Olá, colegas. Você é um cidadão “de bem”? Sim, não, talvez, não sabe? Pois bem, o artigo de hoje é sobre a ideia falsa por trás dessa expressão. Essa é uma das frases mais utilizadas e quase que acriticamente repetidas. Como a ideia de que afirmar que o pior do Brasil é o Brasileiro, ser brasileiro e não se achar o pior do Brasil é uma afirmação ilógica, como já demonstrado em artigo desse blog, a ideia por trás do mote cidadão “de bem” não se sustenta a uma análise mais crítica.
Primeiramente, para que alguém se considere a si, ou outros, como cidadão “do bem”, é condição lógica que essa mesma pessoa pense que outros são cidadãos “do mal”. Aqui é apenas obviedade. Em segundo lugar, para se saber o que é ser cidadão “do bem”, obviamente é obrigatório a definição do que seja bem e do que seja mal. Então, o que é bem e o que é mal?
Essa discussão não é nova no mundo das ideias, há o mal absoluto? Há o bem absoluto? Eu creio que em certas situações, se pode fazer juízos tão categóricos assim. Porém, na vida real de bilhões de seres humanos é muito difícil fazer afirmações tão peremptórias. O motivo é muito simples: nós não somos personagens com linhas de caráter extremamente bem definidas como num desenho infantil, geralmente os seres humanos são uma mistura de muitas coisas ao mesmo tempo.
“O que basicamente você quer dizer com isso, Soul?”. Vou pegar o meu próprio exemplo. Às vezes sou um bom companheiro, às vezes não. Às vezes sou um bom vizinho, às vezes não, etc, etc. Podemos nos comportar eticamente de maneira irretocável em certas ocasiões, em outras nem tanto. Isso é o normal do comportamento humano, não é à toa que os grandes escritores da história da humanidade foram geniais por saberem retratar os seres humanos com todas as suas contradições, não porque criaram personagens que eram a encanação do bem ou do mal. Isso é muito claro no misticismo oriental, principalmente no hinduísmo.
O Hinduísmo possui uma mitologia rica, intrincada e complexa. Para começo de conversa são três principais divindades: Bramna, Vishnu e Shiva. Um é o criador e quase nunca é representado com figuras terrestres, pois ele é uma ideia. O outro é o mantenedor (Vishnu) e diversas vezes veio à terra sobre diversas formas. O outro é Shiva, ou o destruidor. Muitas pessoas, numa primeira impressão, acham que Shiva é uma espécie de “demônio”, pois ele é o destruidor, quando na verdade só pode haver criação quando há destruição. Ou seja, apenas o básico do misticismo hindu já dá um nó na cabeça de quem é acostumado com o simplismo da mitologia cristã.
A mitologia de origem indiana parece-se muito mais com o que ocorre na vida dos seres humanos. A história da mitologia cristã parece-se mais com uma história infantil. Não é à toa que a mitologia hindu possui uma história para a cosmologia do mundo absurdamente atual . Uma vez vi um vídeo do célebre Carl Sagan relatando que Hindus há milhares de anos já acreditavam que o universo teria bilhões de anos, o que é algo surreal, principalmente levando em conta que o conceito de “bilhões" é extremamente contemporâneo, e há milhares de anos alguém pensar nessa quantidade de tempo é simplesmente extraordinário. É tão inacreditável que um dos livros do físico brasileiro Marcelo Gleiser tem inspiração em mitos cosmológicos Hindus. O livro chama-se a “A Dança Cósmica” e vem da ideia da Dança Cósmica de Shiva.
A Dança Cósmica de Shiva.
Por seu turno, a interpretação literal (atenção ao grifo, por gentileza) da mitologia judaico-cristã dá a esse mundo apenas alguns milhares de anos e possui uma história cosmológica sem pé nem cabeça. O que é mais inacreditável é que há pessoas, centenas de milhões delas na bem da verdade, que acreditam literalmente nessa história cosmológica.
Assim, na mitologia hindu há deuses representados com 10 caras, cada elas com um semblante diferente, querendo mostrar como algo pode ser muitas coisas ao mesmo tempo. Isso, meus amigos, é exatamente como é a vida no planeta terra para seres humanos. A descrição de céu e inferno é uma forma simples de querer se entender algo tão complexo como o comportamento humano e suas diversas facetas. O meu pai, quando eu tinha 5 anos, costumava dizer que havia um monstro numa porta ao lado do elevador de serviço no prédio onde ele mora na cidade de São Vicente, no Estado de São Paulo. Apenas muitos anos depois, eu não morava com o meu pai, fui descobrir que ali na verdade era uma lixeira, e que o meu pai, de maneira muito criativa, tinha inventado um monstro para que o seu filho de cinco anos não entrasse num lugar insalubre. Foi algo muito engenhoso, mas evidentemente falso. Assim, histórias sobre monstros, pessoas “do bem”, pessoas “do mal”, são boas num contexto infantil, numa forma infantilizada de ver o mundo. Podem ser eficazes, e podem transmitir alguns conceitos morais importantes, mas a toda evidência nunca serão instrumentos aptos a explicar a complexidade do universo humano.
Para muitas pessoas adultas o mundo é povoado por "monstros" do lixo. Sim, a vida e as relações humanas seriam mais fáceis se as explicações simplistas, e evidentemente em alguns casos falsas, de mundo fossem verdadeiras.
Meu pai, para citá-lo mais uma vez, sempre me disse quando era criança que o símbolo da medicina era a representação de opostos que se completam. Se pensarmos no conceito de Ying-Yang , o conceito de complementaridade de opostos fica ainda mais evidente. Na verdade, o bom não existe sem o mau, o belo sem o feio, etc, etc. Essa é uma forma muito mais densa de ver o complexo mundo das relações humanas. Na verdade, o meu pai foi mestre Rosacruz e desde criança bem pequena tive que conviver com ideias como “o finito nunca poderá entender o infinito” - quando eu perguntei o que era Deus, ou “quando o nada percebeu que era alguma coisa, tudo foi criado” - quando eu perguntei como as coisas vieram a existir. O fantástico dessa última resposta, é que essa é uma das hipóteses mais aceitas pela física contemporânea sobre como tudo veio a existir, uma flutuação quântica do vazio. Hoje em dia, agradeço enormemente que desde criança eu tenha sido exposto a uma forma mais complexa de tentar apreender o mundo (em que pese o meu medo do “mostro" da lixeira:))
Há tantos exemplos históricos para exemplificar o que digo nesse artigo que não teria razão de enumerar muitos deles. Vou citar apenas um dos que eu mais gosto: Oscar Schindler. A história dele ficou muito famosa pelo filme chamado “A Lista de Schindler” que para mim é o melhor filme de todos os tempos. Schindler durante anos explorou mão-de-obra escrava judia. Torrava o dinheiro obtido com contratos feitos com o exército nazista, usando repita-se mão-de-obra escrava, em festas, mulheres, e outros prazeres mundanos. Um homem desses jamais poderia ser considerado uma pessoa “de bem”, muito pelo contrário, correto seria considerá-lo um criminoso por crimes contra a humanidade. Em determinando momento de sua vida, entretanto, ele resolveu ir à falência, e colocar a sua própria vida em risco, para ajudar milhares de judeus a sobreviverem. Se analisarmos apenas esse aspecto da vida de Oscar, ele poderia ser considerado uma cidadão “de bem” honoris causa. O que foi Oscar Schindler, então? Se não ler o livro, veja o filme e reflita você mesmo. Se já viu o filme, veja novamente, vale muito a pena. Eu já vi tantas vezes, e com isso pude perceber tantos detalhes fantásticos, que posso citar de cabeça a maioria das falas do filme.
Criminoso de Guerra? Explorador de mão-de-obra escrava? Grande humanista? Herói? Exemplo ético? Quem era Schindler? Para mim apenas um ser humano como eu e você que fez algo maravilhoso.
Uma vez li num livro (creio que sobre a história da felicidade no decorrer do tempo, muito interessante o livro) que os gregos tinham uma “sabedoria popular” de nunca dizer que uma pessoa teve uma vida feliz e realizada até essa pessoa literalmente dar o último suspiro. Isso derivava do fato que mesmo no final da sua vida, tragédias épicas gregas poderiam ocorrer, e o caráter de uma pessoa poderia ser revelado no último instante. Isso me faz lembrar de uma história do meu Pai (não foi intencional, mas enquanto eu ia escrevendo o nome dele foi aparecendo). Os últimos anos de casamento do meu Pai e Mãe foram tumultuados. Em relacionamentos tão longos que às vezes não terminam da melhor maneira é normal e natural que haja um certo ressentimento por parte de ambos. Infelizmente, tive que conviver com isso, pois desde os meus dois anos eles são separados. Porém, há uma história que minha mãe conta que a deixou orgulhosa do meu pai. Aparentemente, houve um acidente com uma família de japoneses numa estrada e os meus pais presenciaram. Como ocorre nessas situações, a maioria das pessoas, por uma curiosidade mórbida ou por não saber o que fazer, geralmente se omitem. Não foi o que ocorreu naquele dia. Conta minha mãe que o meu pai, naquela época não deveria ter SAMU(s) tão eficientes, carregou as crianças ensanguentadas no colo, colocou no carro e levou para o hospital. Elas foram salvas, e se não fosse pela ação do meu pai hoje poderiam estar mortas.
Nesse episódio o meu pai teve um comportamento fantástico. Logo, ele é um cidadão “de bem”? O meu pai, assim como quase todos os humanos, possui alguns defeitos e agiu talvez não tão sabiamente em muitas ocasiões da vida. Agora, numa situação limite ele mostrou um comportamento ético exemplar. Será que eu teria o mesmo comportamento? E você, querido leitor? Se alguém ensanguentado bater na sua porta as 11 e meia da noite numa segunda-feira chuvosa dizendo que levou uma facada na barriga e pedindo ajuda, o que você faria? Isso para mim mostraria, apesar da ideia por trás da expressão comentada nesse artigo ser falsa, muito mais sobre quem é ou não um cidadão “de bem”. São nessas situações limites que realmente vemos com as pessoas reagem sobre extrema pressão. E se você não ajudasse a pessoa morrendo à sua porta, mas um criminoso condenado várias vezes pela justiça por roubos ajudasse? Quem seria o cidadão “de bem”?
No filme “Batman, o Cavalheiro das Trevas” (um baita filme, diga-se de passagem, e olha que não gosto de filmes de personagens de quadrinhos), há uma cena que ilustra isso a perfeição. No final do filme, há duas balsas e cada uma dela possui um controle remoto que poderia destruir a outra embarcação, e, se não me engano, se nenhuma das embarcações tomasse uma atitude em terminado tempo ambas seriam explodidas. Isso é um teste moral dos mais fortes que já vi num filme. Destruir a outra balsa e ser o responsável direto pela morte de centenas de pessoas, ou correr o risco de ser explodido. Num certo momento, cidadãos “de bem” de uma balsa querem destruir a outra balsa, mas não possuem a coragem para tanto. Até que um presidiário enorme com cara invocada (o tipo estereotipo de uma pessoa “do mal”) se levanta e diz algo como “passe esse controle para mim já que vocês não tem coragem de fazer o que deve ser feito”, e quando todo mundo pensa que ele vai apertar o botão para explodir a outra balsa, ele simplesmente joga o controle fora no mar, ou seja, ele teve uma atitude heróica, corajosa e ética, quando pelos nossos esteriótipos e rótulos mais rudimentares somos inclinados a pensar que ele teria a atitude que seria de se esperar de uma cidadão “do mal”.
Um filme surpreendente. Na verdade, só sabemos quem realmente somos quando somos submetidos a situações de intensa pressão. Não é dando olá para vizinhos (algo que deve ser feito e torna a vida melhor) que você pode saber se agiria bem ou se estupraria, mataria, no caso de uma situação limite como foram os dias pós-katrina nas cidades afetadas.
Nós humanos temos espaços para muitos comportamentos dentro do nosso interior. Isso já é bem sabido há muito tempo por filósofos e pensadores. Entretanto, não vou falar novamente dos sistemas 1 e 2 que nosso cérebro utiliza na tomadas de decisão, mas ei se você realmente quer entender mais sobre o mundo deveria saber do que se trata, parece que uma parte considerável dos seres humanos preferem a forma mais “infantilizada” de ver o mundo. Uso o termo infantil aqui não no sentido da curiosidade maravilhosa da criança, sobre a qual escrevi no meu artigo “Uma ode à nossa criança interior”, mas sim sobre uma forma incompleta de ser ver o mundo. Para essas pessoas, faz todo o sentido cidadão “de bem”, e na verdade elas quase sempre se auto-proclamam assim. Por isso, é que tantas vezes ouvimos a história de que uma pessoa era tida por vizinhos como um exemplo de cidadão e comete algum ato sombrio como violentar crianças, e ninguém entende como nunca se percebeu nada. Ora, pelo simples fato que uma pessoa pode ser um pessoa “de bem” para muitas coisas: ser cortês com vizinhos, gerar empregos sendo empreendedor, pagar os seus tributos, etc, etc, mas pode num momento da sua vida cometer algo abominável como molestar crianças. É como dito no meu artigo sobre sucesso humano, as pessoas não conseguem entender como alguém que possui bilhões de dólares pode ter uma vida mais simples, já que dinheiro e consumo é o suprassumo da felicidade humana. Assim, se fala, ao invés de questionar as próprias premissas da sua realidade, “ah, ele é low profile”. Wtf? Como se criar uma expressão pudesse ajustar a contrariedade entre os pressupostos ideológicos e a realidade.
Por fim, e aqui encaminho-me para o final desse artigo, por qual motivo demolir essa sensação de que alguém é cidadão “do bem”? Para colocar as pessoas para baixo? De maneira nenhuma. Serve basicamente para duas coisas. Primeiramente, para se repelir oportunistas que com o discurso fácil de “cidadão de bem” conseguem obter poder político. Hitler deveria conclamar aos alemães “de bem”, assim como Jihadistas conclamam os muçulmanos “de bem” a cometer atos horripilantes. Geralmente, pessoas que sempre se auto-proclamam cidadão “de bem” são figuras um tanto quanto capengas e sinistras, e que em última análise podem ser tudo, menos cidadãos “de bem”. Toda vez que ouço essa expressão na boca de um político, me dá um arrepio, e uma tristeza de como estamos atrasados intelectualmente.
Hitler e sua exortação aos alemães "de bem" o seguirem na sua ideia louca, suicida e genocida. É difícil ver imagens de Hitler com cachorros, algo que ele adorava. Sabem o motivo? Porque isso o humaniza, isso o torna parecido comigo e você que gostam de cachorros. Porém, como Hitler é colocado como a encarnação do Mal, é melhor que se tire qualquer menção à humanidade de Hitler, para que com isso não nos vejamos nele. Assim, é muito fácil entender algo e alguém como Hitler, quando na verdade a história é muito mais tênue.
Em segundo lugar, quando percebemos que há o mal e o bem em todas as pessoas, e que de certa maneira todos os seres humanos são parecidos nesse aspecto, muito dificilmente iremos colocar rótulos como forma de discriminar grupos humanos. Assim sendo, fica muito mais fácil de ver um ser humano como você no outro, ao invés de um Judeu, um negro, um “playboy" rico, um miserável, etc, etc. Quando temos a capacidade de ver outros humanos assim, fica muito mais fácil construir pontes de relacionamentos e resolver problemas humanos. É muito conhecida a história de como na primeira guerra mundial os dois lados da batalha confraternizaram durante um natal. Porém, o meu pai, mais uma vez ele, contava-me uma história que se passou na guerra entre a Rússia e o Japão que se não me engano foi em 1905. Quando um soldado, não me pergunte de qual nacionalidade, estava pronto para perfurar o corpo de um soldado inimigo com sua baioneta, ele viu uma lágrima escorrer dos olhos do soldado tombado. Instantaneamente, aquela imagem o fez perceber que aquele soldado prestes a ser assassinado era tão humano como ele. Talvez com filhos, esposa, medos, ambições, alegrias. Ele não era um monstro sem alma e sem humanidade, não, ele era um outro ser humano exatamente como ele. Ao fim e a cabo, ele não mata o outro soldado. Se pararmos para pensar, é a primeira coisa que se faz numa guerra é “desumanizar" o outro lado, pois fica muito mais fácil matar seres que não consideramos mais humanos.
Quando percebemos que todos somos humanos, que todos estamos submetidos a erros e acertos, é muito mais fácil achar soluções para os problemas, pois em ambientes assim o ódio costuma não florescer, e quando não há ódio tudo fica mais fácil.
É isso colegas, vou para o meu quinto dia em Mentawai. Paraíso do surf realmente. Já peguei tanta onda, que só de pensar que ainda tenho mais 10 dias aqui só posso sorrir. Hoje mesmo a sessão de surfe foi muito boa mesmo, ondas fortes e tubulares, consegui até mesmo tirar um tubinho bem rápido. Fiz a estréia na bancada de coral, e já arrumei a minha primeira cicatriz no joelho, faz parte. Hoje a onda estava tão rápida e pesada que vi duas pessoas se machucarem feio na minha frente, um deles deslocou o ombro. A internet aqui é lenta e cara, então a uso apenas para mandar notícias e ver sobre o andamento dos meus negócios imobiliários no Brasil. Vou aproveitar para publicar esse texto.
Isso é apenas uma fração das ondas que há na região. É absolutamente incrível.
Grande abraço a todos!
Muito boa abordagem. Penso o mesmo.
ResponderExcluirIsso é que é vida, curtir a natureza em sua plenitude. Se puder responder, quanto ficou o custo da viagem? Penso futuramente colocar uma mochila nas costas.
Olá, colega!
ExcluirVou escrever sobre viagens de uma forma mais geral, e falarei sobre custos.
Não pense duas vezes para comprar uma mochila e viajar:)
Abraço!
fala soul
ResponderExcluirque baita texto!!
são longos, mas dão vontade de ler até o final hehe
como voce disse, é mt dificil manter o mesmo comportamento o tempo todo. ao mesmo tempo em que temos aquele conflito interno e aquela responsabilidade de não oscilarmos muito da média, somos seres muito emocionais e isso nos torna suscetível a diversas mudanças.
o filme de Schindler é sensacional. Se não me engano foi o mesmo criador da empresa de elevadores Atlas Schindler (fusão). A questão dos pais é muito importante também no nosso comportamento hoje. Meus pais sempre foram exemplo de ética, justiça, bons costumes e acho até curioso que nunca presenciei até hoje alguma oscilação no comportamento deles.
Ou se houve, não estava presente :}
O cmarques me enviou o teu blog e estou acompanhando por aqui tbm. A propósito, como está o andamento da sua carteira de fiis já que voce nao consegue ficar tão vigilante?
abçs e obns investimentos
Olá Achaves!
ExcluirFico feliz de vê-lo por aqui:)
Muito bacana que os seus pais sejam esses exemplos para você. Olha, tenho que confessar que não faço a mínima ideia de como estão as cotações do FII. Tenho um valor razoável em número absoluto em FII e ações, mas é menos de 10% em relação ao meu patrimônio, então não é algo que eu fico extremamente preocupado. Além do mais, FII é imóvel, está alugado, está entrando dinheiro? Então, está tudo certo, principalmente se houve uma escolha prévia de forma consciente. A maioria do pessoal no blog do Tetzner gasta muito tempo com isso, não é algo que eu recomento. Estudar bastante para saber o que está fazendo, sim. Ficar a toda querendo saber o que fazer ou deixar de fazer, não.
Abraço!
Grande SoulSurfer,
ResponderExcluirA análise do cidadão de bem, realmente é algo que me deixa vislumbrado, afinal, até Hannibal era um cidadão de bem, quando não comia ou tentava fazer as pessoas virarem canibais.
Eu tenho um fascínio muito grande com o símbolo do yin e yang, tanto que um dos meus tópicos no bucketlist é fechar minhas costas com o desenho chinês do tigre e dragão, símbolo não tão conhecido do bem e do mal. Ninguém é 100% bom, ninguém é 100% mal, e quando tentamos encontrar um ser que seja totalmente um ou outro, não podemos, afinal, se a pessoa ainda tem 1 segundo de vida, este um segundo poderá fazer diferença.
Existem vários casos de pessoas que eram boas e se tornaram más e vice versa em momentos de crise e desespero. Casos como o homem de rua que teve sua vida retirada na Sé, quando tentou ajudar a mulher que estava como refém, casos como a mulher que cuidava das crianças que deixou-as dentro do quarto pegando fogo para se salvar, deixando-as para morrer queimadas.
Não podemos dizer que uma pessoa é um cidadão de bem ou não, não existe isso, apenas atos que mostram que ele se portou de maneira correta dados os preceitos de certo e errado da atual sociedade.
Olá, Estagiário! Beleza amigo?
ExcluirSim, tudo o que disse é correto em meu entendimento. Apenas acho que a humanidade em alguns aspectos vem evoluindo. Se pensarmos na escravidão, era algo tolerável e até mesmo incentivado alguns séculos atrás. Hoje em dia, há uma repulsa quase que unânime em relação à escravidão de outros seres humanos, mas ainda não em relação a outros animais. Obrigado pelo comentário
Abração!
Soul, muito interessante o post.
ResponderExcluirRealmente é uma questão bem relativa ser cidadão "do bem". O professor Clovis de Barros Filho aborda este tema muito bem quando fala em ética. Ainda não li o livro "Somos todos canalhas", mas pelas porções que assisti de videos e palestras dele, acredito que explora exatamente este tema.
Abraços
Valeu, EI!
ExcluirEu gosto dele quando ele aparece no Jornal da Cultura e o jeitão bem peculiar dele.
Abraço!
Soul, boa noite!
ResponderExcluirMuito interessante o texto. Aliás eu conheci o blog um tempo atras e de fato, tenho aprendido muito!
Mas quanto ao texto aqui, creio eu que houve um pequeno intuito de apresentar a religião hinduísta e tentar " evangelizar" os leitores para que sigam ou tenham apreço a tal religião.
Quanto a " mitologia" Judaico - Cistã, creio que ela é muito complexa sim. Aliás, não é a toa que, por ser tão difundida e mesma assim muito críticada por falta de entendimento, faz dela tão fantástica e completa.
Bem, parabéns pelo Blog e estarei sempre aqui acompanhando os posts.
Olá, colega!
Excluira) Grato pelas palavras;
b) De forma alguma. O Hinduísmo foi e ainda é utilizado para se sustentar ideologicamente uma sociedade de castas que não faz qualquer sentido para mim. Minha única tentativa de "envagelização", e creio que não faço isso, é para que os leitores tenham pensamento crítico sobre as mais variadas facetas da nossa vida, pensamento este que pode ser crítico até mesmo ao que eu penso como correto;
c) Coloquei o grifo literal no texto. A interpretação literal não me parece ter muita complexidade, mas pode ser que eu não entenda, e talvez isso seja muito mais provável;
Abraço!