quinta-feira, 6 de setembro de 2018

O HORRIVEL E INACEITÁVEL ATAQUE A BOLSONARO


      Olá, prezados leitores. Que notícia. O pior de tudo, nessa era onde tudo é gravado, é ver imagens tão explícitas do ataque ao ser humano Jair Bolsonaro. Eu tenho pavor de ver vídeos de morte, acidentes, realmente não gosto de assistir, pois não é algo que me faz bem. Porém, mesmo sem querer, acabei vendo a imagem.

Jair Bolsonaro é tão humano como você ou eu, prezado leitor. Ele, nesse sentido, não é mais, nem menos importante. Entretanto, nós enquanto humanos nos dividimos em sociedades onde graus de hierarquia e prestígio possuem grande relevância. Além do mais, certas pessoas em certos momentos possuem uma simbologia associada a elas. Os símbolos, sejam culturais, estéticos, históricos, etc, possuem uma importância ímpar em definir os contornos de como vivemos e em última instância de quem nós somos. 

   Lembro-me de na quinta ou sexta série ficar impressionado com a informação passada por um professor que quando a Bastilha foi tomada, havia apenas dois guardas a protegendo (nunca fui atrás para saber se essa informação era verdadeira ou não). A queda foi importante, pois a Bastilha era um símbolo essencial do antigo regime francês, não porque houve uma batalha acirrada para a sua tomada.

Logo, um candidato que está liderando as pesquisas para uma eleição presidencial tão importante num país tão populoso como o Brasil possui um relevo muito singular. Pesa ainda mais toda a simbologia que este mesmo candidato carrega e representa. Portanto, um ataque que quase ceifou a vida do Bolsonaro é um fato de extrema gravidade e importância para o país.

Muitas análises serão feitas sobre os desdobramentos disso tudo, mas não quero que esse seja o foco desse breve texto. Digo apenas que o que era confuso, ficou ainda mais. O país que poderia caminhar para uma governabilidade extremamente frágil ou a uma instabilidade profunda parece ter dado mais um passo a esse cenário.

Porém, para além disso, há a dimensão humana. Um opositor ideológico não é e não pode ser visto como um inimigo. Pelo contrário, nada impede que um antagonista seja um amigo, e em alguns casos um bom amigo. O antagonismo intelectual não é , ou não deveria ser, uma batalha do bem contra o mal, ou de inimigos irascíveis.

Por que não? Primeiramente, como dito dezenas de vezes nesse espaço, pois ao se ter uma postura como essa se perde oportunidades de crescimento, e por via de consequência, de oxigenação das próprias ideias. Em segundo lugar, porque se perde a oportunidade de ver qualidades em opositores, uma delas pode ser a qualidade de ser um amigo. E se há algo que torna a nossa vida mais alegre, feliz e prazeirosa é ter bons amigos. Por fim, e talvez o mais importante, a raiva e o ódio são um veneno fisiológico para o seu corpo, bem como para a sua sanidade mental.

Uma das minhas qualidades é que eu não guardo rancor. Meus períodos de “raiva” são muito curtos, não duram 30 segundos. Logo passa. Mesmo pessoas que por ventura possam ter me prejudicado, ao menos na minha visão, nem assim eu sinto raiva, e muito menos ódio, já que eu fui criado, e minha mãe insistia muito e muito nisso, para não falar que odiava nada e ninguém. Sim, minha mãe não permitia que eu falasse “eu odeio ….”, ela sempre me dizia se é um sentimento muito forte trocar por “eu não gosto de….”. Como minha mãe foi sábia nesse aspecto da minha criação. Eu tenho dificuldade, pela minha criação e como esse conceito foi internalizado em mim, em entender como as pessoas falam eu odeio com tanta facilidade. Eu nunca disse essa frase nos últimos 28 anos, nem uma única vez.

Certo e daí?” alguém pode pensar.  Isso, entre outras coisas, talvez me ajudou a crescer e amadurecer com o passar da idade para não sentir raiva de ninguém.  Se uma vida com raiva já é algo terrível, imagine uma vida com ódio? O ódio consome a pessoa de uma maneira impressionante. É um veneno para a própria pessoa e para os outros, pois alguém com ódio é capaz dos atos mais horrendos.
Logo, alimentar raiva, ou em casos mais extremos (que infelizmente não parecem ser tão poucos assim) ódio por adversários políticos, ideológicos ou profissionais é algo extremamente danoso. O ódio sempre vai levar para lugares sombrios. Portanto, por mais difícil que possa parecer, a corrente de raiva e ódio precisa ser atenuada, parada ela nunca será pois afinal somos humanos, mas é possível sim que ela seja diminuída. Sinceramente, é o que espero que ocorra com o Brasil, apesar de infelizmente achar que podemos caminhar a passos largos para um aumento do ódio e de discursos raivosos.

Não há justificativa, nenhuma, para o ataque ao candidato Jair Bolsonaro. Antes de mais nada ele é um ser humano, apesar de representar simbolicamente algo muito maior do que eu ou você, como qualquer leitor desse blog. Com certeza sentiu dor com a perfuração, medo pela sua mortalidade, e os seus familiares devem estar profundamente abalados e tristes. Passei por algo semelhante há alguns meses com minha mãe, inclusive com um problema semelhante de perfuração do intestino, possibilidade de sepse (infecção generalizada), 20 dias de UTI, bolsa de colostomia, etc. Ao ver o médico falando do estado dele, pareceu muito o estado da minha mãe há alguns meses.

Além do ser humano, há o símbolo dele como candidato. Quer se goste ou não, ele representa uma parcela expressiva da população, que via nele a figura de alguém importante, tão importante que ele seria até mesmo um “Mito”, e uma espécie de guia para a melhora de tantos problemas crônicos do país. Eu há muito tempo, e mais recentemente com mais força, sempre o achei um perigo para o país, e uma presidência dele um profundo retrocesso para o Brasil. Continuo achando isso. Porém, num Estado Democrático, antagonistas são enfrentados nas urnas, nos debates públicos e na troca racional de ideias. É isso que nos protege da violência aguda e atroz.

Estados com leis, onde alguém como a candidata do PSTU possa falar as barbaridades dela, onde o Bolsonaro pode, claro que dentro dos limites da lei pois ao meu ver a liberdade de expressão não é uma franquia para a agressão desmedida e a propagação de mentiras, simplificar o mundo como bem entender. É onde apoiadores desse ou daquele candidato, dessa ou daquela ideia podem debater o que é melhor ou pior. 

   Quando esses canais são fechados, seja pela intolerância, seja pela exacerbação da violência, os conflitos ficam latentes na sociedade e deixam de ter canais de resolução que não seja a violência. Quando um agrupamento humano chega nessa situação, geralmente já está em queda livre no abismo.

Em momentos como esse, a moderação não costuma ser a vencedora, muito menos em países ainda frágeis institucionalmente como o nosso Brasil. Porém, não custa torcer para que o bom senso possa prevalecer. Eu, como humano, torço pela recuperação do Sr. Bolsonaro. Quanto mais rápido melhor, para que ele possa cumprir o seu papel nessa eleição. Como Brasileiro, torço para que o Brasil não atinja um limiar onde possa ser difícil o retorno, ao menos no curto-médio prazo.  
Por fim, um leitor me perguntou se essa tentativa de assassinato seria fruto da retórica mais agressiva de Bolsonaro, ou se seria fruto de uma “esquerda” decadente que está perdendo o lugar na história brasileira.  

   Como dito no texto, eu não consigo sentir raiva de ninguém. Logo, a ideia de esfaquear alguém é tão obtusa para mim, que eu não consigo me colocar no lugar da pessoa. Com isso quero dizer que nada, nem mesmo eventuais arroubos mais agressivos do Bolsonaro, pode justificar uma tentativa de assassinato. Eu acredito que ódio gera mais ódio. Violência, por mais que seja uma chavão repetido ad nauseaum, costuma gerar mais violência.  Porém, assim como acho repugnante, dizer que uma mulher deu motivos de ser estuprada pois estava vestida de tal ou qual maneira,  não creio ser algo útil e válido colocar qualquer responsabilidade por uma tentativa de assassinato na vítima.

Por outro lado, é impossível impedir ataques. Não é possível bloquear todas as tentativas de alguém tentar jogar um carro contra uma multidão de pedestres numa calçada de alguma cidade européia, por exemplo. Pessoas confusas, com ódio, manipuladas, existem aos borbotões, e não é possível evitar que algumas delas façam algum ato horrendo. 

  É inegável, contudo, que teorias conspiratórias como “globalistas comandados por Soros para a implantação de um regime comunista no mundo” ou “nazistas associados com maçons” (como parece ser o caso do agressor do Bolsonaro) que simplesmente ignoram a realidade, os fatos e as nuances do mundo, parecem ter um efeito muito grande na criação de malucos prontos a fazer besteira. Não há dúvidas que baldes de água racional nessas ideias confusas poderiam atenuar essa proliferação de lixo ideológico, mas mesmo assim é impossível parar por completo a proliferação dessas ideias sem pé nem cabeça.

Uma vida de menos raiva, ódio e violência para todos nós.

30 comentários:

  1. Olá Soul,

    Lamentável mesmo. Muito legal essa questão da sua mãe. Certamente á algo que quero que meus futuros filhos aprendam. Não sentir ódio.

    E esse trecho aqui "O antagonismo intelectual não é , ou não deveria ser, uma batalha do bem contra o mal, ou de inimigos irascíveis." me fez lembrar de um livro. Não lembro o nome dele, mas ele fala para convivermos com pessoas "piores" que nós, convivermos com pessoas difíceis.

    No livro ele cita que podemos crescer muito com uma relação dessas.

    Abraço!

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    1. Olá, I.Inglês, se você conseguir passar isso, será uma das grandes lições morais que poderá ensinar aos seus filhos.
      Sentir uma raiva momentânea, tristeza, ficar "puto" da vida quando alguém pisa na bola, é natural e humano. A tarefa de um pai, agora que vou ser um, é mostrar para as crianças que esses sentimentos não precisam ser patológicos ou degenerar em ódio a algo ou alguém.

      Cara, bingo. Veja sites de finanças pessoais e o mantra repetido sem pensamento crítico é "conviva com as melhores pessoas", "você é a média das cinco pessoas que convive".
      Eu apenas digo "conviva com as pessoas". Das fontes mais inesperadas podem surgir as melhores ideias, inspirações, etc.
      Isso a toda evidência não quer dizer que devemos procurar conviver com pessoas que nos fazem bem, ou que nos desafiem intelectualmente por ser mais preparadas, por exemplo, mas a vida é muito mais do que isso. Essa "goumertização da vida" e de costumes mostra como muitas pessoas não estão no caminho para uma compreensão mais profunda da realidade.
      Uma vez, há vários e vários anos, vi uma entrevista de um Padre na Rede Viva, e ele disse algo maravilhoso que ficou comigo e me serviu como "pedra reflexiva". Ele disse: "eu quero trabalhar com crianças problemáticas, envolvidas em violência, drogas, etc" (ele trabalhava num centro de atendimento de crianças carentes), pois ele continua "são essas crianças que todos rejeitam, mas são essas crianças que mais precisam amor".
      Cara, que coisa linda, sábia e profunda. Uma criança comportada, sorridente, sem problemas de saúde ou psicológico, todos querem, e como ficam as crianças problemáticas que mais precisam de ajuda? Que bom que no mundo existem pessoas como esse Padre que reconhecem isso, e se esforçam nessa direção.

      Um abs

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  2. O Brasil vai digerir nos próximos dias as consequências desse atentado: culturais, sociais, eleitorais, políticas, econômicas, e assim por diante.

    O país está hoje em frangalhos, não devemos admitir esse tipo de violência, seja contra quem for. Também fiz uma reflexão sobre o tema:

    http://antipoda.com.br/atentado-bolsonaro-dolar-cair/

    Grande abraço!

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    1. Olá, Maurício.
      "O país está hoje em frangalhos", veja, eu acho que não estamos em frangalhos. Um dos artigos com mais visualização que escrevi foi em 2014 quando disse que o Brasil não era tão ruim, e contextualizava o país em relação a uma pletora de outras nações.
      Em frangalhos está a Síria, ou a Somália, ou o Yemen, ou a região oste de Myanmar. Esse é o problema.
      Uma empresa fecha as portas, um país não. Sempre pode piorar muito, mais muito mais, por isso que temos que ter cuidados com arroubos emocionais, ou com desejos de ruptura com "tudo que está aí".
      Um abraço e grato pelo comentário.

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    2. Meu caro, não disse que o Brasil é um lugar ruim ou que estamos como a Síria. A recessão que houve nos últimos anos foi a maior de toda a história do país, são 13 milhões de desempregados, pessoas que não conseguiram emprego até agora, apesar da opinião de muita gente que diz que não estamos mais no "vermelho". O déficit primário poderá ser maior do que 100 bilhões de reais em 2018.

      Mas pior do que a crise econômica é a crise moral, política e social que atravessamos. É exatamente nesse sentido que disse que o país está "em frangalhos", ou seja, em pedaços, despedaçado, e esse atentado representa muito bem esse problema.

      Seja quem for eleito, herdará sem dúvida um país dividido e em uma crise múltipla. Geralmente os presidentes são eleitos em um grande clima de "lua de mel", que é o momento propício para fazer os movimentos mais bruscos no governo. Isso dificilmente acontecerá em 2019.

      Grande abraço!

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    3. Olá, Maurício. Claro, eu concordo contigo sobre os diversos problemas brasileiros. Porém, eu tenho minhas dúvidas se esta "crise moral" já não existia ou existiu em diversos momentos da nossa história, por exemplo.
      Sobre o frangalhos, sim, podemos interpretar que o Brasil estaria assim, apenas ressaltei que em minha opinião um país estar aos pedaços, desintegrando, é algo muito mais sério do que a situação atual.
      Eu concordo contigo que o novo presidente já chega pressionado, e nesse aspecto eu concordo com o Ciro Gomes, quando diz que o próximo presidente se desmoralizará muito rápido se não for capaz de levar adiante algumas reformas e planos para o país.

      Um abraço amigo.

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    4. Perfeito, a moralidade e a imoralidade sempre permearam a política, e não só no Brasil. Mas veja que se construiu uma coesão eleitoral nacional no Brasil na história recente, por 20 anos. A exemplo do que existe nos Estados Unidos há mais de um século.

      FHC derrotou Lula duas vezes ainda no primeiro turno, e a própria apoteose da vitória de Lula em 2002 diante do PSDB, e por último, a vitória de Dilma contra Aécio.

      A antiga polarização das eleições presidenciais está ruindo, pelo menos é o que os números mostram. PT e PSDB estão empatados tecnicamente em quarto lugar. Isso é uma reação de grande parte dos próprios eleitores. Porém o fim da polarização está sendo dramático, e em clima de grande intolerância, rotulação e violência. Antes do atentado a Bolsonaro, aconteceram outros conflitos, que não cessarão até que se assente um novo paradigma.

      Bom final de semana!

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    5. Sim, Maurício. Isso que você apontou é extremamente preocupante.
      Bolsonaro num debate falou para o Meireles que ele era um dos responsáveis pela crise que nos encontrávamos (ele estava se referindo ao período de Meireles com Lula). Ou seja, o Meireles e o Lula é o que de bom o Brasil produziu na política, um espectro (Lula) convidar um adversário reconhecidamente competente (Meireles) para cuidar de algo tão importante. E esse período é reconhecido como um bom período da história econômica brasileira. Se isso foi ruim, conforme esse tipo de discurso, então não há nada de valor nos seus opositores, e apenas você e o seu grupo possuem a solução econômica, moral, política, etc. Isso além de ser uma tolice, é extremamente perigoso. Um conhecido disse que eu "viajava ao achar que FHC e Lula fizeram algum bem ao país".
      Ou seja, o desencantamento com o sistema político, com a corrupção, fez surgir o fenômeno Bolsonaro e sua política de "bola de guindaste", tudo feito nos últimos 20 anos é péssimo, e o Brasil chegou nessa situação por causa dos mal feitos das últimas duas décadas.
      Só que daí você vê como estava o país, as instituições, no fim do regime militar e como estão agora, e esse discurso simplesmente colapsa ou perde muito a força.
      Você, em minha opinião, foi preciso ao apontar que há uma certa "coesão" entre democratas e republicanos há muito tempo, e isso é o motivo principal dos EUA possuírem instituições fortes, uma economia potente e um país tão destacado. Ora, é a continuidade das instituições e a aceitação que há algo de bom que vale ser preservado e isso ser compartilhado, ao menos como essência, por todos os espectros políticos em disputa.
      Esse é um dos motivos do TRUMP ser um governo tão deletério para os EUA, pois ele também possui uma espécie de política "bola de guindaste" e está sim colocando em cheque vários atributos que são centrais e compartilhados mesmo por democratas e republicanos. Isso é o tipo de mal insidioso nas instituições, na confiança das pessoas, muito mais difícil de ser desfeito, é muito pior do que uma política econômica ou fiscal que se mostre equivocada, por exemplo.

      Um abs

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    6. Incluí o seu blog na lista do meu blog, depois me inclua também no seu, por favor.

      Valeu!

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  3. Fala Soul, mais uma tragédia contra uma presidenciável, lamentável.

    Politicamente o cenário está mais imprevisível ainda, não se tem certeza nem sobre o estado clínico do Bolsonaro nem como fica os 'votos' dele nessa bagunça. Como acha que vai ficar o discurso dele depois desse problema?

    Abraços!

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    1. Fala, Marco.
      Sim, lamentável ao extremo, e torna nosso processo político ainda mais difícil.
      "Como acha que vai ficar o discurso dele depois desse problema?"
      Não faço a mínima ideia.
      -Do ponto de vista político-partidário, ele deveria tentar vender a ideia de que ele foi atacado por aqueles que não querem a mudança que ele propõe.
      - De um lado mais introspectivo dele, uma experiência de quase-morte como essa deveria fazê-lo refletir sobre a sua brevidade nessa vida, a sua mortalidade, e como ele encara tudo isso. Difícil fazer isso, ainda mais perto de uma eleição presidencial, e com tanta gente no seu entorno com estímulos externos em outras direções.

      Também acho que é muito imprevisível.
      O que vai acontecer somente o passar das duas próximas semanas irá mostrar.

      Um abs

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  4. Lamentável o ocorrido, e sim o atentado é fruto da “democracia” que a esquerda cultiva. Nem votaria no Bolsonaro no primeiro turno, mas agora votarei para unir forças e evitar que a esquerda desesperada vença.

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    1. Guardião, o que temos que unir forças é para combater a marcha da insensatez em curso no país.
      O próprio Vice do Bolsonaro (General Mourão) comparou o ataque ao Bolsonaro com o assassinato da Mariele (https://gauchazh.clicrbs.com.br/politica/eleicoes/noticia/2018/09/mourao-compara-ataque-a-bolsonaro-ao-caso-marielle-e-afirma-vamos-sair-maiores-cjlrbfr5301e801mnhi0cwltw.html). Não me parece que foi a "democracia" (entre aspas e seja lá o que você quis dizer com isso) que a esquerda cultiva que assassinou a vereadora.
      No caso da vereadora, é ainda pior, pois parece haver claros indícios de que foi um assassinato encomendado, o que não parece ser o caso do ataque ao candidato Bolsonaro, ao menos pelo perfil das redes sociais do atacante, que inclusive disse "agir em nome de Deus" (eu tenho verdadeiro calafrio quando ouço homem de bem, Deus e Política na mesma frase, pois daí só sai maluquice).
      Unamos enquanto sociedade.
      Abs

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  5. Não quero entrar no mérito se é adequado ou não votar no Bolsonaro.

    O meu foco aqui agora é naqueles que, em função do atentado, MUDARÃO o seu voto ou, se antes estavam indecisos, a comoção quanto ao atentado os faz DECIDIREM o voto pelo Bolsonaro.

    Como somos reféns das emoções e da nossa sensibilidade! Em tese ou racionalmente falando, o atentado não deveria mudar em nada o voto das pessoas. Um voto deveria ser algo eminentemente técnico e racional numa análise do que é melhor para o país.

    Em paralelo a este voto de comoção, te pergunto, Soul: o quanto das decisões das nossas vidas são influenciadas (ou até mesmo sequestradas) por emoções e pela nossa sensibilidade?

    E até que ponto isto pode ser considerado algo ruim ou bom? Nossas emoções ou intuições podem nos conduzir a decisões muito estúpidas. Por um outro lado, se nos filiarmos apenas à razão, não teremos motivação nem pra sair da cama de manhã (risos). A razão é algo neutro, não motiva nada, não cria nada, não dá felicidade a ninguém, embora possa criar ótimas condições para tal. A razão prepara o terreno para a felicidade, mas nunca será semente de nada.

    Assim caminhamos para o clássico "caminho do meio". Moderação, sempre!

    Abraços, Renato C

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    1. Olá, Renato.
      a) Sim, você está correto. Porém, a escolha de um presidente numa eleição como essa tem muitos tons emocionais, e a tentativa de assassinato do Bolsonaro apenas coloca mais dramaticidade em tudo. Porém, realmente não vejo muito sentido em alguém mudar o voto, principalmente se o atentado tiver sido realmente feito por um desequilibrado.
      b) Recomendo, meu caro Renato C., você ler Yuval Harari. Não só somos movidos a emoções, que nada mais são do que o resultado de processos bioquímicos, mas como talvez em pouco tempo com a junção de Inteligência Artificial, bioengenharia e análise cada vez mais potente de dados, algoritmos irão entender os humanos muito melhor do que os próprios humanos a si próprio. É assustador pensar no que nos aguarda enquanto espécie para daqui 15-20 anos.

      c) Isso não é bom, nem ruim, é apenas como nós somos. Nós somos corpos biológicos fruto de uma evolução de centenas de milhões de anos, e de centenas de milhares de anos se pensarmos apenas na nossa espécie Homo Sapiens. Agora, para evitar acidentes de automóveis, pode ter certeza que a racionalidade que um algoritmo de IA é muito superior à capacidade humana de decisão baseada em emoções em média. Esse é apenas um de incontáveis exemplos, onde a racionalidade total por meio de IA será superior à capacidade humana influenciada em emoções.
      Agora, nós enquanto entidades biológicas precisamos das nossas emoções para navegar pela realidade, para vivermos com mais prazer a vida, para amarmos mais intensamente, etc, etc. Logo, as emoções são essenciais para o nosso bem-estar e desenvolvimento.

      Um abs!

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    2. Renato, se o ataque fosse faltando uma ou duas semanas para as eleições, acredito que ele ganharia no primeiro turno.

      Como há uma certa antecedência, acho que será igual quando o campos morreu. A Marina disparou num primeiro momento e, em seguida, estabilizou e voltou bem.

      Suspeito que o comportamento será semelhante.

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  6. Foi um ataque contra a nossa frágil democracia. A gente quer ver um Brasil próspero e acontece isso. O cara é um idoso. Eu estou muito consternado e com muita pena dele. Apesar de votar em Joao Amoedo, muita gente do partido NOVO agora está mudando o voto para Bolsonaro depois dessa facada, quem sabe o primeiro turno foi definido depois disso. Ninguém merece ser esfaqueado dessa forma covarde, nada justifica. Querem transformar o nosso país numa zona e é dever de todo mundo impedir isso. Pessoas imbecis devem ser apenas ridicularizadas e nunca agredidas. Abraço e minha solidariedade para a família Bolsonaro.

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    1. Olá, Frugal.
      É verdade, meu amigo, um ataque a faca é muito impactante.
      Eu não creio que migração de votos de Amoedo para Bolsonaro faça qualquer diferença, pois esses já eram votos de Bolsonaro no segundo turno. O que pode vir a fazer diferença é a rejeição de Bolsonaro (que estava explodindo) diminua, transformando-o num candidato competitivo para o segundo turno.
      Uma vitória de Bolsonaro no primeiro turno embora possível, é extremamente improvável. Temos que aguardar, não é possível no atual momento dizer muita coisa. Antes do ataque era certo que o Bolsonaro tinha chances muito pequenas de vencer no segundo turno, depois do incidente, é preciso esperar até para poder ver a pronta recuperação do mesmo.
      "Querem transformar o nosso país numa zona e é dever de todo mundo impedir isso", eu costumo ter certo receio com frases desse tipo, especificamente "quem' quer fazer isso, nosso país sempre foi violento, sempre resolvemos questões na violência, tendemos a nos portar de forma violenta em relação a adversários, sendo assim seria interessante refletir quem é esse "quem" em sua frase.
      Um abraço frugal!

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    2. Oi, Soul!

      Gostaria de discordar. Sou apoiador (doador, mas não filiado) do NOVO e de forma alguma votarei em alguém tão desqualificado e com um histórico parlamentar tão fraco (e incoerente com o discurso atual) como o Bolsonaro, até mesmo no segundo turno.

      Baseado em posts de outros simpatizantes do NOVO que vejo por aí, creio que há muitos na mesma situação. Se cogitasse votar em alguém como o Bolsonaro, não faria sentido exaltar os princípios diferenciados do partido NOVO, correto?

      Bom texto!

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  7. Boa reflexão, Soul. Como sempre!

    Eu entendo a cabeça de pessoas que fazem isso. O discurso de odio atrai toda sorte de pessoas: doido, gente diretamente atingida pelo discurso etc. Quando se é atacado de certa forma, dependendo, a pessoa pode revidar.

    Obs.: Quando digo que entendo o que leva a pessoa a fazer isso, não significa que acho correto. Nesse caso, é óbvio que está totalmente errado. Só significa que entendo mesmo. É como o famoso jeitinho. Entendo ele acontecendo, mas não concordo.

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    1. Olá, colega.
      Sua observação é interessante, no sentido que para boa parte das pessoas entender algo é como aprovar este mesmo algo, o que não faz nenhum sentido.
      Se eu entendo por qual motivo alguém cometeu um ato de violência, isso obviamente não quer dizer que concorde ou justifique esse ato.
      Na verdade, a postura mais inteligente é sempre procurar entender o porque de algo ter acontecido. Apenas assim podemos tentar achar soluções eficientes, no caso de acontecimentos ruins, para evitar ou amenizar certos atos.
      Infelizmente, observações como a sua são necessárias, o que é uma pena, pois mostra o nível de discussão geral da nação.
      Um abs

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  8. Você sabia que o vice da Fada da Floresta quer acabar com as churrascarias?
    Esse é o nível das pessoas que estão em volta dela.
    Vivem num mundo encantado, tanto a Fada como o vice.

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    1. ?
      A fada da floresta seria a Marina?
      E o vice Eduardo Jorge quer acabar com as churrascarias?
      Como é muito fácil pesquisar na internet, imagino que você deva estar se referindo a isso aqui: https://www.vista-se.com.br/vice-de-marina-eduardo-jorge-defende-a-abolicao-da-escravidao-animal-em-debate-em-video-da-veja/

      Como deve ser provavelmente isso, você além de distorcer um tema que é extremamente complexo, ainda faltou com a verdade, o que é normal, infelizmente, em temas como esse.

      a) O Vice da Marina possui uma postura ética e filosófica de que não precisamos mais submeter animais a sofrimento para nos alimentar. Há tantas questões, que a sua simplificação, como geralmente acontece nesses casos, é a forma que boa parte das pessoas encaram esse assunto.
      a.1) Há o aspecto nutricional. Eu venho lendo muito a respeito desse assunto, e há inúmeros estudos demonstrando que uma dieta reduzida em carnes, especialmente vermelhas, ou a eliminação de carnes, estaria associada a inúmeros ganhos de saúde. Esses estudos são observacionais, há inúmeros fatores de confusão, e não há estudos clínicos ramdomizados, logo não há evidências fortes suficientes para se adotar uma dieta vegetariana ou no extremo vegana para fins de saúde.
      a.2) Porém, atenção, mesmo defensores de uma dieta baseada em carnes, são unânimes em dizer que deve se comer carnes de animais grass fed (ou seja alimentados com capins) e de preferência livres. No Brasil, ao contrário dos EUA, os bovinos não são criados confinados. Animais confinados além sofrem(sim, eles sofrem), o que com certeza altera a sua fisiologia. Animais confinados adoecem mais, logo precisam de mais medicamento. Portanto, a carne bovina no Brasil teria uma qualidade muito maior do que a Americana. Já as carnes de frango eu não saberia dizer, pois as criações quase todas são de confinamento.
      Portanto, uma dieta vegetariana pode vir a ser saudável e até mesmo superior a uma dieta com mais carne, principalmente a depender da qualidade dessa carne.
      a.2) Há o aspecto ambiental, e aqui é claro, se gasta muito mais energia, água, terra e insumos para produzir 1kg de carne, do que 1kg de feijão, por exemplo. Logo, proteína animal possui uma pegada ecológica muito maior do que proteína vegetal, por exemplo. Há muito debate sobre isso, mas calcula-se que as emissões de gases do efeito estufa oriundos da criação de animais pode equivaler a 15% de todas as emissões, e isso é bastante.
      a.3) Há, e aqui onde o vice se encaixa, a posição ética. Eu como carne, aliás todo o dia. Porém, não se pode negar que nossa relação com os animais é de dominação extrema, uma dominação baseada no poder e na força. Há sofrimento animal extremo. As pessoas podem ignorar (como quase todos fazem, e parece ser o seu caso), tomarem ações práticas no dia a dia (como parece ser o caso do Eduardo Jorge), ou terem consciência do problema, mas mesmo assim continuarem a comer carne (como é o meu caso). Apenas nossos bisnetos irão julgar se a forma como tratávamos os animais foi correta ou não, tendo em vista a tecnologia que tínhamos na época.
      Espero que os esforços para criar carne em laboratório possam dar certo nas próximas décadas, enquanto isso, mesmo nós que gostamos e comemos carne, podemos sim nos preocupar com o sofrimento animal, e procurar sim que o processo de criação e abate de um animal tenha o menor sofrimento possível, levando em consideração também os interesses do animal, e não apenas interesses econômicos dos produtores. Sim, isso provavelmente tornaria as carnes mais caras, mas talvez esse seja o único jeito.
      a.4) Percebe quão complexo, rico e multifacetado pode ser o tema?

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    2. Agora a(s) sua(s) mentira(s) (se for aquele vídeo e aquela ideia).
      b) O candidato duas vezes, uma para a repórter que perguntou se ele iria obrigar todos a ser vegetarianos (foi a mesma repórter que estava no Roda Viva do Bolsonaro que muitos dos seus seguidos reclaram), ele prontamente respondeu que obviamente que não, pois o vegetarianismo ( e ele não é vegano, pois consome ovos e leite) é uma questão de exemplo, e livre convencimento. Ele está absolutamente certo sobre a questão do aumento do número de vegetarianos e veganos, principalmente entre os mais jovens, isso é um fenômeno visível.
      b.2) Quando a senadora Ana Amélia, numa resposta boa para memes mas sem qualquer conteúdo, disse que deveríamos fechar as churrascarias, o Vice da Marina novamente disse que isso é uma questão cultural de longo prazo, que vem do exemplo, e que cada um deve decidir por si próprio, e isso é um processo de longuíssima maturação na sociedade, o que é verdade também. Eu creio que a forma que lidamos com os animais irá mudar muito nas próximas décadas, mas pode ficar tranquilo que você poderá continuar indo a churrascarias se isso te compraz.

      É este nível de comentários e de deturpação de fatos e de assuntos complexos, que faz com que malucos surjam de todos os lados baseados em argumentos tão sólidos como pregos na areia. Se juntar isso a picaretas ideológicos, redes sociais que atuam como câmaras de eco, pronto os portões do manicômio ideológico se escancaram.

      Abs

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    3. Certamente irão criar tantas exigências e dificuldades que será um inferno abrir uma churrascaria no país.
      Será necessário certificados, carimbos governamentais e todo tipo de papelada para provar que a carnê veio de um boizinho que estava pastando feliz da vida no pasto. Quem sabe até exijam que o boi assine um documento concordando em ser abatido para fornecer carnê aos humanos juntamente com um exame psicológico, evidentemente.

      Resultado disso tudo: preço na estratosfera.
      Os pobres então passarão a comer carne de rato para conseguir proteina. Isso também se não implicarem com os ratos.
      Sempre foi assim e sempre será!
      Viva o Estado!

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    4. Certo, colega.
      Gandhi disse que a verdade tem três etapas: 1) ridicularização, 2) oposição violenta e 3) aceitação.
      Você está na fase entre ridicularização "Quem sabe até exijam que o boi assine um documento concordando em ser abatido para fornecer carnê aos humanos juntamente com um exame psicológico, evidentemente." e oposição violenta.

      Se você acha que não há um problema, que não há sofrimento animal, ou que todo e qualquer sofrimento animal, desde que seja para servir a interesses humanos, é justificável. Ora, é um direito que você tem. Em minha opinião, mesmo comendo carne, as próximas décadas verão uma transformação muito grande em nossa relação com os animais de consumo.

      Sobre os problemas de regulações estatais descabidas e o efeito no preço, sempre é bom ouvir vozes nessa direção para que a emenda não saia pior do que o soneto. Porém, esse tipo de discussão ainda está longe de ser apropriada, ao menos no nível político, no Brasil atual. Países muito mais avançados do que a gente como Dinamarca e Nova Zelândia, por exemplo, estão tendo. Nós (Brasil) talvez tenhamos que esperar um pouco, apesar de nosso rebanho bovino em sua imensa maioria "já pastar feliz num pasto".

      Amigo, eu não sei qual é o seu conhecimento sobre macronutrientes. Proteína não é apenas animal. As leguminosas como feijão e lentilha são fontes de proteína vegetal. Não há nenhum aminoácido essencial (que são os constituintes da proteína) que não é possível de ser ingerido por fontes exclusivamente vegetais.

      Mas, você tem razão, com o aumento do pib per capta mundial, muitas mais pessoas começaram a ter acesso a carne, o que, em comunidades bem carentes, é algo positivo, pois costuma estar relacionado à saúde (ao contrário de comunidades mais afluentes onde costuma estar associado a menos saúde - ver item a e a.1 resposta anterior - estudos observacionais).
      Logo, sim eventuais considerações sobre o bem-estar animal pode vir a levar a maiores custos pela carne e dificultar o acesso a carne por pessoas mais pobres. A vida é problemática mesmo.
      Um maior acesso a proteína animal pode levar a um sofrimento animal atroz, principalmente se for por meio de confinamento de animais.

      Se a pessoa não reconhece que animais possuem consciência, capacidade de afeto, ou de sensações subjetivas de dor, ou vontades como necessidade de movimentação-afeto com suas crias-evitar a dor-etc, realmente não há problema.
      Acontece que isso é "pensamento mágico" cumulado com ignorância. O bom senso, respaldado pela ciência, sabe que animais sofrem, ficam estressados, sentem falta de suas crias se são separados, passam por sofrimento fisiológico e psíquico se forem confinados e que fazem de tudo para evitar dor desnecessária.
      Se a pessoa reconhece isso, um problema surge, como solucionar ou amenizar esse problema, é aberto a um debate que pode ser racional, informado e inteligente ou pueril como você pretende fazer aqui. Eu sempre costumo optar pela primeira opção.

      Abs

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    5. Gandhi? Aquele que acreditava na propriedade mágica do sêmen?
      Ah,bom agora eu sei quem está na fase da ridicularização. rs

      Me diga uma coisa, qual é o limite que esse abençoado vice da fadinha vai ter com relação a esse tema?
      Boi sofre? cachorro sofre? gato sofre? passarinho sofre? rato sofre? e a barata? Quando você passa SBP na carinha da baratinha que estava andando linda e feliz na sua cozinha o que ela faz?
      Mexe as perninhas e faz cocozinho de felicidade ou por que está sofrendo?
      Vamos acabar com o SBP também? vamos parar de causar sofrimento as baratas? Qual o limite?
      Vale para uns mas não vale para outros? Quem vai determinar isso? O iluminado?
      Vamos criar leis e artigos estabelecendo como se deve matar uma barata sem sofrimento? Tipo, Artigo 1: você deve mirar na cabeça da barata e matá-la com um só golpe.
      Art. 2 caso você erre a cabeça, mas acerte o corpo dela, estará provocando um sofrimento desnecessário a um ser vivo o que acarretará na punição de multa mais 3 meses de cadeia.

      Mas você está certo amiguinho, o Estado vai saber como fazer isso bem direitinho, pode confiar. KKKKKKKK
      Putz eu me divirto com essa turma da fada da floresta.


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    6. Como dizia Adam Smith, o ruim da riqueza é que ela vai nos deixando mimados.

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  9. Realmente, o atentado merece repúdio, assim como as palavras de ódio dele contra as minorias, além da apologia da violência, motivo pelo qual deveria já ter sido condenado.

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  10. É muito triste ver o caminho que estamos seguindo. Espero que todo esse clima de ódio e falta de respeito com o outro desapareça.

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