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domingo, 26 de julho de 2015

HERANÇA E A INCONGRUÊNCIA DE ALGUNS ARGUMENTOS

  Para Ler uma versão modificada desse artigo em 2020, por favor acesse o novo site em:

https://mundosoul.com/heranca-social/

37 comentários:

  1. Excelente Soul Surfer, mais um excelente artigo.
    Falando um pouco de Brasil, qual sua opinião em relação a nossa prosperidade a longo prazo, você acha vamos conseguir gerar valor para ajudar as próximas gerações?

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    1. Obrigado, colega.
      Olha, é uma pergunta difícil de ser respondida.
      Sobre o ponto de vista financeiro, eu creio que o Brasil muito provavelmente irá se tornar mais rico. A diferença de renda per capta é muito grande em relação aos países desenvolvidos. Além do mais, há uma tendência natural do capital migrar para países com menos capital acumulado, caso do Brasil, em busca de maiores rentabilidades, principalmente para que a aposentadoria dos baby boomers seja de alguma maneira sustentável.

      Por outro lado, creio que as sementes plantadas no Brasil são muito ruins. Estamos, já somos na verdade, um país extremamente violento nas mais comezinhas relações, basta ver o nível de agressividade no dia a dia das cidades brasileiras.

      Portanto, creio que sim as gerações futuras do Brasil talvez tenham vida melhor do que a geração atual. O meu grande receio é do ponto de vista da sustentabilidade ambiental do nosso arranjo atual, mas isso fica como tema para um próximo artigo.

      Abraço!

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  2. Herdar é parte inerente de viver. Desprezar uma herança significa desperdiçar uma oportunidade de desenvolvimento, seja este financeiro ou intelectual. Além disso, somos todos herdeiros indiretos de tantas coisas que muitas vezes nem enxergamos. A vida é do jeito que é, e heranças sempre farão parte de nossa existência.

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    1. Concordo. Algum dia li um artigo de algum blog e leitores negros se manifestaram.
      Bom, há 150 anos o status jurídico de um negro era o mesmo de uma cadeira, era considerado uma "coisa", tanto que um negro escravo era possuído por alguém.
      Demorou centenas de anos para a Igreja católica aceitar que os Índios tinham almas como os Brancos.

      Foram necessários muitos negros, índios e brancos corajosos, muitos pagando com a própria vida, para que hoje todos sejam vistos por aquilo que são: seres humanos dotados de direitos e dignidade humana. Ou seja, os negros de hoje são herdeiros diretos ou indiretos da luta e sofrimento de inúmeras gerações.

      Logo, o seu comentário é pertinente em minha opinião. Não quis dar esse foco no artigo para focar mais na parte financeira de acumulação de riqueza.

      Abs

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    2. "Ou seja, os negros de hoje são herdeiros diretos ou indiretos da luta e sofrimento de inúmeras gerações."

      Logo os negros de hj são sortudos e não merecessem o mérito de nascer livres e teriam que brigar também, não é mesmo?

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    3. Só como anônimo mesmo para escrever um comentário assim, inacreditável mesmo. As linhas não citadas por você do meu comentário: "Foram necessários muitos negros, índios e brancos corajosos, muitos pagando com a própria vida, para que hoje todos sejam vistos por aquilo que são: seres humanos dotados de direitos e dignidade humana".

      Se você se identificasse será que colocaria um comentário tão fraco desse? Eu duvido.

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  3. Corrija-me se eu estiver errado. É uma linha de pensamento achar que o que é taxado seria um tributo pago ao país por mazelas passadas e que se reverteram em acúmulos de benefícios quando do nascimento de determinada pessoa? Ou seja, paga-se muito na Alemanha na transmissão de herança por todo o sofrimento de gerações passadas revertidas em benefícios hoje.

    Ok, é um ponto. Mas os EUA sofreram tantas mazelas assim no passado? Não!

    Pois bem, mais : o imposto deveria ser proporcionalmente maior nos países que oferecem hoje mais benefícios?

    Por fim, é notório como as grandes riquezas não sofrem a mesma taxação que a das pessoas médias. Os ricos criam holdings, criam SA etc e se defendem da sede do governo, mantendo seus filhos com o patrimônio intacto.

    São apenas contra-pontos. Entendi seu ponto de vista mas tenho visão distinta, permita-me dizer. Creio ser legítimo num país que recebe mais de um trilhao ao ano de impostos e nada reverte em educação, segurança ou saúde que um pai tenha objetivo de se matar de trabalhar pra ver seus filhos com uma vida melhor.

    Abraço meu amigo, boa viagem, curta bastante e nos presenteie com seus textos. É muito bom, mas possivelmente só são factíveis hoje pelo trabalho árduo de sua família em gerações anteriores!

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    1. Olá, Guardião!
      O seu primeiro ponto sobre herança e taxação eu realmente não entendi. Se você o aclarasse mais, ficaria grato.

      O seu outro ponto foi sobre quem realmente paga a tributação. Não foi muito o foco desse artigo falar sobre isso. Porém, creio que no meu artigo sobre tributação, eu lhe disse que creio que a tributação sobre patrimônio e renda é mais eficiente e justa. A sua colocação foi sobre quem de fato paga os tributos. Isso é uma questão de legislação, não de princípio. Espero que entenda a diferença. Num ponto discutimos sobre quem deve arcar com os custos de manutenção do Estado, no ponto levado por você falamos sobre eventuais gaps na legislação (e eles existem aos montes).

      A sua colocação sobre ser legítimo um pai querer deixar uma vida melhor para o filho ser verdadeiro em qualquer lugar do mundo. É exatamente o que eu vejo no Vietnã, no Brasil, na Austrália, etc. Assim, não entendi especialmente qual é o ponto de discordância em relação ao texto. Você não compactua da ideia do Friedman? Não crê em herança coletiva? Não vê relação entre a herança individual e coletiva? Enfim, fiquei sem entender a divergência:)

      Não tenho a menor dúvida, e já deixei isso claro muitas vezes. Não do ponto de vista financeiro de ter dinheiro para viajar, pois sempre ganhei dinheiro como deixei claro no meu artigo sobre a minha história financeira. Porém, com certeza a minha vida é fruto do trabalho árduo de gerações anteriores, nisso não tenho a menor dúvida. A vida da minha mãe foi melhor do que a da minha Avó e espero que a vida do meu filho seja melhor do que a minha.

      Abraço!

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    2. Herança é mais um ótimo motivo pra não ter filhos, tão mais fácil gastar tudo em vida e não ter essas preocupações.

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  4. Bacana seu post, Soul.

    É interessante saber quer algumas pessoas pensam diferente sobre finanças e veem as coisas de outro modo.

    Infelizmente, no Brasil é preciso considerar a guerra política que prejudica tudo e todos. Os congressistas não fazem o que seria mais benéfico para a maioria da população, eles agem de maneira a aumentar seu capital político. Nos dois lados do espectro ideológico há motivações eleitoreiras.

    Outro ponto não falado é a questão da paternidade responsável. Não parece ser bom senso que uma mendiga tenha cinco ou mais filhos. Não parece bom para o país, para a mãe e muito menos para as crianças.


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    1. Olá, colega. Grato.
      Sim, pretendo falar sobre capital político, política e situação atual do Brasil em algum próximo artigo.
      Concordo com este seu ponto.

      Sobre índice de natalidade, a melhor forma de diminuir índices altos é por meio do "empodeiramento" feminino. Uma forma extremamente eficaz é por meio do acesso de meninas à educação formal. É por isso que admiro tanto uma ONG muito bacana chamada "Room to Read" (você pode ler sobre a história da ONG e do seu fundador no interessante livro "Sai da Microsoft para mudar o mundo". Outros meios eficazes são a diminuição da mortalidade infantil e urbanização (esse tema é muito bem tratado no ótimo livro "O fim da pobreza").

      Não é à toa que o índice de natalidade caiu no Brasil, já que houve uma melhora significativa no índice de mortalidade infantil, a mulher assumiu um papel muito mais relevante na sociedade (na época de casada da minha mãe, havia o estatuto da mulher casada, a mulher era considerada juridicamente relativamente incapaz) e os índices de acesso a educação formal aumentaram bastante.


      Abs

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    2. Por incrível que possa parecer, a Rede Globo colaborou com isso ao mostrar famílias com menos filhos. Esse fato influenciou a população menos escolarizada, mais pobre a ter menos filhos. Ao ver um exemplo na tela, a pessoa menos instruída tende a imitar.

      No livro Amores Líquidos, Zygmunt Bauman fala do declínio da natalidade no mundo desenvolvido, por causa das relações precárias que existem, os aumentos das taxas de divórcios, os casamentos sem filhos.

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    3. Eu tenho um ponto de vista um pouco diferente. Realmente a natalidade diminuiu no Brasil de uma forma geral. Mas pessoas em situação de vulnerabilidade social ainda tem mais filhos.
      Por outro lado o número de famílias desestruturadas vem aumentando ao meu ver, o número de mães solteiras é considerável, sem contar que muitas crianças são criadas por parentes geralmente (avós) ou ficam desde cedo em creches, isso acontece inclusive e muito em famílias de classe média e média alta.
      Quanto a queda de natalidade no mundo desenvolvido, acho que se deve a vários fatores: Relações interpessoais muito superficiais, os casais competem ao invés de compartilhar, muitos homens estão perdidos sem saber muito como se comportar diante de mulheres mais independentes economicamente, há a necessidade de uma formação escolar mais longa para ter maiores chances no mercado de trabalho que acaba adiando a maternidade/paternidade, muitas mulheres não querem abrir mão ou dar um tempo em objetivos profissionais, o excesso ou facilidade de relações casuais etc.

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    4. Olá, colega.
      Tudo o que citou sobre a queda da taxa de natalidade pode ser verdadeiro, muitos envolvem discussões que tocam na forma que estamos levando nossas vidas num mundo cada vez mais urbanizado, apressado e desenvolvido. Entretanto, todas elas estão ligadas à urbanização, educação feminina e queda da taxa de mortalidade infantil. Eu mesmo, na minha profissão, pude testemunhar a diferença entre urbanização ou não na natalidade. No campo, um filho é mais um par de braços para ajudar. Fiz diversas audiências onde a pessoa dizia ter 10-12 irmãos. Na cidade, o filho é um gasto, e cada vez maior. Tanto é verdade que eu calculo um gasto duas vezes maior com dois filhos, de um gasto sem filhos. Assim, a urbanização diminui a taxa de natalidade, pois simplesmente é muito caro ter um filho e dar condições apropriadas para o seu desenvolvimento num centro urbano.

      No mais, grato pelo comentário.

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  5. Muito boa reflexão.
    Já me detive a pensar sobre o mérito algumas vezes, e cheguei à conclusão de que ele não existe. A causalidade rege todas as coisas. Fortuna imperatrix mundi.
    Abraço!

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    1. Olá, Tarik.
      Grato pelo comentário.
      Eu não iria tão longe, ainda mais com os conceitos que se apreendem da física quântica, a própria relação de casualidade é colocada em teste.
      Há um mundo extraordinário e misterioso, se você tem interesse pelo tema, tente ler um pouco sobre emaranhamento quântico (Eistein morreu simplesmente não entendendo e acreditando nesse fenômeno, tanto que ele chamava de spook action).

      No mais, grato pelo comentário.

      Abraço!

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  6. "Fica evidente que ninguém prospera sozinho".

    Fica? Vc fala para ignorar casos individuais, mas existem MILHÕES de casos individuais de pessoas que cresceram com o próprio suor.

    Assim como existem MILHÕES de pessoas que herdaram grandes heranças ou ainda tiveram altíssimos salários durante a vida e terminaram mais pobres que alguém morando num cortiço em Salvador.

    Comparar o mérito entre locais tão distantes é estupidez. O mérito está no ponto de partida igual. Mas se este mérito existir, então, no futuro já haverá desigualdade entre os pares. Simplesmente nunca haverá igualdade. Tenta forçar a igualdade, destrói o incentivo ao mérito o que, provado belamente pelas catástrofes comunistas, faz com que a produção caia em queda livre. Afinal de contas, para que construir algo durante décadas, que só poderei aproveiter durante poucos anos e depois irá para alguém que pode ser uma pessoa da qual eu não daria nem uma bala?

    E mais: este movimento ocorre justamente por incompetência dos governos que não conseguem dar condições iguais e satisfatórias de ponto de partida para a população. O ser humano não vai ficar esperando: ele simplesmente corre atrás!

    Esse discursinho Dinamarca x Somália, puta quiu pariu. África foi o berço do mundo e é o lugar mais atrasado. E vc lembra que na acumulação de capital o TEMPO é um fator essencial, não é mesmo? O que aconteceu por lá?????????

    E aqui no Brasil? Portugueses chegando com naus que atravessaram o atlântico enquanto os índios tinham no máximo uma canoa?????

    Este discurso de esquerda sempre ignora o outro lado da moeda, isto é a coisa mais impressionante que existe neste planeta. Vocês deveriam se juntar num país só de vocês e viverem o lindo e utópico mundo de vcs.

    Tem vários outros pontos falhos em sua argumentação aos quais, sinceramente, não perderei tempo em escrever, visto que vc não irá mudar de opinião mesmo...

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    1. Amigo salada mista, qual é o seu ponto e qual é a relação com o texto?
      Vamos, apesar de ser difícil, tentar colocar um pouco de ordem argumentativa na sua salada interpretativa.

      a) Você começa a falar que comparar mérito entre lugares distintos é estupidez, ao falar sobre o exemplo da Dinamarca e Somália. Certo. Então, responda a pergunta do texto: qual é o mérito de um dinamarquês nascer na Dinamarca e ele viver em média dezenas de anos a mais de um somali, ter mais educação formal, ser muito mais rico. Responda objetivamente, acaso consiga.

      b) O velho discurso de uma nota só. Sério você não cansa não? Texto de herança coletiva, termina em incentivo, esquerda e comunismo. Texto sobre casamento, termina em incentivo, esquerda e comunismo. Sério, aponte no texto onde a igualdade foi "forçada"? O texto foi quase que uma sucessão de juízos de fato. Como você não conseguirá, como nunca consegue, sei que além dos comentários de uma nota só, a coisa sempre para por aqui.
      O seu raciocínio é tão difícil de entender, que no final do segundo parágrafo fala que as pessoas não vão se esforçar para aproveitar a riqueza acumulado em poucos anos de vida e depois deixar a riqueza para outro. Está falando de filhos, do Estado, é difícil entender o que exatamente quer dizer.

      c) Aí coloca governo na história, e coloca a responsabilidade em governos de dar condições iguais de partida. Isso é impossível, sempre haverá pessoas mais bonitas, inteligentes, com problemas genéticos. Colega, leia os próprios textos do IMB, e depois venha aqui comentar.
      Como os governos, aqueles que você criticou nos parágrafos anteriores, não conseguem promover pontos de partidas igualitários, as pessoas "correm atrás". Hum, você descobriu que os humanos tem instinto de sobrevivência, parabéns.

      d) Fique à vontade para fazer um tratado sobre o que aconteceu com a África, não tenho competência para tanto e nem foi o foco desse artigo.

      e) Bom, já entendi que você é bem de tocar a mesma nota e de rotular. Ótimo. Agora, de uma forma mais coerente e objetiva, aponte "qual é o outro lado da moeda" em relação ao meu texto. Por gentileza. É a herança individual tendo que ser taxada, contrariando o entendimento do Friedman. É não haver herança coletiva? É ter mérito em nascer num país com grande capital acumulado?
      Seja mais claro.

      f) Hum, o texto foi claro no sentido de que ninguém prospera sozinho, muito menos hoje, pois recebeu uma enormidade de herança de capital acumulado, institucional e educacional. A sua própria mensagem é fruto da luta de muitas pessoas que acreditaram que todos poderiam ter direito de manifestar o que pensam. Você não tem qualquer mérito em nascer num mundo onde você pode se manifestar livremente, isso lhe foi herdado por outras gerações.
      É claro que pessoas se esforçam, umas conseguem mais, outras menos, mas ninguém é o vencedor solitário da vida, pois só podemos prosperar em sociedade e, para nós humanos do século 21, devido ás muitas heranças recebidas.

      A única parte do seu texto que é razoável é quando fala da mobilidade. Sim, você estar numa sociedade onde há mobilidade entre os extratos também não é qualquer mérito seu. Se você tivesse nascido na idade média européia, ou até mesmo hoje numa comunidade rural da Índia onde o sistema de castas é ainda muito forte, você não teria qualquer probabilidade de ascenção, independente do seu esforço. Logo, a sua possibilidade de se esforçar e melhorar de vida, viver numa sociedade assim, também não é nenhum mérito seu, você recebeu isso depois da luta de muitas gerações.

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  7. Soul,

    Realmente, não entendi aonde você quis chegar com esse artigo. Mas eu consigo perceber, claramente, que você tem um viés humano ao escrever os seus artigos.

    Pessoalmente, eu sou conservador, liberal economicamente e acredito 100% no capitalismo, no livre mercado e principalmente na meritocracia.

    Não acho que heranças devem ser tributadas, afinal, o governo já confisca a riqueza produzida por nós durante toda a vida e não estou preocupado com os outros e sim com o bem estar meu e da minha família.

    Sobre o Brasil, ou Bostil, como eu chamo, o mesmo não passa de uma republiqueta de meia tigela que jamais será um país desenvolvido pois o maior problema dele é o seu povo.

    Essa é a minha visão.

    Abraços.

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    1. Olá IL,
      Como disse no texto não creio que os artigos nesse espaço tenham que ter necessariamente uma finalidade.
      Entretanto, o texto foi feito para mostrar a incongruência de muitos argumentos. Além do mais, talvez para fazer as pessoas refletirem que elas são muito mais "sortudas" e não tão "meritórias" como elas talvez possam pensar.
      Também creio que seja interessante refletir no sofrimento de muita gente para que nós hoje em dia possamos ter uma vida mais confortável. Além do mais, revela a nossa responsabilidade para com as gerações futuras. Não se preocupar com as gerações do porvir é um dos atos mais egoístas que um ser humano pode fazer, e nesse mundo cada vez mais do instantâneo não me parece que o interesse de gerações futuras estejam sendo levados em conta em muitas questões.
      Por fim, creio, para o lado financeiro, mostra como o viés deve ser de longo prazo. São gerações, são dezenas de anos, o processo é lento. Assim, talvez pessoas que pensam em resultados financeiros de muito curto prazo possam refletir o que realmente significa acumular riqueza a nível individual e coletivo.

      Entendo. Próximo artigo irei fazer uma provocação sadia então a esse seu raciocínio.

      Abraço!

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  8. Seu texto não é sobre herança e sim sobre meritocracia:

    http://www.viagemlenta.com/2014/09/meritocracia-e-os-5-principais-mitos-utilizados-para-sua-objecao.html#at_pco=smlrebh-1.0&at_si=55ba234876597d74&at_ab=per-2&at_pos=4&at_tot=5

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    1. Não, o assunto "mérito" é trazido de forma complementar.
      Veja, meu pai sempre me disse desde criança que as pessoas tinham a mania de discutir sobre assuntos, mesmo que estivessem falando a mesma coisa.
      O fato de eu atribuir o nome porta para um objeto e você cadeira não muda a qualidade do objeto. Isso apenas revela a necessidade de um acordo semântico prévio.

      Coloquei como herança coletiva todos os bens, instituições e conquistas que recebemos das gerações passadas. Quer chamar isso de outro nome para não se confundir com herança individual? Ótimo, não fará nenhuma diferença.

      Apenas faria diferença se você negasse o próprio fenômeno de recebermos algo de gerações anteriores de forma coletiva. Se você acha que isso não ocorre, precisa ter argumentos, pois não vejo muito sentido nessa posição.

      Eu li o texto do André, alguém que acho muito bacana e sempre foi muito gentil comigo, e concordo com algumas partes, discordo de outras. Entretanto, grato por trazer o texto do colega à baila.

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  9. Resumindo:

    Herança coletiva pode
    Herança individual não pode

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    1. É basicamente o que alguns argumentos contraditórios sustentam.

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    2. Não entendi....

      Os argumntos contraditório sustentam isso.... pq o seu texto fla exatamnte sobr isso

      vc concorda ou não?

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    3. O texto sustenta que somos herdeiros individuais, mas também coletivos. Sempre herdamos algo das gerações anteriores. Portanto, não entendi o seu segundo comentário.

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    4. continuo sem entedr,,,,

      pode ou não herança invidivual?

      a herança coletiva é sempre justa e individual pode ser injusta/

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    5. Olá, Márcio! Quanto tempo colega, tudo bem? Não entendi, era você comentando anteriormente?
      Hum, Márcio, o texto parece claro nesse aspecto, mas como foi você que escreveu, posso escrever um pouco mais.
      O texto em nenhum momento toca no tema justiça. Do próprio texto: "Porém, qual é o mérito do Dinamarquês nisso tudo? E qual é a culpa do Somali nisso? Evidentemente, não ha mérito, nem culpa, o mundo é apenas assim".

      A herança individual existe desde tempos imemoriais, até pouco tempo atrás mulheres não herdavam como homens e os primogênitos tinham muito mais direito. Isso sim poderia ser injusto. A herança individual apenas existe, e o mundo se comporta assim. Num próximo artigo posso falar mais sobre mérito, justiça, ou outros temas relacionados, mas não foi o tópico desse artigo.
      O artigo foi no sentido contrário da sua mensagem, foi chamar atenção de que sempre estamos herdando e as gerações passadas são importantes, e principalmente que possuímos responsabilidades com as gerações futuras (e não apenas os nossos filhos genéticos).

      Abraço márcio!

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    6. Este assunto da herança muito me interessa. Não tenho nada pra receber, pois foi dos que me fez abrir um pouco mais a mente para raciocinar sobre outros temas, como por exemplo, meritocracia.

      Claro, sempre há uma mistura. O mérito deve-se partir de condições iguais. Mas criamos um problema: se vai haver mérito, então, ao final, haverá diferenças. E se queremos que os herdeiros comecem em condições iguais, como fazer com as diferenças?

      Por isso a dúvida. O seu texto deixou a entender a que a "herança coletiva" é "justa" e a "herança individual" PODE ser "injusta". Acho que foi isso que o anônimo quis dizer.

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    7. Entendi. Lembro que num artigo meu, onde eu postei um vídeo de um programa do Globo News com o Mansueto e o Gianetti, e você gostou bastante do conceito de igualdade de oportunidades, já que a igualdade de resultados não deve ser perseguida. Sim, eu concordo com isso, e há exemplos históricos para corroborar que a igualdade de resultados não produz bons resultados e poder ser contrária até mesmo a nossa natureza humana.

      Entretanto, a igualdade de pontos de partida iniciais é apenas uma metáfora. Isso nunca será possível, pois nascemos seres individuais com um código genético único. O que pode ser tentado é minorar diferenças de ponto de partida muito gritantes, para que assim possamos ter um "jogo", uma "competição" mais equilibrada, e a natural desigualdade de resultados possa ser mais fruto do esforço pessoal (o que nunca será 100% apenas do esforço próprio).

      O mundo é assim. O meu artigo não teria lógica se eu de alguma maneira dissesse que a herança coletiva seria justa, e a individual não, pois daí eu cometeria o mesmo erro lógico de quem pensa na hipótese ao contrário. Não quis abordar conceitos de justiça nesse texto, apenas chamar atenção para algo pouco abordado que é a conquista coletiva de uma geração, ou gerações anteriores, e o impacto disso na vida da geração atual.

      abraço

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    8. Sim, tb concordo sobre as questões de partida igual e tudo mais. Mas uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa... rs

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  10. Para contribuir com o artigo eu sugiro esse livro:
    http://www.amazon.com.br/Fora-s%C3%A9rie-Outliers-Descubra-algumas-ebook/dp/B00B0WJIF0/ref=sr_1_1?ie=UTF8&qid=1438345860&sr=8-1&keywords=outliers

    Apesar de discordar em alguns pontos com o autor não posso negar que é um livro bom. "Para Gladwell, mais importante do que entender como são essas pessoas é saber qual é sua cultura, a época em que nasceram, quem são seus amigos, sua família e o local de origem de seus antepassados, pois tudo isso exerce um impacto fundamental no padrão de qualidade das realizações humanas. E ele menciona a história de sua própria família como exemplo disso."

    Resumindo, o sucesso individual de uma pessoa depende de fatores como a origem, o lugar onde nasceu, etc. Sorte segudo o autor é nascer no lugar (país) certo na hora certa (um americano que nasceu por volta de 1910 teve azar que na vida adulta enfrentou a grande depressão e a segunda guerra mundial).

    Pelos fatores citados tanto no livro, tanto por você eu acredito que méritocracia fica só teoria, mas eu tenho dúvidas em relação ao que fazer, pois eu não sei se taxar herança por exemplo é a maneira mais correta de diminuir a desigualdade existente.

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    1. Olá, colega. Grato pelo comentário e por citar o livro do Gladwell. Não li nenhum dele ainda, mas ele tem alguns livros famosos.

      Eu não quis fazer nenhum juízo de valor sobre o que deve ser feito, ou se alguma coisa deve ser feita, como um anônimo equivocadamente escreveu algumas mensagens acima. Foi apenas uma descrição de como o mundo de comporta.

      Também não o sei o que deve ser feito, tenho algumas pistas e nortes, qualquer dia escrevo a respeito. Penso que passa por uma forma mais amorosa e gentil de ver o mundo e os outros.

      Abraço

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  11. Acho que o Foco do Soul foi mais na questão da "mercitocracia".
    Concordo e muito, e digo mais a natureza é assim!!!Ela não zela pelos mais "fracos" somente "premia" os mais fortes. Ex: nascem 3 filhos de leões, se um nascer sem uma pata (como uma pessoa nascer na somália) ela terá desvantagens gigantescas se comparado a os outros que nasceram saudáveis (como os dinamarqueses), ai ao meu ver esta a beleza da natureza, ela não se importa se voce nasceu pobre, sem um membro, com uma doença congênita, voce que se vire. A vida é assim, sempre foi, sempre será mesmo depois de nossa passagem pela terra (que pelo visto acho que não será muito longa, em termos de homens sapiens)

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    1. Olá, colega. Não quis focar muito na meritocracia, mas qualquer dia escreverei sobre o tema.
      O foco foi mais fazer refletir sobre as heranças que recebemos das gerações anteriores e a nossa responsabilidade para com as gerações futuras.

      No mais, grato pelo comentário.

      Abraço!

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  12. obrigado pelo texto. muito boa a reflexão.

    Um pensamento que me veio foi que a herança é uma confirmação de que nada aqui nos pertence, que viemos e iremos, recebemos algo e usaremos e talvez criemos algo que deixaremos como legado, mas, no fundo, tudo é de todos. Nossas limitações nos fazem nos apegar ao que não nos pertence, seja ontem, seja hoje, seja amanhã.

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  13. Achei o seu Blog a pouco tempo e gostei muito.
    Um raciocínio que fiz, a partir do momento em que todos os países fazem dividas para serem pagas, inclusive, pelas gerações futuras, não estariam essas gerações igualmente contribuindo para tudo aquilo que foi edificado anteriormente e que foi legado para essas mesmas gerações, que vão terminar de pagar o que outros fizeram e vão iniciar obras que também serão pagas por outras gerações futuras?
    Nesse caso quem nasceu depois, a meu ver, é tão merecedor quanto os que vieram antes.
    Filipe

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