Olá colegas! Hoje o tema do artigo será bem leve e curto, já que pretendo escrever sobre temas mais densos nas próximas postagens. Aliás, o artigo de hoje será mais sensorial do que racional. Contarei um pouco sobre as minhas experiências na última semana, tendo como clímax a incrível e impressionante Great Barrier Reef. Como já disse algumas vezes, estes artigos sobre viagens são para mostrar as minhas impressões muito particulares sobre os variados lugares em que já estive, servindo também como uma forma de lembrança para mim. Os artigos que escrevi, por exemplo, sobre Venezuela, Vietnã, América Central foram todos escritos de cabeça e muitos detalhes daquelas viagens são apenas espasmos na minha memória. Não quero cometer o mesmo erro, e pretendo escrever mais sobre as experiências enquanto elas estão mais vivas. Tenho literalmente inúmeros artigos para escrever sobre a Nova Zelândia e a sua beleza além das palavras e alguns pendentes sobre Fiji.
A Grande Barreira de Corais é o maior organismo vivo da terra. A reserva da Great Barrier Reef é tão grande que pode ser vista até mesmo do espaço. Ela se estende por 2.300km. Apenas para comparação, a segunda maior barreira de corais é em Belize, local que já tive a oportunidade de visitar (para mais detalhes ver o meu artigo sobre a América Central) e possui menos de 300km de extensão. Há mais de quinhentos tipos de corais, milhares de espécies de peixes, mais de 100 espécies de tubarões e mais de 30 espécies de baleias e golfinhos. O lugar é simplesmente um santuário, um patrimônio de todos nós humanos e deve ser protegido. É uma pena que os corais irão sofrer muito com o aquecimento do nosso planeta. Uma pena não, é uma verdadeira catástrofe que se aproxima de nós, pois os corais são vitais para a manutenção da vida e diversidade em nossos oceanos (todas as três fotos abaixo tiradas da internet).
A grandiosidade da Great Barrier Reef, não há palavras para descrever fielmente lugar tão incrível
Água cristalina
Variedade de corais e vida, como é magnífico o nosso mundo.
A Grande Barreira de Corais, daqui em diante denominada simplesmente GBC, pode ser acessada por diversos lugares na Austrália. Entretanto, o lugar mais conveniente e barato para se conhecer a GBC é na bacana cidade de Cairns. Sendo assim, o nosso vôo de FIJI partia de Nadi para a cidade de Cairns com escala em Brisbane. Aliás, esse voo foi inusitado. Ao chegarmos de manhã cedo no aeroporto fijiano, fui surpreendido com a informação de que não constava passagem para a Sra. Soulsurfer. Perguntei como isso era possível se tínhamos confirmado a reserva pela internet na noite anterior. Depois de muito discutir e argumentar, o gerente da Fiji Airways disse que o cartão de crédito tinha sido recusado na compra da passagem. Perguntei como era possível ter uma reserva ativa numa compra feita há mais de três meses se o cartão tinha sido recusado. Ele disse que isso era problema da Qantas (a principal companhia australiana, o bilhete era dela, mas operado pela Fiji Airways) e não tinha acesso ao sistema deles. Ao desembarcamos em Brisbane, o escritório da Qantas disse que o cartão não tinha sido cobrado, mas não souberam me responder porque a reserva se manteve ativa por quase três meses. Tive que apelar um pouco e dizer que não era possível que o consumidor iria ser penalizado por um erro da companhia, algo que seria impensável no Brasil. Chegamos em pleno feriado australiano, e custaria uma fortuna comprar um bilhete de Brisbane para Cairns. A pressão exercida por mim deu retorno e acabaram me vendendo uma passagem por um preço quase idêntico ao que a Sra. Soulsurfer tinha pago há três meses. Assim, não é apenas a Tam e a Gol que nos surpreendem em questões de aviação.
Antes de prosseguir com a leitura, clique no video a seguir e escute a música. Para mim é uma das músicas mais fabulosas de todos os tempos, sempre quando a ouço depois de ficar algum tempo sem escutar, invariavelmente me emociono. Infelizmente, não se faz mais músicas assim. Aposto que a leitura desse artigo ficará muito mais agradável. A letra também da canção é fabulosa. Para quem não conhece a Edith Piaf, recomendo fortemente escutar as suas diversas músicas belíssimas. Essa é a que eu mais gosto dela.
A cidade de Cairns é muito bacana. Possui uma lagoa artificial, apelidada por mim de "piscinão de ramos" de país rico, e uma esplanada muito bacana de se caminhar, com vários utensílios públicos, como churrasqueiras elétricas. Usamos uma dessas para fazer nossa janta um dia, e foi maneríssimo cozinhar um “churrasco” de frutos do mar ao lado de uma lagoa artificial numa churrasqueira pública gratuita. Com certeza foi uma experiência bem diferente. Além do mais, a cidade é pontilhada de bares e principalmente sorveterias. Hum, tomamos sorvetes deliciosos na nossa estada por lá. Ficamos dois dias pela cidade, e eu não via a hora de pegar a minha “casa” ambulante novamente.
População se divertindo na Lagoa de Cairns, ou também conhecida como "Piscinão de Ramos" de país rico.
O local era muito bacana e ficava na borda do mar. Como Cairns em si não possui praia de areia, resolveram fazer essa lagoa para a população.
Ranguinho feito pela Sra.Soulsufer nas churrasqueiras públicas. Até um guacamole rolou! Delícia!
Começo da noite na lagoa. Se repararem bem irão ver inúmeros pontos negros no céu. Todo final de tarde dezenas de milhares de pássaros sobrevoavam a lagoa num espetáculo muito bacana mesmo. Pareciam morcegos, mas não consegui identificar nas duas oportunidades que vi o fenômeno.
Na Nova Zelândia foram 8.000 quilômetros rodados a bordo de uma campervan de uma empresa chamada spaceships. Dias inesquecíveis. Apenas com um veículo desses foi possível ir ea parques nacionais afastados e dormir em lugares sensacionais. Logo, foi com extrema felicidade que retirei o mesmo spaceships para a nossa viagem pela Austrália. Assim, lá fomos nós para uma outra aventura de provavelmente mais de 10.000 km.
Que saudades do meu spaceships....(passando a noite na floresta de Daintree)
O conforto da nossa casa não tem igual!
Podemos dormir confortavelmente (aliás aqui na Austrália estou dormindo muito bem mesmo, creio que o colchão é melhor e o carro um pouco mais espaçoso), cabe as pranchas, tem geladeira, o que mais poderia querer?
A Austrália é um país extremamente caro. Os serviços então nem se fala. Também com um remuneração mínima que gira em torno de 25 dólares a hora, dá para ter ideia de que não é barato usar serviços mais especializados. Isso mesmo. Quer trabalhar colhendo frutas na Austrália, e como tem estrangeiros bem novos fazendo isso, você pode ganhar 200 dólares por dia para uma carga horária de 8 horas, o que equivale a uns R$500,00 por dia. Não é à toa que tem inúmeros brasileiros na Austrália. Logo, era de se esperar que mergulhar na GBC não seria barato como na Tailândia ou Indonésia, por exemplo. Entretanto, eu não pensava que iria ser tão caro.
A GCB é hoje em dia dividida entre inner reefs e outer reefs (não é uma palavra estranha para quem leu meu artigo sobre o WCT em Fiji). Os primeiros são reefs mais perto da costa e os últimos são mais afastados, levando algumas horas para se chegar até eles. Os reefs mais bonitos são os mais afastados e um simples passeio de snorkel não saia por menos de 200,00 dólares. Como estava achando tudo muito caro, resolvi sair com o carro e conhecer os arredores (a noção de arredores muda um pouco num país tão grande como a Austrália) da região conhecida como Tropical North Queensland.
Rumamos para o norte passando por praias bonitas, sendo algumas delas muito chiques. O que chamava atenção era a presença constante de avisos sobre stingers (águas-vivas, há uma que pode ser mortal) e crocodilos. A coisa é tão séria que há vinagres espalhados pelas praias para ser imediatamente aplicado caso haja contato com alguma stinger A parada final foi a bela , pequena e exclusiva, no termo financeiro, cidade de Port Douglas.
Crocodilos em potencial. Há inúmeros avisos desses espalhados por essa região da Austrália.
E o medo de ir numa trilha no meio do mato para chegar a praia ver a lua cheia refletindo no mar (sim, havia aviso de crocodilos). A lua cheia estava demais...
A lindíssima cidade de Port Douglas. É um dos lugares "chique no último" nessa região da Austrália. Tudo é mais caro lá, como não deveria deixar de ser em um local como esse.
Convidativo para um mergulho não é mesmo? Quero ver eu surfar com stingers, tubarões, crocodilos...Ainda bem que quanto mais para o sul, mais seguro vai ficando.
No outro dia, rumamos para o fim da estrada de asfalto em Cape Tribulation. Mais ao norte é terra aborígene e para viajar por lá apenas com um belo veículo 4x4. No caminho, passamos pelo patrimônio mundial da humanidade a floresta de Daintree. Aliás, o que mais se lê nas brochuras de turismo por aqui é o fato único desse lugar do mundo ter uma floresta World Heritage Site e a mesma encontrar com a GBC que é outro World Heritage Site. Sim, o local é o encontro de dois ambientes naturais fantásticos, o que torna o lugar muito único e especial. Fizemos um passeio para avistar crocodilos, e meus amigos o bicho é enorme. Já tinha visto jacarés no Pantanal, mas o crocodilo de estuário Australiano é enorme, podendo chegar a incríveis 7 metros de comprimento.
É grande o animal viu!
Daintree Forest. Parecia que estava fazendo um passeio em algum rio secundário na região da Amazônia.
Sra.Soulsurfer em alguma praia selvagem na região de Cape Tribulation.
O caminho até Cape Tribulation é lindo, tendo o mar de um lado e uma floresta densa do outro lado. inúmeras praias no caminho e uma fauna extremamente diversificada. Falando em animais únicos, tive o privilégio de avistar um Cassowary selvagem Não sabe o que é um Cassowary? Eu também não sabia até poucos dias atrás. A Nova Zelândia devido à sua particularidade geológica, o fato de ter se separado do supercontinte de Gondwana há 80 milhões de anos, possui uma fauna única no mundo. Entre uma das especificidades encontram-se as inúmeras espécies de pássaros que não voam. O extinto Moa é um exemplo muito conhecido. Havia uma espécie de Moa que podia chegar, se não me engano, a três metros de altura. Vi os ossos de um Moa enorme num museu e fiquei impressionado. Irei contar a história do Moa em mais detalhes num próximo artigo sobre a NZ. Aparentemente, ainda não li muito a respeito, a Austrália também desenvolveu uma fauna muito específica devido à sua história geológica, e um dos exemplos também são pássaros que não voam. O Cassowary é um flightless pássaro gigantesco, pode chegar na altura de um homem, que habita o extremo norte da Austrália e partes da Papua Nova Guiné.
O belíssimo, ameaçado e agressivo Cassowary (foto retirada da internet)
Bom, a Papua Nova Guiné é um país que quero muito mesmo conhecer. É um país selvagem, com quase nenhuma estrada, uma fauna e flora absurdamente intocáveis e com ondas perfeitas e sem ninguém. Não preciso dizer que não consta no roteiro turístico de ninguém, mas um dia quero visitar esse país. O Cassowary é um espécie à beira da extinção. Segundo o guia Lonely Planet da Austrália há menos de 1000 indivíduos no mundo inteiro da espécie. Logo, ver um pássaro desses na natureza é um enorme privilégio.
Pelos meus cálculos, a música da Piaf já deve ter acabado. Então, aperte Play mais uma vez e continue lendo o artigo ao som de uma música irada de um grupo não tão conhecido: The Kinks - "Strangers"
Não é que quando estava voltando para o carro de manhã cedo depois de escovar os dentes, eu avisto um pássaro bem grande e marrom. Tinha lido que os Cassowaries são extremamente agressivos e podem causar um dano considerável em caso de um ataque . Há inúmeras placas dizendo para manter distância, acaso um Cassowary seja avistado. A agressividade aumenta e muito se há cria por perto. Após avistar o pássaro marrom, logo atrás eu vi um pássaro muito maior extremamente colorido. Os dois animais estavam do lado do meu carro. O colorido era um Cassowary adulto, o marrom e menor era o filho. Foi alucinante ficar acompanhando por alguns minutos o pássaro imponente até que ele desaparecesse na densa floresta. Uma experiência incrível.
Ao voltar da escovada de dentes matinal, sou surpreendido com um Cassowary ao lado do meu carro!
Os dois incríveis pássaros
De volta a Cairns, era preciso definir se iria mergulhar ou não na GBC. Numa última tentativa, fui a uma loja (há inúmeras vendendo os passeios). Eu já tinha lido a brochura de quase 10 companhias diferentes e não estava convencido. Perguntei mais uma vez a diferença entre os Tours ao vendedor da loja. Acontece que o cara era mergulhador profissional e me deu uma verdadeira aula sobre a GBC. O melhor é que ele disse que poderia ir para os outer reefs com dois tanques de mergulho por 200 dólares (uma companhia que ainda não tinha lido a brochura), mas que ele fazia por 185 dólares. Fechei na hora e disse que ele era um grande vendedor. Ele apenas respondeu que amava o que fazia e era por isso que vivia há 11 anos em Cairns.
No outro dia de manhã às 7 e meia estavámos eu e a Sra.Soulsurfer a caminho da famosa GBC. Será que seria isso tudo mesmo? Minha mãe tinha dito que não tinha achado tão bonito quando ela teve a oportunidade de visitar a região. Será que eu teria dificuldades de mergulhar? Tenho certificação de mergulhador, mas fazia três anos desde o meu último mergulho nas Filipinas (uma ótima história, num país extraordinário, preciso escrever sobre esse fantástico país). O mergulhador “chefe” do barco era um cara extremamente engraçado. Eu não parava de rir com ele. Um astral que te coloca para cima. Muito, muito mais engraçado que qualquer comediante brasileiro de Stand Up Comedy, que aliás não acho graça nenhuma em 99.9% deles. A viagem de duas horas até os outer reefs foi bem hilariante.
Amigos, a Great Barrier Reef é uma maravilha do nosso mundo. Como minha expectativa não era tão alta, isso apenas fez que eu ficasse extasiado com o que eu vi. Formações de corais das mais variadas formas, cores e tamanhos, algo que nunca tinha visto (e olha que já fiz snorkel e mergulho em países com paisagens aquáticas lindas como México, Costa Rica, Belize Panamá, Filipinas e Tailândia). Inúmeros peixes de vários tamanhos e formas, vi diversos tubarões. O ponto alto foi quando eu estava fazendo snorkel e vi um coral lindo. No meio desse coral havia como um peixe, como uma cobra, de cor rosa e branca, era lindo. Quando me aproximei mais para ver o que realmente era, apenas me dei conta que havia uma boca enorme aberta em minha direção a alguns centímetros. Era uma moréia gigante. Aos poucos fui me afastando e nada aconteceu. Os mergulhos com cilindro foram muito bons e senti aquela sensação única e maravilhosa de estar em outro mundo quando se mergulha , e foi irado. Enfim, a experiência foi sensacional, e me sinto muito grato por ter tido a oportunidade de conhecer um ambiente tão especial e maravilhoso. Mundo Incrível. Incrível Mundo. Acho que vou criar um blog com esse nome, se ainda não existir um, pois é isso que o nosso planeta azul é.
O Snorkel foi espetacular também
Peixes, corais e inúmeros tubarões, é um deleite para os sentidos mergulhar na grande barreira.
Um outro mundo se descortina ao mergulhar de cilindro. É uma sensação única. Fico feliz de ter sentido isso novamente num lugar tão especial como a Grande Barreira de Corais.
Foi mais ou menos assim que a belíssima Moréia rosa e branca estava me olhando a alguns centímetros de distância (foto retirada da internet)
Nos outros dois dias, resolvi conhecer a região de Tablelands. Poderia ir pela costa para o meu próximo destino, mas resolvi acrescentar 350km a mais e ir para o interior e de lá ao meu próximo destino. Não tinha muitas expectativas, mas mais uma vez fui positivamente surpreendido. Numa cidadezinha super charmosa cheia de mercados estilosos chamada Kuranda fomos a uma cachoeira belíssima. A cidade é conhecida como a porta de entrada para a floresta, e todas as construções são integradas com a natureza, o que torna a cidade muito bacana. Qual é a dificuldade de se fazer algo parecido em cidades bonitas no Brasil? Por qual motivo o turismo no nosso país é tão porcamente explorado? Coisas inexplicáveis brasileiras. Em um dos mercados da cidade, comecei a falar Japonês num restaurante japonês, já disse aqui nesse blog que é uma forma de me aproximar de japoneses, e o dono ficou tão surpreendido que não acreditou quando eu disse "Nihon-go Hanasemasen" (eu não falo Japonês). Como gosto do povo japonês e de sua cultura, como são educados e gentis.
Cachoeira na cidade de Kuranda.
Mercados charmosos e completamente integrados com a natureza, resultando num lugar fantástico de se passear.
Esses japoneses..
Algumas horas depois, estávamos numa cidade minúscula, de um passado riquíssimo da época de exploração do ouro na região, com o inusitado nome de Yungaburra. A caminho da cidade fomos a uma árvore sensacional, uma figueira de fazer inveja, aliás achei bem mais bonita, do que a famosa figueira da praça central de Florianópolis. Na cidade, visitei a “Avenue of Honour”, uma avenida criada à beira de um lago para homenagear os soldados australianos mortos e feridos na guerra do Afeganistão. No final da tarde, ao procurar pelo aplicativo Wikicamps um lugar para dormir de graça, acabei encontrando um lugar bonito à beira da estrada. Quando cheguei lá, descobri que o lugar tinha sido o maior hospital a céu aberto do hemisfério sul na segunda guerra mundial. Cem mil soldados chegaram a estar estacionados na região. Só numa viagem como essa que se encontra um lugar bonito gratuito para se dormir e além de tudo o local tem uma significância histórica profunda. Aliás, os brasileiros não sabem o que é guerra e as consequências que isso causa na história de um povo. Pretendo voltar a esse tema, ao tratar de uma experiência bacana que tive na Nova Zelândia há alguns meses na comemoração do ANZAC DAY.
É difícil falar de guerra, sendo que nunca passei por uma. Entretanto, é evidente o quanto um conflito armado pode marcar e mudar a mentalidade de todo um povo. Tenho que confessar que fiquei surpreendido com a extensão da participação da Austrália em conflitos armados, principalmente em relação à segunda guerra mundial.
Homenagem aos soldados australianos feridos e mortos na guerra contra o "terror" no Afeganistão. Coloco entre aspas, pois para mim o assunto é muito mais complexo, como eu tentei retratar no meu artigo "A infâmia, a Mentira e a criação de um Monstro" de meados do ano passado.
Não é sempre que se pode acampar de graça num lugar tão bonito, tendo uma significância histórica grande (eu adoro histórias e ler sobre a segunda guerra) - Rocky Creek War Memorial Park
O local possui muitas placas de muitas origens. Eu gostei da última frase nessa foto ("nós estamos hoje aqui devido a onde nós estivemos ontem"). Aliás, a frase me deu inspiração para escrever sobre Herança e a incoerência de alguns argumentos de pessoas que desprezam a passagem de capital de uma geração para a outra e não percebem a contradição lógica que incorrem ao fazer isso.
Bonita poesia.
Uma árvore centenária que cresceu raízes do topo da árvore, parecendo uma cortina. Daí vem o nome "Curtain fig National Park"
Uma árvore centenária que cresceu raízes do topo da árvore, parecendo uma cortina. Daí vem o nome "Curtain fig National Park"
O dia de ontem foi também maneiro. Visitei uma cratera de um vulcão colapsado alucinante. Passei por uma réplica de uma cidade do século XIX. Fiz um percurso de três cachoeiras lindíssimas, sendo que uma delas nadei até debaixo das quedas numa experiência bem bacana Vi inúmeros lookouts sensacionais e acabei a noite num camperpark de frente para uma praia linda, com banho quente, cozinha e internet gratuita por apenas 10 dólares o casal, show de bola:)
O belíssimo parque Nacional Mount Hypipamee. Trata-se de uma cratera de um vulcão colapsado com uma lagoa esverdeada de mais de 80 metros de profundidade.
A primeira das três cachoeiras era lindíssima e podia se nadar nela, apesar da água gelada. Não é sempre que tem algum lugar livre de crocodilo para se nadar, tem que aproveitar! Milaa Milla Falls - também era o nome da simpática cidade
Foto por trás da queda de água. Foi muito legal mesmo ir nadando até embaixo da cachoeira. Eu achei que a foto ficou muito bacana.
A segunda cachoeira também era muito bonita... (Zillie Falls)
Assim como a terceira...(Elinjaa Falls)
Daqui começo minha odisséia até a cidade de Melbourne, passado pela estonteante ilha da Tasmânia. Tenho certeza que será uma grande aventura. Ainda estou decidindo se vou embarcar numa jornada de 4000 km de Melbourne até Darwin passando milhares de quilômetros pelo Outback (deserto) australiano. Porém, creio que não deixarei passar essa oportunidade única de ir ao centro espiritual desse país que já está ganhando espaço no meu coração.
Antes de terminar esse artigo, gostaria de contar apenas mais uma história. Ao me despedir do Simon (nome do instrutor de mergulho engraçado), não antes de tirar várias fotos dando gargalhadas com ele, disse que era impressionante como ele conseguia, mesmo trabalhando há 25 anos com isso, manter uma energia tão positiva. Ele apenas me disse, como o mergulhador que me vendeu o passeio, “Eu apenas amo o que eu faço, amigo”. Sim, o amor é a chave meus amigos. Pode ser um cliché, pode ser palavra batida, mas quantas pessoas realmente param e pensam nisso? Quantas vezes pensamos sobre o amor na nossa vida? Não o amor sexual que é sempre martelado nas nossas cabeças, mas sim o amor de ter emoção e carinho por aquilo que se faz, ou pelas pessoas próximas ou não. Quantas horas e dias você já passou pensando sobre renda fixa, renda variável, FII, etc nos últimos tempos, e quantas você passou pensando em amor e em formas de amar mais e fazer as coisas com mais amor? Pensando nisso, coloquei a belíssima música da Edith Piath “Hino ao amor”. O amor não está em nenhum lugar na nossa sociedade apressada de hoje em dia, e tenho certeza que esse é um dos motivos de tanta frustração, mesmo que a humanidade esteja atingindo níveis cada vez maiores de renda e conforto material. Aliás, para mim o maior “hedge” financeiro é uma vida frugal e possuir um trabalho que se faça com amor. Já viu isso em algum livro de finanças? Pois é. Entretanto, é essa conclusão que vou chegando com minhas experiências, leituras e reflexões.
"Se você gostou do Tour o meu nome é Simon e não esqueça de curtir a página da Cairns Dive Center no facebook. Se você não gostou, o meu nome Paul e eu trabalho para a Malaga Dive" falando de uma maneira incrivelmente engraçada foi assim que o Simon (de preto) terminou o meu inesquecível tour pela Grande Barreira de Corais. Foi uma das pessoas mais engraçadas e com mais alto astral que já conheci. Faz a mesma coisa há quase 30 anos. O segredo segundo as próprias palavras do mesmo: "Eu amo o que faço, amigo". Não consigo encontrar melhor conselho para quem quer que seja. Ame mais as pessoas ao seu redor e as coisas que você faz
Eu estava quase publicando o artigo hoje de manhã, quando resolvi ver o Sunrise na praia onde estou ficando. Acordei bem cedo, e como a Sra. Soulsurfer ainda estava dormindo, resolvi terminar o artigo. Não é que fui presenteado com esse magnífico nascer do sol?
Esplêndido!
De tão bonito, coloquei duas fotos. Beleza nunca é demais:)
É isso meus amigos, acabou não ficando tão curto assim o artigo (na verdade ficou bem grande, é a empolgação e mostra como estou feliz:)), mas espero que tenham gostado das fotos e das histórias. Um grande abraço a todos!
Caro Soul, quantos milhares de dólares são necessários para empreender uma viagem como a sua? Qual a média de gasto diário?
ResponderExcluirAbraços. Sua jornada é simplesmente fantástica.
Olá, colega. Vai depender de tanta coisa. De onde você quer viajar, como quer viajar (tem disposição para dormir numa campervan, fazer a própria comida, etc), por quanto tempo quer viajar. Assim, fica difícil responder. O meu amigo Nick, o americano que conheci e reencontrei diversas vezes, tinha gastado em seis meses de viagens 5 mil dólares. Ele foi ninja, admito, mas apenas corrobora o que eu disse.
ExcluirUm dia vou escrever sobre os gastos da viagem, fico contente que está saindo bem abaixo do planejado, na Austrália mesmo creio que vou gastar metade do que planejei.
Abraço.
Rapaz, que fotos, fantástico. Vc é o melhor dos investidores, pois investiu no seu lazer e bem estar. Postagem show de bola.
ResponderExcluirPergunta cara de pau, "tá" com saudade da repartição???rssss
Abs,
Carioca
P.S. E os aéreos? Vai treinar algum ??
Valeu, colega.
ExcluirQuem sabe se o meu surf for melhorando na viagem, não tento algum. Com certeza não tentarei na Indonésia e em lugares com fundo de coral.
Abraço
Vc me inspira, acho que inspira outros a fazerem o mesmo. Vou curtir umas praias quando tiver 500k, nada de esperar o primeiro milhão.
ResponderExcluirEssas fotos são mais que fantásticas.
Beleza, valeu pelo comentário sobre as fotos, ficaram bacanas mesmo.
ExcluirAbs
Sábios conselhos o do Simon realmente fazer algo por 30 anos repetitivos e ainda com ânimo só amando mesmo. A felicidade não está em dinheiro, bens, status mas sim nisso aí amar o que faz.
ResponderExcluirBelo post a propósito.
Olá, Viver de Dividendos!
ExcluirSim, a energia do Simon foi impressionante mesmo. Talvez seja difícil, mas com certeza podemos nos esforçar em encontrar algo que gostamos muito para fazer. Quando se tem isso, as relações ficam muito mais leves, a energia é contagiante.
Grato!
Abraço!
Nos zoológicos de São Paulo e itatiba você encontra exemplares desta ave.
ResponderExcluirAqui o nome foi aportuguesado para casuar
É mesmo? Não sabia, olha que interessante!
ExcluirPesquisei aqui na internet e realmente nós aportuguesamos para Casuar, interessante mesmo.
Grato pela informação!
soul,
ResponderExcluirdesculpa a parte pelo assunto fora do post, mas como você recomenda um estudo de FII's?
abraços
Sem problemas. Os artigos sobre viagem não interessam muito, até porque o público principal se interessa mais sobre finanças ou temas mais políticos. Por isso, penso em fazer um blog específico.
ExcluirSobre a sua pergunta:
a) Leia neste blog mesmo os diversos artigos sobre FII para entender um pouco esta classe de ativo
b) vá em outros espaços da internet como o blog do tetzner
c) leia os prospectos de cada fundo
No Brasil, temos poucos livros sobre FII (consigo lembrar o do Andre, do próprio Tetzner), quem sabe mais para o futuro não tenhamos mais material.
Abs
Que isso... me interesso bastante por viagens, política e economia em geral. Na verdade sou economista e mochileiro. :) Pretendo fazer Peru ano que vem...
Excluiro blog do Tetzner é pago, né?
abração e parabéns
Cara seus posts são sensacionais!! Fazem refletir sobre meu próprio modo de vida, apesar de já ter princípios semelhantes aos seus (não tenho um modo de vida tão frugal)...
ResponderExcluirContinue nos brindando com sua visão de vida!
Valeu, amigo! Grande abraço!
Excluir