro que todos nós preferiríamos morar num país extraordinário como a Austrália. Troco todos os aparentes “almoços grátis” por um país mais organizado e justo.  Entretanto,  será que a resposta seria a mesma se ao invés de Sidney fosse oferecido morar em Lagos, Nairóbi, Hanoi, Kiev, Damascus, etc, etc? Talvez a resposta seja negativa.

                Ok, Soul. Qual é o seu ponto? O meu ponto é que os seres humanos, e os brasileiros em especial, possuem a tendência de apenas observar países e sociedades que estão indubitavelmente num estágio mais avançado, mas esquecem de olhar para o mundo miserável em que vivemos. É como queixarmos da nossa situação de classe média, sem se atentar para o fato que uma parcela significativa dos habitantes de nosso país não tem nem mesmo acesso a saneamento básico. O nome já diz: saneamento básico (http://noticias.cancaonova.com/saneamento-basico-no-brasil-ainda-e-insuficiente-diz-estudo/)


                Quão precária é a situação do país? Comecemos pelo mais famoso índice que mede a qualidade de um determinado país : O Índice de Desenvolvimento Humano, conhecido como IDH.  O Brasil encontra-se na 85ª posição, na metade superior do ranking.  A posição do país não é boa, mas o Brasil avançou significativamente nos últimos 30 anos em inúmeros índices que vão desde anos de estudo, renda per capta, expectativa de vida, etc. O curioso é que a Argentina possui um IDH muito melhor do que o Brasil, sendo que a Venezuela também possui um IDH levemente superior (todas as informações aqui http://noticias.uol.com.br/infograficos/2013/03/14/brasil-fica-na-85-posicao-no-ranking-mundial-de-idh-veja-resultado-de-todos-os-paises.htm).  Isso apenas demonstra o quão desigual e injusto era o nosso país há 30 anos atrás, pois se melhoramos tanto, mas mesmo assim temos uma posição ruim, pior até mesmo do que a Venezuela e a Argentina que estão em posição econômica frágil há alguns anos,  é porque as coisas eram muito piores do que são atualmente.

                Observem a situação de IDH de países como a Nigéria. Alguém já pensou o que é viver lá? Terroristas loucos como os do Boko Haram no norte sequestrando meninas e ameaçando vender como escravas por U$ 12 dólares, metade da população vivendo com menos de dois dólares por dia, uma completa falta de infra-estrutura, corrupção endêmica e muitos outros problemas graves. A vida lá não é nada fácil. Sabe quanto é a taxa de juros por lá? 12% (http://www.tradingeconomics.com/nigeria/interest-rate). Isso mesmo, quase igual a do Brasil. Portanto, o Brasil tem juros de apenas 1% a menos do que um país miserável, à beira de uma guerra civil. 

                   Se um país africano não serve, comparemos com um país como a Turquia. Este país, que é muito bonito (já tive o prazer de visitar duas vezes), é de uma história e cultura extremamente rica. A capital Istambul é muito mais cosmopolita e desenvolvida do que qualquer cidade grande do Brasil. Pois bem. O IDH da Turquia é pior do que o do Brasil. Os juros são de 10% aa - houve uma paulada nos juros lá no começo do ano - (http://www.tradingeconomics.com/turkey/interest-rate) e os dividendos, pelo que li aqui rapidamente, são taxados. A Turquia é um país muito parecido com o Brasil no campo econômico, tanto que os dois são considerados parte do grupo das economias frágeis. Sendo assim, aparentemente, há vantagens aqui para investidores se comparados com investidores nacionais turcos.

                Ao contrário do que muitos podem pensar, o Brasil é um país que possui instituições sólidas.  Aqui há uma democracia real, presenciamos isso quando FHC deu a faixa presidencial ao LULA, numa grande lição de democracia, de transferência pacífica do poder.   O Brasil também é conhecido internacionalmente como um dos países mais receptivos a refugiados. Há milhares de Sírios, Haitianos, e de diversos outros lugares que são amigavelmente recebidos pelo nosso país. Não é assim que funciona em outros países, principalmente os mais desenvolvidos, onde essas populações são vistas muitas das vezes com desdém e indiferença.

                Logo, o nosso país tem uma série de problemas (sendo o principal deles o aumento da violência nas relações cotidianas, em minha opinião). Entretanto, estamos longe de estar na parte de baixo, muito pelo contrário.  Os números mostram uma evolução fantástica no Brasil nos últimos 30 anos. Cabe a nós brasileiros continuarmos lutando e insistindo para que nossas instituições se aperfeiçoem,  para que possamos nos próximos 30 anos colhermos mais melhoras significativas.

                Ah, mas o Brasil nunca vai ser uma Noruega. Provavelmente em nosso tempo de vida, não, assim como os EUA provavelmente não terão o padrão de vida de uma Noruega nos próximos 30/40 anos, e olha que eles são a superpotência militar, e a maior potência econômica. Nosso país é diverso, desigual e plural. Uma das coisas que sempre passa pela minha cabeça quando estou num aeroporto internacional de grande circulação é que tirando algumas etnias com características bem próprias (como Indianos e Mongóis), quase todo mundo pode-se passar por Brasileiro, e essa é uma das razões, segundo um delegado da PF me disse uma vez, de um passaporte brasileiro valer tanto no mercado negro. Isso é uma característica tão única e singular do Brasil, que se fossemos mais organizados poderíamos explorá-la em nosso favor.

                Portanto, com certeza temos que olhar para parte de cima do mundo (que se restringe talvez a 1/1,5 bilhões de pessoas) e procurar avançar enquanto país, mas é bom lembrarmos de olhar para a metade baixo do mundo (que deve corresponder a uns 5.5/6 bilhões de pessoas) para ver o quanto a vida pode ser difícil.


E você, com razão, reclamando do trânsito em nossas cidades. Caos urbano em Lagos -Nigéria

Abraço a todos!

               


84 comentários:

  1. O Brasil é maravilhoso. O problema é o brasileiro. Sobre a foto de Lagos, é aquela coisa. Quanto mais gente no planeta, pior a situação fica. Por isso sou 100% a favor de controle de natalidade, especialmente em países pobres e extremamente populosos.

    Abraços!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Este comentário foi removido pelo autor.

      Excluir
    2. Olá, IL!
      O mesmo brasileiro que às vezes tem comportamentos não tão bacanas, é o mesmo brasileiro que recebe bem os refugiados, os estrangeiros (aliás, o Brasil sempre foi conhecido por isso), que não se envolve em guerras étnicas ou religiosas, etc.

      Eu gosto do tema demografia. O maior controle de natalidade é educação feminina e empoderamento da mulher e queda das taxas de mortalidade infantil. Um controle estatal sobre natalidade costuma ser injusto e ineficaz.
      Além do mais, muitos estudiosos (inclusive o Siegel no seu livro "Ações para o longo prazo" traduzido pelo caríssimo Bastter) acreditam que só vai ser possível manter o nível de renda dos baby boomers (geração americana nascida no pós segunda guerra mundial) na aposentadoria pela existência de países mais pobres e jovens com grande possibilidade de crescimento econômico.

      Abraço!

      Excluir
    3. Acredito que o IL tenha querido dizer que os países deveriam oferecer aos seus habitantes mais pobres uma educação nesse sentido, mostrando-lhes a importância do controle de natalidade e oferecendo os meios para tal, de graça, pois os interesses são bilaterais.

      Com relação às imposições estatais de controle, concordo com o Soul, são injustas e muito menos eficazes, além de poderem gerar atrocidades...

      Excluir
    4. Estou devendo dois posts: um sobre valuation e outro sobre o mimimi da classe média.

      Mas primeiro vou contar como foi a comemoração dos R$ 500 mil! rs

      Excluir
    5. Sim, Guardião, eu concordo.
      Entretanto, o que realmente funciona é redução da mortalidade infantil (a correlação é negativa), aumento do tempo de escola para mulheres e empoderamento da mulher na sociedade.

      Há um livro muito interessante que aborda diversos destes temas:
      "O Fim da Pobreza" do Jeffrey Sachs (um economista bem conceituado no mundo).

      Abraço!

      Excluir
    6. O empoderamento da mulher certamente terá um impacto nas taxas de natalidade, pois os homens simplesmente passam a desistir de relacionamentos via "marriage strike".

      Excluir
    7. hehehe, é uma possibilidade...

      Excluir
    8. Sou a favor de um controle de natalidade por parte do Estado. Hoje em dia, não há NENHUM motivo para um casal ter mais que três filhos.

      Na verdade, "fazer" o filho é fácil. Difícil é criar, sustentar, educar... E a Terra já tem gente demais. Temos que diminuir o número de habitantes dela.

      Excluir
    9. IL, a sua resposta pode fazer sentido para o contexto brasileiro atual, mas não necessariamente para o contexto de outros países mais pobres.
      Desde que a diminuição seja voluntária não vejo problemas (apesar do setor de demografia da ONU apontar que a população humana deve se estabilizar entre 9/10 bilhões de pessoas). O que seria algo de fazer e de se sustentar é uma diminuição não-voluntária da população.

      Abraço!

      Excluir
    10. IL, você sabe que isso de "a terra está cheia, vamos diminuir a quantidade de pessoas" é um mito neh? Uma ideologia. Na verdade todos os habitantes da terra caberiam em um país pequeno, na Austrália por exemplo.

      Dá uma pesquisada em "overpopulation is a myth" no google. Vai um vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=HsAracLBCxI

      Excluir
    11. A respeito da super população, dá uma lidinha nesse artigo.

      http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1861

      Excluir
    12. Olá Anônimo,
      Parece que o instituto Mises está se tornando uma espécie de manual, pois a todo o instante são citados artigos (alguns são muito interessantes, devo admitir).

      Esse que você citou, com todo o respeito possui falhas gritantes. Ele diz que a superpopulação não existe, pois há áreas em vários países vazias, e a concentração populacional é apenas nas cidades. Caramba, que argumento é esse.
      O problema da população crescente é que para se conseguir alimentar, produzir, para cada vez mais pessoas, você precisa de terras, minerais.
      Para manter um humano com consumo médio de um americano, são necessários muitos hectares de terra. É por causa disso que o planeta, com a tecnologia e conhecimentos atuais, simplesmente não suporta que toda humanidade consuma como os americanos ou europeus, por exemplo.

      Logo, o artigo citado perde o rumo já nas primeiras linhas. Entretanto, grato por compartilhar.

      Abraço!

      Excluir
    13. Sim, existem arquivos muito interessantes nesse site. Muitos deles entretanto eu acredito que a maioria das pessoas não irá concordar, compreender, mas é assim mesmo.

      Eu acredito que não podemos colocar como base o consumo dos americanos e europeus como padrão a ser seguido. Acredito que vivemos numa "exuberância irresponsável" e um dia teremos que acordar, colocar os pés no chão e começarmos a ser remotamente mais "sustentáveis".

      Isso incluem mudanças drásticas no nosso modo de consumo. Vamos ter que rever também a indústria da carne que hoje é disparado um dos maiores vilões da humanidade, assista o documentário "A carne é fraca". Observe ele com olhos de economista, financista, o filme, aproximadamente 90% dele é apelativo para a proteção dos animais (eu não tenho nada contra isso) mas os 10% que me chamaram mesmo a atenção foi que produzir carne não é inteligente, não é um bom negócio, que os recursos que se usam para produzir 1kg de carne dariam para produzir, não me lembro dos números com exatidão, mas seriam uns 3kg, 5kg ou mais de grãos. E que os recursos usados para alimentar o rebanho (mundial) acabariam com a fome no mundo. Erradicaria a fome.

      E tem a falácia também que nós *precisamos* de carne. Mentira, o filme trata disso também e eu posso atestar pois não como carne de espécie alguma a meia década e ainda estou vivo.

      E tem também uma outra coisa que contribuiu com tudo isso. O fim do padrão ouro. Com os governos podendo imprimir dinheiro a torto e a direito e a humanidade se valendo desse crédito para acabar com o planeta num ritmo insustentável, deu no que deu.

      Pode ser muito engraçado isso, e o artigo mencionado nem fala disso, mas se todos fossemos vegetarianos e voltássemos ao padrão ouro o mundo seria radicalmente diferente.

      Mas agora eu estou filosofando demais, sonhos, nada mais.

      Abraços e desculpa não ter mencionado anteriormente, mas excelente site e artigos.

      Excluir
    14. Não acho que a superpopulação seja um "mito". Na verdade, é uma coisa óbvia. Mais pessoas demandam mais recursos. Por isso que eu disse que o ideal é que as pessoas tenham NO MÁXIMO três filhos.

      Ou seja, se um casal tiver dois filhos, por exemplo, eles vão estar "repondo" a si próprios. Essa é a minha visão.

      Excluir
    15. Anônimo,
      Concordo plenamente. Gostei da expressão "exuberância irresponsável", muito boa sacada com a "exuberância irracional" do Grenspan.
      Olha, no artigo anterior eu coloquei um vídeo muito interessante, dê uma olhada lá, trata exatamente sobre isso.
      Você tocou em outro ponto vital: a carne. Eu sou daqueles que me preocupo, apesar de comer carne, com questão envolvendo direito dos animais. Entretanto, a quantidade de energia que se gasta é absurda, carne hoje em dia nada mais é do que petróleo transformado em proteína. Além do mais, a pecuária é extremamente intensiva em uso de água (aliás esse vai ser um problema muito sério), não me lembro mas acho que para 1kg de carne se consome 10.000 litros de água.

      Seria mais inteligente se estivéssemos preparando uma transição, pois eu concordo contigo que nesse ritmo essa mudança virá quer queiramos ou não.

      Obrigado pelo bom comentário!

      Abraço!

      Excluir
    16. IL, na verdade a taxa de reposição em países com baixa natalidade é algo em torno de 2.1 filhos por casal.
      Por isso, uma forma de "brecar" o aumento populacional é cair com a mortalidade infantil, pois isso faz com que a taxa de reposição caia cada vez mais.

      Abraço!

      Excluir
    17. errata: países com baixa mortalidade infantil (não baixa natalidade)

      Excluir
  2. soulsurfer,

    Realmente estamos na parte do meio (pra baixo) da tabela. Pegando o exemplo do futebol, não temos chance nem de brigar pela libertadores e quem sabe beliscamos uma sulamericana (ainda não estamos na zona de rebaixamento). Isso para mim é até aceitável, pois como você colocou no outro post, eu também acredito que é um país cheio de oportunidades (com um certo custo).

    Meu grande problema é com a violência, que é a única variável que temos quase nenhum controle, pelo menos não com custo razoável. Depois que tive uma arma apontada para minha família meus valores mudaram e não consigo mais acreditar em nada neste país, infelizmente fiquei muito traumatizado.

    Mudando de assunto, lá no blog do dimarcinho, você me perguntou sobre minha experiência com imóveis. Eu respondi, mas devo te dizer que cansei de ser mal recebido naquele blog e por isso vou evitar navegar por aquelas bandas. Caso queira saber mais ou trocar umas idéias por favor me avise e conversamos por aqui. Estou pensando em escrever alguma coisa lá no blog tb, mas estou sem tempo.

    Abraços,
    ecoinc

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. O Diterninho adora ironizar o Bastter, mas ele é o tipo de pessoa que se você não concordar com ele, imediatamente você se torna um chucro ignorante que faz parte de uma "seita".

      Tem que rir mesmo. Atualmente minha rentabilidade histórica está dando baile na dele. Logo, quem investe com o melhor método?

      Abraços EI!

      Excluir
    2. EI,
      Pô, tem 186 países, estamos em 85, é na metade de cima né:)

      Eu concordo contigo. O Brasil sempre foi associado com a alegria. Entretanto, parece que estamos perdendo isso. Cada vez mais violentos no trânsito, nas redes sociais, nas relações mais triviais do dia a dia, sem contar os atos de extrema agressão como este que você infelizmente passou com a sua família.
      Fico feliz que ao menos nada de mais grave parece ter acontecido.
      Eu concordo contigo sim neste aspecto. E acho uma pena que estamos nos tornando um país violento até em aspectos banais.
      Realmente deveria haver um pacto "supra-partidário" para termos uma plano de combate à violência. Infelizmente, este é um assunto que acaba relegado, assim como a educação, e oportunistas acabam se aproveitando para fazer aquele discurso que não nos leva a nenhum lugar como "bandido bom, é bandido morto", etc, e ao invés de tentarmos diminuir a violência, acaba-se promovendo ainda mais a violência.

      Claro, conte sim a sua experiência. O Di Marcinho é um cara bacana e entende bastante de matemática, e está aprofundando cada vez mais em finanças. Entretanto, reparei que o diálogo entre vocês se tornou um pouco mais áspero. Talvez seja melhor "dar um tempo", daqui algum tempo voltam a trocar mensagens numa boa.

      Estou interessado sim, faça aquilo que for mais conveniente, escrever resumidamente aqui, ou um post mais completo no seu blog. Creio que muitas pessoas gostam de saber sobre investimento direito em imóveis.

      Abraço!

      Excluir
    3. EI e IL, os debates que tiveram foram quentes com o Dimarcinho, porém façamos as distintas opiniões serem motivo de engrandecimento e não de cisão. Vamos multiplicar conhecimento, por isso peço que não levem para o lado pessoal as questões, assim como estou seguro que o Dimarcinho não o fará.

      Excluir
    4. Estou com o guardião nessa!
      Precisamos de gente para continuar a sustentar que "cotação não importa"! :)
      Assim, sempre que sair um post sobre isso, teremos debates intermináveis, mas interessantes.

      Abraço!

      Excluir
    5. Estou sempre as ordens para multiplicar o conhecimento, mas cada vez com menos tempo.

      Voltando ao tema, infelizmente o Brasil é um país que não deu certo

      Excluir
    6. Como falei antes, o problema do Dimarcinho é a sua arrogância. Só porque ele leu meia dúzia de livros sobre Valuation, automaticamente ele se acha o mestre da avaliação de empresas. E coitado de quem discordar dele... Tem que ir direto pra guilhotina!

      Excluir
    7. Olá, Th. Eu creio que o número correto é 50 mil, mas é um número horroroso. Creio que o país está em décimo oitavo em número de mortes por cada 100 mil habitantes que no Brasil é de 26, no Japão, por exemplo, é de 0,1 (ee Japão) e a média do mundo é de 6. Ou seja o Brasil é quatro vezes mais violento do que a média mundial.

      É um assunto acima de partidos políticos, e deveria ser tratado como prioridade absoluta, junto com a educação.

      Abraço!

      Excluir
    8. Opa, já que estou no assunto, deixarei aqui bem claro:

      1 - não tenho nada pessoal contra ninguém
      2 - não consigo ser polido e diplomata como o soulsurfer, me desculpem, é um defeito meu
      3 - estou apto a ouvir todo tipo de críticas. Mas precisam ser bem construídas.

      Quando o IL escreve, por exemplo:

      "Tem que rir mesmo. Atualmente minha rentabilidade histórica está dando baile na dele. Logo, quem investe com o melhor método?"

      Na boa, isso é coisa de investidor totalmente iniciante. Não sou arrogante, mas já superei essa fase de achar que estou me dando muito bem. Minha carteira, quando voltei a investir, estava dando algo em torno de 20% em pouco menos de um ano e nem por isso eu saí por aí espalhando que meu método era o melhor de todos. Inclusive maior do que os seus 7,45% q vc tanto está se gabando....

      Pior, na época eu estava me achando um superinvestidor, que meus conhecimentos de mercado estavam sendo aplicados positivamente e os resultados já estavam vindo. Santa inocência minha....

      Mas se vc acha q isso é arrogância minha, então converse com pessoas do meio e mais entendidas o que elas acham. Já falei 1000 vezes: Random Walk.

      E lógica básica também faz bem: você estar tendo um resultado positivo não prova absolutamente nada que vc está trabalhando com um método correto. No entanto, isso tb não prova que está errado. E é por isso q vc não pode utilizar isso como argumento

      Se --> então:
      http://www.infoescola.com/matematica/conectivos-logicos/

      Eu dizer q vc está errado não quer dizer q eu esteja certo, ok?

      Eu tenho tentado, como muito custo e esforço, arguir isso com o EI e o IL. Eu estou tentando muito ajudá-los. Mas tudo bem. Na vida é assim, normalmente a gente só aprende apanhando.

      De qq maneira, serão sempre bem vindos em meu blog para discutirmos os diversos assuntos de Finanças. Só peço que não saiam repetindo coisas sem ao menos refletir.

      []s a todos e bons investimentos!

      Excluir
    9. marcio seu problema é a arrogância ao achar que você é o dono da verdade e tem que se esforçar para arguir alguma coisa a alguém
      largue esta vida de punheta + video game e veja que possivelmente os outros também tenham alguma coisa que possa ser útil

      Excluir
    10. Este comentário foi removido pelo autor.

      Excluir
    11. Di Finance,
      Eu acho os seus argumentos bem construídos, e inclusive uma série sua sobre como calcular o valor "justo" de uma ação escrita em 2012 foi muito bacana para me familiarizar de uma forma simples com alguns temas que hoje são claros e evidentes para mim, mas não deixam de ser complexos, ainda mais para alguém com formação em humanas como eu.
      Obrigado pelo elogio do polido, mas se você disse que às vezes não consegue se conter, e crê que isso é um erro, para mim mostra que possui a humildade de reconhecer que possa estar errado na postura.
      Talvez diminuindo um pouco o tom, muitas pessoas vão escutá-los, pois você tem coisas interessantes a dizer, independente se alguém possa concordar ou não.

      Anônimo,
      Eu iria apagar o seu comentário, pois se a coisa ficar repetindo o mesmo ponto, apenas se cria animosidade. É normal perdermos a paciência de vez em quando, eu quase fiz isso semana passada, e pensei seriamente em parar de escrever na net, pois quero que isso seja uma experiência bacana, não algo que me deixe stressado ou de alguma maneira desrespeite alguém. Entretanto, refleti, pedi desculpas, e bola para frente.

      Abraço a todos!

      Excluir
    12. Pois é, Soulsurfer,

      alguns estão por aqui para ganhar dinheiro, outros por devaneios quaisquer. Eu, particularmente, entrei para questionar e hj tento passar o mínimo de conhecimento que venho adquirindo para frente.

      Infelizmente existem esses "trolls" por aí. Alguns fazem de sacanagem, outros são sem noção mesmo. Sabe aquele cara que sai de uma festa de 15 anos reclamando que a cerveja não estava tão gelada? Pois é, esse tipo de gente sempre vai existir, infelizmente. E elas, como vc já percebeu, dão um desânimo danado para continuar. Quem perde? Apenas aqueles q realmente querem aprender. Então, apesar de dar umas trolladinhas, tento evitar esses tipos de baixa-autoestima que só tendem a puxar todos em volta pro mesmo lado...

      Já fui mais paciente, mas depois de um tempo convivendo com esses tipos, vc vai ficando menos paciente.... pelo menos foi assim comigo.... rsrsrsrs

      Grande abraço!

      Excluir
    13. É, entendo.
      Mas essas pessoas também são professores.
      Aprendi isso no trabalho. Passei de uma espécie de raiva, para desprezo, e hoje em dia eu na verdade agradeço que algumas pessoas tenha tido comportamentos não tão bacanas comigo profissionalmente, pois isso me fez refletir e ver a vida com mais clareza sobre o que eu queria para mim. Refleti, me mexi, e hoje estou próximo de realizar coisas que me deixam mais satisfeito. Se eu não tivesse esses "professores" talvez estivesse na mesma pasmaceira, reclamando sempre sobre as mesmas coisas.

      Valeu!

      Excluir
  3. O Brasileiro se gaba de:
    > Ter uma das melhores economias do Mundo (ha ha ha...)
    > Tem o País mais rico em natureza, tudo se faz e tudo se cria.


    E você quer comparar com " Lagos, Nairóbi, Hanoi, Kiev, Damascus, etc, etc?"

    RJ é o cartão postal do País.... veja como é, cheio de favelas e sujeira....

    Se alguém quer vender a imagem de algo, que venda a realidade.

    Não há educação > O Brasil ficou em 58º entre 65 Países, Veja Ranking e Fonte: (03/12/2013)
    http://g1.globo.com/educacao/noticia/2013/12/brasil-evolui-mas-segue-nas-ultimas-posicoes-em-ranking-de-educacao.html
    http://estaticog1.globo.com/2013/12/03/PISA2012.pdf

    Não há segurança > É o 11º País menos seguro do Mundo: (05/04/2014)
    http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/04/brasil-e-o-11-pais-mais-inseguro-do-mundo-no-indice-de-progresso-social.html

    Não há saúde > É o 85º País com melhor saúde do Mundo: (ano 2012)
    http://noticias.uol.com.br/infograficos/2013/03/14/brasil-fica-na-85-posicao-no-ranking-mundial-de-idh-veja-resultado-de-todos-os-paises.htm


    Agora temos que chegar a alguma conclusão, o País tem boa economia e é rico ?Então devemos comparar com os melhores do Mundo...

    O País é uma bosta e não tem como evoluir e crescer? Então o seu texto é perfeito e o Brasil só pode ser comparado com Países pobres e miseráveis.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Forreta, sobre o seu último parágrafo, no texto:

      " Portanto, com certeza temos que olhar para parte de cima do mundo (que se restringe talvez a 1/1,5 bilhões de pessoas) e procurar avançar enquanto país, mas é bom lembrarmos de olhar para a metade baixo do mundo (que deve corresponder a uns 5.5/6 bilhões de pessoas) para ver o quanto a vida pode ser difícil."

      Sobre os diversos problemas apontados por você, também do texto:

      " Logo, o nosso país tem uma série de problemas (sendo o principal deles o aumento da violência nas relações cotidianas, em minha opinião). Entretanto, estamos longe de estar na parte de baixo, muito pelo contrário. Os números mostram uma evolução fantástica no Brasil nos últimos 30 anos. Cabe a nós brasileiros continuarmos lutando e insistindo para que nossas instituições se aperfeiçoem, para que possamos nos próximos 30 anos colhermos mais melhoras significativas."

      Portanto, não entendi o seu texto.

      obs
      Damascus - Uma das cidades mais antigas do mundo, conhecidos que já foram lá dizem que era lindíssima

      Hanoi - Capital de um país que lutou contra mongóis (aliás foi o único país a repelir os mongóis no auge do império deles), chineses, franceses e americanos.

      Kiev - Capital de um país com posição estratégia no mundo atual;

      Lagos - Uma das cidades mais populosas do mundo, num dos países com maior crescimento populacional do mundo.

      Portanto, são cidades e lugares importantes para a humanidade.

      Abraço!


      Excluir
  4. Parabens pelo seu texto.
    Muito lucido, ao meu ver.

    ResponderExcluir
  5. Olá Soul.

    Bem, num país continental, com terra boa para plantio, espaço físico, clima favorável, ausência de maremotos, terremotos e vulcões espero uma posição entre os 40 primeiros...

    Assim, a comparação é obrigatória com a turma de cima sim.

    E sem meias palavras acho que o nosso problema é o nosso povo. Em grande parte castigado pelo sistema corrupto que move o país desde a colônia, mas que façamos nossa "mea culpa". O povo é acomodado, não tem ambição...

    E por parte dos políticos não há interesse nenhum no principal investimento de uma nação : a educação. Criação de sistemas de cotas, de sistemas compulsórios de aprovação no ensino fundamental, etc... são alguns dos exemplos equivocados, para usar eufemismo ao termo mal intencionado, que nosso governo usa.

    Vejamos a Coréia do Sul... Como era na década de 60, dez anos após a Guerra da Coréia, e como é hoje. São 50 anos apenas e o avanço foi fantástico. A que se deve? Unicamente ao investimento que o país colocou como prioritário : a educação.

    Assim, meu amigo Soul, desculpe me alongar e até desabafar, mas seremos sempre um país abaixo do septuagésimo lugar porque ninguem aqui se interessa por educação e só não seremos piores porque Deus, ou a natureza, nos deu de presente um país com todos os recursos para dar certo.

    Certa vez um amigo comentou algo, em tom de brincadeira, que rimos e concordamos, mas sabe que depois eu até pensei como seria esse hipotético modelo... Segundo a brincadeira dele, o sonho seria arrendarmos esse país para uma administração nipo-germânica. Eles (japoneses e alemães) poderiam lucrar em cima de nós, desde que tivessem metas cumpridas de qualificação pré-estabelecidas : controle de gastos públicos, gerenciamento da economia, educação, saúde, infra-estrutura, logística, indústria, etc. Ganhariam muito dinheiro conosco, porém nós daríamos um salto inimaginável de qualidade. Arrendando por 50 anos já estaria bom!

    É engraçado, louco, impossível, mas até interessante de se tentar imaginar!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Guardião:)
      Nada rapaz, apenas com "brainstorm" podemos ver algumas questões sobre outras perspectivas. Vou responder em tópicos.

      a) Claro, em nenhum momento disse o contrário. Ninguém quer ter a vida da Nigéria, mas sim da Austrália. Ninguém quer ir morar numa favela, mas talvez num condomínio confortável. A toda hora fazemos isso. A minha reflexão não é para que isso não seita feito (o que é imprescindível e puxa os nossos limites para cada vez mais longe), é porque de tempos em tempos precisamos refletir sobre a nossa vida, e por que não a vida de nosso país e a vida da maioria da humanidade, e não deixar que um pessimismo paralisante tome conta de nós e do país. Um otimismo cego e acrítico é ruim, um pessimismo sem reflexão também o é. Como sou apreciador do budismo, gosto do sagrado caminho do meio;

      b) O mesmo povo que comete ilegalidades, pequenas corrupções (ou grande), é o mesmo povo que não nutre ódios raciais, étnicos ou religiosos. Uma vez vi um mini-documentário sobre uma rua de comércio famosa no Rio, onde muçulmanos e judeus faziam o almoço de domingo na mesma mesa. Isso é muito bacana, e muito difícil de acontecer em outros países. Sendo assim, em que pese os inúmeros defeitos, nosso povo possui algumas qualidades muito boas;

      c) Existe algumas ideias que são muito espalhadas, mas às vezes não são tão precisas. Por exemplo, todo analista por aqui sabe repetir (se fez a lição de casa) que o Japão não consome, esse é o grande problema lá. Pois bem. No mês que passei lá, eu vi um povo consumindo bastante, mas consumindo com sobriedade, muito diferente do consumo que vi nos EUA. Assim, como humano, prefiro muito mais o consumo japonês, do que o consumo americano, mas não é o que os economistas acham.
      A Coréia é um país com tradição milenar. A Coréia sempre foi um país importante. Ela não surgiu na década de 60. Ela deu certo, pois já existia uma sociedade com uma história e tradição de centenas, milhares de anos, receptiva ao progresso, precisavam apenas das ferramentas. A mesma coisa com o Japão pós-guerra. Por isso, todas as vezes que eu vejo essas afirmações sobre a Coréia, sem fazer esse enorme parênteses, eu vejo que é incompleta.
      O nosso país até quase 100 anos atrás possuía escravos. Há 130 anos atrás você podia comprar e vender um ser humano. O Brasil, se não estou enganado, foi o último país a abolir a escravidão nas Américas, e foi um dos países que mais manteve a escravidão. Isso traz cicatrizes sociais e históricas profundas. O Brasil sempre foi um país de iletrados, com desigualdade enormes. Até bem pouco tempo atrás coronéis tinham quase poder de vida e morte sobre parcelas significativas do nosso território, um pouco parecido com os chefes tribais no Afeganistão ou na Líbia, por exemplo.
      Logo, se vamos comparar Coréia com o Brasil, precisamos ter isso em mente, senão a comparação fica distorcida;

      d) Sim, a educação é nosso grande gargalo. E os resultados no teste PISA (ainda vou escrever sobre isso), me deixam tristes. Entretanto, o Brasil melhorou nos últimos 30 anos, não vejo motivos de por que não poderíamos melhor mais nos próximos 30 (mesmo que seja abaixo do nosso grande potencial);

      e) Guardião, já comentei que minha família vem da Alemanha. É um lugar com muita coisa boa: filosofia, história, cultura, etc. Um povo trabalhador e competente. Entretanto, foi um povo que cometeu um dos maiores, se não o maior (provavelmente é o maior) crime contra a humanidade na era moderna. Foi na Alemanha (e meu pai e mão já eram vivos) onde se criou fábricas da morte, com uma precisão que é algo aterrador. Sugiro a leitura do livro "É isto um Homem?" do Primo Levi.
      Portanto, mesmo o batalhador povo alemão, possui uma dívida histórica e foi capaz de cometer um crime atroz contra toda a humanidade.

      Precisamos nós mesmos encontrarmos o nosso caminho.

      obs: se tiver paciência de ler esse tijolo, valeu! hehe

      Abraço!

      Excluir
    2. Soul, concordo com a questão da tradição milenar dos asiáticos Coréia e Japão, e sem sombra de dúvidas uma cultura única, antiga e sólida foi peça fundamental para o crescimento da nação. Mas falava especificamente da educação.

      Assim, podemos então buscar exemplos de países jovens como o nosso... Podemos falar da Nova Zelândia ou da Austrália. Como países jovens assim, com pequena população, conseguem se sobressair nos indicadores de qualidade? Peguemos nosso vizinho Chile... Como vem evoluindo nos últimos anos, num território espremido pelos Andes e castigado pelos terremotos. Quiçá possamos ainda analisar o porquê do drama argentino. País de uma população uniforme, sempre mais culta que a nossa, boa agropecuária, auto-suficiente no petróleo... Era no passado um pedacinho da Europa perdido na América do Sul, razão aliás da soberba dos porteños, hoje ainda sustentada sem nenhuma razão. Por que esse país tão promissor definhou?

      Evolução por evolução a passos de tartaruga não devem ser comemorados a meu ver, e sim criticados. A evolução de algo muito ruim para algo médio é mais fácil e mais rápida do que de algo médio para bom.

      E ainda, creio ser um erro imputarmos ao presente uma "dívida" pelo passado. Assim como é inaceitável punir o alemão que nasce hoje pelo nazismo e holocausto da época de Hitler, também o é justificar certas outras coisas no nosso país com base em existência de escravidão. Sendo um bom conhecedor do mundo, pergunto algo que penso saber muito bem a resposta. No nosso país o que é maior : o preconceito racial ou o sócio-econômico? Comparando nosso país aos EUA, onde lhe parece haver maior preconceito racial?

      E a perpetuação da pobreza e ignorância do nosso povo reside unicamente em não se priorizar a educação. E não se preconiza a educação a fim de firmar mais e mais os oligopólios políticos, manter o poder pelo poder.

      Voltando por fim à Coréia e ao Japão, mesmo milenares e tradicionais, não fôsse esse foco de educação jamais esses países estariam como estão hoje, e talvez estivessem adormecidos como outros também milenares como a Tailândia.

      Excluir
    3. Guardião e soulsurfer, eu sou da turma que acredita que a dificuldade traz o desenvolvimento. Os países que tem maiores dificuldades dentro de suas fronteiras (furacão, frio extremo, terremos, deserto, etc) em geral conseguem se desenvolver de maneira mais rápida que aqueles que tem abundância de recursos.
      Abraços

      Excluir
    4. Guardião,
      São muitas coisas abordadas na sua resposta, e se formos discutir todas vamos fazer aqui um livro texto.
      Veja, em nenhum momento imputei nossos problemas única e exclusivamente ao passado. Entretanto, um país que por tanto tempo teve escravidão não sai incólume, em minha opinião, além do mais no que ocorreu no pós-escravidão, onde simplesmente se libertou os escravos e por décadas quase não houve nenhuma probabilidade real de ascensão social.
      A toda evidência, o mensalão, incompetência gerencial, etc, etc, não são frutos da escravidão. Estava aqui falando da formação do nosso povo, e das nossas raízes. Para mim a cultura, a tradição de um povo vai se formando com muitas gerações, e vai se alterando com muitas gerações. Exatamente como no caso dos coreanos e japoneses.

      Talvez estes países evoluíram porque não cometeram tantos erros, e porque houve talvez na elite dirigente nos primórdios do século passado um real e genuíno interesse em formar um país digno para todos, e não apenas para uma parte, como infelizmente ocorreu no Brasil.

      Não, guardião. Entre no link fornecido, vai ver que os avanços foram significativos. Claro que você tem razão sobre a base de comparação, concordo contigo. Cabe a nossa geração empurrar para que este país saia do médio para o bom, agora não reconhecermos a evolução em diversos campos no Brasil, parece-me um erro, que apenas conduz às vezes a polarizações desnecessárias.

      Sobre esse assunto em especial, penso de maneira diversa. Não acho que crimes vão desaparecendo com o passar do tempo. Acontece com os humanos, mas não deveria ser assim. O que ocorreu nos campos de concentração foi algo tão surreal, que inventaram uma nova palavra (aliás esse sentimento é expresso de maneira genial numa cena do filme "A lista de Schindler") - Holocausto. Tanto é verdade, que os alemães possuem um monumento gigantesco e sombrio (ao lado do Brandersburg gate em Berlim - que é um símbolo do país) em memória aos seis milhões de Judeus assassinados.
      Isso não deve ser apagado, não deve ser esquecido, e infelizmente os alemães vão ter que conviver por isso por muito tempo. Quem sabe daqui uns 100-150 anos, pelo passar do tempo, possa ser diferente. É minha opinião, mas respeito a sua.

      Sim, o econômico. Mas isso é uma das características boas do nosso povo. A miscigenação tão falava pelo mestre Darci Ribeiro no clássico "O Povo Brasileiro". Os efeitos da escravidão vão muito além de uma eventual discriminação racial, Guardião, tem a ver com a nossa história, e como uma sociedade escravocrata deixa marcas indeléveis na história de um país.

      Olha, aqui recomendo uns posts do Mansueto Almeida sobre educação, não acho que haja alguma forma de conspiração contra a educação, até porque investimos 5% do PIB em educação, o que está em linha com os países da OCDE. O modelo brasileiro que parece estar equivocado, para mim é uma questão de gestão ineficiente mesmo.
      Mas, concordo contigo sobre a educação.

      Poxa, a Tailândia é um ótimo país. A capital Bangkok dá um show em qualquer cidade brasileira. A Tailândia é tão fenomenal que ela recebe o triplo de turistas do que o Brasil, mesmo sendo muito menor. Ela é conhecida no exterior como "Amazing Thailand". Além do mais, a sua economia é vibrante, e foi tida como um dos novos tigres asiáticos. Ela está meio enrolada há uns cinco anos com problemas políticos, mas a economia parece que vai muito bem.

      Abraço!

      Excluir
    5. Olá, Th. Esse é um assunto realmente preocupante. Já tivemos aquela polêmica com o livro do Monteiro Lobato sobre se ele era preconceituoso ou não, o que é uma verdadeira bobagem.
      Precisamos ter cuidado para não mediocrizar a educação e os debates por causa de um sentimento de "politicamente correto".

      Abraço!

      Excluir
  6. Não trocaria o Brasil por nada! Temos as melhores GPs do mundo!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Esse é o Troll!
      Rapaz, gostaria de conversar contigo sobre algo, possui algum lugar onde eu possa mandar mensagem?

      Abraço!

      Excluir
    2. Com todo o prazer, nobre Surfista! Será uma honra receber uma mensagem sua:

      investidortrollelrei@gmail.com

      Excluir
  7. Muito interessante tudo.... Realmente acredito que devemos sempre nos espelhar e mirar em algo melhor, mas o dia a dia é bem difícil principalmente falando em violência.... Passei recentemente por um episódio violento que me fez rever muita coisa e até mesmo meus objetivos financeiros estão relacionados a abandonar essa realidade.... A razão entende tudo o que você postou nesse artigo, e até concorda, mas algumas experiências pesam bastante, e negativamente.....

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sim, eu compreendo.
      Eu também gostaria de repetir a dose de morar no exterior. Uma vez encontrei um sujeito que morava na Califórnia há mais de 15 anos, e ele me disse, "pô, muito legal morar aqui, mas é isso? Vou morrer longe da minha terra, longe da minha família, longe das minhas raízes"? Isso me fez refletir muito mesmo, inclusive sobre algumas ideias minhas. Logo, cada um deve ver o que é melhor para si, e refletir sobre o bem-estar pessoal e da família.

      Eu quando era adolescente era pródigo em ser assaltado, principalmente por hordas de funkeiros (era muito comum em Santos na década de 90), uma vez fui assaltado por mais de 30. Devo ter sido assaltado umas três ou quatro vezes, não me lembro mais, ainda bem que nunca sofri nenhuma violência física, apenas verbal mesmo.

      Abraço!

      Excluir
  8. Conheço vários países na Europa e a coisa que mais me chama atenção em comparação ao Brasil é a segurança e a educação. A sensação de tranquilidade e segurança é muito grande seja transitando nas ruas ou usando transporte público, diga-se de passagens o transporte público na Europa é excelente e praticamente você pode fazer tudo sem carro, quanto a educação, estamos muito longe e nunca chegamos nem perto de ganhar um Nobel, enquanto nossos vizinhos na América Sul já tiveram essa honra. O Brasil é um excelente País, eu gosto muito de viver no Rio de Janeiro apesar de todos os problemas e procuro fazer minha parte e acredito que temos muito a evoluir e concordo com o colega acima, o grande investimento que um País precisa para se desenvolver é a educação e cabe a cada um de nós cobrar por isso.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Fábio!
      Sim, concordo.
      Sobre o Nobel, eu acho que temos uma grande chance.
      Conhece o professor Miguel Nicodelis? Esse cara é demais! Eu gosto muito dele. Além de ser um cientista de ponta (ele trabalha a interface cérebro-máquina - algo que gosto muito) no estudo de técnicas para melhorar a vida de pessoas com paralisia, ele possui um projeto educacional sensacional.

      Ele simplesmente desenvolve projetos educacionais em regiões carentes do nordeste (quer lugar mais difícil do que este em termos educacionais?). O Fantástico é que ele está obtendo resultados espetaculares, fazendo escolas que são verdadeiras referências.
      São de pessoas assim que precisamos, e cada um de nós a sua maneira pode de alguma maneira influenciar de forma positiva o nosso entorno.

      Abraço!

      Excluir
    2. Conheço e são de exemplos como ele é que precisamos, adoro todos os tipos de esportes e somos bem competitivos, o Brasil não valoriza o segundo lugar e no campo da educação é que deveríamos ser muito mais competitivos, investir pesadamente, criar projetos de pesquisas com intercâmbio com países de ponta e fazer parte das pesquisas que indicam Nobel. Deveríamos pensar grande e agir no campo da educação dessa forma, assim motivaríamos muitas pessoas que a educação é o caminho para o sucesso e desenvolvimento dos Países.

      Excluir
    3. Quem seriam os professores? Seria pinçados da massa ética da população brasileira? Os alunos aprenderiam o quê? Como explorar com mais eficiência o país vizinho para melhor a própria qualidade de vida? Ou medir sua capacidade, inteligência e educação pelo tamanho de seu vitae?

      Por favor, enquanto houver essa dicotomia de meu país, o país deles nunca haverá onde a pomba branca da paz pousar seus calejados pés.

      Karalho

      Excluir
    4. Colega, não consegui compreender o que quis dizer com a sua mensagem.

      Excluir
  9. Soul concordo com você em vários aspectos. Na verdade o que me frustra no Brasil não é o status quo e sim a impossibilidade de mudança. Cito por exemplo o que a fundação do Bill e Melinda Gates estão fazendo pelos EUA. Quais as chances de conseguir fazer algo desse tipo no Brasil?

    A maioria das grandes empresas são fundadas por pessoas muito ricas (Maluf, Eike, Leman) ou são estatais. É muito difícil a figura do self made man porque aqui a mão do estado sempre foi e continua sendo muito pesada.

    Acho que é um país que uma pessoa com nível educacional bom pode viver tranquilamente (e até fazer uma fortuna razoável - US$ 1 milhão) mas é muito difícil conseguir ajudar os outros.

    E tem uma hora que cansa ver o país desmoronando do conforto do seu lar.

    Fica aqui uma reflexão. Se você tivesse US$ 100 mil e um passaporte pra você e toda sua família preferia montar uma empresa no Brasil ou nos EUA?

    Sinto que o nosso estado está cada vez mais aparelhado (STF, Congresso), ou seja parece que a política do pão e circo está a pleno vapor e a maioria das pessoas não tem capacidade intelectual pra discernir isso. Talvez em parte, isso se deva à nossa índole pacífica e pouco contestadora.

    Mas de qualquer forma, muito interessante o debate.

    Abraços

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Sr. Dinheiro,
      Olha, eu acho que há muitas pessoas no Brasil fazendo muitas coisas bacanas.
      Entretanto, concordo que o capitalismo brasileiro é um pouco dirigido, e muitos economistas dizem que o Brasil não evoluiu nesse aspecto (talvez o aumento exagerado de empréstimos do BNDES seja um grande exemplo disso).
      Todos nós podemos ajudar os outros, colega, talvez não numa escala desejável, mas alguma coisa sempre podemos fazer.

      100 mil ou 100 milhões? Eu vou escrever um artigo sobre isso, mas se minha renda mensal fosse 300 mil reais não sei se minha vida ia mudar tanto assim não. Provavelmente, se fosse pensar apenas do ponto de vista financeiro, abriria em Cingapura.

      O aparelhamento do Estado é real, entretanto ele sempre existiu. Entretanto, algumas coisas estão ocorrendo. Um partido no poder sendo julgado pelo STF é meio que único. A imprensa está atuante, temos uma imprensa razoavelmente livre, ou seja temos gigantescos problemas e desafios, mas há coisas interessantes acontecendo no país, em minha opinião.

      Também achei interessante.

      Abraço!

      Excluir
  10. Nada disso seria possível sem a revolução que o PT iniciou no país, retirando milhões de pessoas da miséria. Viva o Socialismo, Viva Lula, Viva Dilma, Viva PT!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Você está brincando, e apenas quer polemizar com certeza!

      Uma pessoa que frequenta sites de finanças possui certamente um nível distinto dos que acreditam nessa frase.

      O PT apenas deu uma esmola para os pobres, porém sem que os mesmos percebam os deixou à mercê da própria sorte e escravizados por essa esmola. Eles não progridem pois a eles continua privada a educação, e para não passar fome exercem o mais moderno voto de cabresto instituído pelo maquiavélico Lula, perpetuando essa corja no poder com o receio de perderem o que a eles hoje garante o pão.

      Ascensão à classe média? Não ocorreu!

      Excluir
    2. Colegas,
      Por isso coloquei nos últimos 30 anos, para evitar polarizações.
      Guardião, concordo que o bolsa-família (se estiver se referindo a ele) pode ter um efeito colateral indesejado de se formar redutos eleitorais do partido da situação.
      Entretanto, o programa é elogiado internacionalmente, e virou modelo para diversos países, pois é um programa condicionado de renda. Além do mais, o programa custa pouco para o Brasil em termos de PIB, para a quantidade de pessoas atingidas.

      FHC e LULA tiveram o seu papel importante na nossa história recente. Não há necessidade de denegrir tudo o que veio do mandato desses senhores, pois tivemos avanços tanto com um como com outro.

      Abraços!

      obs: guardião,há algum lugar onde eu possa te enviar uma mensagem particular?

      Excluir
  11. Tem que ver também que dentro do Brasil mesmo há lugares onde a qualidade de vida é melhor que em muitas capitais europeias, e lugares que se assemelham com a Africa. Se você for para São Bento do Sul (cidade onde não houve um homicídio sequer em 2013) é diferente de morar em Salvador onde há 5 assaltos para cada 100 habitantes/ por ano.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Com certeza, amigo.
      Eu já trabalhei em alguns lugares no Brasil, e na região sul tudo funciona melhor e é mais aparelhado.
      Os números foram médias nacionais, mas isso apenas demonstra o quão complexo é o nosso país.

      Abraço!

      Excluir
    2. No Sul, o único problema são os gaúchos, que vivem como se estivessem em outro país, com uma mentalidade provinciana e xenofóbica.

      Karalho

      Excluir
    3. Multipliquem os defeitos do povo gaúcho por 10 e terão Brasília e seus brasilienses, ou o culto ao carteiraço. Pior: trata-se de pessoas letradas, com acesso a riquezas, cultura, viagens, etc. No Brasil, quanto mais o indivíduo evolui, mas egoísta ele se torna.

      Karalho

      Excluir
  12. Olá Soulsurfer - gostei muito da sua postagem !!! Este é um tema que deveria ser sempre debatido entre todos. Eu concordo muito com você quando diz que o Brasil avançou nos últimos anos.

    Desde o controle da inflação através do Plano Real, o Brasil teve sim uma evolução; mas infelizmente não evoluímos na velocidade que precisamos ou que poderíamos.

    Agora queria dar uma contribuição não falando do Brasil, mas sim falando da Alemanha Nacional Socialista que foi citado em algum dos comentários acima. Acho impressionante como um assunto recente (não faz ainda 70 anos que a II Guerra Mundial acabou) pode ser tão esquecido ou mal estudado no mundo todo.

    Para se estudar a II Guerra é muito necessário entender a I Guerra Mundial. Muitos especialistas afirmam (e eu concordo com eles) que na verdade as duas guerras foram uma só com uma trégua de 20 anos no meio.

    Desde já deixando claro que o genocídio é um crime horrível e a humanidade precisa estar atenta para isso não se repetir (apesar de já ter acontecido várias vezes depois do final da II Guerra - basta verificar o que acontece com as guerras tribais na Africa).

    Mas o meu ponto é que precisamos entender como surgiu o Nacional Socialismo Alemão e como eles conseguiram chegar ao poder. Ninguém consegue convencer um país inteiro a perseguir uma minoria, caso as pessoas já não estivessem dispostas e encontrando motivos que justificassem (ainda que só na cabeça delas) o ato de insanidade que estavam cometendo.

    O maior pecado histórico foi, infelizmente, a guerra ter tido um lado vencedor. Explico: desta forma, apenas um lado dos criminosos foram julgados. O justo seria julgar também Stalin pelo massacre na Polônia e países eslavos e crimes contra a humanidade cometidos durante a guerra; EUA pelo uso de armas de destruição em massa contra população civil; Inglaterra pelo bombardeio contra civis e uso de bombas de fósforo (proibidos desde a I Guerra Mundial); Japão pelos estupros e assassinatos cometidos na China e em outros países da Asia; Itália pelo massacre na antiga Abissínia ... entre muitos outros casos.

    O que a Alemanha Nacional Socialista (Nazi) fez foi horrível e o que os outros países fizeram também foi. A diferença é que um foi julgado (ainda que historicamente) e os outros não.

    Desculpe pelo longo texto !!! É um assunto que pesquiso muito e queria deixar minha contribuição. Espero fazer uma série de postagens detalhando um pouco mais minha visão sobre este tema.

    Um grande abraço,

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Executivo, grande texto, amigo. Demonstrou uma grande maturidade e conhecimento histórico.

      Concordo plenamente que não avançamos o quanto poderíamos, e nem no ritmo que todos desejam. Isso é consenso para quem se debruça minimamente sobre o nosso país. Mas, como você percebeu, o meu posto foi sobre outro ângulo da questão.

      Concordo. Eu já estive na Polônia, e é um belo país com um belo povo. Na verdade, poucas pessoas sabem, mas a Polônia comeu literalmente o pão que o diabo amassou, pois eles sofreram com os nazistas e depois com os soviéticos.

      Eu concordo plenamente com esse ponto também: "A História é feita por aqueles que enforcam, não pelos enforcados". Sim, exatamente, o Japão, apesar de ter recebido duas bombas nucleares (eu escrevi um texto sobre isso em abril, dá uma olhada, acho que ficou bem bacana), cometeu diversas atrocidades na china. Abissínia não é a atual Etiópia?

      Sim, todos esses crimes deveriam ter sido julgados, e reconhecidos publicamente por seus perpetradores. Entretanto, eu acho que o holocausto judeu e cigano (esse ninguém comenta, mas 600 mil ciganos foram para campos de concentração) foi algo diferente, foi a crueldade (aliás nem foi cruel, pois era como se fosse uma indústria com a eficiência alemã impecável), é difícil até explicar. O que aconteceu naqueles campos foi algo que eu não consigo nem colocar em palavras, mas acho que você me entende.

      Grande abraço, e obrigado pela bela contribuição!

      Excluir
  13. Sem dúvida alguma a LFT uma dádiva. Se não fosse ela, ia ter muita gente com dinheiro travado na poupança!!! rsrsrs

    Temos que aproveitar o pouco tempo de vida dela.... apesar de q, com índices de inflação manipulados e inflação acelerada, vai ficar um pouco difícil vender esses produtos num futuro tenebroso pros institucionais; nessas épocas o q realmente faz sentido "investir" é dólar (na verdade não é investimento e sim proteção do poder de compra...)

    A questão do almoço grátis é que na verdade não é que ele não exista, penso eu... na verdade é que ele não consegue se perpetuar... assim que a oportunidade aparece, muitos vão em cima dela e por oferta x demanda, a tendência é o almoço vá ficando caro, até acabar o oba-oba.... hehehe....

    []s!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ah!! A questão do almoço não durar "muito" é bem interessante.

      Como citei recentemente, a mania das tulipas durou décadas.
      Olhando para trás hoje, parece uma loucura q uma tulipa tenha chegado a valer milhões (em valores de hj), mas na época era "normal".

      A questão do tempo é comumente deixada de lado na maioria dos estudos de economia que vi (não q tenham sido muitos, rsrsrs); apesar de ser utilizado constantemente para cálculo de rentabilidades em determinados períodos (anual, mensal, etc), alguns estudos como "após um aumento na taxa de juros, em quanto tempo a inflação recua". Ou ainda, "se eu aumento a oferta de M3 por impressão na maquininha, em qto tempo isso impactará a inflação".

      São coisas bem interessantes. Na área de engenharia a gente chama esse tempo que o processo leva para "sentir" a alteração ou distúrbio de "tempo morto".

      []s!

      Excluir
    2. O DI Marcinho aos poucos virando adepto da teoria dos mercados eficientes em sua versão moderada. Olha só:)
      Eles dizem exatamente isso, não é que ineficiências não existam, elas só não podem ser exploradas continuamente no tempo, pois o mercado rapidamente as precifica corretamente.

      Olha, se você encontrar um artigo sobre o efeito das taxas de juros na inflação, artigo bom mesmo, com dados históricos de vários países, me envia, porque quero ler sobre esse tema, já que há tantos economistas não-ortodoxos falando que a taxa de juros no Brasil não serve como forma de combater eficazmente a inflação.

      Especificamente sobre a taxa de juros, já li "especialistas" dizendo que há um delay entre 9 e 12 meses.

      DI Marcinho, envia aí o seu e-mail para eu conversar algo contigo.

      Abraço!

      Excluir
    3. Fala soul,

      não sou muito adepto à HME devido a algumas falhas nas próprias assunções que são feitas, entende? Já fiz um post sobre isso, há muito tempo e acho q meus argumentos não ficaram tão legais.

      Hoje tenho mais bagagem para falar melhor.

      Existem outros pontos. A questão das oportunidades sumirem é uma questão até meio óbvia no sentido de oferta x demanda. Esta questão de oportunidades não é SÓ isso na HME....

      No livro Mercados Financeiros fora de Controle, o Mandelbrot pontua bem os pontos. E o ponto interessante é que ele foi um dos orientadores da tese do Fama, se não me engano.....

      []s!

      Excluir
    4. Ah, esqueci do e-mail:

      contato.di.finance@gmail.com

      []s!

      Excluir
    5. Apenas uma leve provocação:)
      Lembro deste post seu.
      Mas a HME tem vários tons. A que acho que faz mais sentido é aquela que diz que podem existir notas de 100 dólares no chão, mas essas notas não existirão por muito tempo, que é mais ou menos a questão da "oferta x demanda" abordada na sua resposta.

      Quais seriam os outros poréns da teoria (baseado em estudos, claro)?

      Abraço!

      Excluir
    6. Vou escrever um pouco sobre HME e coloco lá, é um pouco extenso, rsrsrsrsrs

      []s!

      Excluir
  14. Olá Soul!

    Muito bom, como sempre! Cara, sou mais prático, posso ser egoísta, arrogante, a pessoa mais insensível do mundo e o kct, mas pra falar a verdade, não quero comparar Brasil com países inferiores, eles possuem os problemas deles e sinceramente, não me importo com isso. Não me mudaria pra um país desses nem amarrado, aliás, nem quero fazer turismo nesses locais. Sei que Índia e outros países da ásia são baratos pra turismo, mas na boa, dispenso! Quero me nivelar por cima, não por baixo...

    Abraço!

    Corey

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Corey!
      Isso não tem nada a ver com insensibilidade ou egoísmo seu, é apenas uma forma de ver a questão.
      Claro, o meu pai pensa a mesma coisa, não consigo imaginar ele viajando na Índia:) Eu creio que há muitas coisas para se ver nesses países, e aprender, mas aí é uma visão pessoal minha.
      Na verdade, eu acho bacana a Europa , por exemplo, mas sinceramente não é o que me atrai/atraiu nos últimos anos (até porque já fui diversas vezes para lá, principalmente quando era adolescente para jogar xadrez), procuro regiões um pouco diferentes, onde eu posso ter outras percepções, pois que de percepções européias/americanas eu fui bombardeado a minha vida inteira.

      Entendo o seu ponto de vista, e creio ser desejável olharmos para o que há de "melhor" do ponto de vista de organização e padrão de vida. Entretanto, minha opinião claro, sempre é bom olhar para o mundo que nos cerca, pois só assim temos a noção que ainda habitamos num mundo onde a esmagadora maioria dos seres humanos possui uma vida muito dura.

      Abraço!

      Excluir
  15. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  16. Grande Soul,

    Parabéns por essa grande postagem, que assim como as demais possui um rigor incrível. E só ratifica esse dom que você possui para dissertar sobre os mais diversos temas de uma maneira ímpar.

    Este tema é super importante e carece de atenção por parte da população de um modo geral. E isso se deve ao fato da população possuir um baixíssimo nível pensamento crítico.

    A educação como já foi enfatizada por vários, é ao meu ver o principal catalisador para uma mudança mais intensa ( de médio pra bom ). Entretanto investimentos em educação só produzem resultados significativos, no longo prazo. E aqui onde reside a trap, que ao meu ver impede que as políticas públicas (politizadas e polarizadas) não façam da educação o carro chefe dos seus mandatos, pois eles precisam "investir" em áreas que surtam "efeito" no curto prazo. Garantindo assim um aumento na popularidade, o que é crucial para uma reeleição.
    Portanto concordo com você, quando diz que não existe uma conspiração contra a educação, contudo, o nosso modelo político cria alguns entraves para a mesma.

    Sobre os parâmetros de comparação, acredito que temos sempre que adotar uma visão holística das coisas, evitando assim os casos particulares. O nos fornece uma visão mais ponderada do cenário. Sendo assim acho válido que olhemos tanto para a metade boa, quanto para a metade ruim.

    Abração!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Investidor Insano!
      Primeiramente, grato pelas palavras.
      Sim, exatamente. Sabe aquela visão de longo prazo que o investidor precisa ter para ver os juros compostos fazendo real efeito (ou seja 20/30 anos)? É exatamente o processo com educação.

      Houve vários países que passaram por revoluções educacionais (apesar de apenas Coréia do Sul ser citada com mais frequência). A Turquia com Ataturk na década de 20, transformou um país semi-feudal como era com o império otamano num país moderno. Borgiba na Tunísia na década de 50 (a Tunísia não é uma Austrália, mas é um dos países com melhor IDH na África).
      O processo educacional é lento, e deveria envolver não só a política, mas a sociedade como um todo.

      Um grande problema é que a gente vê o desastre na educação depois de um garoto virar um adulto, sendo assim é difícil você responsabilizar alguém em todo processo, é diferente da saúde por exemplo, já que se alguém deixa de fazer algo o resultado é imediato e óbvio.

      O Gustavo Ioschpe entende bastante sobre o tema e escreve grandes artigos sobre educação. O problema é que há uma estrutura ineficiente, e a existência de uma "ojeriza" intelectual contra o mérito. Realmente, não sei como podemos resolver isso. Ao invés de melhorarmos a educação, "adaptamos" a obra de Machado de Assis para ficar mais clara para a leitura das pessoas. A beleza do Machado de Assis à toda evidência resta destruída. Uma pena que as pessoas não possam ver as sutilezas de um dos maiores escritores da humanidade, e que era brasileiro e moreno.

      Concordo, uma visão holística faz, em meu entendimento, termos uma visão muito melhor sobre o mundo, nosso país e a nossa vida.

      Abraço!

      Excluir
    2. Soul, o grande problema aqui no Brasil é que não vemos evolução. Ao contrário, tenho a impressão que aqui é um dos único países em que a educação básica só piora.
      Estudei toda minha vida em escola pública na decada de 80/90 e a impressão que tenho é que hoje está muito pior.
      Abraços

      Excluir
    3. Olá EI!
      Eu concordo que a educação é o ponto nevrálgico, e o nosso desempenho é medíocre. Avançamos na universalização, hoje quase todas as crianças tem escola (lembro que quando eu era criança, isso era um tremendo desafio, pois faltava até mesmo vagas).
      A qualidade não veio, realmente temos que concentrar esforços.

      Olha, para saber se piorou ou não, temos que ter dados, não creio que os dados tenham piorado,na pior das hipóteses a evolução foi mínima ou inexistente.

      Abraço!

      Excluir
  17. Olá Soul, muito boa essa discussão!! Sobre o tema educação eu acho que o buraco é mais embaixo. E a discussão deveria se aprofundar mais no como, de que maneira iremos atingir avanços significativos. É frequente essa afirmação que o Brasil precisa melhorar muito a educação. Mas na maioria das vezes o argumento termina por aí. De que maneira faríamos isso? Somente aumentando os gastos (em termos porcentuais do PIB com educação)? Imagine uma situação hipotética, caso isso fosse feito de um ano para o outro e dobrássemos esse percentual. Seria como um passe de mágica e, ano a ano, galgaríamos diversas posições no ranking do PISA? Pior que a situação atual, certamente não ficaria, mas eu apostaria que os ganhos reais nesse cenário hipotético seriam muito mais lentos que o imaginado. E por que?? Aqui eu chego no ponto central da minha argumentação, o que mais falta ao Brasil é a cultura de valorização da educação e do conhecimento!! E isso leva gerações para mudar.

    Países que tem os melhores níveis de educação no mundo, colocam muitas de suas mais eminentes mentes na educação, ensinando os mais jovens. Alguém me diz quem no Brasil vai ensinar as nossas crianças no primário? Aqui de maneira nenhuma eu quero ser preconceituoso e desrespeitar quem hoje abraça essa causa. Mas, infelizmente, eu te digo que não costuma ser os membros mais pródigos de nossas universidades. Para ficar mais claro, eu gostaria que meus futuros filhos tivessem o Soulsurfer como professor do primário. E que todos os brasileiros em escolas públicas, tivesses professores com um grau similar ao seu de instrução e bagagem cultural para ensiná-los, desde a primeira infância. Estamos absurdamente longe dessa realidade, os países mais desenvolvidos (e ricos) do mundo não.

    No Brasil a sociedade valoriza o dinheiro e o status. Eu finalizei meu doutorado, essa semana, e para muitos e muitos brasileiros essa é uma trajetória profissional que não faz muito sentido. Por exemplo alguns anos atrás estava conversando com o meu tio e o resumo da conversa poderia ser feito da seguinte maneira: "... Então depois de vc ficar 5 anos na universidade para se graduar, mais 2 anos para finalizar o mestrado, depois mais 4 para o doutorado, você ainda precisará fazer um disputado concurso para, se conseguir passar, ganhar somente 8 mil reais como professor universitário, depois de tanta dedicação??"
    Eu ainda colocaria a questão geral de outra maneira, qual a porcentagem de pais da classe média brasileira ficariam felizes e orgulhosos se seus filhos decidissem ser professores de primário? Eu conheço bem uma senhora da Inglaterra que se orgulha muito dessa decisão da sua filha (que poderia ter um futuro muito promissor em diversas outras áreas). Essa mesma senhora dá aula de graça no colégio do seu bairro e, quando perguntada o porque diz: estou ajudando a formar o caráter da futura geração.
    Resumindo o problema da educação brasileira é muito mais profundo e de solução ainda mais lenta que a imaginada. Enquanto nossa sociedade como um todo, não tiver a cultura da valorização da educação, do conhecimento, sempre teremos esse grande gargalo. E será necessário que uma parcela muito maior da população auxilie diretamente nesse processo para termos resultados profundamente diferentes.
    Grande abraço
    Green Future (ou seria Dr. Green Future agora rsrs)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Dae Green! Tava sentido falta dos seus comentários!
      Cara, não tenho absolutamente nada a acrescentar.
      Concordo plenamente, o buraco é muito mais embaixo. Por isso, simplesmente aumentar o gasto em relação ao PIB não vai ser a panacéia. O Brasil já gasta 5% do PIB com educação, o que se não me engano é mais do que Coréia do Sul, e bem similar a Finlândia, que são dois gigantes quando o assunto é Educação.
      Estamos para votar o aumento, em algum momento num futuro não tão distante, o aumento de 10% do PIB para educação. Será que não vamos simplesmente torrar um dinheirão num sistema que está sendo muito mal gerenciado, e ainda por cima de alguma maneira comprometer as contas públicas, minando o já nosso combalido investimento? A discussão para mim é central, e deveria estar sendo feita por toda a sociedade, pois todos concordamos o papel central da educação na melhora do nosso país, e se continuarmos plantando sementes errôneas, vamos nos decepcionar no futuro.

      Sim, é desanimador ver o pouco grau de instrução dos professores que estão ensinando as nossas crianças. Ganham pouco, estrutura péssima na maioria dos casos, e o que é pior uma desprestígio social gigantesco.
      Cara, aqui aluno está esbofeteando professor, eu não consigo imaginar algo nem remotamente próximo de ocorrer no Japão. A nossa sociedade também é pouco científica, pouca afeita a gostar do conhecimento, concordo. Entretanto, apesar de ter tantos obstáculos negativos para o nosso progresso educacional e cultura, creio que devemos batalhar de alguma forma para melhorarmos.
      O mundo muda quando nós mudamos, muitas mudanças significativas podem começar a ocorrer com os pequenos despertares individuais.

      Eu daria aula para adolescentes/adultos sobre cultura geral, o pouco que eu sei, com o maior prazer, pois acho extremamente gratificante. Porém, com o desrespeito geral que há hoje em dia, principalmente vindo de adolescentes, eu me desanimo um pouco com a ideia, mas aos poucos tento fazer algumas coisas para quem é disposto a me ouvir.

      Parabéns pelo título!!

      Doutor né! O verdadeiro doutor, não juiz, advogado, etc.

      Abraço!

      Excluir
    2. Obrigado pelas palavras Soul, prezo muito o seu blog. Temos idéias similares em várias esferas.
      Só para esclarecer um ponto que mencionaste, eu entendi a sua poderação, mas quero deixar claro que sou favorável ao aumento percentual do investimento do PIB da educação. Certa vez vi uma entrevista, onde foi dito, que compararmos apenas o gasto percentual do PIB entre diferentes países, e principalmente entre ricos e pobres, é uma enorme simplificação. Pois se avaliarmos o valor investido por aluno em termos reais (em dólares por exemplo) é algumas vezes maior nas economias desenvolvidas, mesmo se o gasto percentual fosse menor que o nosso. Simplesmente porque suas economias e o PIB per capita é muito maior.
      Aumentar o salários de todos os professores, sempre que o orçamento permitir, deveria ser uma grande prioridade de nossos governantes, mas nunca o é. Tínhamos um exemplo na blogosfera, do Mobral que era professor em um colégio e o seu salário era o menor dentre todos os participantes. Um cara que era genial com os investimentos e que eu gostaria que caras como ele continuassem sendo professor. Mas seus rendimentos não permitiam um bom padrão de vida e ele se viu obrigado a vasculhar outras oportunidades. Certamente a nossa realidade não deveria ser assim. Existe um enorme e brutal desestímulo para ser professor hoje (como tu mesmo disse, e tb conheço caso, de professores chegarem a ser agredidos e ameaçados pelos alunos). Como podemos aspirar uma melhoria significativa da educação nessas condições?!! E pqp como os nossos governantes não estão fazendo de tudo para mudar esse terrível cenário?!! Eu acho incompreensível.

      Como disse antes o buraco é muito mais embaixo e a situação está muito pior do que o imaginado (agressão física dentro de escolas a professores é um caso totalmente absurdo).
      Minha ponderação é que naturalmente a situação não riá evoluir muito. Precisaríamos de grande mudanças no cenário atual. Aumentar dramaticamente o salário de professores seria uma alternativa interessante, pois poderia começar a atrair melhores talentos. Hoje é uma alternativa totalmente relegada. Vamos ser sinceros, quem hoje com diversas opções escolheria ser professor do primário? Enquanto isso não mudar, eu imagino que não galgaremos diversas posições nos rankings mundiais de educação.

      Sobre médicos e advogados serem chamados de doutores no Brasil, para usar um eufemismo eu diria que é como uma piada de mal gosto. Ralei bastante durante muitos anos para chegar lá (assim como todos os reais doutores). E a natureza da "comparação" é totalmente indevida pois na graduação basicamente lemos e aprendemos coisas, enquanto no mestrado e principalmente no doutorado é necessário produzir conhecimento original, a nível internacional (pelo menos na minha área é). O que é diversas vezes mais desafiador. Comparar esse esforço a um indivíduo que somente completou um curso de graduação de 4-5 anos é totalmente indevido. Desculpa se pareço meio arrogante com o comentário, mas acho que essa é mais uma deturpação da cultura brasileira.
      Grande abraço meu amigo!!
      Green Future

      Excluir
    3. Olá Green,
      Também não sou contra o aumento de gastos na educação, o que eu sou contrário é isso ser feito sem que haja metas claras, pois senão corremos o risco de desperdiçar recursos e tempo.

      Sim, o especialista está correto. Esse é conhecido como o paradoxo do Robin Hood invertido, pois apenas países ricos podem se dar ao luxo de gastar mais dinheiro com saúde e educação, o que os faz cada vez mais se distanciarem dos países mais pobres.
      Concordo que simplesmente avaliar o PIB percentual, não leva em conta o valor absoluto. Assim, se gasta muito mais com um aluno finlandês em dólares do que um brasileiro. Entretanto, há dois "poréns" aqui: a) se vamos comparar o gasto em termos absolutos e não proporcionais ao PIB, precisamos também equalizar os custos do país, pois a toda evidência é mais caro viver na Finlândia do que no Brasil, se isso não é feito o resultado fica distorcido; b) nós não somos um país rico, essa é a dura realidade. Sendo assim, não podemos querer gastar em dólar a mesma coisa do que uma Finlândia gasta, pois simplesmente não há recursos para isso (daí o paradoxo Robin Hood). Por esses dois fatores, a comparação sobre o percentual do PIB não é a melhor forma, mas ela não é tão despicienda assim não.

      O problema não é o salário dos professores, mas sim o fato que há uma média de 2/3 servidores da área da educação para cada professor. Logo, fica difícil aumentar os salários dos professores, sem aumentar os salários dessa turma toda. Nos países desenvolvidos, por exemplo, essa relação é de menos de 1 servidor para cada professor.
      São essas distorções que o país deveria estar pensando em como solucionar para podermos ter bons salários para os professores, e mais eficiência no ensino.

      Abração!

      Excluir
    4. Fala Soul,
      Realmente vivemos em um país onde existem diversas distorções, de diversas naturezas. Os valores deturpados do nosso povo, considero a mais grave delas.

      Utilizarmos cada vez mais a meritocracia para definir os salários dos servidores públicos, seria uma ótima iniciativa para melhorar nossos gastos públicos.
      Não conhecia esses dados de que existe "uma média de 2/3 servidores da área da educação para cada professor". Poderia me indicar algum link a respeito? Nas universidades federais os professores acumulam diversas funções administrativas, e não imagino que esse seja o caso. Mas no ensino básico e fundamental a realidade deve ser outra.
      Abraço
      Green future

      Excluir
    5. Olá Green, errei na comparação.
      É na verdade 1,5 para cada professor. Entretanto, eu pensava que a média da OCDE era de quase 1, quando verdade é de 0,43. Então, aqui há três vezes mais servidores no que nos países mais ricos.

      Fonte: http://www.imil.org.br/artigos/transparencia/o-rombo-da-educao/

      Abraço!

      Excluir
  18. O Brasil precisa de ser mais europeu e menos americano (EUA). Deve-se preocupar com a sua individualidade única. É um gigante em território e único a falar a bela língua portuguesa na totalidade de todo o continente americano. Os brasileiros deveriam ter a oportunidade de conhecerem melhor o seu país colonizador, também único no contexto europeu, tal como sucede com os americanos relativamente aos britânicos. Portugal é um país maravilhoso, desenvolvido, com uma cultura histórica muito rica. Enquanto os brasileiros renegarem o país responsável pela sua formação, jamais o Brasil será um país próspero.

    ResponderExcluir